HISTÓRIA E CULTURA

O Olho de Horus - A Flor da Vida (Episódio 4) Parte 2

amonSímbolos e escritas - Os egípicos expressavam suas idéias através de tres tipos de simbolos ou escritas. são chamadas de escritas hieroglificas, hierática e demótica. O primeiro tipo de escrita utiliza imagens muito simples chamadas HIEROGLIFOS (hieros - sagrado, glifos - imprimir) assim chamaram os glifos escriata sagrada aos entalhes simbólicos egípcios. Os hieróglifos tem diferentes níveis simbólicos de comunicação. O mais simple e básico é o dos simbolos fonéticos. Utilizaram 24 símbolos graficos associados a um som e nao a uma idéia, formam o alfabeto egípcio. Era a escrita que dava forma a linguagem do povo. São o primeiro alfabeto usado pelo homem do qual se derivou o alfabeto fenicio e mais tarde o alfabeto grego. Podiam escrever indiscriminadamente em colunas ou em linhas horizontais, podendo ser lidas em qualquer sentido.

 

 

atum

 

As cabeças das figuras simbólicas olhavam na direção emque que se começava a frase, marcando assim a direção da leitura. Durante milênios permaneceu indecifrada, até que em 1799, os expedicionarios franceses vindos com Napoleão, encontraram em Roseta, no meditarrâneo, uma pedra de granito negro escrita no final da civilização egípcia. Em péssimo estado, nenuma das suas linhas estava completa, conservava ainda 14 linhas escritas em hieroglifos, 32 linhas escritas em demótico e o mais importante 54 linhas em grego, uma lingua conhecida que indicava que este texto traduzia as outras escritas.

 

 A B

C D

 

Um especialista em línguas, Jean-Francois Champollion, dedicou-se a estudar os textos da pedra. Descobriu que o egípcio antigo assim como as semíticas usavam apenas consoantes, a vogais era acrescentadas na liguagem falada para dar uma forma gramatical. Em 1822 consegue resolver o mistério ao comparar dois hieróglifos contidos em dois cartuchos do texto, um dos quais também constava numa lápide circular na ilha de Philae ao lado da segunda pilastra do templo de Isis, que se sabia conter o nome do faraó Ptolomeu VI.

 

champollion

 

Dois cartuchos de hieroglifos com os nomes dos dois ultimos farós egípcios, Ptolomeu e Cleópatra. Isso permitiu decodificar e identificar o alfabeto utilizado. O som que nesse momento produziam as palavras gragas em Copto, uma linguagem usada por cristãos egípcios, serviu para aproximarmos do som que se supóem tivesse a lingua dos antigos egípcios. Assim se consegue decifrar o primeiro nível da linguagem com seus 24 símbolos entalhados a milhares de anos. A escrita que usava apenas símbolos fonéticos, não idéias.

 

CH E

F G

 

Mas existe um nível mais alto de comunicação nessa mesma escrita hieroglífica além de 700 simbolos, belíssimas formas gráficas que desenham a realidade e evocam na mente ações e conceitos. A palavra convertida em imagem. Símbolos que imitam as formas da natureza, escolhidos pela ação que evocam na mente. Um pássaro evoca o vôo, a liberdade. Caso seja um falcão acrescenta a esta imagem a agudeza da visão. A figura de um olho comunica a ação de ver. Cada simbolo é desenhado para reviver experiências que a sua forma reviveu na vida.

Usavam também partes facilmente reconhecíveis que fazem pensar numa ação vital. Dois braços elevados fazem pensar em orar. Duas pernas evocam a ação de andar, um braço estendido a ação de apontar. Duas mãos entrelaçadas, união. Uma mão que alimenta, outra que semeia, um jarro que entorna. Simbolos que retratam elementos fabricados pelo homem e quando postos em ação produzem um efeito. A ferramenta comunica o tipo de trabalho que se executa com ela, um arado, um ancinho, uma rede.

 

H I

K L

 

Além da escrita hieroglifia existia outro tipo de escrita a hierática. Era utilizad apenas para comunicações oficiais e comerciais. A terceira forma de escrita só existiu nos ultimos anos da civilização, quando por volta do ano 700 aC os escribas que copiavam os escritos antigos simplificaram ainda mais os símbolos do hierático. Até torna-lo quase uma taquigrafia. Chama-se Demótico.

