QUALIDADE DE VIDA

Transmutação da Energia Sexual - Parte 5

transmutatopo2Sexologia Transcedental - Podemos estudar a sexologia sob dois ângulos completamente diferentes: um desde o ponto de vista oficial, tal como se ensinam nas escolas de medicina, e o outro, desde o ponto de vista gnóstico. Gnosis significa “conhecimento”. A palavra também é utilizada na Ciência Oficial. Por exemplo, “diagnosis”, “diagnóstico”... Aí se encontra a Gnosis na própria etimologia. As correntes gnósticas definidas conhecem a fundo a Sexologia. Sigmund Freud, com sua Psicanálise, iniciou uma época de transformações extraordinárias no campo da Sexologia. Produziu uma inovação no terreno da Medicina, e isso sabem todos que estudaram Freud. E seus discípulos, como Adler, Jung e muitos outros psicólogos e parapsicólogos, seguiram seu trabalho.

O sexo em si,  é o centro de gravidade de todas as atividades humanas; todos os aspectos sociais da vida giram em torno do sexo. Observemos, por exemplo uma festa: toda a festa gira em torno do sexo. O mesmo sucede em relação a um bar, restaurante, clube, etc. Hoje em dia o sexo já começa a ser estudado por alguns sábios com propósitos transcendentais; lamentavelmente, hoje em dia abunda a pornografia, e o sexo se desvia a atividades meramente sensuais.

Há várias classes de sexo. Há o SEXO NORMAL, comum e corrente, há o INFRA-SEXO, e o SUPRA-SEXO. Que se deve entender por “sexualidade normal”? Entenda-se como a atividade sexual que conduz à reprodução da espécie. Em relação à infra-sexualidade, há duas classes: Segundo a Cabala, por exemplo, diz-se que “Adão tinha duas esposas: Lilith e Nahemáh”. Lilith representa uma das esferas infra-sexuais: nela se encontram os homossexuais e Nahemáh que representa os abusadores de sexo.

Assim, pois, o sexo normal conduz à reprodução da espécie. E quanto ao gozo sexual,  trata-se de um gozo legítimo do homem. Os que o consideram como um pecado, aqueles que o consideram um tabu, ou que têm a tendência de considerá-lo motivo de vergonha ou dissimulação, estão totalmente equivocados. O gozo sexual de nenhuma maneira poderá ser depreciado, subestimado ou qualificado como tabu.

Quanto ao supra-sexo, sem dúvida é para os gênios, para os homens transcendentais, para as mulheres inefáveis. Jesus de Nazaré, Buda, Hermes de Trimegistro, Moisés, Maomé, Lao-Tsé, Quetzalcoatl, Pitágoras, etc foram suprassexuais. Ao entrar no terreno da suprassexualidade,  entramos no caminho das transformações extraordinárias.

Frederik Nietzsche, em sua obra “Assim falava Zaratustra”, fala francamente do super-homem. Diz: “Chegou a hora do super-homem. O homem é mais que uma ponte entre o animal e o super-homem; um perigoso “olhar para trás”. Hitler interpretou Nietzsche a seu modo considerando até o mais insignificante soldado alemão como um super-homem. O super-homem existe, porém, Hitler tomou o caminho equivocado. Pode-se chegar à estatura de um Super-homem, mas isso só é possível, mediante a transmutação das energias sexuais, e isso pertence ao terreno da suprassexualidade.

Em todo caso, no ser humano, há cinco centros fundamentais: primeiro, o centro intelectual, o qual utilizamos para os estudos, etc; segundo, o emocional; terceiro, o motor; quarto, o instintivo e por último, o sexual.

Quanto ao centro sexual, trata-se do centro ao redor do qual giram todas as atividades humanas. O pensamento, aparentemente é muito rápido, porém, lamentavelmente, é muito lento. O emocional também é muito rápido, porém, não há centro mais rápido que o sexual. Um homem e uma mulher, em milésimos de segundos sabem se completam-se, se estão na mesma “onda” ou não. De maneira que o centro sexual permite registrar com uma rapidez incrível o outro polo. É o centro mais veloz que temos.

Porém, entremos em aspectos mais sutis: muitas vezes, um homem vive feliz com sua mulher, mas percebe que lhe falta algo. Certamente pode suceder que não se sinta completo com sua mulher; pode ser que ela preencha suas necessidades emocionais, porém talvez não haja complementação mental; ou talvez não se complemente sexualmente; ao encontrar outra mulher por aí, pode suceder que está o complemente nesta parte, e então vem isso que se chama Adultério.

Não quero exaltar o Adultério, porque isso seria um absurdo. Muitas vezes acontece que um casal não consegue complementar-se totalmente nos 5 centros, então possivelmente somente encontre complementação com outra pessoa, e daí surge o Adultério.

Suponhamos que um homem se complementa emocionalmente com uma mulher, porém, sexualmente não. Pode encontrar-se com uma mulher com quem se complemente sexualmente... Suponhamos que um homem se complemente mentalmente com uma mulher, porém, emocionalmente não. Pode dar-se o caso que o encontro com uma mulher com a qual venha complementar-se  emocionalmente...Pode suceder que no mundo dos hábitos, uma homem não se complemente com sua mulher. Pode suceder que no mundo dos hábitos encontre outra mulher com a qual se complemente, com a qual tenha afinidade. Esta é a causa de tantos adultérios que dão origem aos divórcios.

Creio que o melhor seria que um homem encontrasse uma mulher que se complementasse com ele no intelectual, no emocional, no centro motor ou mundo dos hábitos,  no instintivo e no sexual, ou seja, um casal ideal, perfeito. Desta forma haveria verdadeira felicidade.

Todavia, estamos falando da sexualidade normal. A supra-sexualidade é diferente. Para entrar-se no terreno da Suprassexualidade, requer-se, a priori, transmutar a ENERGIA  CRIADORA.

Porém, não devemos pensar no sexo somente como uma questão fisiológica. Há que se ponderar que no sexo existe energia. Analisemos a Einstein quando disse:”Energia é igual a massa, multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado”. Também disse:”A energia se transforma em massa, a massa se transforma em energia”. É possível transformar massa em energia? Claro que sim! Por exemplo, uma poça d’água numa estrada. Com o calor do sol, essa água vai se evaporando e se converte em nuvens, ou seja, em energia: raios, trovões... todas as águas dos mares e dos rios se convertem em nuvens, e por último, em raios e trovões, quer dizer, em energia. O mesmo sucede com o ENS. SEMINIS, A ENTIDADE DO SÊMEN, quer dizer, o ESPERMA SAGRADO.

