Criança hiper? Pode ser o açúcar, não o cérebro dela

Criança hiper? Pode ser o açúcar, não o cérebro dela

Criança agitada demais? Calma aí, mãe! (2025) Antes de correr pro médico, dá uma olhadinha no prato dela. Você já parou pra pensar que talvez o problema não seja exatamente com a cabeça da criança — mas sim com o que ela come? Pois é. Hoje em dia, parece que qualquer criança que corre um pouco mais do que devia, fala rápido ou se distrai fácil já ganha um diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Mas a verdade pode estar bem ali, naquela embalagem colorida do cereal matinal, no suco industrializado do lanche ou até mesmo naquelas bolachas recheadas que ela tanto ama. Aqui vai um aviso importante: muitas crianças estão sendo diagnosticadas erradamente com déficit de atenção por causa da alimentação. Sim, isso existe. E é muito mais comum do que você imagina.

O vilão disfarçado de sabor

Já reparou como tudo que as crianças adoram vem cheio de cores vibrantes, sabores intensos e aquela sensação quase mágica de "prazer imediato"? Pois é justamente aí que mora o perigo. Muitos alimentos ultraprocessados — e infelizmente populares entre os pequenos — são carregados de açúcares em excesso , corantes artificiais , conservantes e outros ingredientes sintéticos que podem mexer diretamente com o cérebro das crianças. E o pior? Muitos desses produtos são vendidos como “saudáveis”, “nutritivos” ou “ideais para a infância”. Um exemplo clássico é aquele cereal colorido que promete fortalecer ossos e melhorar a concentração. Só que por trás dessa propaganda bonita, esconde-se uma verdade simples: não há nada natural nisso tudo.

O que acontece lá dentro?

Quando a criança consome esses alimentos ricos em açúcar e corantes, o corpo reage de forma intensa. É como se alguém ligasse um interruptor dentro do cérebro, disparando uma série de reações químicas que deixam o sistema nervoso central super estimulado.

O resultado?

Inquietação. Dificuldade de focar. Impulso descontrolado. Falta de concentração. Comportamento hiperativo.

E adivinha o que isso parece?

Exatamente: os sintomas típicos do TDAH.

Só que aqui está o pulo do gato: muitas vezes, essa "hiperatividade" não é um transtorno neurológico, mas sim uma resposta do corpo àquilo que está entrando pelo estômago.

Uma mudança no cardápio pode mudar tudo

Você já ouviu falar da história do menino que tomava remédio pra TDAH desde os 6 anos, mas depois que eliminou refrigerante, sucos artificiais e biscoitos recheados da dieta, passou a dormir melhor, prestar atenção na escola e até parou de ter crises de birra?

Essa não é ficção. É realidade. E tem acontecido mais vezes do que você imagina.

Estudos recentes têm mostrado que dietas pobres em açúcar e corantes artificiais podem reduzir significativamente os sintomas de hiperatividade em crianças. Alguns especialistas chegam a afirmar que até 50% dos casos diagnosticados como TDAH poderiam ser revertidos apenas com mudanças na alimentação. É claro que não estamos dizendo que o TDAH não existe. Longe disso. Existem casos reais, graves e que precisam de acompanhamento médico. Mas o alerta é para não cairmos numa armadilha silenciosa: diagnosticar um problema comportamental como um distúrbio neurológico quando, na verdade, ele pode ser causado por algo tão simples quanto o que a criança come todos os dias.

Corantes? Que corantes?

Vamos abrir um parêntese aqui pra você entender melhor com o que está lidando:

Corantes artificiais : presentes em quase tudo que é colorido. Vermelho 40, Amarelo 5, Azul 1… são nomes que você nunca viu na cozinha, mas estão em praticamente todos os alimentos industrializados.
Açúcares em excesso : não só o açúcar branco, mas também xaropes de milho, frutose, maltodextrina… todos eles deixam a criança “ligada” por horas.
Conservantes : como o benzoato de sódio, presente em muitos sucos e bebidas, associado a alterações de comportamento infantil.

Esses ingredientes entram no corpo como uma verdadeira festa elétrica. Excitam o cérebro, aceleram o metabolismo, sobrecarregam o sistema nervoso e deixam a criança literalmente sem sossego.

O que fazer então?

Se você é mãe (ou pai) de uma criança que anda muito agitada, dispersiva, inquieta ou com dificuldades de aprendizado, antes de sair marcando consulta com psiquiatra ou neurologista, vale a pena dar uma boa investigada na dieta dela. Veja o que ela come no café da manhã, no lanche da escola, nos finais de semana. Será que não há ali uma overdose de açúcar e corantes? Experimente substituir o suco caixinha por sucos naturais. Troque o cereal industrializado por aveia integral ou mingau caseiro. Reduza ao máximo possível os salgadinhos, biscoitos recheados e refrigerantes.

E espere.

Não precisa ser da noite pro dia, mas em poucas semanas você pode notar uma diferença surpreendente no comportamento da criança.

Cuidado com a pressa do diagnóstico

Hoje, há uma corrida para diagnosticar crianças com TDAH. Professores reclamam, médicos apressam o processo, receitas são escritas e a criança começa a tomar medicamentos estimulantes como se fossem vitaminas.

Mas será que todas elas realmente precisam disso?

Claro que existem casos onde o medicamento faz toda a diferença. Não estamos aqui pra julgar ou desvalorizar quem faz uso dele. Mas também não podemos ignorar o número crescente de mães que, ao mudar a alimentação dos filhos, viram resultados impressionantes — e sem nenhuma medicação.

Vai levar tempo, mas vale a pena

Mudar hábitos alimentares não é fácil. Principalmente quando a criança já está acostumada com doces, salgadinhos e coisas coloridas. Vai rolar choro, vai rolar birra, vai rolar resistência. Mas a longo prazo, você verá que foi uma das decisões mais importantes da vida do seu filho. Além de melhorar o comportamento, essa mudança impacta positivamente no sono, na disposição, na saúde física e até mesmo no rendimento escolar.

Conclusão: a comida pode ser sua maior aliada

Então, mãe guerreira, antes de colocar mais uma receita médica na bolsa, dê uma boa olhada no que tá dentro da mochila do seu filho. Porque às vezes, o problema não está no cérebro, mas sim no lanche. Afinal, o que é mais natural: medicar uma criança ou alimentá-la de forma saudável? Não subestime o poder de uma dieta equilibrada. Ela pode ser a chave para um comportamento mais calmo, uma mente mais focada e um coração mais leve.

DICA EXTRA: Que tal começar com um desafio de 21 dias sem açúcar refinado e corantes artificiais? Anote o comportamento da criança no início e no final do período. Você vai se surpreender! Se esse texto te ajudou ou fez sentido pra você, compartilhe com outras mães. Talvez você esteja salvando outra família de um diagnóstico precipitado.