Um pesquisador americano experimentou ter longas conversas com esquizofrênicos numa casa, ao invés de lhes prescrever medicamentos. Seus resultados foram muito bons. Quando começou a aplicá-los, o Instituto de Saúde Mental (NIMH) cortou suas verbas. Certas pessoas muito influentes no NIMH não admitem desafiar o atual paradigma. Não admitem que menos remédio, ou remédio nenhum, possa ser melhor para o paciente. Acabaram-se as verbas de pesquisa dele. Sempre foi assim. O livro de Whitaker é muito revelador neste ponto. A elite controla tudo com mão de ferro.
Tem uma psiquiatra infantil na Jutlândia chamada Lisbeth Kortegaard. É membro de "Médicos sem Patrocínio", como eu. Os noruegueses são mais diretos: chamam de "Médicos contra a Corrupção". Lisbeth e eu mantemos contato há anos. Ela esta sendo muito pressionada pelos seus chefes no hospital. Recentemente ela deu uma palestra num evento do Ministério da saúde. Ela explicou que tira mais medicação das crianças do que prescreve. Ela faz o desmame dos medicamentos prescritos por colegas e clínicos. Ela diz que é dificílimo convencer os pais, porque foram levados a crer que o filho precisa de medicação para TDAH. Mas no fim ela consegue a colaboração dos pais. Da última vez me contou que fazia 4 meses que não iniciava um tratamento. Ela é psiquiatra infantil. Ela é a prova de que é possível. Mas os colegas olham para ela com desconfiança. Eu lhe disse: "Por que não sai de lá? Por que não abre a sua própria clínica? Uma clínica de desmame?" Existe uma demanda enorme! Ajude esses pacientes infelizes a deixarem a medicação. Não conseguem sozinhos. Vocês acreditam? Lisbeth gostou da idéia. No dia 01 de novembro, ela vai abrir sua própria clínica, e poderá se desligar do sistema hospitalar. Um desenvolvimento interessante, não acham?
Estamos criando uma multidão de pacientes crônicos. Por isso, encerro os dois capítulos do meu livro sobre psiquiatria com uma conclusão radical: já que os médicos não sabem administrar esse medicamentos com segurança, seria melhor para a sociedade que não existissem! Falei isso para Lisbeth, e disse: "Por favor, não ria de mim. Afinal você é psiquiatra." Ela respondeu: Concordo com você."
Sou clínico geral, portanto fui treinado para administrar medicamentos. Mas como médico sempre me esforcei em reduzir os medicamentos dos pacientes. Os medicamentos não estavam fazendo nenhuma diferença para os idosos que me consultavam. Eu mandei suspender a medicação. Dois dias depois, alguns deles ja estavam saindo da cama, sentindo-se 10 anos mais jovens! Os medicamentos afetam o cérebro e comprometem o equilíbrio. Sem equilíbrio, o idoso cai e fratura o quadril. Sabem quantos idosos morrem em consequência de fratura de quadril? Um quarto. Para um em quatro idosos, a fratura é uma sentença de morte. No hospital facilmente pegam pneumonia ou um coágulo. Falei sobre essa situação absurda no meu livro, num capítulo chamado "Dinheiro não tem cheio." Mais uma vez o vil metal. O autor da frase foi Vespasiano, quando tributou a urina na Roma antiga. Criticaram-no por ele se ocupar de um assunto tão desprezível. E ele respondeu: "Dinheiro não tem cheiro." É uma história interessante.
Escrevi também sobre "bexiga hiperativa", um conceito tolo. Na minha época se chamava "incontinência". Mas a indústria farmacêutica mudou a expressão para "bexiga hiperativa". Quando a Pfizer viu que seus remédios para hipertensão agiam na impotência sexual surgiu de repente o termo "disfunção erétil", sbustituindo o termo "impotência". As pessoas agora falam "adquiri disfunção erétil." "Não vou dizer o nome do problema,mas sei que existe um bom medicamento para isso". Li no jornal que "300000 dinamarqueses sofrem de bexiga hipertiva." Devem passar o dia todo lavando a roupa de baixo !!! Um estudo revisado pelo Centro Cochrane sobre a bexiga hiperativa diz que os pacientes não medicados sentiam vontade de urinar 10 vezes ao dia, euquanto as pessoas medicadas só precisavam urinar 9 vezes ao dia! A diferença foi considerada "significante". Isso justifica a comercialização do medicamento.
