O Espetáculo da Aurora Boreal em Stonehenge: O Que Você Precisa Saber

O Espetáculo da Aurora Boreal em Stonehenge: O Que Você Precisa Saber

Em 11 de maio de 2023, o céu do Reino Unido e da Irlanda foi agraciado com um dos fenômenos naturais mais impressionantes: a aurora boreal. De Orkney e Donegal até o sul da Inglaterra, incluindo o icônico Stonehenge, as luzes dançantes em tons de verde e vermelho encantaram observadores durante a noite de sábado.

A aurora boreal, conhecida por seu impacto visual e beleza hipnotizante, ocorre durante tempestades geomagnéticas, quando o campo magnético da Terra é perturbado. A aurora é o resultado da interação entre partículas carregadas vindas do sol, chamadas de vento solar, e a magnetosfera terrestre. Essas partículas viajam milhões de quilômetros e, ao atingirem a Terra, são guiadas para as regiões polares, onde colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio na atmosfera. Essa interação libera energia em forma de luz, produzindo a aurora: o oxigênio é responsável pela tonalidade verde, enquanto o nitrogênio gera o brilho avermelhado.

Aurora Boreal sobre Stonehenge

Um dos momentos mais marcantes dessa recente exibição foi capturado sobre Stonehenge, um dos monumentos históricos mais conhecidos do Reino Unido. A conta oficial do Twitter de Stonehenge compartilhou a imagem, mostrando o contraste místico entre o antigo círculo de pedras e o fenômeno celestial, criando uma cena de tirar o fôlego. Embora a aurora seja mais comum nas regiões polares, eventos solares intensos podem fazer com que o espetáculo seja visto em latitudes mais baixas, como ocorreu neste caso.

O Fenômeno e a Ciência por Trás da Aurora

As auroras, tanto boreais quanto austrais, são mais frequentes em torno dos polos magnéticos da Terra. Isso ocorre porque o campo magnético terrestre direciona as partículas carregadas do vento solar para essas regiões. Ao colidirem com moléculas na atmosfera, dependendo da altitude e do tipo de molécula atingida, diferentes cores são emitidas. A luz verde, por exemplo, é gerada quando as partículas interagem com oxigênio em altitudes mais altas (acima de 100 km). Já as luzes vermelhas são criadas pelo oxigênio em altitudes mais baixas, ou quando as partículas interagem com nitrogênio.

Um Fenômeno Milenar

A aurora boreal é observada e registrada por seres humanos há milênios. O astrônomo Galileu Galilei foi quem nomeou o fenômeno em 1619, em homenagem à deusa romana do amanhecer, Aurora, e ao deus grego dos ventos do norte, Bóreas. No entanto, a história da aurora vai muito além: o registro mais antigo conhecido deste fenômeno é uma pintura rupestre de 30 mil anos encontrada na França.

Mesmo com os efeitos da poluição luminosa, que podem prejudicar a visibilidade das auroras em áreas urbanas, fotógrafos habilidosos conseguiram capturar o espetáculo. A recente aparição também encantou observadores em abril, e espera-se que o fenômeno se intensifique durante o outono e o inverno, tornando-se mais frequente e visível do que nos últimos 10 anos.

REFERENCIAS:   the guardian, wikipédia, youtube