CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Japoneses divulgam novas fotos tiradas da superfície de asteroide

astefoto121/09/2018 - Essa é a primeira vez que sondas conseguiram aterrissar com sucesso na superfície de um asteroide. Na última semana, a agência espacial japonesa (JAXA) fez história ao pousar com sucesso duas pequenas sondas na superfície do asteroide Ryugu, localizado a 280 milhões de quilômetros de distância da Terra. Agora, os cientistas começam a receber informações mais detalhadas do objeto espacial: novas imagens foram produzidas pelos minijipes, que foram batizados de Minerva II-1.

As duas sondas, que pesam cerca de um quilo cada uma, foram lançadas da espaçonave Hayabusa-2. Elas foram desenvolvidas para percorrer a superfície do asteroide e coletar informações como massa, densidade e gravidade do objeto espacial, determinando sua composição mineral e elementar. Lançada em dezembro de 2014, a Hayabusa-2 (que em japonês significa "falcão peregrino") chegou ao asteroide Ryugu em junho deste ano — o objeto espacial orbita entre a Terra e Marte e tem cerca de 900 metros de diâmetro. O procedimento da chegada da dupla de sondas foi complexo: a espaçonave aproximou-se a uma distância de 55 metros do asteroide para lançar o Minerva II-1. Nunca antes uma operação desse tipo havia sido realizada.

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Os cientistas estão curiosos para entender uma particularidade do asteroide: ele gira em torno de seu próprio eixo a cada 7,5 horas, mais lentamente do que outros objetos de tamanhos semelhantes. De acordo com os estudos iniciais, o Ryugu pode ter sido parte de um asteroide maior que se separou em um período ainda não determinado. Em comunicado, a JAXA afirmou que os dois minipes estão em boas condições e transmitindo imagens e outras informações para a Terra.

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A Hayabusa-2 enviará outros pequenos ijipes para o asteroide até o final deste ano. No primeiro semestre do ano que vem, a missão explodirá uma cratera no Ryugu usando um projétil de dois quilos. Para evitar danos causados ??pela dispersão de detritos, a espaçonave se esconderá no lado oposto do asteroide depois de liberar o projétil e usar uma câmera para documentar a colisão. Espera-se que as imagens do impacto mostrem como as crateras são formadas nos corpos celestes.

Fonte: https://revistagalileu.globo.com