QUALIDADE DE VIDA

Alimentos que ajudam a Engravidar

alimentos engravidarPor Dra. Sylvana Braga, médica ortomolecular, nutrologista, reumatologista e fisiatra com clínica no Rio de Janeiro e em São Paulo - É cada vez maior o número de casais ...

que recorre a tratamentos médicos para realizar o sonho de ter um filho. Porém, poucas pessoas sabem que certos alimentos ajudam a manter as células reprodutoras ativas por mais tempo, aumentando as chances de concepção. Nós, médicos, podemos apontar diversos problemas para a infertilidade, até mesmo genéticos, mas a alimentação também tem grande importância neste contexto. Estudos apontam que 15% dos homens e mulheres inférteis estão acima do peso, por isso é preciso ter mais atenção com aquilo que colocamos à mesa quando nos programamos para ter um filho.

Leia também - Alimentação saudável para a gestante !

A Sociedade de Medicina Reprodutiva Americana mostrou que 83% dos homens com infertilidade não consumiam frutas e verduras, algo em torno de menos de 5 porções por dia. Já entre os homens que comiam frutas e verduras, o número cai para 40% de inférteis. Por isso, especialistas não descartam a possibilidade do surgimento da infertilidade masculina ser causado por mudanças maléficas nos hábitos alimentares.

Na lista dos alimentos que devem ser cortados da dieta estão o álcool e o café, pois aumentam o nível do hormônio feminino prolactina, o que conseqüentemente reduz a fertilidade. O álcool, por si só, já é um grande inimigo da saúde e dificulta a fecundação por ser tóxico para os aparelhos reprodutores de ambos os sexos, além de desregular o ciclo menstrual. O café consumido em excesso (mais de uma xícara por dia) reduz pela metade a probabilidade de gravidez.

Entre as substâncias que devem ser introduzidas na alimentação estão: ácido fólico, encontrado em alimentos como espinafre e feijão; zinco, presente no germe de trigo e na carne vermelha; vitamina B6, da banana e do frango; vitamina B12, obtida na ingestão de fígado e atum enlatado; e a nossa conhecida vitamina C, encontrada na acerola e em frutas cítricas como laranja e abacaxi.

Seguindo estes pequenos passos podemos aumentar as chances de reprodução de maneira simples e natural, sem necessidade de tratamentos médicos. Além disso, é preciso pensar na saúde do bebê que chegará, por isso é fundamental as gestantes terem hábitos saudáveis, inclusive na alimentação.


conheça os alimentos que ajudam e os que atrapalham a fertilidade


Pouca gente sabe, mas estima-se que nada menos que 15% da população em idade reprodutiva tenha problemas para atingir esse objetivo. A dificuldade de engravidar pode ser causada por uma série de fatores e que não dizem respeito somente à mulher, não. Desequilíbrios hormonais, alterações anatômicas, DSTs, infecções, maus hábitos, como o fumo, álcool e drogas, e, inclusive, uma alimentação inadequada podem prejudicar a fertilidade tanto do homem quanto da mulher – ou dos dois juntos. Pois é, em muitos casos, ser mais fértil é algo que está bem ao alcance de nossas mãos. Você sabia, por exemplo, que estando muito acima ou abaixo do peso o seu aparelho reprodutor tem tudo para não funcionar adequadamente? Foi pensando nisso que resolvemos colocar a alimentação e a infertilidade cara-a-cara uma com a outra, para descobrir o que não pode faltar no cardápio de que quem sonha em ter filhos e aquilo que deve ser limado da dieta de futuros pais.

Antes de falarmos exclusivamente sobre alimentação, vale mais que a pena lembrar que todo o estilo de vida de uma pessoa é determinante para sua capacidade de ter filhos. A alimentação, portanto, é apenas um dos capítulos – deveras importante, é verdade – dessa história.