Não sei qual o pior aspecto, mas falta falar uma coisa muito séria: OS SUICÍDIOS. Participei de um debate na TV, com Tine Houmann, uma psiquiatra infantil. Falei que não entendo com os psiquiatras tem coragem de dar antidepressivos a crianças e jovens. Sao tratadas com drogas que aumentam o risco disso acontecer, não faz o menor sentido para mim. A Dra Houmann falou que é preciso monitorar a criança, que a medicação diminui a depressão. Eu entendo, mas é impossível monitorar uma criança constantemente. A criança pode se enforcar no banheiro enquanto você assite TV. Ninguém supera uma tragédia dessas. os psiquiatras não são responsabilizados pelo que fazem.
Participei de um debate na TV com Lars Kessign. Fiquei muito aborrecido. Ele insistiu que, embora os antidepressivos aumentem o risco de COMPORTAMENTO SUICIDA em crianças e jovens, eles não AUMENTARIAM O RISCO DE SUICÍDIO !!!!!!!!!!! Coisa sem lógica! Se aumentam o comportamento, também aumentam o risco. Isso foi inclusive documentado cientificamente. Mas Lundbeck tenta nos convencer do contrário. Ulf Wiinberg, presidente da Lundbeck, disse num programa de rádio que CIPRAMIL e outros fármacos da Lundbeck reduzem o risco de suicídio!!! Ele falou isso mesmo !!! Tomei nota, traduzi para o inglês e repassei aos colegas no exterior. Ele disse que REDUZEM O RISCO DE SUICÍDIO !!!!! Foi entrevistado por Solveig Bjornstad, uma jornalista competente. Ela insistiu no assunto, perguntando: "Como pode afirmar isso? Na bula do remédio diz que o risco de suicídio aumenta!!" Wiinberg respondeu: "A Bula vai ser mudada." Ele deu a entender que a bula seria mudada. Com certeza isso não vai acontecer!
Foi perguntado diretamente se os representants da Lundbeck vendiam CIPRAMIL E CIPRALEX paa crianças e jovens, pois é proibido. Ele não respondeu. Disse apenas: "Bem, não é permitido." Uma resposta não muito convincente. Vendem ou não vendem? Muitas empresas farmacêuticas foram condenadas a pagar multas altíssimas por comercialiarem produtos ilegalmente, como antidepressivos para crianças e jovens.
Forest Labs, sócio da Lundbeck nos EUA, fez isso e pagou uma multa enorme. Forest Labs tinha 19000 médicos conselheiros. 19000 !!!!!!!!!!! Não é porque querem ouvir bons conselhos, mas porque querem corromper os médicos. Eram chamados "consultores por uma noite" e convidados a um jantar chique em Manhattan. Receberam um "estipêndio" e o título de consultor. Isso me preocupa, porque existem 1000 médicos dinamarqueses que são autorizados a usar o título de "consultor do Ministério da Saúde", ou são membros do conselho de administração de alguma grande empresa. As empresas não são tão burras que precisam de conselho 24h por dia. É uma forma sofisticada de corrupção. Estão comprando lealdade.
É dificil um psiquiatra sair por ai dizendo que devemos reduzir a medicação ao mínimo. Se fizesse declarações desse tipo, por quanto tempo continuaria sendo membro do conselho da Lundbeck? São como os cães de Pavlov. Condicionam os psiquiatras a fazerem as coisas erradas. Tenho estado muito presente no Parlamento Europeu nos últimos 3 anos, tentando influenciar a legislação sobre estudos clínicos. Fui até bem sucedido, o que me surpreendeu, porque nunca tive sucesso com os políticos dinamarqueses. Comecei a me ocupar com as questões da EU, e me disseram que minha preseça constante e orientação sobre como rebater os argumentos da indústria foi decisivo na criação e uma maioria para conseguir o que queremos no Parlamento, ou seja, acesso aos estudos que a indústria não divulga, e que contam uma história diferente. E acesso aos dados brutos dos estudos da indústria. Não podemos confiar no que é publicado.