 

M N

O P

 

Novas interpretações estão surgindo Permitindo entender que os mitos e símbolos usados pelos egípcios são apenas uma forma fácil de comuniar conhecimentos e expressar conceitos sobre a realidade. Ao converter idéias em Histórias facilita-se a sua compreenção. Os sábios sabiam que dar informação sem a compreensão da mesma é um exercício inútil.

 

escrita_demtica  escrita_hieratica

escrita_hieroglifica


Blocos de 50 toneladas e uma técnica de contrução perdida
 

Existem 3 templos muito antigos do inicio da sua civilização realizados com a mesma técnica de construção, tem o mesmo estilo arquitetonico maçisso e pesado que não foi utilizado em todo o Egito. Dois deles se encontram em Gizé. O templo da Esfinge construido exatamente junto a ela e o templo do Vale, ao sul, nessa época em frente ao Nilo. O Terceiro é o maçisso Osirion, contruido em Abydos. Os dois templos de Gizé foram feitos com os imensos blocos que sobraram da construção da esfinge. Somente esses dois templos, em todo o Egito, foram construidos construidos com blocos tão grandes, numa forma tão maçissa, fechada completamene ao mundo exterior por imensos muros de pedra com apenas dois acessos frontais simétricos.

O peso médio dos blocos utilizados na sua construçao é de 50 toneladas. Deviam conhecer técnicas de construção que facilitassem a utilização dos blocos, imensos como casas. Não usaram blocos regulares eram todos diferentes com seus lados cortados em diferentes angulos sobre os quais encaixavam, de maneira exata e milimétrica, os que colocavam por cima. Outra particularidade desses templos é que os blocos dos cantos estao cortados de modo especial. Cada um deles faz parte dos dois muros, a fim de que toda a estrutura do edificio não tenha interrupções.

Isso obrigava a que cada um desses blocos tivesse que ser entalhado em alguns casos mais de 30cm para formar o canto. Na natureza orgânica não existem angulos retos, um canto é uma articulação que permite o fluxo das energias e o fluxo dos líquidos. Esses templos tinham um salão central coberto por uma laje de pedra sustentada por gigantescas colunas simétricas, formando um terraço superior que dominava a planicie. Seus muros e colunas não tinham nenhum tipo de ornamento ou hieroglifo e os pisos são de alabastro.

O salão era iluminado por claraboias no tetode pedra, que deixavam entrar um foco de luz diretamente sobre as estátuas dos Neters. Esses templos foram utilizados desde o Zep Tepi, o momento em que começou a nova era, depois do diluvio, em cerimonias iniciáticas dos sacerdotes da escola de mistérios do olho de horus. Nos dias de equinócio, sobre o terraço do Templo a altura do olhar da esfinge, colocavam a barca de ouro,  o simbolo do proceso evolutivo do homem em seu caminho de reencarnaçoes na terra e do percurso do sol no céu. Ao seu redor eram realizadas cerimonias, enquanto a esfinge contemplava o nascer do sol no horizonte a sua frente e durante as noites as estrelas da constelação de leão.

 

falcao imagem_simbolica

estela_ptolomeu

 

Existem 4 razões para que se diga que a esfinge e essse templos foram construidos pelo faraó Kéfrem. A primiera é que no templo da esfinge foi encontrada enterrada de cabeça para baixo a famosa estátua de diorita negra de Kéfrem, com o falcão no ombro. A segunda é que afirmam que a cara dessa estátua é identica ao rosto da esfinge. Porém, na realidade, as suas feições são muito diferentes da de Kéfrem. A terceira é que entre os braços da esfinge encontrou-se uma lousa entalhada por Tutmosis IV, que numa de suas linhas tem a sílaba "Kef" apesar de que na mesma lousa estar escrito que a esfinge estava nesse local desde o inicio dos tempos, o Zep Tepi. A quarta é que por isso também se atribui a Kéfrem a construção da piramide central de Gizé que tinha, encontado em sua fachada, um templo unido por um caminho coberto de 500 metros, o templo do vale.

No entando a pedra dos muros desse templo é do mesmo tipo do bloco monolítico da esfinge, certamente feitos com o que sobrou do seu entalhe. Além do mais tem os mesmos sintomas de erosão pela chuva que a esfinge. O que permitiu que especialista geólogos determinassem que foi contruida por volta do ano 9000 aC. Certamente o faró Kefrem reformou o antigo Templo cobrindo pelos dois lados os muros ja deteriorados pela erosão com lousas de granito.

PARTE 3