Hutch Mansell (Bob Odenkirk) é aquele cara que, à primeira vista, parece ser o típico "homem comum", alguém que evita qualquer tipo de encrenca. Ele trocou um passado sombrio e perigoso por uma vida tranquila ao lado da família.

Mas, como a vida gosta de pregar peças, tudo começa a desmoronar quando dois ladrões invadem sua casa. A frustração toma conta da família, pois Hutch, em vez de reagir, prefere não alimentar a violência. De cara, a premissa parece que vai te levar por um drama sobre impotência e vergonha, mas não se engane. "Anônimo" rapidamente vira um festival de ação brutal e coreografias de luta de tirar o fôlego, onde a violência reina. O roteiro, esperto, não perde tempo em se levar a sério, e isso é uma sacada genial para prender o público no clima caótico e imprevisível do filme.

Com a produção de David Leitch, que já trouxe sucessos como "Atômica" e "Deadpool 2", "Anônimo"(2021) se destaca pelas cenas de luta bem coreografadas. A câmera dança junto com os personagens, dando aquele gostinho de imersão que te faz sentir o impacto de cada golpe. O ponto de virada? A raiva silenciosa que Hutch esconde explode depois do assalto, despertando seu "eu" adormecido. E quando ele finalmente resolve agir, não há limites.

Só que, claro, como todo bom filme de ação, os problemas vêm em dobro. Um inimigo antigo, alguém do seu passado obscuro, descobre que Hutch está de volta ao jogo. E aí, meu amigo, o que era pra ser só uma vingança doméstica vira uma perseguição de grandes proporções, onde o passado não fica enterrado por muito tempo.