SÍMBOLOS E OBJETOS

O Mistério do Disco de Festo: O Achado Arqueológico que Intriga o Mundo

disco f topoO Disco de Festo representa um artefato arqueológico que provavelmente remonta à metade ou ao final da Idade do Bronze da Civilização Minoica. Seu propósito, significado e até mesmo a origem de sua confecção são temas continuamente debatidos, o que torna o disco um dos enigmas mais renomados na esfera da arqueologia. Atualmente, esse objeto singular está exposto no museu arqueológico de Heraclião, localizado em Creta, Grécia. A sua descoberta ocorreu em julho de 1908, quando o arqueólogo italiano Luigi Pernier encontrou o disco no sítio arqueológico do palácio minoico de Festo, próximo a Hagia Triada, na costa sul de Creta. Em julho de 2021, o arqueólogo Gareth Owens anunciou que havia decifrado aproximadamente 99% do texto, após três décadas de pesquisa. O texto contém 61 "palavras", sendo 31 no lado designado como A e 30 no lado B, numeradas de A1 a A31 e de B1 a B30, respectivamente, indo de fora para o centro. A palavra mais breve consiste em dois símbolos, enquanto a mais longa possui sete. Qualquer marca ou rasura é representada aqui como barras ( / ). A transcrição começa na linha vertical de cinco pontos que circunda a borda do disco no sentido horário, com 13 palavras no lado A e 12 no lado B, antes de prosseguir em espiral em ...

direção ao centro, com 8 palavras adicionais em cada lado. O último sinal de uma palavra em A8 foi omitido, e linguistas notaram a repetição de alguns símbolos. O pesquisador Evans originalmente considerou o lado A como a "frente" do texto, mas argumentos técnicos posteriores sugerem que o lado B é a parte frontal.

No interior do disco, observam-se representações que abrangem seres humanos, animais, plantas e objetos comuns do dia a dia. Os símbolos se organizam em 31 grupos no lado A e 30 no lado B, totalizando 241 símbolos distintos, dos quais 45 representam diferentes "letras". A orientação da leitura é um tópico amplamente debatido entre especialistas, sem que qualquer das duas hipóteses tenha alcançado destaque evidente. Os símbolos transcritos abaixo seguem uma direção da esquerda para a direita (ou da direita para a esquerda, caso a leitura comece no centro da espiral, ao invés da borda externa). Eles devem ser lidos como os hieróglifos da Anatólia, seguindo a direção das figuras, animais e seres humanos, em oposição ao estilo dos hieróglifos do Antigo Egito.

discoF2

Em transcrição numérica 01 a 45:

Lado A:

discoF lado a

02-12-13-01-18/ 24-40-12 29-45-07/ 29-29-34 02-12-04-40-33 27-45-07-12 27-44-08 02-12-06-18-? 31-26-35 02-12-41-19-35 01-41-40-07 02-12-32-23-38/ 39-11
02-27-25-10-23-18 28-01/ 02-12-31-26/ 02-12-27-27-35-37-21 33-23 02-12-31-26/ 02-27-25-10-23-18 28-01/ 02-12-31-26/ 02-12-27-14-32-18-27 06-18-17-19 31-26-12 02-12-13-01 23-19-35/ 10-03-38 02-12-27-27-35-37-21 13-01 10-03-38


Lado B:

discoF lado b

02-12-22-40-07 27-45-07-35 02-37-23-05/ 22-25-27 33-24-20-12 16-23-18-43/ 13-01-39-33 15-07-13-01-18 22-37-42-25 07-24-40-35 02-26-36-40 27-25-38-01
29-24-24-20-35 16-14-18 29-33-01 06-35-32-39-33 02-09-27-01 29-36-07-08/ 29-08-13 29-45-07/ 22-29-36-07-08/ 27-34-23-25 07-18-35 07-45-07/ 07-23-18-24 22-29-36-07-08/ 09-30-39-18-07 02-06-35-23-07 29-34-23-25 45-07/

A «cabeça com plumas» (02) somente aparece no início de “palavras” e é seguida 13 vezes pelo «escudo» (12, que por vezes está no fim das palavras). Seis palavras aparecem duas vezes cada;

