7 de junho de 2013 - Mais cedo nesta quinta, 6, Estados Unidos admitiram monitorar telefones.O governo norte-americano tem acesso direto aos sistemas de Google, Facebook, Apple e outras empresas gigantes da internet do país, de acordo com um documento secreto divulgado na noite desta quinta-feira (6) pelo jornal britânico “The Guardian”. Com o acesso, segundo o jornal, o governo monitora secretamente o que usuários considerados suspeitos fazem: o histórico de buscas e o conteúdo de e-mails, arquivos e de bate-papos on-line. Até a última atualização desta reportagem, o governo de Barack Obama não havia se pronunciado sobre a reportagem do “Guardian”, e várias das ...
empresas citadas negaram. A nova denúncia veio horas depois de a Casa Branca admitir, nesta quinta, que o governo dos Estados Unidos espionou registros telefônicos de pelo menos uma operadora, a Verizon, em resposta a documentos divulgados também pelo “Guardian” na quarta (5).Segundo o jornal, os dados são coletados pela polícia federal dos Estados Unidos (FBI) e a pela Agência Nacional de Segurança (NSA) em busca de fazer conexões entre hábitos suspeitos na internet. As companhias são Google, Microsoft, Yahoo!, Facebook, PalTalk, AOL e Apple. Apesar de serem serviços, YouTube (Google) e Skype (Microsoft) também estão na lista. A ferramenta de armazenamento na rede Dropbox é descrita como uma das próximas a entrar na lista.
Os órgãos extraem áudios, vídeos, fotografias, e-mails, documentos e logs de acessos. O intuito é rastrear o movimento de certas pessoas na web e monitorar os contatos que fazem na rede. Segundo a publicação, o programa supersecreto, chamado PRISM, foi estabelecido em 2007, mas não havia vindo a público antes.
O jornal obteve um relatório interno da operação no Vale do Silício, na Califórnia, lar da maioria dessas empresas. No documento, um analista da NSA descreveu o PRISM como a ferramenta que mais contribui com o relatório diário da presidência. Em 2012, o programa foi fonte de quase 1,5 mil artigos. Segundo o “Post”, a situação é mais chocante porque a NSA, que deveria se dedicar a missões de inteligência externa, está envolvida em um programa de monitoramento de empresas americanas, que armazenamento milhões de contas de cidadãos americanos. Isso justifica a presença do PalTalk na lista, apesar de pouco usado. Durante a Primavera Árabe e a guerra civil da Síria, o bate-papo registrou um tráfego de dados significante.
Espionagem telefônica
O governo dos Estados Unidos admitiu nesta quinta-feira que chegou a espionar registros telefônicos de pelo menos uma operadora de telefonia, reabrindo o debate sobre privacidade no país, ao mesmo tempo em que defendeu a prática como necessária para proteger os norte-americanos contra ataques terroristas. O jornal “The Guardian” publicou na quarta (5) uma ordem judicial secreta relacionada aos registros de milhões de clientes da Verizon Communications. “O documento mostra pela primeira vez que, sob o governo Obama são recolhidos indiscriminadamente e em grandes quantidades os registros de comunicações de milhares de cidadãos americanos, independentemente de serem ou não suspeitos”, disse o “The Guardian”. Segundo um alto funcionário do governo do presidente democrata, esta ordem judicial referia-se apenas aos dados, como número de telefone e duração de chamada – e não às identidades das pessoas ou ao conteúdo das conversas.
“Isso permite que o pessoal de combate ao terrorismo descubra se os terroristas conhecidos ou suspeitos tiveram ou têm contato com outras pessoas que podem estar envolvidas em atividades terroristas”, disse ele, que não quis ser identificado. O porta-voz do governo americamo, Josh Earnest, disse que Obama saúda o debate público sobre o balanço entre liberdades civis e segurança, mas está determinado a usar todas as ferramentas disponíveis para manter os Estados Unidos seguros. “A prioridade máxima do presidente dos Estados Unidos é a segurança nacional dos Estados Unidos. Devemos estar certos de que contamos com as ferramentas de que precisamos para enfrentar as ameaças dos terroristas”, acrescentou.
