HISTÓRIA E CULTURA

O Olho de Horus - Osiris, O Senhor da Reencarnação (Episódio 2) Parte 3

atum_raUm único Deus manifestado de tres formas diferentes - Os tres santuários seguintes estao dedicados ao único Deus adorado pelos egípcios, aquele que esta em todos os lugares. Contudo, eles o viam em tres fases diferentes, tres momentos diferentes de um só deus. O Egito é um pais de um só Deus e sempre foi assim. Só que para eles, esse unico deus, essa única e total consciencia se manifesta no universo em tres diferentes momentos do genesis. Os sacerdotes utilizaram tres nomes diferentes para essas tres fases da criação, para comunicar facil e gradualmente como compreendiam Deus. Na primiera fase da criação, antes da manifestação do universo existia apenas um deus absoluto, a unidade incial, a que chamaram de ATUM-RA.

Nunca foi representado por uma forma física e nos hieroglifos era desenhado como um disco dourado, um sol simbólico, fonte da luz. O Santuário do Atum-Ra era o primeiro dos tres, Atum ra é o deus absoluto, existia antes da manisfestação do universo. Ele é a unidade, a matéria prima, o caos que contem tudo em potencia, o nada, o grande princípio, a própria essencia de todas as coisas. O espirito divido, eterno, imutável, que sabe tudo e esta em todas as partes. O santuário seguinte é o de Ptah, deus na hora em que a vontade manifesta a criação e da lugar ao universo.

 

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Na segunda fase deus ativa sua vontade, sua energia divina para manifestar o universo e cria a matéria. Esse Deus que cria o universo foi chamado de Ptha Rá. Nos escritos sagrados esta representado por um homem envolto em faixas e segura um bastão composto de três símbolos.

 

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O Ankh, simbolo da energia vital criadora, que se manifesta como vida nas pulsações do sistema  vascular, a força divina é chave da vida.

 

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O Was, que representa a arteria principal, simboliza o canal por onde flui a  energia pelo corpo. Também tem a forma de um bastão que utilizavam no campo, para controlar serpentes. O controle da corrente vital, a serpente energética, o kundalini que sobe pela coluna vertebral.

 

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O Djed, qua simboliza o eixo de crescimento e desenvolvimento de todo o ser vivo, a coluna vertebral que estrutura todos os seres, dando forma aos diferentes corpos. O bastão de Ptah tem, portanto, uma profunda simbologia referente a energia que gera a vida. Ptha representa o momento em que a vontade ativa de Deus manifesta uma força sobre si mesmo que condensa sua substancia original, a que chamamos espírito. Este reage, criando uma força contrária expansiva que poem o unverso em movimento.

 

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Essas duas forças contrárias polares produzem momentos de equilíbrio e criam o cósmo,os planetas, a natureza. Os cientistas atuais chamam esse momento de Big Bang. A força que condença é chamada de força centrípeta, a reação explansiva chama-se de força centrífuga.


Mátéria é energia


Desde Eisntein se aceita que a matéria é uma forma de energia, uma coagulação ou condensação de luz. O espírito é considerado a substancia original, que sua própria natureza imprime sobre si mesma uma força que a comprime num volume, na materia, que é luz com desnsidade. Ao faze-lo gera automaticamente uma força contraria que tenta soltar-se da forma em que esta comprimida, conseguindo como resultado o movimento e o tempo.

A terceira fase da criação é quando deus cria o homem a sua imagem e semelhança, com a mesma capacidade de criação e de consciencia. O chamaram de Amon-Rá. O principal simbolo de Amon ra é sua enorme coroa que simboliza a consciencia que toma forma no mundo dual, por isso esta divida em dois ramos que saem da unidade. Cada ramo tem sete folhas, sete níveis por onde passam a consciencia desde o momento que encarna pela primeira vez no corpo de um homem até o momento que se ilumina, livrando-se das limitações materiais.

 

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Quando a classe dos sacerdotes desapareceu o sentido desses simbolos se perdeu, isso fez com que se acreditassem que eles praticavam a idolatria, um sistema religioso com muitos deuses. No entando o Antigo egito sempre acreditou em um único deus. Basta entende o sentido de cada símbolo para revelar a sua aparente e complicada teologia e descobrir que é tão simples quanto a sua geografia.