Polêmica

Na década de 1970, o Professor de História Geral do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, Alberto Mendes de Oliveira, afirmou ter desvendado o Disco de Festo, embora suas teorias jamais tenham sido aceitas pela comunidade acadêmica. Ele alegou que o disco continha o seguinte texto:

"Eu sou o senhor todo poderoso, o arquiteto supremo do universo, conhecedor de tudo, presente em todos os lugares e detentor de todo o poder. Criei os céus, a terra, o mar e tudo o que eles contêm, e preservo a verdade eternamente, para todos os povos, nações, raças e tribos sob o meu domínio." O professor também tentou disseminar o seu trabalho e buscar reconhecimento, mas, conforme o que se sabe, infelizmente, não obteve sucesso.

 

O Mistério do Disco de Festo

 

Descoberto em 1908, o enigma do disco de Faísto ainda perdura como um desafio intrigante para arqueólogos e historiadores. No meio dos muitos mistérios que cativam os pesquisadores, encontra-se o disco de Faísto (também conhecido como disco de Festo ou disco de Phaisto). Este objeto é uma peça de cerâmica feita de argila fina, encontrada nas ruínas do palácio de Faísto, situado na ilha de Creta. Foi produzido pela civilização creto-minoica entre os anos de 1900 a.C. e 1450 a.C. O que mais intriga historiadores e arqueólogos são os símbolos impressionados em ambos os lados do disco e o significado que eles podem conter.

Devido à possibilidade de ter sido produzido com selos que reproduziam esses símbolos, o disco poderia representar o mais antigo exemplo de impressão tipográfica de que se tem conhecimento. No entanto, o significado de cada um desses símbolos permanece envolto em incerteza. A escrita cretense se perdeu após a invasão dos dórios na região, por volta do século XI a.C.

A descoberta do disco foi realizada por uma equipe de arqueólogos liderada por Luigi Pernier em 1908, nas proximidades da região central-sul da ilha de Creta. Durante as escavações das ruínas do antigo palácio, possivelmente destruído por terremotos, o disco, com 16 centímetros de diâmetro e 16 milímetros de espessura, foi desenterrado. Entre os símbolos que adornam o disco, encontram-se representações de seres humanos, animais, plantas e objetos do cotidiano. Esses símbolos se organizam em 31 conjuntos no lado A e 30 conjuntos no lado B, totalizando 241 símbolos impressos.

O que os estudiosos buscam é estabelecer uma conexão entre a origem da população que residia na ilha durante o período minoico e, a partir disso, relacionar-se com sistemas de escrita de outros grupos que possivelmente interagiram com os cretenses, como os semitas e os egípcios. Os ícones presentes no disco podem possivelmente ser ideogramas, semelhantes aos usados pelos egípcios, o que abre a possibilidade de tentar encontrar uma correspondência na interpretação do conteúdo do disco. As linhas verticais que separam e agrupam certos ícones ao longo da disposição em espiral das imagens sugerem que esses agrupamentos podem representar palavras ou frases com significados específicos. Por conta disso, diversos esforços de decifração foram empreendidos. Alguns pesquisadores apontam que o disco poderia ter sido um antigo calendário, enquanto outros sugerem que ele servia como um jogo rudimentar utilizado pelos cretenses para seu entretenimento.

Uma outra teoria é que o disco poderia ser um hino sagrado, criado como uma forma de homenagem à deusa-mãe. Existem indícios consideráveis de que a sociedade cretense estava organizada em torno de princípios matriarcais, conferindo às mulheres uma posição não subjugada na sociedade, em contraste com as sociedades patriarcais da época. Esse papel das mulheres é frequentemente associado ao fato de os cretenses se dedicarem ao comércio e à navegação, enquanto as mulheres desempenhavam funções essenciais na organização social das cidades.

Por último, é importante mencionar que também existem hipóteses que interpretam o disco como uma representação histórica de aspectos da civilização cretense, sugerindo possíveis conquistas territoriais e influências estrangeiras. No entanto, o cerne da questão reside em reconhecer o quanto ainda desconhecemos sobre o passado da humanidade. Devemos aceitar a nossa ignorância e continuar a pesquisa na tentativa de preencher as lacunas do nosso conhecimento histórico.

REFERENCIAS:   WIKIPÉDIA

                          HISTÓRIA DO MUNDO

                          HISTÓRIA DAS ARTES

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