Esta sendo processado na Agência Européia de Medicamentos (EMEA). Fomos os primeiros a ganhar uma questão desse tipo contr a EMEA. Queríamos acesso a pesquisas nã publicadas sobre pílulas de emagrecimento. Mas fomos informados que eram "confidenciais". Sempre protegem a indústria. Os pacientes vem em segundo lugar. Um dos medicamentos era tão prejudicial que foi tirado do mercado, antes de conseguirmos acesso aos relatórios. Reclamamos par o ombudsman. Para ele, a nossa questão foi a mais importante de toda a sua carreira. Ele nos deu apoio, e nós apresentamos argumentos que não foram refutados por 3 anos. Por fim, a EMEA foi acusada de má administração. Mudaram da água pro vinho. De repente queriam faciliar o acesso. Mas esse é um dos princípios da EU. Acesso público aos mecanismos da administração para criar um clima de confiança.
Na verão passado, depois desta vitória, estávamos curtindo um descanso merecido junto com representantes simpáticas de uma grande organização de consumidores, que não recebe dinheiro de indústria farmacêutica. Queriam saber até onde havíamos chegado com os políticos, e qual o próximo passo. Sugeri criar um site com uma list de todos os escândalos envolvendo a indústria, para que as pessoas possam tomar conhecimento de seus crimes. Mas quando cheguei em casa fiz o contrário. Coisa da psicologia humana! Não criei um site. Comecei a escrever um livro. Por que fiz isso? Primeiro, quis saber qual a desculpa usual da indústria. Quando uma empresa comete fraude através de pesquisa ou comercialização, causando a morte de muitos milhares de pacientes, a desculpa é sempre que existem "maçãs podres" na indústria.Dai procurei descobrir se havia uma maça podre aqui e acolá, ou se havia uma cesta cheia!
Fiz uma busca no Google sobre as 10 maiores empresas farmacêuticas, incluindo na busca a palavra "fraude", que inclui a idéia de "propaganda enganosa" e "desfalque". Achei vários casos "cabeludos" só nos últimos 5 anos, envolvendo todas as 10 empresas. As fraudes eram tão graves que se enquadravam como "crime organizado" na legislação americana. Crime organizado é crime sistemático, repetido. É um tipo de crime muito sério. Inclui fraude, propina, obstrução da justiça, ameaça a testemunhas, etc. A indústria farmacêutica preenche todos esses critérios, mas só uma empresa foi condenada por crime organizado e conspiração. A Pfizer, a maior empresa farmacêutica do mundo. Sou pesquisador, não advogado. Para mim não importa se foram condenadas ou não. Uma vez que todas adotam as mesmas práicas criminosas, o seu modelo de negócio se enquadra nos critérios de crime organizado.
Tomei um susto quando soube que os medicamentos são a terceira maior causa de morte. Isso mostra que não sabemos administrar medicamentos com segurança. É estranho, porque diz-se amiúde que os medicamentos representam um grnde avanço, que as estatinas prolongam a vida, e outros benefícios desse tipo. Então como podem ser a terceira maior causa de morte? Estou me baseando em estudos dos EUA e da Noruega e num relatório da EU. Eles confirmam que os medicamentos são a terceira maior causa de morte. Segundo os estudos, a metade das mortes acontece mesmo com o paciente medicado conforme as recomendações. OU seja, a METADE dessas mortes se deve aos muitos efeitos adversos dos tratamentos. A outra metade das mortes acontece por causa de erros na posologia, por exemplo, superdosagem. O idoso pode por engano tomar de uma vez a medicação de uma semana inteira.
Alguns médicos não estão atentos par todas as precauções que devem ser tomadas para cada tipo de droga. Nossas agências reguladoras estão nos traindo da pior forma possível, porque adotam o que chamo de "pseudo-soluções". Digamos que é lançada uma nova droga para dor no joelho. Ela vem com um lista de 30 contraindicações e precauções. Algum médico conhece todos os efeitos e interações do arsenal de drogas? Certamente que não ! Fui biólogo antes de virar clínico, e trabalhei pela indústria farmacêutica. Fizemos experimentos com NAPROXEN, uma droga anti-inflamatória. Como biólogo, fiquei horrorizado com o número de feitos adversos dessa droga. Pensei: "JAMAIS TOMARIA UMA DROGA PERIGOSA DESSAS!".
