Esta foi a expressão do Dr Harry W Severance, professor de medicina de emergencia, ao receber Marck Anderson, 32 anos, que estava correndo para manter a forma. Seu pescoço esta empalado com um galho de árvore. Eles estava segurando o galho que estava atravessado na linha mediana do pescoço. Era enorme, precisou ser cortado para caber no helicoptero, tinha mais de meio metro de cada lado. Como era possivel aquele homem ainda estar vivo ...
e sentado conversando com os médicos e enfermeiras? Seus sinais vitais estavam estáveis, ele estava sentado e conversando normalmente. O pulso estava normal, mas quando alguem mexia no tronco ele gritava de dor. Os livros e a faculdade de Medicina nao ensinam a remover um tronco atravessado no pescoço de um paciente. Uma situação unica e fantástica e se o médico responsavel não sabe o que fazer a equipe toda fica perdida. Se o resto da equipe percebe que o chefe esta com medo...tudo entra em colapso. O Dr Severance continua com os exames e manda chamar um cirurgião de cabeça e pescoço e um toráxico.
Você como chefe tem que fingir que sabe o que esta fazendo, como se tirar galhos do pescoço fosse algo bem normal e tranquilo. O galho penetrou no que se chama linha mediana do pescoço, é a área mais crítica do pescoço. As estruturas vasculares principais, as artérias que vão até o cérebro passam por ali. Se perder uma delas você morre. No caso de Marck qualquer coisa que os medicos fizessem podia mata-lo. Simplesmente remover o galho poderia matar Marck.
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A primeira estratégia do Dr Severance foi pedir ajuda aos especialistas. O tronco atravessou a linha mediana, danificando só o tecido mole. Ele pode estar servindo como tampa mantendo as artérias fechadas. Foram chamados o chefe do pronto socorro, cirurgião cardio toráxico, o cirurgião otorrinolaringologista e o cirurgião neurológico....ninguem sabia o que fazer. Cortar simplesmente era muito arriscado pois outro trauma colocaria em risco as vias aéreas ou danificar a carótida, ele sangraria até morrer. A decisão final dos médicos, no corredor, foi que a única opção era os cirurgiões leva-lo ao andar de cima e com uma incisão anterior abrir o pescoço dele e ai remover o tronco e quem sabe, conseguir administrar qualquer desastre que ocorrece no caminho.
Normalmente se faria uma tomografia antes da cirurgia, mas nesse caso a operação vai ser no escuro. Os médicos não fazem idéia do tpo de lesão que vão encontrar depois de abrir o pescoço de Mark. Os cirurgiões ficam supresos pelo fato do galho não ter atingido nenhum tecido ou vaso vital do pescoço.
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Fonte: Pronto-Socorro - Histórias de Emergência
https://www.youtube.com/watch?v=4TQJ9zT9Z1o