CURIOSIDADES

Équidna-ouriço

equidna1Animal de hábitos diurnos e/ou noturnos, está adaptado para escavar formigueiros e o solo a procura de formigas e cupins, devido as potentes garras presentes tanto nos membros dianteiros quanto traseiros. É a menor das espécies de équidnas conhecidas. Diferencia-se do gênero Zaglossus por diversas características físicas, entre elas o tamanhos dos membros, do focinho e quantidade de espinhos; hábitos alimentares e comportamentais. Apresenta o corpo coberto por espinhos, que podem medir até seis centímetros de comprimento. Ovípara, a fêmea bota um único ovo, numa espécie de bolsa que se desenvolve no abdômen na época de acasalamento, onde incuba por aproximadamente vinte e sete dias. Os filhotes nascem cegos e pelados, e com um ano já são independentes.

É uma espécie pouco ameaçada de extinção, sendo encontrada em variados ecossistemas. Se adaptou bem a colonização da Austrália, podendo ser encontrada em áreas agrícolas e pastagens. A população é estável, tendo poucos fatores de risco. Representa um dos ícones da Austrália, aparecendo no verso da moeda de cinco centavos do dólar australiano, e como mascote em eventos e competições.


Distribuição geográfica e habitat


A équidna-de-focinho-curto é encontrada na Austrália incluindo diversas ilhas adjacentes, entre elas a Ilha Kangaroo, Tasmânia, Ilha King, Grupo Furneaux; e no sudoeste da ilha de Nova Guiné (Indonésia e Papua-Nova Guiné), como também uma população isolada no vale de Markham (Papua-Nova Guiné).

Habita variados ambientes, podendo ser encontrada tanto em desertos, savanas, florestas e áreas montanhosas. Também ocorre em áreas agrícolas. Em altitude é encontrada do nível do mar até até os 1.675 metros.


Características


Como o ornitorrinco, o corpo da équidna é comprimido dorsoventralmente, mas não é tão aerodinâmico. O dorso é arqueado, e a barriga plana ou côncava. A cabeça é pequena e parece emergir do corpo sem nenhuma indicação de pescoço. A cauda é curta, grossa e glabra na superfície ventral. O focinho longo e fino é cerca de metade do tamanho da cabeça, sendo quase reto ou então curvado ligeiramente para cima. Cada pata possui cinco dígitos, com garras largas, rígidas e retas, adaptadas para escavar. Ambos os sexos apresentam um esporão nos membros traseiros, oco e sem produção de veneno, ao contrário do Ornithorhynchus anatinus. Os olhos são pequenos e situados próximos a base do focinho, possibilitando um campo de visão mais voltado a frente, que as laterais. Não tem orelhas externas. Os machos não apresentam escroto, e os testículos são internos. Não possui dentes e a língua é comprida e pegajosa.

O dorso das équidnas é coberto por espinhos grandes, ocos e finos, chegando a medir cerca de seis centímetros de comprimento. Eles são geralmente amarelos, com as extremidades pretas, mas alguns são totalmente amarelados. A baixo dos espinhos, as équidnas apresentam uma pelagem negra a marron-escura. O ventre apresentam uma pelagem compostas por pêlos grossos. Na subespécie da Tasmânia, os pêlos cobrem quase que completamente os espinhos, que são pequenos.

O crânio do gênero Tachyglossus é caracterizado por um focinho alongado e arredondado e uma caixa craniana abaulada lateralmente. O palato se estende para trás ao nível das orelhas, e o meato acústico externo é direcionado ventralmente. A mandíbula é reduzida e com os processos coronóides e angular pobremente desenvolvidos. Internamente, a mais proeminente característica são os turbinados. Eles se estendem posteriormente no crânio, ficando sob a superfície das cavidades olfatória e cerebral da caixa craniana.


Hábitos


Vive muito, já foi assinalado o caso de um équidna-ouriço que viveu 50 anos em cativeiro. O seu único inimigo é o homem. Os indígenas apreciam muito sua carne. A vocalização do equidna consiste num grunhido surdo que produz quando está inquieto.


Hábitos alimentares e dieta


Come insetos e vermes, mas sobretudo formigas e cupins, que descobre com seu focinho, tão sensível, que serve mais como órgão tátil do que olfativo. Para comer, o equidna procede da mesma maneira que os tamanduás, isto é, serve-se da longa língua pegajosa, retirando-a, junto com alimento, uma certa quantidade de areia, de poeira, de resto de mata e, às vezes, um pouco de ervas, que lhe facilita a trituração.


Reprodução


Na época de reprodução aparece no ventre da fêmea uma dobra de pele em forma de crescente, que forma uma bolsa suficientemente grande. Esta bolsa recebe o ovo à saída da cloaca, o qual, sempre único, fica protegido por uma casca membranosa e mole. Sua incubação dura de 7 a 10 dias, na bolsa. O recém-nascido, inteiramente nu, fica na bolsa até que seu pêlo tenha se formado. A mãe coloca-o em um refúgio seguro, onde vai periodicamente aleitá-lo.


Fonte: http://pt.wikipedia.org