Imagine um avião com 10.000 botões e alavancas na cabine do piloto, correspondendo aos 10.000 possíveis efeitos e interações dos medicamentos. Aproxima-se uma tempestadade terrível. O piloto decide apertar 5 botões ao mesmo tempo. Mas não sabe ao certo o que vai acontecer. Queremos viajar com um piloto assim? Acredito que não. É o que acontece quando os idosos são tratados por diversos problemas ao mesmo tempo. Recebem um medicamento diferente para cada problema. Acabam tomando de 5 a 10 drogas. Ninguém sabe ao certo o que vai acontecer, mas sabemos que é BASTANTE PREJUDICIAL.
No seu livro "Bad Pharma", Ben Goldacre chama isso de "fake fixes" (pseudo-soluções). Se for constatado que uma droga pode causar insuficiência hepática, e até morte, o que a FDA faz? Proíbe a sua comercialização? Não, porque são muito amigos da indústria. Publicam uma nova advertência. Agora os médicos devem medir os valores hepáticos mensalmente. Se o paciente ficar com náuseas e pele amarelada, sinal de que o figado está nas últimas, deve procurar o médico. Grande Ajuda! Os estudos empíricos mostram que se trata de pseudo-soluções. Na prática, são poucos os médicos que se lembram, ou que sabem, que tem que verificar os valores hepáticos mensalmente, por exemplo em paciente recebendo estatinas. Vivem dizendo que as estatinas são seguras, que deveriam se adicionadas à nossa água potável, porque "prolongam a vida". Mas pódem causar insuficiência hepática. Não é frequente, mas acontece. Então, seu problema pode seu causado por uma estatina. Alguns médicos não sabem disso, outros sabem.
O que acontece depois de três meses? O médico relaxa os cuidados. O paciente parece tão bem. O Ministério da Saúde diz que tem que medir os valores hepáticos mensalmente, mas terei que fazer isso nos próximos 30 anos?!" O paciente teria que fazer um exame de sangue mensalmente, por 30 anos. Não faz sentido. Então o médico deixa pra lá. A insuficiência hepática pode também acontecer no intervalo. O paciente fez o exame no dia primeiro, mas o fígado entre em crise no dia 14. Com ou sem exames, a situação é GRAVÍSSIMA.
A venda de remédios na Dinamarca é tão grande que cada pessoa pode tomar 1,5 doses adultas, do dia emque nasce aodia em que morre. No meu livro fiz a estimativa de que somente 5% do dinheiro gasto na compra de medicamentos é realmente necessário. Sobrariam USD 600 bilhões para aplicar em coisas mais importante no mundo. Teríamos uma população mais saudável, vivendo por mais tempo. Se MATAMOS tantas pessoas com medicamentos, algo deve estar errado. Agora vocês entendem porque escrevi o livro. Contém apenas dois capítulos sobre psiquiatria. Abordo muitos outros assuntos. Quero tirar o máximo proveito do lançamento do livro, pretendo dar palestras em universidades americanas. Conheço muitas pessoas comquem quero dialogar. Quero engajar as pessoas, criar um movimento de conscientização sobre o absurdo da situação que vivemos. Simplesmente não ha segurança suficiente em QUALQUER ÁREA DA MEDICINA. Felizmente, o livro esta sendo trduzido para o espanhol. Quando meu colega tenista soube que estava sendo trduzido para várias línguas, ele exclamou: entao eu quero lê-lo em russo! Falei então: você vai gostar de saber que esta sendo traduzido para o russo e para várias linguas. Estou muito feliz com isso. Quero influenciar a formulação de políticas nessa área, por pouco que seja. A situação atual esta tão séria que precisamos nos unir para mudar o rumo. Não é só na psiquiatria, mas EM TODA PARTE !