Hoje em dia há uma tendência em se considerar o esperma como simplesmente uma substância secretada por nossas glândulas endócrinas sexuais. Se estudarmos detidamente a Psicanálise de Freud, veremos que ele diz o seguinte: “As religiões, em última análise, têm origem sexual”. Estou de acordo com Freud neste sentido. Quando observamos as religiões dos indígenas, por exemplo, as religiões das diversas tribos da América, Ásia e África, podemos ver e evidenciar em forma direta, que em todos os seus cultos há sempre uma mescla do sexual com o místico, quer dizer, do religioso com o erótico: Os Deuses e Deusas se apresentam em grande quantidade de esculturas e pinturas, em posturas do tipo erótico, copulando ... o mais interessante é que essas posturas foram sagradas, nas terras dos Vedas...

Entre os troianos existia bem desenvolvido o aspecto luxurioso, mas em Creta se realizavam grandes procissões, nas quais as sacerdotisas levavam enormes falos. Nessa época o falo não era considerado na forma vulgar como o fazemos hoje em dia, mas sim se lhe rendia um verdadeiro culto. Também se rendia culto ao yoni, o órgão sexual feminino. Não há dúvida que a lança com a qual Longinos feriu Jesus Cristo não é senão uma viva representação do falo. Não há dúvida também que a taça, cálice ou SANTO GRAAL, pela qual lutaram todos os cavaleiros da Idade Média, quando se dirigiram à Terra Santa durante a época das “Cruzadas Eucarísticas”, representavam o yoni feminino, o ETERNO FEMININO. Estes cavaleiros andavam buscando o Cálice no qual Cristo bebeu na “última ceia”. Jamais o encontraram, é óbvio, porém, como recordação daquela época de buscas ao SANTO GRAAL, das lutas contra os mouros, surgiu a Taça das Olimpíadas, taça que se entrega aos vencedores nos jogos olímpicos. Assim, pois, no terreno do Supra-sexual, o Cálice e a Lança são sagrados.

O Esperma é sagrado, porque no Esperma está contida nossa própria personalidade. Os alquimistas medievais viam no esperma o VITRIOLO(VISITA  INTERIORE  TERRAM  RECTIFICATUM  INVENIAM  OCULTUN  LAPIDUM, que significa: “Visita o interior da nossa Terra que retificando encontrarás a PEDRA OCULTA) Porém a que Pedra se referiam, precisamente os alquimistas medievais? A famosa PEDRA FILOSOFAL! Tal pedra há que se fabricá-la. Não há dúvida de que existem algumas fórmulas para a sua fabricação. Mediante o ESPERMA SAGRADO e suas transmutações, é possível conseguir-se a PEDRA FILOSOFAL. A transmutação da “Libido Sexual”(converter o Esperma em energia) é possível quando se conhece a chave.

Se nós podemos dar vida a um filho com o ENS SEMINIS, ou seja, através da energia criadora, podemos reproduzir a espécie e povoar o mundo com milhões de seres humanos, é certo que com o ENS SEMINIS, com a entidade do sêmen  podemos dar vida a nós mesmos e nos convertermos em Super-homens, no sentido mais completo da palavra.

O importante seria conseguir-se a transmutação da “Libido Sexual”. Mediante a transmutação, conseguimos cerebrizar o sêmen e seminizar o cérebro. É importante seminizar o cérebro, pois, segundo a Medicina, hoje em dia, somente uma parte do nosso cérebro está exercendo suas funções. De fato, temos muitas áreas inativas. E se com um pouquinho do cérebro que está ativo, temos conseguido criar foguetes atômicos, naves que viajam à Lua, conseguimos criar a bomba atômica com a qual se destruiu  as cidades de Hiroshima e Nagasaki, conseguimos construir aviões supersônicos que viajam a uma velocidade extraordinária, que tal se nós regenerássemos o cérebro, se puséssemos em atividade todas as partes do cérebro, se a totalidade da massa encefálica entrasse em ação? Poderíamos então transformar esse mundo, mudá-lo, fazê-lo maravilhoso. A chave  se encontra na cerebrização do sêmen e na seminização do cérebro.

Os grandes músicos do passado, um Beethoven, por exemplo, um Chopin ou um Wagner, foram homens que tiveram o cérebro seminizado, homens que deram a seus cérebros, capacidades extraordinárias, que utilizaram uma maior porcentagem das áreas cerebrais. Hoje em dia, a situação é muito diferente; o cérebro humano se degenerou em demasia e o pior é que não nos damos conta disso...E por que o cérebro se degenerou? Simplesmente porque durante vários séculos temos extraído do nosso organismo a ENTIDADE DO SÊMEN. Não a temos extraído unicamente para dar vida a outras criaturas, mas também porque temos alimentado nossa luxúria, dando vazão às paixões carnais. Porém o cérebro acaba pagando as conseqüências.

Somente transmutando a ENTIDADE DO SÊMEN, convertendo-a em energia é que poderíamos regenerar o cérebro.

A transmutação da ENTIDADE DO SÊMEN, se processa através de um artifício muito singular que os Alquimistas Medievais ensinavam a seus discípulos. O artifício consiste no seguinte: CONEXÃO DO LINGAM(FALO), COM A VAGINA, SEM A EJACULAÇÃO DA ENTIDADE DO SÊMEN. O Dr. Krum Heller, médico, coronel do Exército Mexicano, dava a fórmula em latim: “INMISIO MIEMBRO VIRIL IN VAGINA FEMINA SINE EYACULATIUM SEMINIS”.

Alguns cientistas modernos aceitaram esta chave; a Sociedade Oneida, nos Estados Unidos, experimentou esta fórmula. Eles colocaram em prática estes conhecimentos da seguinte forma: Aproximadamente vinte e cinco casais começaram a trabalhar nesta comunidade, vivendo durante certo tempo, no qual copulavam sem a ejaculação da entidade do sêmen. Depois, eram submetidos a estudos clínicos por médicos americanos, os quais observaram resultados surpreendentes. Observaram que, com a seminização do cérebro, o aumento de hormônios no sangue, houve uma melhora extraordinária do organismo, fortalecimento e aumento da potência sexual, e que muitas enfermidades desapareceram.

O interessante deste antigo artifício que constitui o “Secretum Secretorum” dos Alquimistas Medievais, é que através dele, jamais se chegam a degenerar as glândulas sexuais. Quando as glândulas sexuais se degeneram, degenera-se também a HIPÓFISE, e se degeneram também todas as glândulas de secreção interna. Todo o sistema nervoso passa por processos de degeneração e então advém a decrepitude e morte.

Por que existe a velhice? Simplesmente porque as glândulas sexuais entram em decadência. Ao entrarem em decadência, entram em decadência todas as glândulas endócrinas e então se desencadeia todo o processo da decrepitude e da velhice. Mas se houvesse um sistema que permitisse que as glândulas sexuais não se degenerassem, não sofressem o esgotamento, poder-se-ia conservar todo o Sistema Nervoso em perfeita atividade, e então não haveria velhice e decrepitude, isto é óbvio.

Segundo os famosos médicos Dr. Arnoldo Krum Heller e Dr. Brown Sequard, é possível conservar as glândulas sexuais durante toda a vida, por meio deste sutil artifício. Isto significa que um homem que praticasse tal sistema, poderia chegar à idade de 90 a 100 anos, sem perder a capacidade de copular, gozando livremente do prazer sexual, que é um prazer legítimo do homem, que não é um pecado, que não é um tabu e que não deve ser um motivo de vergonha ou dissimulação.

