CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Dispositivo de ativação de neurônios menos invasivo emite luz através do crânio

dispositivoluz130/07/2021 - A optogenética é uma técnica muito promissora – entre outras coisas, pode um dia ser usada para reduzir a ansiedade, tratar vícios e até reverter a cegueira. Um dispositivo recém-desenvolvido em breve também poderá torná-lo consideravelmente menos invasivo e, portanto, mais factível. Em poucas palavras, a optogenética envolve primeiro adicionar proteínas sensíveis à luz a neurônios específicos no cérebro e, em seguida,

usar minúsculos LEDs implantados para iluminar esses neurônios, ativando-os sob demanda. Desnecessário dizer, porém, que introduzir as proteínas e os implantes envolve penetrar cirurgicamente no cérebro. Cientistas da Universidade do Arizona podem agora ter resolvido pelo menos metade do problema, com um dispositivo de entrega de luz que fica fora do crânio. Descrito como sendo "fino como uma folha de papel e com cerca de metade do diâmetro de uma moeda de dez centavos", é implantado sob a pele do couro cabeludo, acima dos neurônios em questão.

Quando ativado sem fio, ele emite sua luz através do osso e no cérebro, estimulando esses neurônios. Também é alimentado sem fio por meio de um campo eletromagnético gerado externamente, portanto, não requer uma bateria volumosa própria que precise ser recarregada ou substituída.

Leia também - Como funcionam os silenciadores de armas

A tecnologia já foi testada com sucesso em ratos. Na verdade, pode ser particularmente adequado para pesquisa, pois não exige que os animais sejam fisicamente conectados a uma fonte de energia ou controle.

"Esta ferramenta permite aos cientistas fazer uma ampla gama de experimentos que antes não eram possíveis", diz o principal cientista, Prof. Philipp Gutruf. “Essas possibilidades permitem que a comunidade científica faça progressos mais rápidos para descobrir os princípios de funcionamento do cérebro e desenvolver e testar tratamentos em ambientes precisos”.

O estudo é descrito em um artigo publicado recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: Universidade do Arizona