Óxi, nova droga mais letal que o crak - Parte 2

OXI_-_DROGA_1OXI - Uma nova droga pior que o Crack já esta no Brasil  - 28/02/2011 - Por Roberto Ramalho, jornalista, advogado, relações públicas e funcionário público da Universidade Estadual de Ciências da Saúde do Estado de Alagoas. Muitos não sabem, mas existe uma droga muito mais forte do que o Crack com um poder de vicio muito maior e devastador. Essa droga tem o nome de Oxi, por se tratar de restos do refino de coca oxidados. Oxi é considerado por especialistas pior que o Crack, em virtude de causar vício muito rápido aos usuários. A nova droga já está nas ruas em alguns estados do Brasil. Praticamente muitos já devem ter pleno conhecimento do efeito aterrorizante e devastador que o Crack provoca nos dependentes químicos, isto é, nos viciados e usuários.

Também todos já sabem que ela já está espalhada por todo o Brasil e que existem vários tipos de drogas destruindo a sociedade, a família e os jovens. São elas: a maconha, a cocaína, a heroína, o LSD, o Extasy entre outras. Agora, chegou ao Estado do Acre, vizinho da Bolívia, um dos maiores produtores de cocaína do mundo uma nova droga, o Oxi, mais poderosa e devastadora ainda que a cocaína e o Crack juntas.

Assim como o Crack é um subproduto da cocaína, o Oxi por sua vez é um subproduto do Crack, adicionado de querosene e outros componentes. Se o Crack vicia e destrói a vida social do indivíduo de forma rápida, o Oxi é uma droga mais forte e perigosa. A diferença é que, na elaboração, ao invés de se acrescentar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato de cocaína, como é o caso do Crack, adiciona-se querosene e cal virgem para obter o Oxi.

Essa nova droga é tão mortal e tão devastadora que grupos de pesquisadores da ONG Rede Acreana de Redução de Danos – Reard resolveu pesquisar a vida de vários usuários na região para estudar a produção e o uso da mescla ou merla encontrando uma realidade assustadora.

Eram jovens mergulhados no uso do Oxi. A mescla é uma espécie de “tia” mais rudimentar do Crack, produzida a partir do refugo da cocaína, mais alguns produtos químicos como cal, querosene, acetona, solução de bateria elétrica etc.

A droga, por ser bastante barata, se espalha entre os jovens de cidades muito pobres que residem em bairros desprovidos de assistência social. Os viciados vivem em casas de madeira, a maioria na beira dos rios, sem saneamento básico, sem água, sem as mínimas condições de higiene.

Vendido em pedras como o Crack, que podem ser inclusive amareladas ou mais brancas, dependendo da quantidade de querosene ou cal virgem adicionados, o grande diferencial do Oxi está justamente em seu preço: enquanto a mescla custa de cinco a dez reais uma trouxinha que serve três cigarros, o Oxi é vendido de dois a cinco reais por cinco pedras.

O estudo da droga por uma ONG acreana e seu uso pelos viciados

De acordo com Álvaro Augusto Andrade Mendes da ONG Rede Acreana de Redução de Danos o Oxi “É uma droga popular, inegavelmente, mas dependendo do período o preço aumenta: se é época de chuva, se a polícia intensifica mais a vigilância”, explica. De acordo ainda com Álvaro Augusto “a maior questão do Oxi é que ela é uma droga mais rápida, causa um efeito mais forte, e é a única coisa que vem para eles, eles não têm opção”.

Altamente aditiva, a pedra é consumida em latinhas com furos, assim como o Crack é fumado em cachimbo, o que torna a fumaça mais pura e o efeito ainda mais forte.

Porém, também há casos relatados de consumo de Oxi triturado, em cigarros, misturado à maconha ou ao tabaco, e em pó, aspirado. Seja de que maneira ele seja consumido o consumo é sempre acompanhado de bebida-cachaça, cerveja, ou coisa pior.