Mediante a transformação da ENTIDADE DO SÊMEN em energia, processam-se transformações psicológicas extraordinárias: Desenvolve-se a GLÂNDULA PINEAL, a qual esteve ativa em outras épocas, em tempos antiqüíssimos da História. Naquela época, o ser humano possuía aquele olho que nos fala Homero em sua obra Odisséia: O OLHO DOS LAECÉRTIDOS, o olho que vira naquele terrível gigante que tentou devorá-lo. Este OLHO DOS LAECÉRTIDOS não é uma mera lenda, sem fundamento algum... Mediante a transmutação sexual, essa glândula se desenvolve, entra de novo em atividade. Este é o olho que nos permite perceber o “ultra” das coisas.

Nosso mundo não é somente de três dimensões como acreditam os “ignorantes ilustrados”; nosso mundo existe em uma quarta vertical e ainda podemos assegurar com toda a certeza que existe uma quinta vertical, uma sexta e uma sétima. Isto significa que nunca vimos nosso mundo como ele é verdadeiramente, e isto porque nossos cinco sentidos estão degenerados, nossa glândula pineal está atrofiada. Há também outros sentidos de percepção que se degeneraram em nós. Se conseguirmos regenerá-los, poderemos perceber o mundo como ele é, com suas sete dimensões.

Assim, pois, a crua realidade dos fatos é que mediante a transmutação sexual se podem regenerar a Pineal, e os outros sentidos que estão atrofiados. Desta maneira, teríamos acesso a um mundo de conhecimentos extraordinários, teríamos acesso às Dimensões Superiores da Natureza e do Cosmos, e assim poderíamos ver, ouvir e apalpar as grandes realidades da Vida e da Morte; poderíamos aprender, capturar todos os fenômenos cósmicos em si mesmos, tal como são e não como aparentemente são.

TRANSMUTAÇÃO é a chave: transformar o ESPERMA, modificá-lo em energia. Eis aqui o fundamental. Chegou, pois, a hora de compreender isso a fundo, integralmente...

Se um homem se propusesse a cumprir essa fórmula tão simples, com este artifício que nos ensinou o Dr. Brown Sequard, que nos ensinou o Dr. Krum Heller e os alquimistas medievais, poderia afirmar-lhes com grande ênfase e absoluta segurança que esse homem se transformaria no decorrer do tempo em um Super-Homem.

Todos precisamos sentir a necessidade de mudar, de nos convertermos em algo diferente, isto se não somos reacionários, porque o conservador, o retardatário, não deseja mudar. Porém, quando uma pessoa quer mudar fundamentalmente, transformar-se em algo diferente, pode converter-se num Super-homem, fazer da doutrina de Nietzsche, uma realidade.

É possível mudar, mediante a transmutação sexual. A força sexual nos colocou no tapete da existência e isso ninguém pode negar. Nós existimos, vivemos, graças a que tivemos um pai e uma mãe. Em última síntese, a raiz de nossa vida está na cópula de um homem e de uma mulher. Agora, se a força sexual teve o poder de nos colocar no tapete da existência, obviamente é a única que de verdade pode nos transformar radicalmente.

No mundo de hoje há muitas ideologias, muitas crenças e cada qual é livre de crer no que lhe agrade, porém, a única força que tem a capacidade de transformar-nos é a que nos criou, a força sexual. Aprender a controlar essa energia maravilhosa do sexo significa fazer-se amo da Criação.

Quando o Esperma Sagrado se transforma em  energia, produzem-se transformações psicossomáticas extraordinárias. Os hormônios das gônadas passam de vaso em vaso ao longo dos cordões espermáticos, até chegar à Próstata. Sabemos quão valiosa é a Próstata: ali se produzem as maiores transformações na ENTIDADE DO SÊMEN e por último, os hormônios entram na corrente sangüínea.

A palavra HORMÔNIO vem de uma raiz grega que significa ÂNSIAS DE SER, FORÇA DE SER. Os hormônios têm sido estudados pelos homens de ciência, e sabe-se que entrando na corrente sangüínea realizam prodígios. Quando atingem as glândulas endócrinas, seja as Tireóides, Paratiróides, sejam as suprarenais, ou a Timo, etc, estimulam-nas, fazem com que estes pequenos microlaboratórios produzam mais hormônios, e esses hormônios, produzidos por todas as glândulas, em geral, enriqueçam toda a corrente sangüínea de forma extraordinária; então desaparecem as doenças.

Lamentavelmente, nos dias de hoje, o Esperma, que é preparado e que sobe até a próstata, é desperdiçado e nem sequer deixam-se espalhar os zoospermas entre os hormônios, quando já se arrojam para fora do organismo. Muitas vezes, nem sequer alcançam ascender desde os testículos até à próstata, quando já é eliminado.

Quanto aos masturbadores, quê diremos? Quando alguém se masturba, sem dúvida está cometendo um crime contra a Natureza: depois que se ejaculou a ENTIDADE DO SÊMEN, produz-se um certo movimento peristáltico. Com tal movimento, o falo recolhe do útero da mulher a energia que necessita para alimentar o cérebro; porém, com a masturbação, o único que o falo recolhe é o ar frio que vai ao cérebro, provocando esgotamento de muitas faculdades cerebrais. Muita gente tem chegado ao manicômio pelo abominável vício da masturbação, pois um cérebro cheio de ar é um cérebro estúpido em cem por cento.

Quando o Esperma se transforma em energia, é muito diferente; porém, isso só é possível durante a cópula, evitando, pois, a todo custo, a ejaculação do ENS SEMINIS porque, como diziam os melhores sábios medievais, dentro dele se encontra todo o ENS VIRTUTIS do fogo, quer dizer, a ENTIDADE ÍGNEA DO FOGO.

Enriquecer o sangue com hormônios, não me parece um delito; a transmutação do Esperma em energia está muito bem documentada por homens como Sigmund Freud e outros tantos. O importante é aproveitar a potencialidade sexual para seminizar o cérebro e desenvolver a Glândula Pineal, a Hipófise e outras, conseguindo-se uma transformação orgânica maravilhosa.

O psicossomático está intimamente relacionado com o sexual. Uma suprassexualidade implica também em algo suprassexual dentro do psicossomático. Por isso, digo-lhes com toda claridade que Hermes Trimegistro, Quetzalcóatl, Buda, Jeshua Ben Pandira(que é o próprio Grande Kabir Jesus) foram suprassexuais; pois, o suprassexual é o Super-Homem de Nietzsche.

Pode-se alcançar a estatura de um super-homem, entrando no terreno da suprassexualidade, sabendo gozar do amor, da mulher, sabendo viver com alegria, com mais emoção e menos raciocínios inúteis.

