10/21 - Em um deserto na Arábia Saudita, uma rocha se transformou em um ponto turístico notável. Cercada de mistério, essa formação arenosa, conhecida como al-Naslaa, tem despertado teorias intrigantes. A explicação mais comum sugere a possível intervenção de seres extraterrestres nesse local remoto. A razão para isso é que a rocha está dividida ao meio com uma precisão assombrosa e um alinhamento incrível, como se tivesse sido cortada por um feixe de laser. A discussão sobre a origem desse corte, que permanece inexplicável, recentemente ressurgiu nas redes sociais. Um internauta expressou a opinião de que definitivamente se trata de uma obra de extraterrestres. Aqueles que acreditam que civilizações antigas podem ter separado a rocha não creem que o tenham feito com pura força humana, um cabo gigante ou amarrando uma das extremidades da rocha a uma caravana de camelos.
Em vez disso, eles consideram a possibilidade de que seres avançados tenham vivido na região do oásis e tenham tido a capacidade de criar, apontar e disparar um laser para dividir a rocha. Essa ideia sugere uma combinação do mundo futurista dos Jetsons com o passado dos Flintstones. Dada a natureza precisa da fratura, não é surpreendente que as pessoas questionem se a natureza poderia ser responsável por isso.
Geólogos suspeitam que esse fenômeno seja resultado do processo contínuo de congelamento e descongelamento, um mecanismo clássico e duradouro no qual a água infiltra em uma rachadura, congela e divide a rocha em duas. Isso teria ocorrido em um período em que a Península Arábica experimentava chuvas mais frequentes. O vento também teria desempenhado um papel crucial no polimento extraordinário, obtido ao longo de séculos ou milênios. Alguns suspeitam que a atividade vulcânica seja a causa. Outra explicação propõe que o corte preciso tenha sido feito por ação humana, possivelmente utilizando uma ferramenta de cobre, com o relevo sendo alisado posteriormente com pedra-pomes.
A formação de rocha, apoiada em bases que aparentam fragilidade, está localizada no oásis de Taima, situado no deserto de Nefude, uma extensa área que abrange 290 quilômetros por 225 quilômetros, caracterizada por areias abundantes e escassez de árvores secas. Algumas rochas na região exibem petróglifos, representando figuras humanas ou animais. Alguns desses petróglifos remontam ao período Neolítico. Embora tenham um valor histórico e arqueológico significativo, os visitantes praticamente os negligenciam, dirigindo-se diretamente para tirar fotografias em frente a al-Naslaa, que inclusive possui um antigo desenho de um cavalo gravado em sua superfície.
AL NASLAA, A PEDRA DIVIDIDA NA ARÁBIA SAUDITA
02/2021 - Existem diversas manifestações naturais que podem suscitar questionamentos sobre sua origem, levando-nos a ponderar se foram moldadas pela natureza ao longo do tempo ou se são fruto da intervenção humana. Alguns até aventam a possibilidade de uma intervenção de seres extraterrestres. A pedra conhecida como Al Naslaa, situada no oásis de Tayma, na Arábia Saudita, é um exemplo notável desses fenômenos naturais que geram curiosidade. Descobertas arqueológicas recentes indicam que Tayma foi habitada desde tempos antigos, e a pedra Al Naslaa, decorada com pinturas rupestres, é uma das formações rochosas mais fotografadas da região.
Segundo os especialistas em geologia, a fenda perfeitamente dividida entre as duas pedras e as superfícies planas de um dos lados das rochas são fenômenos totalmente naturais. A explicação mais provável é que o solo tenha sofrido um deslocamento leve sob um dos dois suportes, resultando na divisão da pedra. Outra teoria sugere que a formação pode ser um dique vulcânico composto por minerais mais frágeis que, com o passar dos anos, se desintegrou, criando o espaço vazio entre as pedras.
Outra possibilidade é que a divisão da pedra tenha ocorrido devido à pressão exercida sobre uma rachadura natural pré-existente. Na pedra à direita, é possível observar uma dessas rachaduras diagonais que, com o tempo, poderia causar a separação daquela parte da pedra. Por último, uma antiga falha na rocha, enfraquecida pela ação do tempo e possíveis movimentos do solo, poderia ter contribuído para a divisão, tornando essa área da pedra mais suscetível à erosão do que o restante da rocha circundante.
O oásis de Tayma historicamente serviu como um ponto de encontro vital para comerciantes e caravanas. No passado, era um oásis vasto e habitado, abrigando uma fortaleza localizada em uma colina e cercada por um muro de pedra, que controlava as rotas comerciais que atravessavam o deserto entre as cidades de Yathrib (Medina) e Dumah. Atualmente, Tayma é um sítio arqueológico com uma extensão de 500 hectares, situado a 830 metros acima do nível do mar, a 220 quilômetros de Tabuk e a 400 quilômetros de Medina.
A fonte de água em Tayma era conhecida como Bir Haddaj, mas foi abandonada há vários séculos. Em 1953, o Rei Saudita instalou quatro bombas de água no oásis, revitalizando a região para o uso de pequenos agricultores. Em 2010, a Comissão Saudita de Turismo e Antiguidades divulgou a descoberta de uma pedra nas proximidades de Tayma com uma inscrição hieroglífica do faraó egípcio Ramsés III.
REFERENCIAS: EXTRA GLOBO
WIKIPEDIA
MISTÉRIOS E MITOS