O caso Mirassol é notável na área da ufologia brasileira. Os relatos de supostas abduções associadas a este caso emblemático tiveram início em 1979.
O Caso Mirassol é amplamente reconhecido na comunidade de ufologia brasileira e é considerado um evento significativo também em escala global. O protagonista dessa narrativa é Antônio Carlos Ferreira, que se viu envolvido em diversos incidentes de contato e abdução, os quais, de acordo com especialistas no campo, deixaram várias evidências físicas dessas experiências.
O Princípio das Abduções
Tudo começou na madrugada de 28 de junho de 1979, quando Antônio, com 21 anos na época, estava de serviço na Indústria de Móveis Fafá, situada na cidade de Mirassol, estado de São Paulo. Por volta das 3 horas da manhã, Antônio testemunhou uma esfera luminosa de cor vermelha descendo ao lado da estrutura da fábrica, iluminando intensamente o entorno. Inicialmente, Antônio não deu grande atenção a esse fenômeno e prosseguiu com sua patrulha de rotina. Após completar seu registro de ponto, ele se dirigiu ao banheiro e, ao sair, notou que a estranha luz ainda estava presente no pátio da empresa. Isso o levou a decidir investigar o que estava acontecendo.
Quando Antônio saiu do edifício, ele se deparou com três indivíduos de baixa estatura, medindo aproximadamente 1 metro de altura, vestindo um macacão de cor branca brilhante que cobria todo o corpo. Eles usavam uma espécie de capacete respiratório que ocultava seus rostos de observação direta.
O cão de Antônio, um pastor alemão chamado Hongue, estava amarrado à guia próxima e tentou confrontar os estranhos seres. No entanto, o animal caiu imediatamente, como se estivesse em estado de inércia. Em seguida, os seres apontaram uma luz vermelha em direção ao rosto de Antônio. Essa luz irradiava de um objeto quadrado, aproximadamente com 15 cm de lado, o qual apresentava dois orifícios de onde a luz emanava. Ao ser atingido por essa luz, Antônio experimentou uma sensação de paralisia e foi posteriormente transportado para a nave que estava estacionada no pátio. Enquanto isso ocorria, ele sentia como se seus pés não tocassem o solo, como se estivesse flutuando. À medida que se aproximava da nave luminosa, Antônio notou que ela tinha uma forma cônica achatada, com cerca de 2 metros de base e 2,50 metros de altura. A embarcação tinha uma coloração metálica de cinza claro e não emitia nenhuma luminosidade. Estava apoiada em um tripé e não apresentava janelas visíveis, apenas uma entrada retangular de baixa altura, a qual Antônio teve que se abaixar para acessar. No interior da nave, havia uma luz vermelha difusa e pequenos bancos circulares apoiados em tripés.
Antônio percebeu a presença de um zumbido no instante em que a aeronave decolou, ao mesmo tempo que experimentou uma sensação de frieza que percorreu todo o seu corpo. Posteriormente, quando ele emergiu da embarcação, notou-se em um ambiente espaçoso com uma variada iluminação em múltiplas cores. Ali estavam inúmeros dispositivos e diversos seres de baixa estatura vestidos com trajes brancos que cobriam seus corpos, exceto a cabeça. Existiam dois grupos distintos desses seres, todos aproximadamente com 1,20 metros de altura, apresentando cabeças desproporcionalmente grandes em relação ao corpo. Um grupo de seres exibia uma tonalidade de pele semelhante a chocolate, olhos grandes e negros, levemente puxados como os dos orientais, destituídos de cílios ou sobrancelhas. Eles tinham narizes proeminentes e achatados, bocas amplas com lábios espessos, queixos finos e pontiagudos. Seus cabelos eram encaracolados e avermelhados, com orelhas grandes e pontiagudas, praticamente o dobro do tamanho das nossas. O outro grupo tinha uma pele de tonalidade esverdeada, cabelos pretos e lisos, narizes grandes e finos, olhos verdes, levemente puxados, bocas amplas com lábios finos, orelhas grandes e pontiagudas, e queixos finos e igualmente pontiagudos.