Cigarro, álcool e estresse

Por Laura Jeunon - Segundo o ginecologista e obstetra Arnaldo Cambiaghi, especialista em infertilidade, o hábito de fumar pode ser catastrófico para quem sonha em ter filhos. Autor do livro "Fertilidade natural: de volta ao passado a caminho do futuro", que fala de tratamentos naturais para aumentar a fertilidade do casal, Dr. Arnaldo já nos adianta o conteúdo de seu próximo livro. "Em 'Ser ou não ser fértil: perguntas e respostas', que será lançado em breve, uma das perguntas é se o cigarro pode prejudicar a fertilidade. E eu respondo que sim, tanto pro homem quanto pra mulher. Nelas, o tabaco diminui a qualidade dos óvulos, prejudica a motilidade tubária e pode levar à antecipação da menopausa. No homem, está comprovado que o cigarro provoca alterações na concentração, morfologia e motilidade dos espermatozóides. Homens fumantes têm maior probabilidade de demorar mais de um ano para engravidar suas mulheres. Mesmo em tratamentos de fertilização assistida, os resultados positivos são inferiores quando comparados a homens não-fumantes", sinaliza Dr. Arnaldo.

É por essas e muitas outras que foi-se o tempo em que se colocava na mulher toda a culpa pela dificuldade de engravidar. Hoje, sabe-se que eles são responsáveis por cerca de 30 a 40% dos casos em que o casal enfrenta problemas de fertilidade. Outros 20% consiste na combinação de fatores masculinos e femininos. Dessa forma, no mínimo, metade dos casos de infertilidade conta com a participação dos homens. Não resta dúvida de que tomar todos os cuidados para manter-se saudável é tarefa dos dois!

Além do cigarro, o álcool é outro grande inimigo da fertilidade. Dr. Arnaldo afirma que o seu uso em excesso prejudica a produção dos espermatozóides, sugerindo que os homens se limitem a tomar somente dois drinques, duas vezes por semana. Nós, mulheres, podemos beber moderadamente enquanto tentamos engravidar, mas a partir do momento em que estivermos com uma vidinha nova na barriga, não tem jeito, é abstinência mesmo.

Por fim, o estresse é mais um oponente que deve ser combatido por quem vem tentando engravidar sem muito sucesso. Segundo Arnaldo Cambiaghi, ele interfere na porcentagem da produção de espermatozóides anormais, nos homens, e na produção de hormônio nas mulheres. "Todos esses cuidados são detalhes que contam. A questão do estresse é muito comum não só no cotidiano de todos nós, como principalmente para casais que estão fazendo tratamento de fertilidade. As tentativas fracassadas frustram e o estresse pode crescer gradativamente. Por isso, associamos os diferentes tratamentos a aulas de ioga e acupuntura. Nem sempre essas indicações são bem aceitas pelo casal, mas para alguns trouxeram bons resultados", garante o especialista em infertilidade.

Dieta da fertilidade

Assim como outras funções vitais do nosso organismo, a reprodução é também dependente dos diferentes nutrientes que ingerimos – ou deixamos de ingerir, não é mesmo? "O efeito da alimentação na fertilidade está cada vez mais explícito", afirma Dr. Arnaldo Cambiaghi. Isso não significa que uma alimentação adequada funcione tal como um remédio, ou uma droga milagrosa. Pode inclusive demorar um pouco para que a mudança nos hábitos alimentares reequilibre seu organismo. O importante é dar a chance para que seu corpo esteja em plena harmonia – e a todo vapor! "Não existe uma dieta específica, mas, sem dúvida, o que é importante para aumentar a fertilidade é uma alimentação equilibrada. Porque aí o seu organismo vai estar funcionando da melhor maneira possível. Quanto mais saudável, mais bem preparado para desempenhar as mais variadas funções, dentre elas, procriar", esclarece o nutricionista Albino Portela.

Leia também - Pesquisadores explicam maior frequencia de crises cardíacas pela manhã

O que ajuda

Alguns nutrientes merecem atenção especial na luta para conseguir unir espermatozóide e óvulo. O zinco está entre os mais importantes. "Ele aumenta a produção de espermatozóides", afirma Albino Portela. E o Dr. Arnaldo confirma, explicando que o zinco é a principal substância encontrada em grande quantidade no esperma. "É por isso que alimentos como a carne bovina, o fígado de galinha e o feijão, que são ricos em zinco, devem constar no cardápio do casal que encontra alguma dificuldade para ter filhos", diz Dr. Arnaldo. O tomate é outra boa dica. "Os tomates são ricos em licopeno, um elemento benéfico para os ovários da mulher e para os testículos e próstata do homem", sugere Dr. Albino.