Assim, pois, dentro de um ponto de vista revolucionário, nós podemos nos converter em verdadeiros DEUSES-HOMENS, se assim o quisermos. Bastaria que regenerássemos as áreas do cérebro e então faríamos um mundo melhor. É indispensável saber que a chave dada para a transmutação, é também a chave para a REGENERAÇÃO.

Os sábios da antigüidade nos falavam de um FOGO SOLAR, que existe sempre em toda matéria orgânica e inorgânica. Este fogo, naturalmente, no que concerne ao homem, está encerrado em seu sistema seminal. Não se trata, naturalmente, de um fogo físico; é diríamos, um fogo de tipo supra-dimensional, psicológico ou metafísico. Este FOHAT(palavra que significa “FOGO DE TIPO ESTRITAMENTE SEXUAL”, e que todos sentimos durante a cópula), pode desenvolver-se e ascender desde o nosso sistema seminal através da nossa coluna vertebral(pelo canal medular). Quando este fogo ascende, desperta em nós poderes que ignoramos, poderes extraordinários de perfeição, de extra-percepção sensorial; poderes que divinizam. Porém, há que despertá-los mediante a transmutação da Libido, sabendo gozar do Amor. A mulher também pode despertá-los da mesma forma.

Com esse fogo se realizam prodígios. Os orientais o denominam “Kundalini”, e é maravilhoso. Nossos antepassados mexicanos o denominavam “SERPENTE”, porque, segundo eles, tem figura de SERPENTE SAGRADA, que sobe ao longo do canal medular-espinhal.

No Oriente, fala-se de sete centros que existem na espinha dorsal: SETE CENTROS MAGNÉTICOS ( chacras ) que poderiam ser perfeitamente estudados, com placas especiais e também com agulhas imantadas e outros métodos de investigação. O primeiro está no cóccix; quando entra em funcionamento, confere-nos determinados poderes sobre o Elemento Terra. O segundo está na altura da próstata, e nos confere poder sobre os elementos aquosos do nosso organismo. O terceiro está na altura do umbigo, o qual despertado permite-nos controlar nosso temperamento e até atuar sobre o fogo Universal. O quarto, à altura do coração, e é óbvio, confere-nos certas faculdades extraordinárias, como a Intuição e muitas outras. O quinto está à altura da glândula tireóide(que secreta o iodo biológico) e nos confere certo poder psíquico extraordinário: a chamada clariaudiência, o poder de escutar os sons do ULTRA. O sexto, à altura do entrecenho, que nos dá poder para perceber as dimensões superiores da Natureza e do Cosmos. E o sétimo, à altura da glândula pineal, que nos dá o poder para ver os Mistérios da Vida e da Morte.

Assim, pois, estas faculdades se encontram latentes dentro do nosso organismo e podem ser despertadas com esse fogo extraordinário que os hindus chamam de Kundalini, que sobe pelo canal medular, mediante a transmutação sexual. Porém, para se chegar a essas alturas, necessita-se trabalhar com este Secretum Secretorum durante toda a vida. Quem assim proceder, transformar-se-á em Super-Homem e poderá penetrar no anfiteatro da Ciência Cósmica, poderá adentrar-se na Universidade da Ciência Pura e resolver os problemas que a ciência oficial ainda não conseguiu resolver.


SEXUALIDADE ATIVA OU CELIBATO? Uma visão da Yoga


Sendo o Yoga uma visão que abrange todos os aspectos da existência, a sexualidade não poderia fica de fora. Brahmacharya é o preceito que nos ajuda a viver a sexualidade, seja cultivando-a de maneira compassiva, seja transcendendo-a e renunciando a ela. Porém, antes de entrarmos diretamente nesse assunto, vamos contextualizar o termo em seu lugar de origem: a cultura da Índia.

A palavra brahmacharya pode ser traduzida literalmente como “aquele que está perto do Ser”. Brahman, como o amigo leitor já sabe, é o Ser. Acharya é uma palavra sânscrita que se usa para designar alguém que “está perto”, ou que “conhece as regras”. Traduz-se habitualmente como servidor ou instrutor. Combinando ambas, temos o vocábulo brahmacharya. Brahmacharya é um dos dez pilares do código de conduta do Yoga. Talvez seja o mais incompreendido e que se presta a mais interpretações e distorções. Arrisco-me aqui a dar uma contribuição para, eventualmente, enriquecer a discussão sobre este assunto, que é tão interessante quanto obscuro.


O brahmacharya na cultura indiana.


Existem várias maneiras diferentes de definirmos este termo. No contexto da cultura hindu, ele designa os primeiros anos de vida de um humano. A vida humana é dividida em quatro etapas: estudo, casamento, aposentadoria e renúncia. Idealmente, uma vida humana tem para os hindus 100 anos. Desses 100 anos, os primeiros 20 ou 25 seriam dedicados à formação e ao estudo. Brahmacharya é a palavra usada para designar a primeira dessas quatro fases da vida, na qual o jovem (menino ou menina) está concentrado e dedicado ao estudo e à preparação necessária para conviver na sociedade, absorvendo de seus mestres os valores universais e ensinamentos sobre o dharma.

As outras três etapas chamam-se respectivamente grihasta, quando o jovem casa, constitui uma família e trabalha na sociedade; vanaprashta, quando, uma vez aposentado, o casal se retira para uma vida mais simples, na floresta (a palavra significa justamente “vida na floresta”), e sannyasa, quando a pessoa renuncia à sociedade e se dedica única e exclusivamente ao autoconhecimento e a libertação. Tem algumas pessoas que, recebendo o chamado pela libertação desde cedo, pulam as duas etapas intermediarias, passando da fase de estudo e preparação para a busca da libertação. Essas pessoas, obviamente, não casam nem fazem os demais rituais de passagem destinados aos demais integrantes da sociedade hindu.

Na primeira fase da vida, o menino ou menina não tem idade para se casar ou pensar em namorar. O foco e a energia ficam na preparação para o convívio social, que consiste em aprender sobre si mesmo ou si mesma. É por isso que na sociedade hindu, tradicionalmente, esses primeiros anos de vida excluem todas as formas de sexualidade. Simplesmente, a criança é criança e deve ser tratada como tal. O final dessa fase de formação e estudos coincide freqüentemente com o início da adolescência.

 

Brahmacharya como castidade.


Por extensão, dado que estudantes não casam, a palavra brahmacharya passou a designar o voto de castidade ou celibato. É com esse significado que esta palavra entra no Yoga. Geralmente, a palavra brahmacharya aparece por primeira vez para os praticantes através da leitura do Yoga Sutra, os “Aforismos de Yoga”, texto atribuído ao sábio Patañjali, que teria vivido nos séculos entre Buda e Cristo e que, de tão famoso e relevante, é considerado uma espécie de Bíblia do Yoga. Nesse texto, brahmacharya é o quarto dos cinco preceitos de conduta chamados yamas.