Congresso sabia, diz secretário
O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse que os membros do Congresso estavam “totalmente informados” do programa de coleta de informações que incluía o monitoramento de telefonemas da Verizon. Holder afirmou que não é “apropriado” para ele falar mais em público sobre o tema.
Alvo de críticas
Muitos ativistas se manifestaram assim que souberam sobre a denúncia de espionagem telefônica. “Trata-se de um programa no qual um número não especificado de pessoas inocentes é colocado sob o controle permanente de agentes do governo”, disse Jameel Jaffer, vice-diretor legal da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU). O ex-vice-presidente democrata Al Gore também se pronunciou em sua conta no Twitter: “Nesta era digital, a privacidade deve ser uma prioridade. Sou só eu, ou este manto secreto de controle é obscenamente ultrajante?” Imediatamente, não houve reações da Verizon, que, junto com AT&T, Sprint e T-Mobile, são as maiores operadoras telefônicas do país, onde 87% da população possui um telefone celular.
“Agora que este controle anticonstitucional foi revelado, o governo deve acabar com ele e informar sobre seu alcance real”, disse Michelle Richardson, do escritório legislativo da ACLU em Washington. O Congresso também deve fazer uma profunda investigação, acrescentou.
Jornal dos EUA revela programa secreto que monitora internautas
07/09/2013 - Nos Estados Unidos, mais um escândalo abala o direito à privacidade. Primeiro foi o jornal britânico The Guardian, que revelou que as chamadas telefônicas de milhões de americanos são monitoradas pelo governo. Agora, uma reportagem do Washington Post revelou a existência de um programa secreto para vasculhar informações pessoais na internet. Os internautas estão sendo monitorados pelo governo dos Estados Unidos. E-mails, áudios, vídeos, fotografias, documentos. A Agência de Segurança Nacional e o FBI têm acesso a tudo o que circula nos servidores de nove grandes empresas de internet americanas.
De acordo com documentos secretos obtidos pelo jornal Washington Post, o programa de coleta de dados da internet começou em 2007. As companhias teriam aberto os servidores em troca de imunidade contra processos judiciais, mas as empresas negam. O governo diz que o monitoramento desses dados é importante para identificar pessoas consideras suspeitas e antecipar ações terroristas.
A Microsoft foi a primeira empresa que teve o acesso aos dados do servidor requisitado pelo governo. Depois, vieram Yahoo, Google, Facebook, Paltalk, YouTube, Skype, AOL e a última foi a Apple, em outubro de 2012. Google, Yahoo, Apple e Facebook negaram que o governo tenha acesso direto aos seus servidores. Mas, de acordo com o Washington Post, os dados coletados na internet já são a maior fonte de informações da Agência Nacional de Segurança.
Segundo o diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, a matéria do Washington Post tem várias imprecisões. Ele afirmou que a lei permite que o governo americano monitore apenas estrangeiros que usam a internet fora do país. Para James Clapper, a revelação do esquema de vigilância representa um dano irreversível à segurança.
EUA: A Nova Vítima dos Drones
18/05/2013 - Por Kiko Nogueira. O Departamento de Justiça americano grampeou os telefones de repórter da Associated Press, num movimento que está sendo chamado de “intrusão perturbadora”, “espionagem de estado”, “atentado à liberdade de expressão”, “lapso fascista” e “a volta aos tempos de Nixon”. O grampo, em mais de vinte telefones, foi motivado por uma investigação do governo para saber como a AP conseguiu informações a respeito de um plano para bombardear o Iêmen. A AP deu uma matéria sobre o plano, que envolvia um agente duplo trabalhando para a CIA e para a Al-Qaeda.O governo dos EUA monitorou ligações de gente em Nova York, Washington e Hartford, no estado de Connecticut. Numa carta aberta, o presidente da AP, Gary Pruitt, classificou o grampeamento como “uma intromissão sem precedentes na apuração de notícias” e exigiu que as gravações fossem devolvidas e todas as cópias destruídas.