Vitaminas como B6, A, E e C e minerais como o selênio também não devem faltar. Onde encontrar esses nutrientes? "A vitamina B6 pode ser obtida no peixe, na carne de ave, na soja e na aveia. A vitamina E está no trigo, em grãos integrais e nas nozes. A vitamina A pode ser encontrada na cenoura, no mamão e no brócolis. O selênio está bem presente nos peixes, em grãos integrais e ovos", descreve Arnaldo Cambiaghi. "A vitamina C aumenta a imunidade da pessoa, independentemente do sexo, o que é muito importante. Ela está disponível principalmente em frutas, como a laranja, o limão e a goiaba", enumera Albino Portela, lembrando que o foco deve ser sempre no equilíbrio e balanceamento da dieta. "Deve-se procurar variar, abrangendo uma diversidade de alimentos. Intercalar a carne bovina, com peixe e ave, buscar vegetais diversos e selecionar o carboidrato para aqueles que contêm fibra. Por exemplo, ao invés do arroz branco, optar pelo integral, que não tem somente amido, mas também fibras e vitaminas, que ajudam, inclusive, no funcionamento do intestino", recomenda o nutricionista.

O que atrapalha

Se alguns nutrientes são indispensáveis, outros precisam ser eliminados ou ingeridos com moderação. É o caso de bebidas como o café, mate e derivados da cola em geral. "A cafeína e a teína, presentes nessas bebidas, podem ser prejudiciais para a mobilidade dos espermatozóides. Se não engano, eles podem ficar mais lentos se o homem costuma ingerir essas substâncias em grande quantidade. Além do que, a cafeína tem efeito estimulante e pode acelerar os batimentos cardíacos, aumentando o estresse, o que não é desejável", diz Dr. Albino.

Os cuidados devem estar redobrados na hora de fazer as compras, porque alguns alimentos industrializados podem prejudicar a fertilidade. "Gelatinas e sorvetes, assim como outros produtos que contêm conservantes, não devem ser ingeridos em excesso. Alimentos contaminados com agrotóxicos também contribuem para a infertilidade. Principalmente nos homens, provocando uma queda na contagem de espermatozóides", esclarece Dr. Arnaldo. Portanto, você tem todo o direito de estar atenta ao que seu maridão coloca na boca. E vice-e-versa, claro! Aliás, de nada adianta procurar ingerir os alimentos ricos em vitaminas e minerais benéficos à fertilidade e, ao mesmo tempo, se esbaldar de doces, guloseimas, pães e bolos. Porque o ponteiro da balança também pesa na hora de buscar estar mais fértil.

Estar fora do peso pesa

O peso ideal é medido através do Índice de Massa Corpórea (IMC). Para calcular o seu, basta dividir o seu peso (em kg) pela sua altura (em metros) ao quadrado. Se o índice der menos de 20, você está abaixo do peso. Entre 20 e 25, a pessoa está no peso ideal. Dando entre 25 e 30, classifica-se como sobrepeso. Entre 30 e 40, a pessoa é considerada obesa; e se o resultado ultrapassar 40, está estabelecida a obesidade mórbida.

Estar tanto acima quanto abaixo do peso ideal prejudica o funcionamento normal do organismo, o que, conseqüentemente, resulta numa produção de gametas inadequada. "As mulheres com índice de massa corpórea acima de 30 não ovulam adequadamente. Aliás, até mesmo numa mulher muito magra, os hormônios estão desregulados. Nos homens, também ocorre uma alteração hormonal que influencia diretamente no espermograma, que é o exame mais simples que tem para avaliar a fertilidade masculina. Estudos mostram que quanto mais dentro do peso a pessoa estiver, maior a chance de ela ter filhos", conclui Arnaldo Cambiaghi.


Informações importantes

Como parte do Nurse's Health Study, um estudo feito pela Universidade de Harvard com mais de 18 mil enfermeiras americanas durante três décadas, os médicos Jorge Chavarro e Walter Willet, do departamento de nutrição da universidade, colheram informações importantes sobre a fertilidade feminina. Willet e Chavarro chegaram à conclusão que algumas medidas simples podem ajudar as mulheres que estão tentando engravidar e elaboraram o recém-lançado livro A dieta da fertilidade, da editora Campus Elsevier.

