CIÊNCIA E TECNOLOGIA

E-drugs se tornam o novo fenômeno da web - Parte 1

E-drugs 211/08/2010 - Um novo fenômeno da internet nascido nos Estados Unidos começa a ganhar força em todo o mundo. São as drogas digitais sonoras, chamadas de e-drugs, cujos efeitos ainda são desconhecidos. As e-drugs se baseiam em uma ação neurológica que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido, que estimula o cérebro e produz sensações de euforia, estados de transe ou relaxamento. As sessões têm entre 15 e 30 minutos, e os sons podem ser obtidos em sites especializados a preços que variam de 7 a 150 euros.A ideia é transmitir sensações fora do comum aos usuários.

A imagem do consumo deste tipo de droga, por exemplo - um menino tombado na cama de seu quarto escutando música - está longe das provocadas por substâncias que fazem parte da lista de entorpecentes.

O principal meio de proliferação são as redes sociais, e a rapidez com que conquista usuários despertou o alerta de certos setores, apesar de alguns analistas acreditarem que não existe risco de dependência.

Segundo fontes da missão interministerial para a luta contra as drogas e a toxicologia da França, trata-se de um fenômeno que não é "nem alarmante, nem emergente" e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido. No entanto, as drogas digitais invadiram a França nos últimos dois meses e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos e não há estudos realizados sobre o assunto no país.

Efeitos - Especialistas em neuropsicologia observam que os sons relaxam, ajudam na concentração e são usados até com fins terapêuticos para algumas doenças, como o autismo. Certas frequências estimulam a imaginação ou a criatividade, o que poderia criar as alucinações que os consumidores afirmam ter durante ou após as sessões. Portanto, existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o passar do tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais.

Os possíveis perigos das e-drugs não parecem preocupar os jovens, que compartilham suas experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses. "Senti chamas em meus braços, que desciam gradualmente até os dedos dos pés, tinha a impressão de que meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Então, comecei a me sentir muito estranho. Foi genial", relata um usuário, que conta ainda ter visto uma tartaruga, um elefante verde e até Papai Noel aos pés de sua cama. As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos como orgasm, peyote, marijuana ou lucid dream.

"Meu coração batia muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, me acalmei e parou. Respirei forte e achei que foi ótimo. Efeitos depois da dose: excitação e vontade de fazer muitas coisas. A vida é genial", diz outra usuária. As sessões são divididas por temas. Assim, é possível encontrar algumas prescritas para desenvolver a imaginação, aproveitar mais uma partida de videogame ou atividades esportivas, ou até mesmo para aumentar o prazer das relações sexuais.


Sob Investigação

Orgasm, Peyote, Marijuana ou Lucid Dream são nomes de algumas das mais populares drogas digitais , ou e-drogas, que estão à venda na Internet, e que estão a preocupar as autoridades pelo facto de os seus efeitos serem ainda desconhecidos. Estas não são drogas “palpáveis”, mas sim sonoras. Ou seja, exploram a componente neurológica ao emitirem sons diferentes para cada ouvido, estimulando o cérebro e criando estados de euforia, transe, entre outros.

As sessões podem envolver até 30 minutos de sons que podem ser adquiridos em sites da Internet, por preços que podem ultrapassar os 100 euros. Como noticia hoje a agência EFE, este fenómeno está a invadir o território francês, e ameaça espalhar-se rapidamente para ouros países.

Apesar de profissionais especializados em drogas e toxicodependência indicarem que não existe risco de dependência e que este não é, para já, um fenómeno alarmante, especialistas em neurologia indicaram que certas frequências podem estimular e criar, por exemplo, as alucinações que alguns consumidores relatam ter sentido.


As "e-drugs", novo fenômeno da internet, invadem a França


Paris, 11 ago 2010 (EFE).- Um novo fenômeno da internet começou a ganhar força na França com o nome de "e-drugs", ou drogas digitais sonoras, com efeitos ainda desconhecidos. As "e-drugs" se baseiam em um fenômeno neurológico que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido e que estimula o cérebro, produzindo sensações de euforia, estados de transe ou de relaxamento. As sessões possuem entre 15 e 30 minutos de sons que podem ser obtidos em sites especializados a preços que variam de sete a 150 euros e transmitem sensações fora do comum aos usuários.