“Não há justificativa possível para isso”, disse Pruitt. (Os métodos de Obama já vinham sendo questionados desde a admissão, por parte da Receita Federal, de que as contas de grupos conservadores, como o Tea Party, tiveram um tratamento mais rigoroso do que o normal). Geralmente, invasões dessa natureza em organizações de mídia ocorrem após uma intimação oficial. Não foi o caso. A AP afirma que o aviso de que havia sido grampeada veio do Departamento de Estado na sexta -feira passada. A comunidade jornalística está batendo pesado. Para uma editora da revistaNew Yorker, Jane Mayer, parte do problema vem da revolução tecnológica. “É muito mais fácil hoje, para o governo, espionar a Internet e as linhas telefônicas do que era no passado”, diz.
Jonathan Landay, repórter dos jornais do grupo McClatchy que denunciou em várias ocasiões a morte de civis por drones nos ataques “inteligentes” no Oriente Médio, acha que o efeito dessas atitudes será o oposto ao desejado: “vamos nos esforçar mais ainda no nosso trabalho. Quanto mais o governo tenta controlar informações críticas a ele, mais danos traz à democracia”.
Escola de costureiras
Por Olavo de Carvalho, 12 Junho 2013, publicado no Diário do comércio - Glenn Greenwald, o repórter do jornal inglês Guardian que descobriu o grampo geral e endêmico instalado pela administração Obama nos EUA, e no qual ninguém queria acreditar até uns dias atrás, disse que o atual governo deu uma interpretação deformada e monstruosa ao “Patriot Act”, criando uma gigantesca máquina de espionagem ilegal “para eliminar a privacidade e o anonimato não só na América como no resto do mundo” (v. http://www.politico.com/story/2013/06/glenn-greenwald-us-privacy-92400.html#ixzz2VYbXcWpP).
Espionar não é tudo. Intimidar e manipular é o mais importante. O governo americano não só usou o Imposto de Renda como arma de chantagem para paralisar e destruir toda oposição conservadora e cristã, como, ao mesmo tempo, cobriu de isenções e regalias muitas ONGs notoriamente associadas a movimentos radicais islâmicos, inclusive uma, de propriedade do irmão do presidente, destinada a dar suporte político ao governo genocida do Sudão.
Para completar, mudou os regulamentos militares para ameaçar de côrte marcial qualquer soldado que falasse em público da sua fé cristã, ao mesmo tempo que convocava um religioso muçulmano para discursar no enterro de soldados mortos pelo terrorismo islâmico, os quais o distinto teve, na oração fúnebre, a gentileza de rotular como “infiéis a Allah”.
E cada vez vai-se tornando mais claro que o desastre de Benghazi, seguido de repugnantes esforços de acobertamento, nasceu de um falso seqüestro encenado para dar ao governo americano uma desculpa para colocar em liberdade o sheikh cego, Omar Abdurrahman, mentor de organizações terroristas.
Para quem quer que investigasse por conta própria e raspasse um pouco a superfície das coisas, já eram mais que previsíveis em 2008 toda a perversidade, a mendacidade psicopática e o caráter golpista daquilo que viria a ser o governo Obama.
Para quem confia na grande mídia, eram invisíveis, impossíveis e impensáveis.
A redação dos maiores jornais e canais de TV, neste país até mais claramente do que no restante do universo, compõe-se de dez por cento de trapaceiros e noventa por cento de cretinos que os admiram, que os repetem servilmente e que sonham em ser como eles quando crescerem. E destes, só dez por cento crescem. Sobem aos postos de chefia e ganham espaço personalizado quando transpõem com sucesso o rito de passagem que os habilita a fazer por malícia o que antes faziam por idiotice e espírito de imitação.
Aqueles que não consentem em ser nem trapaceiros nem idiotas acabam por se marginalizar ou ser marginalizados.
