Você já parou para pensar como o mundo vai estar daqui a sete anos ? Pois é, enquanto a gente tá aqui tentando sobreviver ao dia a dia, lá no Fórum Econômico Mundial (FEM) , em Davos, os "donos do mundo" já estão desenhando o nosso futuro. E, cá entre nós, o cenário não é dos mais animadores.

De Davos ao seu Bolso: Quem Manda no Seu Destino?

A turma da elite global — sim, aqueles caras que aparecem nos noticiários com ternos impecáveis e sorrisos de comercial de margarina — se reúne todo ano para discutir o futuro do planeta. Só que, convenhamos, nem tudo é tão altruísta quanto parece . Enquanto eles falam em "sustentabilidade" e "desenvolvimento", o que muita gente enxerga é uma teia de interesses que pode nos deixar sem autonomia.

A Agenda 2030 da ONU , por exemplo, é vendida como a salvação da lavoura: fim da pobreza, educação para todos, saúde universal. Soa bonito, né? Mas, como diria minha avó: "Quando a esmola é demais, o santo desconfia." Por trás dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), há um plano que mistura controle social , redução da propriedade privada e até o famoso Great Reset — uma espécie de "reinicialização" do mundo que, cá entre nós, parece mais um reset na nossa liberdade.

A Pandemia como "Desculpa" para o Futuro

A covid-19 foi um divisor de águas. Enquanto estávamos em casa, preocupados com o próximo boletim médico, os líderes do FEM aceleraram projetos que já estavam na gaveta. "Não podemos mais viver como antes" , disseram. E aí veio a cereja do bolo: a ideia de que, em 2030, "você não terá nada e será feliz" . Peraí, como assim? Se a gente não vai ter nem casa própria, pelo menos vai ganhar um sorriso no rosto de brinde?

O problema é que, entre as metas nobres, surgem propostas questionáveis. Controle via pontuação social , por exemplo, já é realidade em países como a China. Imagina só: sua nota no "crédito social" definindo onde você pode trabalhar, estudar ou até viajar. Parece filme distópico, mas já é realidade em alguns lugares. E adivinha quem está por trás disso? As mesmas empresas que vendem a ideia de "conectar o mundo" enquanto lucram bilhões com seus dados.

O Lado B da Tecnologia: Progresso ou Escravidão?

Falando em dados, a Big Tech está no centro dessa discussão. Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e cia. pintam um futuro onde a inteligência artificial vai cuidar de tudo. "Vai ser incrível!" , garantem. Só que, como diria o Chaves: "Não contavam com minha astúcia!" . O que eles não falam é que, para isso, vamos abrir mão da privacidade, da autonomia e até do direito de questionar.

E tem mais: a tal da "economia compartilhada" — aluguel de carros, bicicletas, apartamentos — é vendida como sustentável. Mas, na prática, muita gente já não consegue mais comprar uma casa ou um carro porque "é mais fácil alugar" . Resultado? Um mundo de alugados, literalmente.

O Fim do "American Way of Life" e Outras Verdades Incomodas

Outra previsão do FEM é que os EUA perderão o posto de potência mundial. E não é só paranoia: a China já ultrapassou os americanos em PIB (segundo alguns cálculos) e investe pesado em tecnologia. Enquanto isso, por aqui, a discussão gira em torno de quem vai pagar a conta do clima.

E aí vem a parte mais polêmica: até quando vamos sustentar uma população de 10 bilhões de pessoas? A conta não fecha. Ou a gente muda radicalmente o estilo de vida — menos consumo, menos carne, menos filhos — ou o planeta vai virar uma panela de pressão. Mas, como sempre, a solução proposta é controlar o indivíduo , não as corporações que poluem rios e destroem florestas.

Ironias e Contradições: A Elite Eco-Friendly que Voam em Jatinhos

Falando em contradições, tem algo que me intriga: como alguém consegue discutir crise climática enquanto viaja em jatinhos particulares? É como aquele meme do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço" . Em Davos, os líderes falam em reduzir emissões, mas o evento em si é uma orgia de consumo. E a gente aqui, pagando impostos para bancar as passagens de políticos que vão lá aprender a "salvar o mundo" .

O que o Futuro Reserva?

Nem tudo é pessimismo. Muitas das metas da Agenda 2030 são necessárias: combater a fome, investir em energia limpa, reduzir desigualdades. O problema é o caminho escolhido . Quando a solução passa por tirar nossa libade em nome do "bem comum", algo está errado.

Como disse George Orwell: "A liberdade é poder dizer que 2+2 são 4." Se a gente perder isso, não adianta ter saúde universal ou um planeta verde. Será que, em 2030, vamos olhar para trás e dizer "valeu a pena" ? Ou vamos nos arrepender de ter entregado o futuro a quem só pensa no próprio umbigo?

A bola está com a gente. Enquanto isso, os caras de Davos seguem tramando. E aí, qual lado você vai escolher?