No tempo de Osiris em Abydos, o unico deus em cada uma das fases da criação tem o seu próprio santuário, o ultimo santuário é de Amon Ra. Representa o momento em que no unverso existente, deus cria o homem a sua imagem e semelhança com o propósito de conscientiza-lo sobre a própria vida. A Capela central do tempo, da importancia ao aparecimento da cosnciencia no universo. Em seus muros aparecem o simbolo do deus Amon ra e o faró como homem consciente consciente que agradece pela vida, aceitando suas portes de luz e escuridão, de gozo e de dor, compreendendo-a como um processo de aperfeiçoamento.

Amon ra também simboliza de maneira fálica, a multiplicação da consciencia com o falo a altura do umbigo, o lugar de onde cresce o homem. Usa sempre alguns dos simbolos sagrados, a chave da vida ou o canal da energia. o unvierso e sua essencia, o homem, evolui até a consciencia absoluta. O destino divino do homem é chegar ao passo seguinte da evolução, um ser espiritual e supra mental. O faraó envolve Amon-ra com uma capa transparente represntando o dar forma a deus na mente do homem, para que compreenda a razão da existencia.

Aponta com o seu dedo para o terceiro olho, ponto reconhecido em muitas religiões e cultos como a porta além do físico. Amon rá recebe uma taça em forma de coração que contem o amor e a sabedoria armazenada pela evolução de todos os homens. As tres capelas seguintes estao dedicadas a Osiris, a Isis e a Horus, o filho de ambos. A criação polar que se manifesta como luz e escuridão, Osiris e Isis representam a luz, o avançao da consciencia atraves dos ciclos de vida, morte e renovação.

A polaridade contraria é representada por Seth, a força da escuridão que detem o homem, a matéria condensada, as paixões animais. Horus nasce quando a luz triunfa sobre a escuridão. É o filho de Osiris e Isis. Representa o momento em que cada ser espiritualiza a sua matéria, deixando para tras a sua animalidade original, transformado-se num ser sem limitações, consciente de todas as vidas que viveu. Osiris aparece nos muros de seu santuário com diferentes chapéus simbólicos na cabeça. Momentos distintos do processo de aperfeiçoamento, diferentes etapas e estagios adquiridos.


Processo de Evolução e o mito de Osiris
 

O proceso de evolução acontece simultaneamente de duas maneiras: o processo visivel e exterior de evolução física, onde uma forma cada vez mais sofisticada de corpo é mantida e transmitida continuamente atraves da hereditariedade. E um segundo processo de evolução do espírito através da reencarnação, em direção a graus cada vez maiores de consciencia, até chegar o momento do nascimento de Horus no interior de cada homem. Num processo de autotranformação se abandona a animalidade original, o peso morto da subconciencia corporal e a luz da consciencia ilumina tudo.

 

 

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No Santuãrio de Isis, se explicava aos inciados a existencia de um principio feminino capaz de gerar luz, seu nome significa trono. Cada imagem simbolica expressa um pensamento de uma maneira muito simples além da linguagem. Na filosofia esotérica se diz que cada símbolo tem sete chaves. Isis é simbolizada com uma mulher com um abutre na cabeça sobre o qual se apoiam dois chifres de vaca, que sustentam um circulo dourado.

Osiris e Isis representam duas forças gemeas, orientadas a espiritualização da matéria, a evolução da consciencia. No mito converteram-se em irmãos ou marido e mulher. O abutre é um passaro que voa e que é totalmente dedicado a sua cria. Em seu interior transforma substancias em decomposição, convertendo-as em alimento, em nova vida. A vaca representa o principio nutritivo. Seus chifres tem a forma da lua, a mãe dos ciclos, sustentam o disco dourado, a luz do sol, fonte de vida, a luz da consciência.

Na reveladora história mítica, Osiris e Isis governavam o Egito. Deram forma às suas leis, foram o instrumento da civilização, ensinando o respeito e a busca de Deus. Depois disso Osiris prosseguiu sua busca em outras dimensões, a outras verdades e outros conhecimentos, dixando o reino, simbolo da mente, nas mãos de Isis, sua esposa e irmã. Seth, seu outro irmão, a força animal obscura, queria apoderar-se do reino, da mente do homem e de Isis, por quem estava loucamente apaixonado.