O leitor quer ter a gentileza de me apontar, entre os luminares da Folha, do Estadão e do Globo, um, unzinho só, que lhe advertisse em tempo que Obama era um totalitário quatro cruzes, devoto do comunismo e dos radicais islâmicos, disposto a fazer da América um Estado policial, e não para perseguir os terroristas mas sim aqueles que os combatem?
Não, é claro. Todos eles anunciaram uma era de lindezas incomparáveis, o fim da idade das trevas, a apoteose da liberdade e do progresso. E agora, como não podem mais negar aquilo que o planeta inteiro já ficou sabendo sem a ajuda deles, não lhes resta senão apelar, com a maior cara de pau, à desculpa de que tudo o que o Obama faz é culpa do Bush. Não dá vontade de bater nesses desgraçados? E pensa que algum deles sente um pingo de vergonha? Que nada! São todos discípulos do Zé Dirceu: pegos com a mão na cumbuca, trocam de nariz e seguem em frente, impávidos colossos, arrotando sapiência.
Não vou citar nomes porque eles brilham todo dia nas telas e nas páginas, padecendo de um excesso de visibilidade.
O que esses sujeitos e todos os seus similares entendem de política está no nível do que eu entendo de corte e costura. Quando criança, eu ouvia de longe minhas tias conversando a respeito numa linguagem esotérica em que abundavam termos como retrós, sianinha, ponto-cruz, “pence”, viés, o diabo. Conheço as palavras todas, mas até hoje não faço a menor idéia de quais objetos lhes correspondem no mundo real, se é que aquelas coisas existiam mesmo e as velhinhas não estavam apenas se divertindo às minhas custas. Se, baseado nos conhecimentos assim adquiridos, eu abrisse uma escola de costureiras, estaria me igualando, em competência e idoneidade, àqueles que recebem altos salários para manter o público leitor e telespectador na mais completa ignorância do que se passa no mundo.
Facebook, Google, Microsoft e Apple: a NSA está monitorando você
07/06/2013 - A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) tem acesso direto a dados como áudio, vídeo, fotografias, e-mails e documentos de servidores internos de grandes empresas de tecnologia como Google, Microsoft, Facebook e Apple, segundo informações do The Guardian e The Washington Post. O caso surge apenas um dia após a informação de que registros telefônicos de milhões clientes da Verizon estavam sendo monitorados pela NSA, após uma decisão judicial secreta.
O Washington Post revelou slides de um oficial da inteligência americana que estava "horrorizado" com a capacidade dos sistema de monitoramento da NSA e por sua invasão a privacidade. O programa, de codinome PRISM, nunca havia se tornado público. A lista de serviços incluídos no monitoramento passa por Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, Youtube e Apple. ODropbox seria o próximo a entrar no programa. De acordo com a apresentação vazada, o PRISM é a principal fonte de informação dos relatórios enviados ao presidente diariamente.
O programa vai muito além da lei que obriga as companhias a atenderem os pedidos do governo por dados, já que oferece à NSA acesso direto aos servidores. E se você acha que isso não diz respeito a você, reveja seus conceitos: A NSA monitora principalmente dados de fora dos EUA. Ou seja, se você usa qualquer serviço de uma dessas empresas, também está sendo monitorado. Quando a NSA intercepta uma comunicação que possa parecer suspeita (seja lá o que eles considerem "suspeito"), ela é separada e registrada como um "informe". Segundo relatórios da própria agência, são acumulados 2 mil informes por mês. Desde 2007, já foram 77 mil informes.