Em resposta o Ministério da Saúde não falou nada. Prevalece a fé ingênua nos benefícios das parcerias entre os etores público e privado. Agora as regiões devem servilmente providenciar pacientes para os estudos da indústria e aprovar suas solicitações sem demora. Eles deveriam dizer: "Tudo bem, colaboremos com a indústria, mas quem deve ditar as regras somos nós, não a indústria." A indústria pode até custear os estudos, mas não deve ter nenhuma participação neles. Esta é uma das mais importantes colocações do livro. Seria um absurdo se eu fosse réu num processo e comparecimento com um calhamaço de provas produzidas por .... pedindo ao juiz para usar essas provas para determinar se sou culpado ou não. Sem lógica, não é? Pois é isto que a indústria faz! Ja sabemos que eles praticam todo tipo de fraude. No meu livro tem muitos exemplos disso, tanto na pesquisa como na venda.
Durante o desmame podemos substituir a medicação, devemosusar esses medicamentos O MÍNIMO POSSÍVEL. Se eu tivesse um transtorno psiquiátrico, EU NÃO ACEITARIA TOMAR ESSAS DROGAS. NENHUM TIPO ! Eu não teria coragem. Pessoas saudáveis que tomaram Fontex tiverem comportamento suicida.
Uma universitária se enforcou no laboratório de Eli Lilly, em Indiana. Trabalhava la para pagar os estudos. Não tinha nada de errado com ela. O efeito pode aparecer subitamente. EU NÃO TOMARIA ! Mas este é o meu ponto de vista. Fazer o que, então? Por exemplo, foi demonstrado que o exercício físico é tão eficaz quanto os ISRS. Prático muito esporte. É pouco provável que eu tenha esse problema. Mas existem outras alternativas: a psicoterapia ajuda bastante, especialmente em transtornos de ansiedade, mas também na depressão."
Allan Holmgren: "É preciso testar as alternativas para ver o que é melhor para cada paciente. Em primeiro lugar, evitar a solidão e não morar sozinho. É o mais importante. A solidão é o problema maior."
Muitos transtornos psiquiátricos variam em intensidade. Se você acabou de comer ervilhas, e você começa a se sentir melhor, você pode pensar que é por causa da comida.
OR: " Estava pensando: o que pode ajudar as pessoas com esquisofrenia? Diálogo aberto. Não entendo porque temos orgulho de uma taxa de recuperação de 20% na Dinamarca, mas tem lugares onde a taxa é de 83%. Ja pensou se fosse câncer! A sociedade do câncer se conformaria com os 20%? O antidepressivo CYMBALTA foi aprovado na Inglaterra para o tratamento de incontinência, ou "bexiga hiperativa". Mas foi demonstrado que a droga aumenta a taxa de suicídio em adultos."
A Elli Lilly pediu a FDA para reconhecer "micção" como indicação, mas foi negado. O pedido foi refeitado. Pesquisadores independentes foram negados acesso às pesquisas da Lilly. Queriam saber quantas pessoas desenvolveram comportamento suicida. ACESSO NEGADO! Quando a FDA não aprova um medicamento, o laboratório recusa divulgar as pesquisas. É injusto, porque teve pacientes participando dessas pesquisas para o benefício de outros pacientes e para a ciência. A indústria ve os pacientes como sua propriedade, inclusive os dados que coletam. É horrível. Lembra os tempos coloniais. Parece escravidão ! Os pacientes deveriam se revoltar contra essas práticas.
Perguntas da Platéia (PDA) - "Por que até agora nenhum político tomou uma medida para acabar comisso? As coiss que apresentou hoje lembram os debates do começo dos anos 1980. Há anos, as associações de consumidores vem reclamando disso. A sua documentação é bem sólida. Mesmo assim, os politicos não intervêm. Por que?"
Os políticos se concentram mais empesquiss sobre câncer. Isso não tem muito sentido, pois morremos de muitas outras causas. Existem tantas doenças. Por muito tempo eu achava que a psiquiatria era ignorada, que não recebia verbas suficientes. Mas depois de estudar a questão, concluí que se desperdiça muito dinheiro na psiquiatria porque multiplicam-se os doentes devido à incompetência no manejo dos medicamentos. Estou começando a pensar que precisamos seguir no sentido oposto, porque a situação fugiu do controle.