Além de evitar as gorduras trans, o refrigerante e o fast-food, o especialista sugere que a mulher use mais o azeite e o óleo de canola, coma proteína vegetal (feijão, nozes) algumas vezes por semana, reduza os carboidratos refinados e aposte nos legumes, nas frutas e nos grãos integrais, principalmente os ricos em ferro.

Quem está tentando engavidar sem sucesso e está acima do peso deve emagrecer. "Perder cerca de 5% a 10% do peso pode dar um impulso à ovulação. Se não for fisicamente ativa, inicie um plano de exercícios diários. Se já fizer exercícios, intensifique-os. Mas não exagere, principalmente se estiver magra. O exercício em excesso pode remar contra a contracepção", diz Willet no livro.

Ele também sugere a troca dos leites, queijos e iogurtes desnatados pelos integrais durante alguns meses. Além de ser mais rico em ferro, vitamina D e cálcio, os hormônios encontrados na gordura do leite integral podem ajudar a estimular a ovulação.


Comidas gordurosas ajudam a engravidar


Mulheres que consomem alimentos light podem ter mais dificuldade para ter um bebê. Leite integral, sorvete e milk-shake diminuem infertilidade em 25%. Mulheres que tomam leite integral ou sorvete têm mais chances de engravidar, enquanto aquelas que consomem alimentos light podem acabar tendo mais dificuldades para ter um bebê, de acordo com um estudo que será publicado nesta quarta-feira (28). Os resultados do estudo, que acompanhou 18.555 mulheres entre 24 e 42 anos nos Estados Unidos que tentaram ter filhos ou efetivamente engravidaram entre 1991 e 1999, desafiam de forma contundente as diretrizes alimentares do governo americano, afirmam seus autores.

Três ou mais porções diárias de leite desnatado ou seus equivalentes por adulto "podem ser prejudiciais para as mulheres que planejam engravidar, que teriam 85% mais chances de infertilidade por causa da falta de ovulação", comentou o principal autor do estudo, Jorge Chavarro, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. Em contrapartida, as mulheres que comem no mínimo uma porção diária de comida com alto teor de gordura -- leite integral, sorvete ou, melhor ainda, milk shake -- "reduziram seu risco de infertilidade anovulatória em mais de 25%", em comparação com aquelas que comem pouca ou nenhuma porção de gordura.

Chavarro explicou que os pesquisadores não tinham certeza sobre o que iriam descobrir ao analisar as informações coletadas, já que os estudos anteriores sobre a relação entre as porções diárias de alimentos e a infertilidade eram contraditórios. Segundo ele, a correlação surgida foi tão forte, porém, que é possível recomendar às mulheres que querem ter um bebê que ignorem o regime alimentar sugerido pelas autoridades sanitárias.

Leia também - Primeiros Socorros ! Saiba como agir em casos de emergência!

"Acho que é razoável considerar comer uma ou pelo menos duas porções diárias de gordura temporariamente, enquanto estiver tentando engravidar", disse ele, destacando que o consumo de gorduras saturadas deve ser mantido no mínimo e o total de calorias ingerido deve continuar o mesmo. Os estudiosos acreditam que a presença de uma substância solúvel em gordura, que melhora a função ovariana, possa explicar o baixo risco de infertilidade das comidas de alto teor de gordura.

Pesquisas anteriores sugeriram que a lactose -- o açúcar encontrado no leite -- poderia estar associada à falta de ovulação, mas o estudo de Chavarro não mostrou qualquer ligação entre um e outro, nem positiva, nem negativa. Das 18.555 mulheres casadas e na pré-menopausa acompanhadas na pesquisa de Chavarro, 438 relataram infertilidade, devido a problemas ligados à ovulação.  O estudo será publicado no periódico "Human Reproduction", da "Oxford University Press".

 

Fonte: http://regganata.wordpress.com/
       Bolsa de Mulher
       http://www.e-familynet.com
       Portal G1