Porém, traduzirmos brahmacharya simplesmente como castidade, não coincide com a realidade em que vivemos. É necessário eventualmente resignificar essa palavra, uma vez que, se fossemos admitir que o Yoga de Patañjali é unicamente para celibatários, nem a filosofia de vida nem as práticas seriam para pessoas como nós, vivendo nesta sociedade trepidante. Pessoalmente, não conheço celibatários fora da vida monástica. Se a abstinência sexual fosse condição indispensável para se dedicar seriamente ao Yoga, acredito que a imensa maioria de nós, praticantes, teria que deixar o Yoga de lado.

Interpretando brahmacharya como celibato, há pessoas que se opõem frontalmente à atividade sexual com finalidade de se obter prazer. Isto porque, equivocadamente, elas associam prazer com perdição, culpa, pecado ou algo intrinsecamente ruim. Na nossa modesta opinião, negar a validade do prazer é tão equivocado quanto achar que é possível ser feliz satisfazendo os próprios desejos. Outros praticantes colocam a abstinência sexual como a solução ideal para evitar perder os fluidos vitais e conseqüentemente a energia necessária para realizar a tarefa da libertação.

Naturalmente, todos os humanos buscamos o prazer e tentamos nos manter afastados da dor. Não deveríamos cultivar nenhum tipo de remorso ou culpa por termos prazer, desde que isso não fira nem machuque os demais seres. Assumir o contrário se a pessoa não está preparada para renunciar à própria sexualidade, seria ir contra a própria natureza humana. Portanto, talvez a melhor interpretação do termo brahmacharya, desde a óptica dos humanos vivendo em sociedade do século XXI, fosse fidelidade conjugal, coerência relacional e moderação.

 

Tem outras alternativas?

 


No Yoga, assim como em muitas outras escolas de vida, considera-se a sexualidade uma força muito poderosa e preciosa. Esta força precisa ser bem administrada e direcionada, e deveria ser usada em função do bem supremo: moksha, a libertação. Trocando em miúdos, isso significa que não deveríamos excluir a sexualidade do caminho de autoconhecimento, nem deveríamos separar o autoconhecimento de todos os aspectos de nossa vida, incluindo-se obviamente a afetividade e a vida sexual.

Para realizar essa integração entre liberdade e energia sexual, existem dois caminhos possíveis: o da abstinência pura e simples, e o da integração construtiva entre a sexualidade e o objetivo do Yoga. Existem diversos e belos exemplos de pessoas santas em todas as culturas, que optaram por não se relacionar afetiva ou sexualmente com seus pares. Não obstante, por conta da força do impulso sexual, a tarefa da abstinência pode ser revelar fora do alcance da maioria dos humanos. É olhando para essas pessoas (dentre as quais me incluo) que devemos reinterpretar a palavra brahmacharya, à luz da situação e das condições em que vivemos atualmente na nossa sociedade.

Para aqueles que consideram que não precisam assumir um voto de castidade, existe uma outra forma de interpretar o principio de brahmacharya. Poderíamos, nesse sentido, traduzir este termo como coerência relacional ou ainda, monogamia. De uma maneira mais ampla ainda, podemos definir brahmacharya como moderação, conduta virtuosa ou refreamento dos desejos. Neste último sentido, transcendendo a dimensão da sexualidade há ainda uma leitura do termo que inclui a frugalidade alimentar e uma dieta vegetariana, em que a prioridade na escolha dos alimentos vai para aqueles produzidos localmente, com o mínimo impacto ambiental.


O brahmacharya à luz do código de conduta de Patañjali.


O pilar central do código ético do Yoga é ahimsa, a não-violência. Todos os demais elementos da conduta do yogi estão em função da não-violência: dela surgem e a ela voltam. Se formos considerar brahmacharya uma das expressões da não-violência, isso implica duas dimensões: na primeira, não devemos ferir ninguém num relacionamento afetivo; a segunda, não devemos nos forçar ou exigir de nós mesmos algo que está além da nossa capacidade. Não machucar os demais é prioridade absoluta na vida de Yoga. Por outro lado, evitar machucar a si mesmo não é menos importante.

Infelizmente, há distorções grandes em ambos os sentidos: praticantes que reprimem as emoções e a pulsação sexual, ao invés de sublimar, e falsos mestres que, alegando a necessidade de “transmutar a energia sexual”, ou arvorando-se em terapeutas, abusam descaradamente da posição de poder em que se encontram. No caso do praticante que interpreta brahmacharya como abstinência sexual forçada, ele recolhe o fruto do seu próprio despreparo na forma de frustração e sofrimento. No caso da pessoa que consciente ou inconscientemente olha para os outros como fontes de satisfação dos seus próprios apetites, ela recolhe o sofrimento dos demais, bem como a própria frustração. Estas formas de conduta são adharmika, contrárias à justiça divina, à justiça social, ao bom-senso, à harmonia e ao bem comum.


Trate os demais como você gosta de ser tratado.


A frase deste sub-título é uma maneira interessante de definirmos brahmacharya. Ninguém, nem dentro nem fora do Yoga, ninguém gosta de ser ferido ou se sentir usado. Portanto, ninguém deveria dirigir atitudes desse tipo aos demais, seja num relacionamento afetivo, seja em qualquer outro tipo de relacionamento. Essa é a base do convívio harmonioso na sociedade, daquilo que se entende como dharma.

Até aí, o amigo leitor pode concordar, mas fica uma pergunta no ar: como agir? Talvez o segredo seja agir sem reagir. Evitar o primeiro impulso é a maneira mais sábia de driblar situações que possam produzir desconforto ou machucar aos demais ou a si mesmo. Isso não vale apenas nos relacionamentos afetivos, mas em todo tipo de situação. Assim, por exemplo, se você sentir que um desejo surge e começa a se manifestar, mas conseguir respirar em silêncio, observando-o na distância até ele se enfraquecer, é bem provável que possa evitar as ações e reações que aconteceriam se você se deixasse arrastar por ele. Namaste!



Sexo e Fator de Obsessão


2006 - “Ninguém se engane quanto aos compromissos do sexo perante a Vida. E cuide também de não enganar a outrem. Cada um responde pelo o que inspira, e pelo o que faz.” - Manoel Philomeno de Miranda

Vive-se na Terra, a hora do sexo. O sexo vive na cabeça das pessoas, parecendo haver saído da organização genética onde se sedia. Vulgarizado e barateado pelos meios de comunicação de massa, tornou-se motivo essencial da vida de milhares de pessoas, sempre frustradas e insatisfeitas. Julgando-se a criatura humana como sendo tão somente o corpo, cresce hoje o vil mercado das sensações, em completo desrespeito e desconsideração pelo ser humano.

