Quem aí não se lembra de Jovens Bruxas (The Craft)? Se você cresceu nos anos 90, com certeza esse filme (1996) já fez parte do seu repertório, ou pelo menos você já ouviu falar dele.

É aquele clássico que marcou época, misturando terror com fantasia de uma forma que nos hipnotiza até hoje. Ah, os anos 90... uma década cheia de tendências peculiares, e o fascínio pela bruxaria com certeza estava no auge! Agora, vamos entrar nesse universo místico e explorar um pouco mais desse fenômeno, porque, spoiler: esse filme é muito mais profundo do que parece.

Uma Jornada Pelo Sobrenatural

A trama gira em torno de Sarah Bailey, uma adolescente meio deslocada que se muda para Los Angeles, cidade onde a promessa de recomeços brilha, mas também esconde suas sombras. No colégio, ela logo esbarra em um trio nada convencional: Nancy, Bonnie e Rochelle. E olha, essas garotas não são como as outras. Elas têm um hobby peculiar — a bruxaria. Mas, calma lá, não estamos falando de algo inocente como ler horóscopo. Elas mergulham de cabeça em feitiços e invocações poderosas. Quando Sarah se junta a elas, não demora muito para o círculo de bruxas perceber que, juntas, seus poderes são... digamos... fora de controle.

A princípio, tudo parece um sonho. Quem nunca desejou ter um toque mágico para resolver os problemas do dia a dia, né? Elas usam seus poderes para mudar suas vidas de formas que parecem inofensivas, desde pequenas vinganças até realizações pessoais. Mas, como diz o ditado, "cuidado com o que você deseja". E é aí que as coisas começam a ficar sombrias. Bem sombrias.

Quando o Poder Sobe à Cabeça

Você já percebeu como o poder pode ser uma coisa viciante? No começo, tudo é diversão. Mas logo, a linha entre o certo e o errado fica cada vez mais tênue. Com Jovens Bruxas, não é diferente. O filme faz uma metáfora poderosa sobre o desejo humano por controle e como ele pode, facilmente, nos corromper. As garotas, especialmente Nancy, acabam se perdendo em suas próprias ambições. O poder, que antes parecia uma bênção, logo se transforma em uma maldição.

O interessante aqui é como o filme trata a questão da amizade. No início, a união entre as quatro parece ser o ponto forte, como um pacto inquebrável. Mas à medida que a ganância e a sede de vingança tomam conta, essa amizade vai se desfazendo, como um feitiço que perde sua força. Cada uma lida de maneira diferente com o poder que possui, e isso as coloca em rota de colisão.

A Magia e Seus Perigos

Por trás dos efeitos especiais e da estética sombria, Jovens Bruxas fala sobre algo que vai além do sobrenatural: responsabilidade. Sim, porque ter poder implica em tomar decisões difíceis. E, na vida real ou no cinema, decisões têm consequências. No desenrolar da trama, fica claro que abusar das habilidades sobrenaturais pode levar a desastres imprevisíveis. As cenas finais do filme são um lembrete visual incrível desse fato, com um clima de tensão crescente que culmina em um confronto épico.

E aqui vai uma curiosidade interessante: os feitiços usados no filme foram escritos com base em práticas reais de bruxaria. Isso mesmo, os produtores chamaram consultores de ocultismo para trazer um toque de autenticidade ao roteiro. O resultado? O público foi transportado para um mundo que, embora fantasioso, tinha um pezinho na realidade.

Por Que Jovens Bruxas Ainda Encanta?

Mais de 25 anos se passaram desde o lançamento de Jovens Bruxas, mas ele continua relevante. E por quê? Bom, para começar, ele aborda temas universais como o desejo de pertencimento, as tentações do poder e os dilemas da adolescência. Quem nunca se sentiu deslocado na escola, não é mesmo? Quem nunca quis mudar alguma coisa em si ou no mundo ao redor?

Além disso, o filme fez algo raro: deu protagonismo a personagens femininas fortes em um gênero que, na época, era dominado por figuras masculinas. As protagonistas são complexas, cheias de nuances e falhas, e é exatamente isso que as torna tão cativantes. Elas não são heroínas perfeitas, e é fácil se identificar com seus dilemas, mesmo que você não tenha habilidades mágicas.

Conclusão: Um Feitiço que Não Quebra

Jovens Bruxas é um daqueles filmes que deixam uma marca. Com sua mistura de terror, fantasia e drama adolescente, ele capturou o espírito dos anos 90 de um jeito único. E se você ainda não viu, o que está esperando? Dê uma chance a esse clássico, porque, assim como um bom feitiço, ele te prende do começo ao fim. E cuidado: você pode acabar gostando mais do que imagina!