27/12/2010 - A maioria das mães não sabem alimentar seus filhos pequenos, o que pode levar a carências nutricionais e a doenças crônicas. Essa é a conclusão do estudo feito pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A pesquisa acompanhou 200 bebês de diversas classes sociais com idades de 4 a 12 meses. Desses, 50% já não recebia aleitamento materno. A maioria começou a utilizar a mamadeira por volta dos três meses de idade, embora o recomendado pelos médicos seja o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. O estudo apontou que muitas mães já haviam introduzido na alimentação de seus bebês o leite de vaca integral, o que é contraindicado antes de a criança completar um ano de idade. Apenas 12% dos bebês avaliados menores de seis meses recebiam formulas infantis de leite apropriados a suas idades.
O leite de vaca não possui os nutrientes necessários que a criança necessita, além de ser responsável por alergias e por anemias, uma vez que possui uma baixa quantidade de ferro.
Para agravar o problema, muitas mães adicionavam açúcar, achocolatados e cereais a bebida.
A pesquisa revelou também que as crianças recebem desde de cedo alimentos inadequados as suas necessidades de desenvolvimento, como: doces industrializados, biscoitos recheados e refrigerantes. Essa combinação de alto teor de gorduras e açúcares predispõe a criança a obesidade. Em contrapartida, recebem pouca quantidade de frutas, verduras e legumes.
As mães elaboram o cardápio dos filhos levando em consideração suas próprias experiências ou de seus familiares, deixando as recomendações do pediatra em segundo plano.
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Começando pelo Aleitamento Materno Exclusivo, que deve ser realizado até os seis meses de vida para que a criança receba todos os nutrientes e anticorpos necessários. Não é o que acontece. A idade média de introdução de outro tipo de alimento é três meses. Temos que lembrar que cada mamãe produz o leite mais adequado para o seu filho e o ferro é um dos nutrientes em que se verifica muita carência nas crianças, sendo encontrado em grande quantidade no leite materno.
Deixando de oferecer o leite materno, as mamães introduzem, na sua maioria, leite de vaca ou fórmulas artificiais. Aqui entram alguns problemas. O leite de vaca não é recomendado para crianças menores de 12 meses pelo alto risco de alergia e por não proporcionar os nutrientes essenciais que o bebê precisa. E não esquecendo que junto com o leite de vaca há o acréscimo de achocolatados, açúcar e cereais que também podem gerar alergias, falta de nutrientes e sobrepeso, se não, a obesidade, apesar de tão pequenos.
Mesmo adequadas para a faixa etária, as fórmulas artificiais podem ser um risco ao bebê. Isso porque apenas 23% das mamães, em média, fazem a diluição correta, preparando-as de forma inadequada. Ou seja: erra na mão. Assim há o risco de diarréia, desidratação e falta de nutrientes.
O pior está nas famílias que não dão importância à alimentação dos adultos e ignoram os prejuízos que certos alimentos podem oferecer aos bebês. Muitos pais oferecem doces, bolachas recheadas e refrigerantes desde alguns meses.
Pesquisa: Bebês brasileiros se alimentam mal
21/02/2010 - ma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP e divulgada entre outras mídias, na reportagem* da Folha On line, aponta o alarmante número de bebês mal alimentados no Brasil nos dias atuais. O documento, que será publicado no “Jornal de Pediatria”, frisou o fato da Família Brasileira estar oferecendo alimentos de baixa qualidade e/ou cheios de condimentos, como muita gordura, açúcar, sal, corante e outros aditivos alimentares para bebês a partir de seus primeiros meses de vida.
Participaram do estudo 179 crianças entre 4 e 12 meses, de famílias das classes A, B e C, moradoras das cidades de São Paulo, Curitiba e Recife. O objetivo era identificar o que comiam durante 1 semana completa. As mães foram orientadas a oferecer os alimentos normalmente e anotar tudo em uma planilha. O alarmante foi que na listagem de alimentos apareceram “lasanha pré-pronta congelada, macarrão instantâneo, refrigerante, salgadinho tipo batata chips, chocolate, suco artificial e muita bolacha recheada e muito leite de vaca”.
E o que dizem os especialistas?
Nenhum dos alimentos citados acima deve entrar na alimentação dos bebês de até um ano de idade por terem baixo valor nutricional (engordam, mas não nutrem), serem ricos em gordura (inclusive trans), açúcar e sal. No caso do leite de vaca, por ser inadequado.
“A alimentação da criança é reflexo da alimentação da família. Se a família tem hábitos não saudáveis, como o alto consumo de sódio (do macarrão instantâneo), de carboidratos simples (balas, doces) e de gorduras, a criança também terá. “A falta de educação alimentar e nutricional aliada às práticas de marketing faz com que os pais se percam na hora da escolha alimentar” disse uma das pesquisadoras, a Dra. Roseli Sarni, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP.
Cuidado com a papinha
O exagero no uso de papinhas industrializadas também é ruim. As papinhas são recomendadas para aqueles dias mais complicados, como viagens e passeios.