A imagem do consumo desta "droga", por exemplo, um menino tombado na cama de seu quarto escutando música, está longe das provocadas por substâncias que fazem parte da lista de entorpecentes.Estes produtos nasceram nos Estados Unidos, mas o sucesso e as novas tecnologias os espalharam rapidamente pelo resto do mundo, o que despertou o alerta de certos setores, apesar de alguns analistas acreditarem que não existe risco de dependência.Fontes da missão interministerial para a luta contra as drogas e a toxicologia da França explicaram à Agência Efe que se trata de um fenômeno que não é "nem alarmante, nem emergente" e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido.

No entanto, as drogas digitais invadiram a França nos últimos dois meses e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos e não há estudos realizados sobre o assunto no país.Especialistas em neuropsicologia observam que os sons relaxam, ajudam na concentração e são usados com fins terapêuticos para algumas doenças como o autismo.Certas frequências podem estimular a imaginação ou a criatividade, o que poderia criar as alucinações que os consumidores afirmam ter durante ou após as sessões.

Existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais.Os possíveis perigos das "e-drugs" não parecem preocupar os jovens, que compartilham suas experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses."Senti chamas em meus braços, que desciam gradualmente até os dedos dos pés, tinha a impressão de que meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Então comecei a me sentir muito estranho. Foi genial", relata "Sugar Killer", além de dizer que viu uma tartaruga, um elefante verde e até Papai Noel nos pés de sua cama.

As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos como "Orgasm", "Peyote", "Marijuana" ou "Lucid Dream"."Meu coração batia muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, me acalmei e parou. Respirei forte e achei que foi ótimo. Efeitos depois da dose: excitação e vontade de fazer muitas coisas. A vida é genial", diz uma usuária de apelido "Larta".As sessões são divididas por temas. Assim, é possível encontrar algumas prescritas para desenvolver a imaginação, aproveitar mais uma partida de videogame ou atividades esportivas, ou até mesmo para aumentar o prazer das relações sexuais."No início, nada de especial, como sempre, relaxamento muscular... mas depois de dez minutos me senti muito bem. Tinha mais sensibilidade em minhas extremidades, e de repente tive uma ereção", comenta outro internauta.

"Comecei a escrever em inglês como um romance de verdade, as ideias fluíam pela minha cabeça. Não tive a necessidade de olhar o dicionário, as palavras vinham sozinhas. Não tinha acabado de escrever uma cena e já tinha a seguinte na cabeça", assegura "Aiana".Apesar das dúvidas sobre seu consumo, as "e-drugs" se proliferam rapidamente graças às redes sociais. EFE.


Estados Unidos


13/08/2010 - Um novo fenômeno da internet, com efeitos ainda desconhecidos, começou a ganhar força na França nos últimos 3 meses: trate-se da "e-drugs", ou drogas digitais. As e-drugs nasceram nos Estados Unidos, onde o psicólogo americano Gerald Oster, sobre os estudos de Heinrich Wilhelm Dove em 1839, observou um fenômeno neurológico de euforia, transe ou relaxamento ao se emitir freqüências diferentes nos ouvidos.

Alguns sites franceses (como o i-doser.com, por exemplo) começaram a vender as e-drugs via internet por preços que variam de 5 a 150 euros. E, mesmo que seus efeitos ainda sejam questionados, os jovens franceses começaram a consumir e já transformaram o produto em modismo. O "consumo" é feito em sessões que variam de 15 a 30 minutos escutando os arquivos de áudio dos sites.

Apesar de não ter sido feito nenhum estudo formal sobre o tema, alguns analistas acreditam que não existe risco de dependência e que este fenômeno seria apenas uma jogada de marketing para vender os arquivos sonoros. Ou seja, as "sensações" relatadas pelos usuários seriam apenas reflexo de auto-sugestão. E, nesta mesma linha, os órgãos franceses de combate as drogas e toxicologia já se pronunciaram dizendo que se trata de um fenômeno que não é "nem alarmante, nem emergente" e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido.

Porém, enquanto um estudo mais sério não é feito, é importante destacar que os jovens já estão consumindo as e-drugs sem receio algum e compartilham sem o menor pudor suas experiências nas redes sociais, onde relatam "viagens alucinantes" e já recomendam para os amigos as "melhores doses".

PARTE 2