Nessa primeira experiência de abdução, Antônio foi conduzido a um divã. Subsequentemente, uma tripulante, completamente desprovida de vestimenta, fez contato físico com sua mão. Isso provocou uma sensação de repugnância em Antônio. Os outros seres tentaram remover as vestes de Antônio, ao que ele resistiu. Em seguida, o fizeram cheirar uma substância que o enfraqueceu. Antônio teve suas roupas retiradas à força, ainda tentando evitar um desdobramento mais intrusivo. Então, foi-lhe administrada uma substância no braço direito que resultou em sua paralisia. Um dispositivo foi implantado em seu braço direito, embora Antônio não conseguisse vê-lo, apenas sentir sua presença. Posteriormente, um óleo de coloração escura foi aplicado em quase todo o seu corpo. Em seguida, ocorreu uma interação sexual com a tripulante feminina. Depois disso, o óleo foi aplicado novamente em Antônio, e suas vestes foram restituídas. Através de comunicação telepática, foi-lhe assegurado que nenhum mal lhe seria causado, e que seria devolvido à Terra com segurança. Os seres afirmaram serem oriundos de outro planeta e necessitarem de um filho dele para futuros experimentos. Também declararam que em um contato futuro, ele conheceria seu filho, mas não revelaram quais seriam os três sinais que o sinalizariam para esse encontro. Em seguida, Antônio foi reconduzido ao mesmo artefato no qual fora capturado, e deixado no mesmo local de sua captura.
Possíveis Indícios
Após o incidente, Antônio recordou apenas fragmentos de sua experiência. Ao término de seu expediente, ele retornou para casa, seguindo sua rotina habitual. Ao chegar em casa, sua mãe, D. Guaracy, notou a atitude peculiar do filho, que permaneceu em silêncio, recusou a oferta de café e se dirigiu diretamente para a cama. Ela suspeitou que Antônio pudesse estar doente e, preocupada, foi verificar o estado dele em seu quarto. Antônio revelou estar muito contente e imediatamente descreveu o episódio conforme suas lembranças. Sua mãe, incrédula, chamou um vizinho, Sr. Alonso, para ouvir o relato. Eles concluíram que um incidente de furto havia ocorrido na propriedade e, como medida de precaução, contataram o serviço de vigilância da empresa para obter esclarecimentos. Os responsáveis pela empresa afirmaram que tudo estava em ordem e que Antônio parecia um pouco abalado. Ainda desconfiada, D. Guaracy se dirigiu à residência do investigador de Polícia, José Zanovello Neto, solicitando-lhe que investigasse a situação na fábrica. O investigador constatou que nada havia sido roubado das instalações da empresa. Entretanto, todos notaram a presença de uma marca circular no pátio da empresa. O pátio encontrava-se coberto de poeira devido a trabalhos de terraplanagem realizados alguns dias antes. Curiosamente, a marca circular estava completamente limpa, como se houvesse sido varrida. Além disso, o capim adjacente à cerca estava parcialmente chamuscado.
Posteriormente, quando Antônio recobrou a consciência, sentiu-se confuso e experimentou uma sensação de formigamento em todo o seu corpo, a qual perdurou por aproximadamente 20 dias. Também relatou uma sensação de ardência nos olhos, que persistiu por vários dias. No braço esquerdo de Antônio, uma marca de queimadura surgiu, embora ele fosse incapaz de explicar a origem dessa lesão. Marcas e hematomas estavam distribuídos por todo o seu corpo. D. Guaracy, ao lavar a roupa do filho, notou que o paletó que ele usara no dia do encontro inexplicável estava rasgado, enquanto a camisa apresentava manchas escuras no bolso superior. O investigador policial, José Zanovello, verificou o registro do relógio de ponto de Antônio, o qual deveria ser marcado a cada 15 minutos. Ele notou que o último registro havia sido feito às 3 horas da manhã e só fora retomado às 5 horas.