A Microsoft foi a primeira a aderir ao programa em 2007, seguida pelo Yahoo (2008), Google e Facebook (2009), enquanto a Apple entrou apenas 5 anos depois. O Twitter, por enquanto, ainda não faz parte. Já a Google negou que oferece qualquer "backdoor" para acesso da NSA, e que se importa com a privacidade de seus usuários. Esse acesos de alto nível foi conferido pela presidente Bush e renovado em 2012 pelo presidente Obama. Não que ninguém tenha perguntado para você. [The Washington Post / The Guardian]
Além de telefonemas, EUA monitoram e-mails e redes sociais no exterior
07/06/2013 - Além do monitoramento de telefonemas domésticos e internacionais da operadora Verizon, o governo americano tem nos últimos seis anos monitorado os servidores de empresas como o Google, o Facebook e a Apple em busca de suspeitos de ameaças terroristas. A existência dos dois programas, reveladas pelos jornais Guardian e Washington Post, foi confirmada na noite de quinta-feira, 6, pelo diretor da Agência de Inteligência Nacional, James Clapper.
O programa de monitoramento de telefonemas, que já dura sete anos e foi batizado de Prism, começou no governo de George W. Bush, foi mantido e expandido na gestão do democrata Barack Obama. O acesso aos dados de empresas de redes sociais, sites de buscas e de e-mails fora dos Estados Unidos começou há seis anos. Segundo a NSA, ambos foram autorizados pela Justiça e tinham conhecimento do Congresso. Entre os dados coletados estão e-mails, chats, vídeos, fotos, downloads e teleconferências.
"Não pode ser usado intencionalmente nem visar qualquer cidadão americano ou quem esteja localizado nos Estados Unidos", disse Clapper. "A informação coletada pelo programa está entre os dados de inteligência mais importantes que já coletamos e é usada para proteger nosso país de várias ameaças." Algumas das empresas citadas no artigo - Google, Apple, Yahoo e Facebook - imediatamente negaram que o governo tenha tido "acesso direto" aos seus servidores centrais. A Microsoft disse que não participou voluntariamente de nenhuma coleta de dados governamentais, e que apenas cumpre "ordens de solicitações sobre contas ou identificadores específicos". Clapper disse que a reportagem contém "numerosas imprecisões"
Kristine Coratti, porta-voz do Washington Post, afirmou que o jornal mantém as informações publicadas, que se baseiam em um documento do NSA que o jornal publicou na Internet. Juntas, as duas notícias sugerem que a vigilância nos EUA é muito mais abrangente do que a opinião pública sabia - embora já houvesse a suposição disseminada de que tais práticas se tornaram mais difundidas depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. O Post disse que o programa secreto envolvendo empresas da Internet, conhecido pelo codinome Prism e estabelecido em 2007, no governo do presidente republicano George W. Bush, teve um "crescimento exponencial" nos últimos anos, já na Presidência do democrata Barack Obama. Ainda de acordo com o jornal, o relatório do NSA indicou que a agência "depende cada vez mais do Prism" como sua fonte primária para informações brutas, e que isso responde por quase uma sétima parte dos relatórios de inteligência.
Clapper sugeriu que as revelações da quinta-feira são de fato significativas, mas contestou a ideia de que agentes do governo possam usar esses dados sem terem em mente um propósito investigativo específico. Ele também disse que o programa não permite que o governo escute telefonemas. "A revelação não autorizada de informações sobre esse programa importante e inteiramente legal é repreensível e ameaça proteções importantes para a segurança dos americanos", disse ele em nota. Críticas. As reportagens da quinta-feira também chamaram a atenção para o funcionamento de uma corte federal secreta, a Corte de Vigilância da Inteligência Estrangeira, que analisa e aprova solicitações de investigadores para a realização de vigilâncias extraordinárias em casos de segurança nacional.