O homem e a mulher verdadeiros são os seus valores éticos, as suas aspirações, as suas lutas e sonhos, os objetivos nobres que trazem dentro de si. Sitiar a criatura apenas nos vapores da libido desenfreada, como vem acontecendo, é atitude injustificável perante todo o progresso psíquico, emocional e intelectual que nos colocam hoje no patamar da razão.
Alheios a tais aquisições, homens tomam de seus veículos automotores, a vagar pela noite, à procura de uma parceira que lhe satisfaça os impulsos. Forma-se uma corrente mental indirecionada, já que a mulher de seus desejos só existe no seu pensamento. Imediatamente, dezenas de espíritos trevosos captam o “fio mental” do desejo sexual do homem imprevidente e vão em sua direção. Por influência deles é encontrada a parceira ideal, a fim de estarem eles próprios a participar do infeliz ato sexual, porque desprovido dos condimentos do amor.

Sem a afetividade sincera e honesta dando sustentabilidade à relação sexual do ser humano, este se faz presa fácil da parasitose obsessiva que se estabelece. Acoplando-se ao Chakra Coronário, localizado no topo da cabeça, centro vital responsável pela “alimentação das células do pensamento” e relacionado ao funcionamento de todo o sistema nervoso, conforme elucida o espírito Manoel Philomeno de Miranda, em seu livro “Sexo e Obsessão”, o desencarnado penetra nas ondas mentais do encarnado e, desta forma, passa a sentir as mesmas e idênticas sensações que sua vítima experiencia. Simultâneo a este acoplamento, ocorre a expansão de uma densíssima massa energética chamada ectoplasma, a qual permite com maior facilidade a absorção das baixas energias da relação sexual do casal desavisado.

Hoje, dessa forma, milhares de criaturas são vítimas das vampirizações espirituais. Se tivessem envolvido as suas vibrações no sentimento sincero do amor; se tivessem resguardado seus canais mediúnicos, que todos temos; se tivessem mantido seus pensamentos em patamar elevado; e não seriam vítimas então desses terríveis conúbios obsessivos.

Urge na Terra a necessidade de uma educação mental por parte das criaturas. O pensamento é força atuante e estamos constantemente rodeados por consciências desencarnadas de toda natureza. Pensar de maneira correta e elevada é atitude de todo aquele que tem o desejo sincero de evoluir, de progredir sem limites no rumo da plenitude que o espera. Conforme as emanações mentais que mantivermos, da mesma forma se apresentará a nossa vida e o nosso comportamento. O ser humano é energia pensante e onde estiver irradiará o que traz dentro de si, atraindo as companhias correspondentes: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”, já dizia o conhecido provérbio popular.

Quando um encarnado mantém o seu pensamento no nível dos prazeres vulgares, sua vibração é sentida pela espiritualidade inferior como se fora um estridente sinal sonoro, uma verdadeira “sirene do desejo”...e então localizam com facilidade o homem e a mulher inadvertidos, de acordo com as afirmações do espírito Galileu Galilei, em seu livro “Amor e Fator Obsessão”. Tais emissões vibratórias em suas mentes ocasionam a produção de enzimas psíquicas ou bacilos psíquicos, microscópicos corpúsculos desconhecidos da ciência terrena os quais irão atacar as células reprodutoras masculina e feminina. Ao exaurir as fontes da sexualidade, da vitalidade genésica, provocam transtornos e doenças como o câncer de próstata e o câncer uterino. Da mesma forma, o baixo teor vibratório emitido pela tela mental desorganiza a sede da consciência individual de cada célula, que passam então a funcionar irregularmente, conforme nos esclarece Joanna de Ângelis, em seu livro “Adolescência e Vida”, abrindo o campo receptivo à instalação de várias doenças. Não são os microorganismos visíveis os responsáveis pela causa das doenças, mas sim o psiquismo em deterioramento, que abre um canal enfermiço para todo o corpo perispiritual e físico.
Há casais em nossos dias, os quais entenderam erroneamente que o sexo é tudo, e entregam-se a viciações sexuais de difícil libertação, as quais nem mesmo os especialistas conseguem compreender com facilidade. Enquanto se permitirem licenças morais e aberrações sexuais como vem ocorrendo, desorganizarão sistematicamente toda a sua aparelhagem genésica, o que acarretará doenças inadiáveis, por lesarem com vigor seus perispíritos.

Sob a óptica espírita, portanto, a única maneira de vivenciar a função sexual de forma correta é através do amor. Quando os indivíduos se amam, não ocorre somente a permuta física mas, principalmente, a de ordem psíquica, conforme afirma Walter Barcellos, em “Sexo e Evolução”. Os olhares sinceros se encontram e intercambiam raios psíquico-magnéticos que os vitalizam, estimulando a coragem, o ânimo e a alegria de viver. Quanto mais espiritualizado, quanto mais sincero e honesto for o sentimento que une duas criaturas, mais rica e sublime será a permuta magnética entre as duas, que têm a sua intimidade completamente protegida pelos mentores de ambos, os quais utilizando-se dos pensamentos elevados da atmosfera psíquica do casal, constróem a “residência fluídica” que os protegerá de qualquer espírito infeliz.

Já o mesmo não ocorre quando a relação sexual é desprovida de sentimentos nobres, sendo a sua passagem rápida e frustrante, o que gera naqueles a que se entregam sentimentos de vazio e arrependimento – porque não completa, não preenche, não vitaliza - , além de ficar o casal completamente vulnerável à ação da espiritualidade inferior.

O sexo não foi elaborado por Deus a fim de possibilitar tais deleites irresponsáveis, mas sim para o renascimento das vidas, que retornam ao cenário terreno, e para as sensações compensativas das jornadas diárias, na permuta de hormônios que acalmam e da afetividade que robustece as criaturas e as completam. Sendo o espírito neutro na sua sexualidade, possui ambas as polaridades psíquicas, masculina e feminina, e as expressa conforme for o melhor para a sua evolução; ora encarnando como homem, ora encarnando como mulher, com o intuito de desenvolver os sentimentos inerentes a cada polaridade.
Quando a sexualidade, entretanto, é aviltada, vulgarizada e desrespeitada em sua constituição, retorna o espírito em outra polaridade a qual não corresponde ao corpo físico, de forma a não poder dar curso aos seus desejos, esclarece o nobre mentor Bezerra de Menezes. Pode ainda o ser reencarnante vir a ocupar um corpo com sérias limitações mentais, o que impossibilitará – com fins preventivos e terapêuticos - , a elaboração das obscenidades que tanto o prejudicaram, quando o empurraram para o fosso das paixões primitivas.

Considera-se nos nossos dias, o prazer corporal como o único meio de felicitar os indivíduos. Os defensores de tal idéia ignoram, por outro lado, uma série de outros prazeres mais sutis, mas que também são fortemente registrados no psiquismo, fomentando o bem-estar e a alegria de viver. São os prazeres da afetividade sincera, o prazer intelectual que se frui diante do aprofundamento em alguma área do conhecimento, o prazer estético, através das artes e das criações da cultura em toda parte, e ainda o prazer espiritual, decorrente dos mergulhos dentro de si mesmo e do contato com a espiritualidade. Há ainda o prazer cultivado quando acalentamos ideais para nossas vidas, objetivos pelos quais nos esforçamos com empenho e dedicação, planos profissionais ou afetivos, junto daqueles que amamos. Todos esses são prazeres do espírito, da alma humana, uns passageiros, como os prazeres físicos, outros perenes porque abstratos, imateriais, mas que da mesma forma impulsionam o indivíduo para as lutas diárias, para os desafios da caminhada terrena.

