Dica de Cinema

Por Dentro do Mundo do Drift: Velozes e Furiosos em Tóquio

Por Dentro do Mundo do Drift: Velozes e Furiosos em Tóquio

Em 2006, quando "Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio" acelerou nas telas, ninguém imaginava que a franquia tomaria um rumo tão audacioso. Esse terceiro filme, que é quase como um spin-off dentro da série original, trouxe algo completamente novo, não só para os fãs de adrenalina, mas também para o universo das corridas: o "drift".

Mas o que é esse tal de "drift"? Imagine estar ao volante, acelerando numa curva fechada, quando de repente você joga o carro de lado, fazendo as rodas traseiras deslizarem enquanto mantém o controle total. Parece coisa de videogame, né? Mas o drift é real e, em Tóquio, é quase uma arte de rua.

Vamos voltar ao início. Sean Boswell, um adolescente com uma quedinha – ou melhor, uma queda vertiginosa – por corridas ilegais, se vê em apuros nos EUA. Para fugir da prisão, é mandado para Tóquio, onde vai viver com o pai, que segue uma rotina rígida de disciplina militar. Sean logo percebe que, em Tóquio, o mundo das corridas é bem diferente do que ele conhecia. Em vez das tradicionais retas e pistas largas, ele encontra um labirinto de curvas apertadas e, claro, o drift.

Logo de cara, ele faz amizade com Twinkie, um jovem cheio de ginga que é uma espécie de comerciante do submundo automotivo. E, em seguida, conhece Han, um piloto misterioso e carismático que o acolhe como mentor. Han é quase um enigma. Ele é do tipo que te faz pensar que sempre sabe mais do que revela, mas ao mesmo tempo, tem um senso de humor seco que alivia a tensão. Aliás, Han rouba a cena com sua personalidade tranquila, enquanto mastiga salgadinhos e observa tudo com uma serenidade quase zen, contrastando com o caos ao seu redor.

Agora, se tem alguém que não está nada tranquilo, esse alguém é Takashi, o temido "Rei do Drift". Ele tem laços com a Yakuza – a máfia japonesa – e um ego maior que as montanhas de Tóquio. Sean e Takashi acabam em rota de colisão, tanto no asfalto quanto fora dele. E aqui está o climax: as corridas nas sinuosas montanhas de Tóquio. A disputa entre os dois se intensifica a cada curva, a cada derrapagem, a cada centímetro de pista. Nesse ponto, o filme não é só sobre carros, mas sim sobre honra, legado e a eterna busca de Sean por pertencimento.

Curiosidade interessante: apesar de ser o terceiro da franquia, "Desafio em Tóquio" cronologicamente se passa após o sexto filme! Sim, é um verdadeiro quebra-cabeça. Quem assistiu aos filmes seguintes sabe que Han retorna em "Velozes e Furiosos 4", criando uma linha do tempo que só faz sentido depois de alguns reviravoltas dignas de novela. Ah, e quer saber mais? A famosa participação de Vin Diesel na cena pós-créditos foi uma surpresa para os fãs na época, prenunciando que a saga de Toretto estava longe de acabar.

Outra curiosidade é o impacto cultural do drift após o lançamento do filme. Embora essa técnica de direção já fosse popular entre os entusiastas de corridas no Japão, "Desafio em Tóquio" catapultou o drift para o cenário global. Até hoje, fãs ao redor do mundo tentam imitar as manobras vistas no filme, e o boom foi tão grande que o esporte ganhou ainda mais espaço nas competições automobilísticas internacionais.

"Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio" é mais do que apenas um filme de ação – é um mergulho no desconhecido, onde as ruas falam uma língua própria, e as curvas, bem, elas são traiçoeiras e teimam em testar seus limites. Por trás dos roncos dos motores e das explosões de adrenalina, está uma história de redenção e descoberta pessoal, onde Sean tenta encontrar seu lugar, não apenas nas pistas de Tóquio, mas no mundo.

Se você achou que já tinha visto tudo em termos de corridas, "Desafio em Tóquio" vem com uma mensagem clara: sempre há mais para aprender, mais curvas para desafiar e, claro, mais fumaça para deixar para trás. E aí, você se arriscaria a fazer um drift?

Velozes e furiosos 3 elenco

Velozes e furiosos 3 cena 1

Velozes e furiosos 3 cena 2

Velozes e furiosos 3 cena 3