Subsequentes investigações conduzidas por pesquisadores da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV) revelaram novos acontecimentos, depoimentos e provas que corroboram o relato de Antônio. Um dos depoimentos de grande importância foi dado por Antônio Nascimento, que desempenhava a função de vigia em uma construção situada a 350 metros de distância do local onde o OVNI que abduziu Antônio Carlos Ferreira pousou. Ele assegura que testemunhou o OVNI descendo em direção à instalação da Móveis Fafá, o local do incidente. Sua descrição do OVNI corresponde à narrativa de Antônio Carlos. Dois outros testemunhos vêm da vizinha de Antônio, Neiva Ferreira de Oliveira, e da mãe de Antônio, que relataram ter ouvido um zumbido peculiar por volta da meia-noite. Enquanto Neiva assistia televisão, todas as emissoras de repente saíram do ar por volta das 2h30 da madrugada, sem explicação aparente.
Outro elemento intrigante envolve o comportamento de Hongue, o pastor alemão que acompanhava Antônio naquela noite. O cão, que costumava ser um fiel guardião, começou a apresentar comportamento anormal nos dias que se seguiram ao incidente. Ele recusava a comida, ignorava comandos, mesmo tendo sido treinado na escola de polícia e sendo conhecido por sua obediência. Surpreendentemente, ele deixou de latir de forma agressiva para qualquer pessoa, inclusive aquelas pelas quais ele tinha antipatia. Além disso, demonstrou um grande medo quando voltou à Fábrica, onde costumava cumprir suas funções de guarda.
O ufólogo Ney Matiel Pires, de Mirassol, o primeiro a investigar o caso, constatou que a área onde o OVNI pousou sofreu alterações magnéticas nas vigas metálicas armazenadas ali. Utilizando um magnetômetro Perrinjaquet (Suíça, graduado em 1 a 5 Gauss), ele detectou que as peças metálicas próximas ao local atingiram a escala máxima do medidor, enquanto as áreas mais afastadas não apresentaram magnetização. Cinquenta dias mais tarde, uma nova medição revelou que as medidas tinham diminuído pela metade nas áreas afetadas. Quando uma nova remessa de vigas metálicas, originárias do mesmo fornecedor das anteriores, chegou, o ufólogo fez novas medições e constatou que essas vigas não exibiam quaisquer alterações magnéticas.
Outros acontecimentos notáveis ocorreram em 9 de setembro de 1979, quando Antônio teve outro encontro com os seres das naves. Nesse dia, ele estava na casa de sua noiva, tratando dos preparativos para o casamento que ocorreria no sábado seguinte. Por volta das 20 horas, os pais da noiva subitamente ficaram sonolentos e foram dormir. Pouco depois, Antônio viu uma esfera de cor verde se aproximando pelas costas de Jandira, que adormeceu instantaneamente. Logo em seguida, Antônio experimentou um formigamento em seu corpo. Durante esse encontro, os seres espaciais pediram a Antônio que não tivesse medo, pois estavam dispostos a ajudá-lo a melhorar sua vida. Eles expressaram descontentamento em relação à hipnose regressiva realizada para relembrar os eventos anteriores. Além disso, solicitaram a Antônio que pedisse a sua mãe para ser mais discreta sobre os acontecimentos que ele estava vivenciando. Após o término do encontro, Jandira acordou, e tudo voltou ao normal.
No final de 1979, a região de Mirassol se tornou o cenário de eventos ufológicos envolvendo diversas outras pessoas. A maioria desses casos se resumiu a avistamentos de OVNIs e até mesmo perseguições dessas naves a moradores locais. Esses incidentes se prolongaram pelos primeiros meses de 1980, quando ocorreram novos avistamentos e, em alguns casos, aterrissagens. Uma dessas aterrissagens aconteceu na Fazenda Campo, a cerca de 2 quilômetros do perímetro urbano da cidade, em uma área de mata densa, sendo testemunhada por várias pessoas. No local, surgiu uma clareira com cerca de 30 metros de diâmetro devido à queda de árvores, incluindo algumas de grande porte.
REFERENCIAS: ABDUÇÕES HOJE
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OVNIS HOJE
FENOMENOS DESCONHECIDOS