Tudo isto constitui o que a benfeitora Joanna de Ângelis considera como sublimação ou transmutação da função sexual. A libido, como a denominou Sigmund Freud, é energia psíquica que pode ser canalizada para várias áreas: para os esportes, para o conhecimento, para a arte, a afetividade...Sempre que nos dedicamos a alguma tarefa ou trabalho, ou mesmo a algum esporte, estamos sublimando ou transmutando energia sexual para diferentes aspectos da vida, a gerar equilíbrio energético e saúde orgânica.

A função sexual, em sua constituição íntima, é criativa das formas físicas, mas principalmente das expressões da beleza, da cultura e da arte, como elucida a mentora de Divaldo Franco, em seu livro “O Despertar do Espírito”. Todos os grandes avanços do conhecimento humano, seja através das expressões artísticas ou da ciência, foram frutos desta energia sublimada de homens e mulheres abnegados. Isso não significa ausência de relações sexuais, mas sim o direcionamento criativo da libido para diversas áreas, e não somente para a área genésica.

Nesta tarefa, portanto , de sublimação e transmutação das energias sexuais, devemos tomar ainda o cuidado de não acalentar qualquer sentimento de culpa ou vergonha em relação às sensações fisiológicas, perfeitamente naturais, o que provocaria a repressão de conteúdos para o inconsciente, gerando transtornos e desequilíbrios inevitáveis. Devemos sempre lembrar de que o sexo é obra Divina, elaborado para o crescimento e felicidade das criaturas. A forma como empregarmos as forças sexuais do espírito é que responderá por suas conseqüências – quer sejam de luz ou de trevas.

Torna-se inadiável, e quão urgente, neste momento, que esta visão espiritual da sexualidade seja levada às gerações mais novas, na tarefa de proporcionar uma correta educação para a vida sexual. A educação sexual que os jovens tem recebido nas escolas, na qual somente o corpo físico é abordado, os têm levado à entrega completa aos impulsos fisiológicos, os atirando em viciações e processos obsessivos lamentáveis. Conforme nos adverte Joanna de Ângelis, em seu livro “Adolescência e Vida”, “quando se pretende transferir para a Escola a responsabilidade da educação sexual, corre-se o risco, que deverá ser calculado, de o assunto ser apresentado com leveza, irresponsabilidade e perturbação do próprio educador, que vive conflitivamente o desafio, sem que o haja solucionado nele próprio”(1997, pg.21). Certamente existem professores os quais trabalham o tema com dignidade e honradez – embora ignorem os fatores espirituais - , mas, infelizmente, estes constituem exceção. O que se percebe nas aulas ministradas sobre sexo, em sua maioria, é a completa banalização do aparelho genésico, com a utilização de palavreado impróprio e vulgar, além de imagens chocantes, a causar perturbação nos mais tímidos e incitar ao cinismo e à malícia aqueles espíritos que renascem sob a influência de vícios muito arraigados, que longe de serem reforçados, deveriam ser substituídos por hábitos salutares.

A correta educação sexual, sob a óptica do Espiritismo, consiste na aquisição de valores por parte do jovem reencarnante, na introjeção do respeito aos seus semelhantes, aos sentimentos que possuem, seus corpos e individualidade; pois as criaturas hoje são tratadas como objetos – indivíduos descartáveis - , sem qualquer dignidade ou consideração. Ao lado da informação de ordem física, que é necessária, tornam-se indispensáveis os valores éticos e morais para o jovem, as informações espirituais sobre o sexo e suas várias decorrências, a fim de que não tombem nos resvaladouros da vulgaridade dos nossos dias. Sem esses ingredientes, a atual educação sexual se faz ineficiente e perigosa, nos assevera Walter Barcellos.
O Espiritismo, assim, como doutrina de educação das almas, oferece os melhores métodos para tal cometimento, através de seu inestimável patrimônio de saberes, disponível à pais, mães, educadores e todo e qualquer investigador que tenha dentro de si o desejo sincero de conhecer a Verdade.

Este é o grande momento para todos nós que aspiramos a uma vida melhor. Reflexionar em torno dos objetivos da vida e da função sexual é tarefa de todo aquele que pensa e deseja o melhor para si. Cumpre-nos, a todos, somar esforços em favor dos princípios da dignidade, da honradez, dos valores éticos, morais, e principalmente da educação moral das novas gerações, único meio de formarmos um novo homem e uma nova mulher para o porvir, na construção de uma sociedade mais equilibrada e feliz.

Tão logo o ser humano resolver-se pela liberdade ante as amarras que o prendem aos baixos desejos; tão logo decida educar o seu pensamento e manter as suas relações sob os alicerces do amor sincero e puro; libertar-se-á com facilidade das malhas terríveis da obsessão sexual. De outra forma, prosseguirá no fosso das paixões insanas e de difícil libertação.


A ENERGIA SEXUAL


por Denise Schinetzky - Procuramos incansavelmente uma vibração chamada AMOR, focalizando essa busca muitas vezes na manifestação da nossa sexualidade. Dentro desse aspecto, a nossa humanidade foi drasticamente “marcada” por falsos conceitos sobre a verdadeira origem e poder da energia sexual.

Mais uma vez fomos manipulados, de um lado, por interesses fanáticos que nos incutiram culturalmente as idéias de pecado, vergonha e culpa a respeito do sexo e, de outro, por “postulados” que, visando uma suposta libertação nesse aspecto, levaram muitas pessoas a acreditar que com o uso e abuso do sexo poderiam alcançar os “céus”.

Tanto uma como a outra destas duas “posturas” foram sustentadas com o intuito de manipular essa “preciosa” força criadora e curadora que chamamos de energia sexual, afastando-nos mais uma vez da nossa essência divina.

Hoje, devido às mudanças energéticas e freqüenciais que o planeta vem sofrendo, estamos sendo, mesmo que inconscientemente, “empurrados” a mudar nosso foco de entendimento a respeito destes assuntos para poder dessa forma nos alinhar com essas grandes transformações. Para isso a nossa energia sexual precisa ser trabalhada e curada. Vejamos como ela funciona.

Desde o ponto de vista físico, quando fazemos uso dessa energia durante o ato sexual, estamos interagindo com nosso sistema glandular que responde liberando uma série de substâncias e hormônios. Algumas dessas substâncias são mantidas e absorvidas pelo organismo enquanto outras são direcionadas “para fora” a exemplo do sêmen que é usado para a fecundação.
No momento que interagimos com este sistema, estamos também acionando as energias e cargas contidas em nossos chakras, que durante o ato sexual sofrem importantes mudanças e passam a criar uma série de pontes sutis entre ambas as partes, permitindo a troca energética entre as mesmas.