Quando Osiris regressou, Seth, em conspiração com outros 72 nobres, o convidou a um banquete, ao qual levou um belo sarcófago talhado na madeira, do tamanho exato de Osiris. Declarou que o daria de presente a quem se ajustasse nele perfeitamente. Um a um eles experimentaram e quando Osiris se deitou em seu interior os conspiradores fecharam a tampa e a celaram com chumbo. Depois atiraram o sarcófago no Nilo. Seth, que representava aparte animal e passional de todo o ser, tomou posse da mente, limitando-a a sensações e desejos do corpo.

Os conspiradores representam as reencarnações que a consciencia presa no sarcófago do corpo, tem que viver durante um ano cósmico, para transformar a matéria em espírito. 72 anos se passam até que a Terra percorre um arco de 30º de cada constelação na abóboda celeste. 12 constelações ocupam os 360º graus do firmamento, as 12 eras zodiacais. A grande volta do sistema solar, chamado ano cósmico, dura 25920 anos.

Segundo o mito, o sarcófago com Osiris chegou as costas do Líbano, onde preso a uns galhos de tamarga, converteu-se numa bela árvore, que o contém em seu interior. O Rei desse lugar viu a bela árvore e a cortou para fazer uma coluna do seu palácio, sem saber que o sarcáfago continuava incrustado em seu interior. Depois de muitas aventuras Isis resgadou o sarcófago e o trouxe de volta ao Egito. Quando Seth descobriu, cortou o corpo de Osiris em 14 pedaços e espalhou-os por todo o pais. Entretando Isis percorreu o Egito e encontrou uma a uma 13 das partes. Todas menos o falo de Osiris, que, segundo a lenda, foi devorado pelos peixes do rio. Um simbolismo do abandono da sexualidade, da animalidade originais.

Isis, ajudada por Toth, conseguiu unir os pedaços do corpo de Osiris e teve uma comunião espiritual com seu marido. Ela ficou empregnada de sua essência e engravidou de Horus. Horus representa a iluminação, quando se abandona a roda de reencarnações, pois ja se adquiriu a sabedoria necessária para não perder nunca mais a consciencia adquirida.

Esta história simboliza a evolução, o processo do espírito do homem, desde a primeira vez que encarna num corpo até que depois de muitas vidas, através das emoções superiores, da inspiração e da intuição alcança a iluminação e a sabedoria para sempre.


A Porta das Estrelas

 

 

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O ultimo santuário do templo é o de Horus, a porta que se abre as estrelas. Horus representa o momento da ressureição, da iluminação e da imortalidade. O fim das limitações materiais, o momento de ver todas as vidas vividas, mantendo para sempre a consciencia adquirida. A revelação afirma que o espírito do homem, depois de muitas vidas, chega a um nivel de sabedoria em que compreende a razão de sua existencia e as forças fundamentais do universo. A compreenção obtida por seu espírito, com o resultado das esperiências de muitas vidas o leva ao ponto de harmonia em que pode libertar-se da roda de reencarnações e limitações da matéria. Esse momento ocorre quando respeita os outros, aceita que tudo que ocorre é perfeito e permanece em paz e harmonia. Quando armazena altos níveis de energia vital e resolve, com toda a sua vontade, dedicar-se a buscar a Deus em somente uma vida.

 

 

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Se ao chegar a esse nível, decidir esforçar-se para conseguir a perfeição, abre a porta ao caminho de Horus, a transformação que permite o abandono da roda de encarnações sucessivas. Horus representa o triunfo da luz sobre a escuridão. O dominio da animalidade original, o fim das limitações materiais, o passo definitivo da ignorancia à sabedoria, a porta dimensional que o leva acima das hierarquias do universo. Hórus é simbolizado com um falcão dourado que tudo vê, voa livre como um espírito, por cima das circusntancias materiais.

Todos avançamos e reencarnamos pela força de Osiris e levamos dentro de nós a semente de Hórus, a passagem a imortalidade e a consciencia permanente. Só poderemos aprender a chegar lá aprendendo a ser flexíveis, a valorizar o que temos, a aceitar as circusntacias e as pessoas que nos rodeiam e a agradecer pela oportunidade de estar vivos para tomar consciencia de que fomos criados por amor.

Fonte: Documentário, em vídeo, "O Olho de Horus" - INFINITO (Ano de 2000). Compilação e adaptação do texto e imagens, Renato, gestor de conteúdo do Portal O Arquivo.