O estresse é uma resposta natural do corpo a situações desafiadoras ou ameaçadoras, ativando o sistema nervoso simpático e liberando hormônios como o cortisol e a adrenalina. Embora essa resposta seja essencial para a sobrevivência, o estresse crônico pode ter efeitos devastadores no organismo, afetando múltiplos sistemas corporais e aumentando o risco de várias doenças.

O Impacto do Estresse no Corpo

Sistema Digestivo: Em situações de estresse, o corpo prioriza funções de sobrevivência, como a resposta "luta ou fuga", em detrimento de funções menos urgentes, como a digestão. Isso resulta na lentidão do esvaziamento gástrico e aceleração da peristalse no cólon, causando desconforto abdominal, diarreia e, em casos crônicos, aumento do apetite e ganho de peso.

Sistema Imune: O estresse prolongado enfraquece o sistema imune, deixando o corpo mais suscetível a infecções e gripes. Ele também pode, paradoxalmente, hiperativar o sistema imune, causando doenças autoimunes, como o Lúpus, e agravando seus sintomas.

Sistema Nervoso: A ativação constante da resposta ao estresse libera hormônios que podem resultar em ansiedade, depressão e insônia. O cortisol, em níveis elevados, atua como sedativo, gerando uma sensação persistente de fadiga e perda de motivação.

Sistema Cardiovascular: O aumento crônico de cortisol eleva a pressão arterial, a frequência cardíaca e os níveis de gordura no sangue, como colesterol e triglicerídeos. Esses fatores aumentam o risco de ataques cardíacos, AVCs e o acúmulo de gordura abdominal, característica associada ao maior risco de doenças cardíacas e diabetes.

Curiosidades e Fatos Interessantes sobre o Estresse

1. Efeito "Luta ou Fuga": Essa resposta primitiva, essencial para a sobrevivência dos nossos antepassados, preparava o corpo para escapar de predadores. Hoje, ela é ativada por pressões cotidianas, como prazos de trabalho e responsabilidades financeiras.
2. O Paradoxo do Sistema Imune: Estresse prolongado pode tanto suprimir quanto hiperativar o sistema imune, dependendo da duração e intensidade do estresse, o que resulta em maior vulnerabilidade a infecções ou o surgimento de doenças autoimunes.
3. Cortisol e Obesidade Abdominal: Estudos mostram que altos níveis de cortisol estão diretamente relacionados ao acúmulo de gordura abdominal, o que aumenta o risco de doenças metabólicas.
4. Efeitos no Envelhecimento: O estresse oxidativo, causado pelo desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes no corpo, acelera o processo de envelhecimento e está associado a doenças degenerativas, como Alzheimer e câncer.
5. Estresse Positivo: O estresse em pequenas doses pode ser benéfico, mantendo o corpo alerta e pronto para agir. Esse tipo de estresse é conhecido como "eustresse" e ajuda a enfrentar desafios e melhorar o desempenho em situações controladas.
6. Estresse e a Pele: Doenças de pele, como psoríase, eczema e acne, podem ser exacerbadas pelo estresse, que afeta diretamente o equilíbrio hormonal e inflamatório do corpo.
7. Alterações Comportamentais: Pessoas sob estresse crônico têm maior propensão a desenvolver vícios em álcool, tabaco e outras substâncias, o que agrava ainda mais o quadro de saúde.
8. Problemas Cardiovasculares em Mulheres: O estresse crônico é uma das principais causas de doenças cardíacas em mulheres, que são mais suscetíveis a disfunções como perda do desejo sexual e secura vaginal devido ao aumento do cortisol.

Como Gerenciar o Estresse

Praticar técnicas de gerenciamento de estresse, como meditação, exercícios físicos regulares e manter uma dieta equilibrada, são essenciais para minimizar os efeitos negativos do estresse. Além disso, o autocuidado e a busca por apoio emocional podem ajudar a prevenir o esgotamento físico e mental, contribuindo para uma vida mais saudável e equilibrada.

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REFERÊNCIAS:  world health organization, vittude, saúde global