PDA - "Tem algum conselho para os psicólogos com muitos clientes que realtam que tomam 4 ou 5 remédios psiquiátricos e descrevem sitomas que parecem ser efeitos colaterais dos remédios?"
Comece a estudar o assunto. Leia o livro de Whitaker. Procure se inteirar do assunto, junto com o paciente. Sempre dizem: "não faça nada sem consultar seu médico". Mas se o médico acha importante que você continue a tomar a medicação até morrer, talvez seja necessário, SER UM POUCO DESOBEDIENTE. Se fizermos o desmame em suaves prestações tal como a medicina recomenda, o psicólogo não pode tomar a liberdade de perguntar ao seu cliente: "quer tentar?" Mas é importante advertir ao cliente: " É como ser ... em drogas. Pode ser uma experiência muito desagradável. Você vai sentir uma urgência de voltar a tomar a medicação. Lembre-se, os drogados passam por esse mesmo conflito.
Os psiquiatras gostam de argumentar que as pessoas com tendências suicidas precisam tomar ISRS sem parar. A verdade é provavelmente o CONTRÁRIO!" O argumento não se sustenta. Não se prescrevde ISRS para prevenir o suicídio. Esse argumento é falso.
PDA - "Como devem ser educados os futuos profissionais?"
Primeiro, o profissional não deve ser remunerado pela indústria farmacêutica. Os pacientes podem fazer sua parte, perguntando ao clínico: "Você é membro do conselho de alguma empresa farmacêutica?" Você é consultou de alguma empresa farmacêutica? Você recebe representantes no seu consultório? Se a resposta for sim, diga: VOU PROCURAR UM OUTRO MÉDICO. Já foi deomnstrado que a visão racional que o clínico tem dos medicamentos é comprometida quando ele se permite receber visitas de representantes.
Allan Holmgren: "Quero acrescenar que existem muitos profissionais de saúde e funcionários, enfermeiras, psicólogos e assitentes sociais que tem medo de contrariar a ideologia dos médicos dominantes. Predomina o espírito e o poder desses médicos remunerados pela indústria. Eles impôem esse espirito a todos no hospital. Falam em nome do hospital: aqui a nossa prática é essa.
PDA - "Há 18 anos, eu fui obrigada a tomar FONTEX. Tive uma reação imediata. Não estava me reconhecendo. Fui ao médico e ao psiquiatra. Eu disse que não poderia estar certo. Mandaram continuar a medicação. Me obrigaram a tomar por 8 ans, até me aposentar por invalidez. Felizmente consegui parar de tomar, sem maiores problemas. O que posso fazer com esses efeitos adversos? Podem ser notificados depois de tantos anos?"
Não conheço as regras sobre o prazo de notificação. Na verdade, ja conhecemos bem os efeitos adversos dos ISRS.
PDA - "Certa vez fiz um curso com o farmacêutico Bertel Rudinger. Ele pediu uma lista dos remédios usados por cada participante. Mostou que várias pessoas estavam tomando medicamentos que inibiam os efeitos uns dos outros, em doses enormes. O que dizer aos médicos que fazemm prescrições desse tipo?"
Eu ia dizer um palavrão, mas não posso, estou sendo filmado ! (risos...) Nos quadrinhos usam aqueles sinais gráficos, tipo #&%* ! O sentimento é de raiva, é de tristeza. Não falamos sobre isso hoje, mas existe um grave mal-entendido: Os efeitos adversos graves que os pacientes tem que suportar são atribuídos a "doença". As empresas farmacêuticas são especialistas em convencer os médicos de que, por mais terríveis que sejam os efeitos adversos dos medicamentos, "SÃO SITOMAS DA DOENÇA, E É PRECISO CONTINUAR COM A MEDICAÇÃO." Se os efeitos intensificarem, é sinal de que precisa aumentar a dose, ou utilizar 2-3 medicamentos ao mesmo tempo. É um absurdo!
Infelizmente, isto está acontecendo muito. Seu comntário foi ótimo.
Fonte: http://www.noticiasnaturais.com/
https://www.youtube.com/watch?v=klcrbIBOVAk