O membro da ONG acreana adverte para o fato de que “Muitos viciados usam a droga junto com álcool, não o álcool de beber, mas o álcool de tampinha azul, como eles chamam, que eles misturam com suco de groselha”. “O “álcool da tampinha azul” nada mais é que álcool etílico, desinfetante usado na limpeza de casas”, conclui.

Para se conseguir mais droga e calar a “fissura”, é bastante comum ver os usuários praticando pequenos roubos e se prostituindo o que os torna mais vulneráveis à AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis, sem haver a mínima atenção do poder público, e o conhecimento sobre sexo seguro ser muito pouco entre essa população.

Extremamente nocivo ao organismo, o uso do cotidiano e freqüente do Oxi acaba perturbando o sistema nervoso central do viciado levando-o à “paranóia” e ao medo constante. Além disso, os usuários do Oxi acabam ficando nervosos, emagrecem rápido, ficam com a cor da pele amarelada, têm problemas no fígado, dores estomacais, dores de cabeça, náuseas, vômitos, e sofrem de diarréia constante.

O médico Mauro Gomes de Aranha, presidente do Conselho Estadual sobre Drogas do Estado de São Paulo, adverte que o Oxi, por se tratar de um estimulante, provoca diversos riscos a saúde. Segundo ele “a intoxicação com este tipo de substância causa convulsões e arritmia cardíaca, podendo chegar ao infarto agudo do miocárdio”.
A reportagem do programa Conexão Repórter do canal SBT
Recentemente em excelente reportagem o programa Conexão Repórter do SBT fez um documentário completo sobre esse novo mal que está causando muitos problemas e já se constitui numa verdadeira epidemia. O documentário de novembro do ano passado mostrou depoimentos de viciados, os Estados no Brasil já afetados pela nova droga e também sobre seus efeitos e perigos.

No início o repórter Roberto Cabrini faz as seguintes indagações: De onde ele vem? Do que é composto? Como é processado? Quem produz? Quem são os traficantes? Qual é o mapa do Oxi? Em busca de respostas, desembarcamos em um dos estados mais distantes do Brasil: o Acre, uma das principais fronteiras abertas do território brasileiro.

E continua afirmando: “Nossa equipe fica diante de uma realidade assustadora. Encontramos histórias de jovens, mulheres e inocentes vítimas da nova droga. Durante duas semanas, nos infiltramos pelas noites de Rio Branco, no Acre. Um a um começamos a revelar os efeitos dessa nova droga. Vítimas dominadas pelo Oxi a espera de socorro. Quase todos muito jovens, os prisioneiros do Oxi andam sem rumo.
Nem de longe lembram os seres humanos que eram. A droga afasta os usuários de tudo: família, amigos, dignidade, auto-estima. Muitos não conseguem sequer manter uma conversa. Encontramos uma mulher drogada circulando pela cidade. Ela é abordada por um carro, se oferece e diz que não é garota de programa, apenas se prostitui para manter o vício. Nesta cidade não é difícil encontrar os becos onde a droga é vendida”.

É preciso muito cuidado, pois essa droga contém gasolina e outros solventes misturados, podendo causar dependência e levar à overdose e a morte.

A visão da Polícia

Segundo afirma Tatiana Raposo Grutilla, Delegada da Divisão de Prevenção e Ensino do Departamento de Narcóticos de São Paulo (DENARC) “por ser um estimulante derivado da cocaína, no primeiro momento é estimulante, depois o usuário fica depressivo”.

Segundo a Polícia já foram registrados 30 casos de morte por overdose dessa droga.

Com certeza essa nova droga devastadora deverá estar chegando a Alagoas aumentando ainda mais o número de viciados em drogas que já passa de milhares, abrangendo, inclusive, estudantes universitários, mais esclarecidos e das redes públicas e privadas de ensino.

Segundo especialistas a OXi é considerada pelos traficantes de drogas extremamente prejudicial em termos financeiros em face de matar rapidamente os viciados e com isso diminuir a rentabilidade deles.