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Esses alimentos apresentam sal, gorduras e açúcares em excesso. Comendo isso, a criança deixa de comer ou come em pouca quantidade as frutas e verduras ideais para o pleno desenvolvimento físico e intelectual dos bebês.
A desculpa para tudo isso é a vida corrida, de não ter tempo de preparar a papinha em casa ou até de não gostar de cozinhar. Será que a saúde do seu filho pode terminar por esse motivo, falta de tempo? A consequência de uma má alimentação desde cedo pode interferir pela vida toda desse serzinho que acabou de conhecer o mundo e depende de outra pessoa para sobreviver.
Obesidade, gordura no organismo, diabetes, pressão alta, colesterol alto e anemia que antes eram doenças de adulto aparecem hoje cada vez mais cedo e não são doenças fáceis de tratar, ainda mais que essas crianças têm maus hábitos alimentares desde que nasceram e fica mais complicado de mudar. E não é só fisicamente o prejuízo. Falta de nutrientes levam a déficit intelectual, dificultando o aprendizado.
Pense muito antes de dizer que não tem tempo. Tentar reverter essa mudança de hábito depois que as doenças estão instaladas é muito mais difícil. Hábito alimentar saudável se faz desde o nascimento.
Mães brasileiras oferecem alimentos muito cedo a bebês
13/08/2010 - O Ministério da Saúde acaba de divulgar uma pesquisa que aponta para um perfil inadequado das mães brasileiras em relação à alimentação de crianças lactantes. Segundo o estudo, os bebês estão recebendo oferta de chás, sucos, água e até outros leites antes de completar seis meses de vida, período mínimo em que a alimentação infantil deve ser exclusivamente de leite materno, segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno foi realizada com mais de 118 mil crianças de 266 municípios, incluindo 27 capitais. O líquido campeão em administração precoce é a água, cujo consumo foi verificado em mais de 60% dos bebês de até seis meses de vida, seguido de leite não materno, com quase 49%.
Além de líquidos, cerca de ¼ dos bebês que tem entre três e seis meses de vida já consomem alguns tipos de alimentos e frutas, principalmente na região Sudeste, onde este índice chega a quase 30%. A administração de alimentos semi sólidos só é indicada a partir dos seis meses, e de alimentos sólidos a partir dos nove meses.
Outro dado preocupante é a presença de alimentos pouco saudáveis e extremamente agressivos para o organismo de crianças com até 12 meses de vida, como bolachas, salgadinhos, café e refrigerantes, em índices que ultrapassam os alarmantes 70%.
Mãe de 190 kg alimenta bebês trigêmeos com fast food
28/04/2009 - A britânica Leanne Salt, 24, fez história como a mãe mais pesada de trigêmeos: foram 254 quilos no final da gravidez. Agora a mulher voltou a causar polêmica ao admitir que alimenta seus filhos de oito meses com fast food – incluindo lanches do McDonald’s e as tradicionais batata e peixe fritos da Inglaterra.
De acordo com o jornal “Daily Mail”, a mulher hoje com 190,5 quilos disse que seus filhos começaram a comer esse tipo de alimento aos seis meses – segundo o Ministério da Saúde, até essa idade a criança pode deixar de tomar somente leite materno, para consumir também alimentos complementares, como frutas, legumes, tubérculos e carne.
“Eles tinham seis meses quando comeram no McDonald’s pela primeira vez. Eles comeram nuggets, batatas e adoraram”, contou a mulher. “Eles também gostam de batata e peixe fritos.” Os bebês consomem em média 1.250 calorias por dia, ou quase o dobro do recomendado para sua idade. Eles, que nasceram prematuros, estão dentro do peso considerado ideal para sua idade.
Por conta do peso da mãe, os médicos tiveram um grande desafio em agosto do ano passado, durante o nascimento de Deanna, Daisy e Finlee. Foi necessária uma equipe com 68 pessoas e despesas de 200 mil libras (cerca de R$ 650 mil) pagas pelo Serviço Nacional de Saúde para realizar o parto – o valor incluiu uma mesa especial para a mulher ficar durante a cesárea.
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Atualmente ela mora em Coventry e recebe benefícios do governo (227 libras, ou cerca de R$ 740 por semana). A mulher afirma que está muito ocupada para preparar refeições adequadas para os filhos ou fazer o trabalho de casa. “As crianças estão sempre com fome. Às vezes é mais fácil dar comida pronta para eles. Mas não é sempre que comem junk food [comida rápida e gordurosa]: às vezes faço algo no microondas para eles. Meus bebês são saudáveis”.
Geralmente, os bebês tomam uma mamadeira de leite às 5h30 e outra às 8h, quando também comem um bolinho com manteiga de café da manhã. O cardápio do almoço é torrada com ovo, purê de batata pronto com espaguete ou papinha de bebê, seguido por um pacote de salgadinho de queijo no início da tarde. Por volta das 16h, as crianças comem lasanha ou torta de microondas e tomam uma mamadeira de leite antes de dormir.
Fonte: Folha de S. Paulo
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