Os programas de vigilância da NSA estão entre as milhares de operações aprovadas pela corte desde os atentados de 2001. Pela lei federal, o Congresso deve ser informado sobre as ações da corte. Para ativistas das liberdades civis e outros críticos, as revelações da quinta-feira mostram como o 11 de Setembro levou o governo a intensificar sua intromissão no cotidiano dos cidadãos. "Essas revelações são um lembrete de que o Congresso concedeu ao Poder Executivo poder demais para invadir a privacidade individual (e) que as salvaguardas existentes às liberdades civis são flagrantemente inadequadas", disse Jameel Jaffer, diretor-adjunto de assuntos jurídicos da União Americana das Liberdades Civis./ NYT e REUTERS
Documento prova que operadora Verizon foi obrigada a entregar chamadas para agência
07/06/2013 - A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) está de olho nas chamadas telefônicas realizadas no país – e isso era segredo até esta quinta-feira (06). O jornal The Guardian obteve acesso a um documento que comprova uma ordem governamental que obriga a operadora Verizon a entregar cópias de dados completos sobre as ligações via celular entre os meses de abril a julho de 2013. Tais informações englobam data, local e duração da chamada, além da identificação completa dos envolvidos – curiosamente, acesso ao conteúdo não consta no documento. A ordem vale para ligações nacionais ou internacionais, caso a ligação saia de um celular Verizon no país.
Outro fator a ser discutido é que o acesso requisitado pela agência não é restrito a um pequeno grupo de pessoas, como suspeitos de um ataque ou conspiração, por exemplo, mas de todos os cidadãos de um país. A descoberta deve iniciar uma série de debates sobre privacidade, segurança de dados e interferência do governo sem consulta ou aviso prévio – em outras palavras, espionagem.Em anos anteriores, funcionários da NSA admitiram receber cópias com tais dados, mas esta é a primeira vez que provas concretas caem nas mãos da imprensa.
Obama defende programa de vigilância em telefones e internet
07/06/2013 - Em meio a polêmica sobre o programa de coleta de algumas informações via telefone e internet dos cidadãos norte-americano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta sexta-feira as medidas do governo. "Você não pode ter 100% de segurança e também ter 100% de privacidade e inconveniência zero", disse o presidente em uma aparição na Califórnia. Ele afirmou que "invasões modestas" na privacidade das pessoas são o preço a pagar pela proteção da nação. Obama afirmou que há "algumas desvantagens" nos programas de coleta de informações da Agência de Segurança Nacional (NSA) que recolhem dados de telefone, internet e outros registros. "Eu fiz uma crítica saudável sobre estes programas. Minha equipe os avaliou cuidadosamente, nós realmente expandimos parte da supervisão, aumentando algumas das salvaguardas. Mas a minha avaliação e a avaliação da minha equipe foi que eles nos ajudaram a evitar ataques terroristas".
Obama ficou sob intensa pressão de grupos defensores de privacidade e parlamentares republicanos e democratas para que implementasse programas após a revelação de ordem judicial confidencial para a coleta de registros telefônicos de milhões de clientes norte-americanos da Verizon. O democrata, procurando injetar um pouco de calma ao furor provocado pela ordem, disse que o governo não está escutando as chamadas telefônicas de pessoas ou coletando e-mails de americanos. Segundo ele, o governo está coletando dados que ajudam a prevenir ataques terroristas. "Nós não estamos olhando o conteúdo", ressaltou o presidente. Ele disse que todos os membros do Congresso têm conhecimento a respeito da coleta de dados e que as ações estão sujeitas a uma ampla fiscalização por todos os três poderes do governo.
Obama disse, no entanto, que saúda o debate público sobre como atingir o equilíbrio correto entre a privacidade e a segurança das pessoas. Embora a revelação original da ordem judicial só tenha mencionado ligações telefônicas para clientes da Verizon, as pessoas com conhecimento das operações da NSA disseram que a iniciativa também incluía dados telefônicos da AT&T e Sprint Nextel, registros de provedores de serviços de internet e informações dos fornecedores de cartões de crédito. O governo Obama reconheceu também que a existência de programa secreto da NSA apelidado de Prism que, segundo um alto funcionário do governo, tem como alvo apenas os estrangeiros e foi autorizado nos termos da legislação de vigilância dos EUA.
Os jornais The Washington Post e The Guardian noticiaram ontem a existência do programa, que foi descrito como uma meio de dar acesso direto à NSA e ao FBI a sistemas de servidores operados por empresas de tecnologia que incluem Google, Apple, Facebook, Yahoo, Microsoft e Skype. Obama fez os comentários antes da reunião com o presidente da China, Xi Jinping.