Por onde a droga entra no Brasil e quais estados brasileiros estão afetados

Conhecida como a “droga da morte”, o Oxi é mais letal que o Crack e já é facilmente encontrada em vários estados do norte e nordeste do país.

A droga entra no país pela Bolívia, na fronteira com o Acre sem nenhum controle por parte das autoridades fronteiriças como a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, bem como pela Polícia Federal.

Até o momento, o OXI já domina todo o Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Maranhão, com força total, além de Piauí. O que se sabe, também, é que a droga entra no país pela Bolívia, na fronteira com o Acre e que o efeito da pedra amarela no organismo dura cerca de quatro minutos.

As pedras amareladas de Oxi já foram apreendidas no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Amapá, Maranhão, Piauí e Goiás.

Diferença entre o Crack e o OXI

O OXI é um Crack de pior qualidade, ou seja, na verdade um subproduto processado por meio de insumos básicos diferentes. A diferença dessa nova droga para o Crack está na elaboração do produto. Em vez de adicionar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato da cocaína os traficantes adicionam querosene e cal virgem. Pesquisas apontam que os usuários vão a óbito em menos de um ano.

Como é feita a droga

A nova droga “Oxi" ou "Óleo", como também é conhecida pelos usuários, tem um alto poder de ‘fissura’. Na sua fórmula encontra-se a pasta base de cocaína, como no Crack (pasta base de cocaína, amônia, bicarbonato e água), porém, o efeito é potencializado pela adição de querosene e cal virgem. A pedra formada pode ter a coloração branca ou amarelada, dependendo da quantidade de cal e querosene inseridos na fórmula.
O efeito devastador da nova droga no organismo humano
O uso do Oxi perturba o sistema nervoso central levando o usuário à “paranóia” e ao medo constante.

O emagrecimento é rápido, os viciados ficam com cor amarelada, têm problemas de fígado, dores estomacais, dores de cabeça, náuseas, vômitos e diarréia constante. Segundo uma pesquisa, dentre os entrevistados, 30% morreram no período de um ano.

Conclusão

Concluindo, são dois os pontos principais e fundamentais que devem ser analisados pelos governos a respeito do consumo de droga em nosso país: a oferta de leitos nos hospitais especializados no atendimento a drogados e a implantação de políticas públicas efetivas no combate ao avanço da droga nas cidades.

Os governos federal, estaduais e municipais ainda não encaram a problemática da droga como um caso de saúde pública no Brasil. Os poucos locais que acompanham pessoas em processo de desintoxicação, como é o caso do Hospital Escola Portugal Ramalho, em Maceió, Alagoas, que é administrado pelo competente médico psiquiatra Dr. Audênis Aguiar Peixoto, não possuem a infra-instrutora adequada e seus profissionais, muitas vezes não recebem o treinamento adequado para lidar com situações adversas, características da abstinência.

Além disso, faz-se necessário o combate ininterrupto aos traficantes de drogas em todo território nacional, notadamente nas fronteiras no caso dos países produtores de drogas como é o caso da Colômbia e Bolívia.

Assim sendo, agora que as Forças Armadas já possuem poder de polícia em face da sanção de uma lei que as autoriza prender traficantes de drogas e apreender drogas e armas, e a continuação da luta por intermédio das polícias federal e militar o Brasil poderá vencer o crime organizado e o narcotráfico.

Aqueles que querem e desejam a descriminalização da maconha como é o caso do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso e os que também pregam a redução da pena para os aviões e mulas afirmo que se trata de uma defesa equivocada.

A solução para o problema do narcotráfico e do consumo de drogas no Brasil tem que vir através do uso da força, instrumento legal e legítimo que o Estado possui segundo ensina a boa doutrina jurídica, principalmente na área do Direito Constitucional e do estudo da Teoria Geral do Estado. O tratamento ao usuário de drogas é apenas uma questão secundária. Acabando com o tráfico de drogas e o traficante a situação estará praticamente controlada, solucionando definitivamente esse grave problema.


Fonte: http://integracaobrasil.blogspot.com/
            http://www.narconews.com/
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