Quando se tem uma experiência sexual e os chakras não estão alinhados e “limpos”, a mesma torna-se energeticamente desgastante pelo mau direcionamento da energia e pela contaminação de elementais negativos de ambas as partes.

O chakra básico e sexual são os centros de maior interação numa relação sexual deste tipo e também os que mais sofrem com as cargas negativas que absorvemos durante as mesmas. Lembrando também que quando interagimos apenas com estes dois chakras estamos ativando só duas das doze fitas do nosso DNA original.

Hoje, grande parte da humanidade pratica sexo sem consciência, muitas vezes usando drogas e bebendo álcool, camuflando suas inseguranças e medos, abrindo dessa forma portais para energias densas e umbralinas que se alimentam dessas experiências.
Quando o homem busca se relacionar sexualmente com sua parceira apenas para descontração, divertimento ou para se libertar do estresse, passa a “contaminar” energeticamente a mulher que é a receptora, podendo a mesma sofrer as conseqüências disso no nível físico, apresentando distúrbios ou desequilíbrios no seu aparelho reprodutor. Estes distúrbios podem ir desde um simples “corrimento” até um câncer.

Sem falar logicamente nas doenças sexualmente transmissíveis, drama da nossa atual sociedade. Mas não é só a mulher que “sofre” essas conseqüências, ela também pode seriamente interferir negativamente na energia de seu parceiro; apenas, ela por ser “receptora”, sofre mais as conseqüências.

A energia sexual trabalhada individualmente possui importantes propriedades curativas e criativas que se manifestam basicamente na energia kundalini a qual representa a “materialização” da mesma.
A energia kundalini existe em todos os aspectos do ser não apenas no nível físico e biológico e sim em todo seu sistema de corpos, mudando apenas o aspecto energético e freqüencial da mesma.
O nosso planeta está formatado por essa energia com o intuito de preservar seus aspectos crísticos de uma Mãe Universal. Passando a ser um importante foco de transmutação das cargas deturpadas pelas almas humanas e de outras origens galácticas que estão dentro do seu campo magnético e conscencial desde tempos imemoriáveis.
Para isso o Planeta aciona sua própria energia crística que “corre” pelas veias energéticas de Gaia.
Gaia é um poderoso Elohim que após ter cumprido várias etapas de seu ciclo ascensional e evolutivo, “veio”, como parte de seu processo e missão: tomar conta do nosso planeta.
A energia kundalini, é acoplada ao aspecto mais físico, possui a capacidade de materializar as energias espirituais que são administradas pelo Eu Sou a nível monádico para formatar os diferentes corpos e a própria Alma. Ou seja, ela manifesta seu poder criativo, acoplando o poder de Ain Soph e Shekinah que pelos ensinamentos kabalísticos representam à manifestação do aspecto Masculino e Feminino da Criação. A sua cor dentro destes campos mais físicos é laranja vulcânico. Lembrando que a energia sexual em si é neutra e como tal pode ser usada positivamente no amor e cura ou negativamente na magia negra e/ou deturpação vibracional de alguém.

Para alcançar a cura em níveis mais profundos, devemos procurar alinhar nossa energia sexual e kundalini com a própria Mãe Terra, permitindo que a mesma seja limpa de elementais negativos e cargas bloqueadoras na forma de implantes, que desviam seu fluxo servindo de alimento a consciências deturpadas e negativas. Dessa forma, o ser passa a se libertar da pesada carga cármica da alma no que se refere aos elementais de culpa acoplados e formatados nas diferentes encarnações, onde muitas vezes nos envolvemos com rituais magísticos nos quais se usavam essas energias ou quando simplesmente praticávamos o ato sexual luxuriosamente.

O sexo é um evento cósmico e não eventual ou local, pois traz consigo a contínua ligação com o pulsar da energia criadora.
A sua prática atrai um sem fim de energias sutis que vão depender do aspecto vibracional das partes envolvidas.
Devemos manter nossa freqüência sempre elevada para atrair as almas que vibrem de maneira semelhante. Dessa forma, poderemos elevar essa energia além dos chakras inferiores, praticando sexo ciente do seu verdadeiro poder e despertando para uma nova concepção sobre sexualidade.

Quando existe a verdadeira união entre duas almas, todas as células e partículas dos corpos se alinham ativando um poderoso campo eletromagnético que leva ambas das partes a experienciar um perfeito equilíbrio energético.
Quando o ser chega a este estado, não mais precisa do “toque”, pois é criada uma verdadeira malha amorosa na qual os corpos se entrelaçam, compartilhando e se elevando sutilmente para outras dimensões.
Nesse instante, o olhar nos olhos do outro ativa a conexão direta com o coração e essência da alma. Conhecemos assim a nossa Divindade.

Lembrem: o sexo é um dos aspectos mais íntimos das nossas vidas. Quando praticado dentro do amor, é maravilhoso e nos permite tanto a exploração individual como a conexão com o outro, numa verdadeira fusão das nossas intimidades, porém, mantendo a soberania, liberdade, sem manipulação, sentimento de posse ou ciúme.

Conforme a mudança da nossa consciência e freqüência assim serão os parceiros que encontraremos, tendo em vista que, SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE.

Devemos cuidar muito bem com quem nos relacionamos, pois, mesmo que estejamos passando por uma etapa onde foi estipulado o encontro com nossas “almas gêmeas” ou parcelas divinas, como uma medida de suporte para nossa ascensão, de nada vale esse encontro se não for transmutado grande parte dos aspectos negativos da nossa existência, pois dessa forma apenas estaremos “encontrando” as parcelas que estejam no mesmo patamar freqüencial e vibracional.

Reflitam sobre isso, pois essa lei Universal no que se refere ao magnetismo humano é muito importante e fundamenta grande parte do nosso entendimento dentro deste processo.

Dessa maneira, procuremos não misturar as nossas energias, apenas escolhendo um companheiro ou companheira que se encaixe melhor a nosso momento e pelo qual tenhamos um sentimento verdadeiro não só de atração, mas também fraterno, alimentando assim o relacionamento de sentimentos puros onde estaremos promovendo uma troca e aprendizado e não um relacionamento de dívidas cármicas, de cobranças de lutas de poder ou de vampirização energética como comumente vivenciamos.

Sexualidade é um sentimento, dessa forma não poderemos acessar o “êxtase” num relacionamento sem o mesmo.

O sexo com consciência é o ato final de algo especial, espontâneo e ao mesmo tempo planejado, pensado e desejado.
Na sua espontaneidade contém toda a expressão ritualística do seu elemento fundamental: o AMOR.

A prática da nossa sexualidade dentro destes parâmetros abre os portais para as esferas estelares e núcleos galácticos, criando, expandindo e levando a um ser a um estado de autocura integral.

Transformemos assim nossos relacionamentos mais íntimos para uma “aventura” de união, amor e consciência, baseados num equilíbrio perfeito entre os aspectos espirituais e físicos, aprofundando nosso ser no autoconhecimento concreto da essência criativa e Consciência Divina.

PARTE 6