CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Carne artificial de galinha é desenvolvida em laboratório

galincar101/12/2015 - A Fundação de Agricultura Moderna (MAF) em Ramat Gan, Israel, lançou um projeto para produzir carne de galinha cultivada em laboratório. A carne é a segunda mais popular no planeta seguida da carne de porco. Todos os dias, 23 milhões de galinhas são mortas por ano só nos Estados Unidos.  “Nós somos um grupo de indivíduos que se importam e chegaram à conclusão de que o que o mundo precisa, em termos de ajudar o meio ambiente e os animais, é que todos virem veganos,” disse a co-fundadora Shir Friedman. A organização sem fins lucrativos foi fundada em março de 2014, ...

e em janeiro lançou o primeiro estudo do mundo para verificar a viabilidade, o custo e recursos para cultivar peito de frango artificial comercialmente. “Hoje, as indústrias de carne, leites e ovos estão entre os maiores culpados pela mudança de clima. Eles consomem enormes quantidades de recursos valiosos como energia e água fresca, contribuem para os surtos de pandemias como a gripe suína e são a causa de morte de bilhões de animais todos os anos,” disse Friedman, que é bióloga. Aproximadamente metade da área de solo do mundo é ocupada pela pecuária e pelas plantações que os alimentam, além tomar um terço da nossa água fresca, e ser responsável pela metade da emissão de gases de efeito estufa.

A produção de carne artificial em laboratório iria necessitar de até 45% menos energia, 90% menos água fresca e 99% menos terras, e resultaria em 80 a 90% menos gases de efeito estufa emitidos na atmosfera. “Se 2.5 bilhões de pessoas se juntarem a nós em comer apenas carne cultivada artificialmente até 2050, nós ganhamos todos esses recursos de volta. É realmente uma solução mágica,” diz Friedman.

Um dos maiores desafios da MAF é convencer as pessoas de que o alimento não envolve nenhuma engenharia genética. Não é um substituto de carne, e sim 100% carne. A produção da carne começa incubando células tronco em um ambiente rico em nutrientes que ajuda as células a crescer e se dividir. Recursos tecnológicos ajudam as células a formar uma fina camada de tecido, ou seja, a carne.

“Estamos simplesmente deixando a biologia agir, deixando células criarem o tecido de músculo que sabem criar. A carne será idêntica em sabor e ingredientes da carne de um animal – talvez até mais saudável porque podemos controlar a quantidade de colesterol e gordura,” diz Friedman. “Será uma maneira bastante sustentável de alimentar o planeta.”


Fonte: http://www.anda.jor.br/