5 Frutas exóticas

furtasexoticasAs frutas são alimentos indispensáveis para nossa saúde, podemos encontrar  grande variedade de sabores e aromas diferentes.Algumas nos surpreendem com cores vibrantes, propriedades medicinais e sabores que só de lembrar dão água na boca. Porém, algumas frutas  chamam a nossa atenção por possuirem aparência, sabores e até odores inigualáveis, sendo conhecidas como frutas exóticas. Mangostim - Fruta nativa da parte tropical do sudeste asiático, onde o mangostim é considerado “a rainha das frutas tropicais” e “a fruta mais saborosa do mundo”.

De casca escura, a polpa é branca e macia separada em gomos, seu sabor lembra ao de pêssego levemente cítrico. Por ser originária de regiões de clima tropical, a fruta rica em anti-oxidantes, vem sendo cultivada com êxito em alguns lugares do litoral brasileiro. Foram demonstrados em laboratório efeitosAnti-cancerígenos, Anti-inflamatórios, Anti-microbianos e Anti-fúngicos.Mostrou também melhorias significativas no sistema imunitário.O seu consumo está associado às características Anti-oxidantes, mas a sua acção parece ser mais vasta.

São divulgadas melhorias de pessoas em todo o mundo com: Fibromialgia, Fadiga, Infecções, Alergias, Colesterol e triglicéridos, Doenças osteoarticulares.

Efeitos Secundários  - Não existem efeitos secundários comprovados, tal como nãomangostim existem indicações terapêuticas comprovadas com Humanos (apenas estudos científicos em laboratórios). Contudo surgem agora estudos com referências a efeitos secundários ou colaterais mas com a mesma base de investigação – em laboratório. Estes estudos sugerem que as xantonas podem interferir com a coagulação normal do sangue o que pode conduzir a sangramento quando consumido com substâncias como varfarina. Em doses elevadas as Xantonas podem sedar excessivamente, quando associadas a outros medicamentos ou remédios naturais para o mesmo efeito.  É importante referir que estes estudos são primários e não são realizados em humanos, portanto não é comprovado cientificamente.

Este fruto tropical é utilizado à centenas de anos no Sudeste Asiático para consumo caseiro, como qualquer outra fruta. Porém o seu uso medicinal despertou a atenção do Ocidente, primeiro por Laurentiers Garcin no século XVII, como tratamento para infecções intestinais, mais tarde viria a ser alvo de novas investigações. Em 1970 conseguiram finalmente isolar as Xantonas* e demonstrar o seu efeito terapêutico, em laboratório. Apartir daí, a comercialização trouxe até nós o Mangostão. Na Ásia é comum o uso da casca como chá medicinal para tratamentos como: diarreia, infecções da bexiga, gonorreia. Também é referido o seu uso tópico na pele para erupções cutâneas ou como regenerador da pele.

Na casca estão presentes taninos (como no chá verde por ex.) e as Xantonas*, substância que em laboratório comprovou os efeitos benéficos deste fruto. O fruto em si pode ser consumido como fruta normal e também apresenta benefícios, mas o principal efeito provém desta casca.O sumo de mangostim que se consome e vende por todo o mundo, deve ser elaborado com todas as suas partes: sementes, polpa e casca. A Medicina Chinesa e a Ayurvédica, já utilizam este fruto como composto medicinal à centenas de anos, o que vem comprovar que o seu benefício vem de longe e já amplamente experimentado. Mas apenas como conhecimento empírico!!!

Mangostin tem alto poder antioxidante(2007) - Nos últimos anos, uma fruta de nome e aspecto curiosos vem tomando as prateleiras de supermercados e lojas gourmet de São Paulo.
 
De casca grossa e roxa, quase negra, o mangostin (ou mangostão, como também ficou conhecido) é nativo da Ásia e cultivado em regiões tropicais, inclusive no Brasil.

 

 

"A fruta chegou ao país nos anos 40, no Pará, mas está aparecendo agora no mercado. Atualmente, é cultivada no sul da Bahia, no Pará e, em pequena escala, no Espírito Santo e em São Paulo, onde as condições de solo e clima são favoráveis", afirma Jocelem Mastrodi Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais e professora de nutrição da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo).

Seus gomos brancos e suculentos têm aspecto similar ao da polpa da lichia, fruta exótica já assimilada pelo consumidor brasileiro, e costumam ser apreciados ao natural.

Diz a lenda que a rainha Vitória (1819-1901), da Inglaterra, teria considerado o mangostim a fruta mais saborosa do mundo, o que lhe valeu a alcunha de "rainha das frutas".

Da mesma família do bacuri, o mangostin possui um sabor único, mais doce do que ácido. "Por isso, combina bem com frutas cítricas, como limão-siciliano e maracujá", afirma o chef Fábio Eustáquio.

Ao verificar os componentes nutricionais e antioxidantes da fruta, uma pesquisa realizada na Esalq no início do ano concluiu que ela é muito rica em agentes fenólicos, substâncias altamente antioxidantes, que impedem a oxidação do colesterol "ruim".


"O mangostin tem uma distribuição bastante equilibrada de nutrientes e se destaca como uma fonte muito rica de compostos fenólicos, o que lhe atribui importantes propriedades funcionais. Também é riquíssimo em fibras", afirma Salgado, que coordenou o estudo.

Nos Estados Unidos, o mangostin já entra na composição de suplementos dietéticos.

Com tantos predicados, resta torcer por um incremento da produção, capaz de baixar os preços e tornar a fruta mais acessível --atualmente, uma bandeja com seis unidades de mangostim custa aproximadamente R$ 9.

 

kiwanoKiwano - Qual dos nomes você daria a este fruto exótico, cuja origem tem sido indicada como sendo as regiões centro e sul do continente Africano? Kino ou Kiwano?Seu nome cientifico é Cucumis metuliferus. É parente próximo do Maxixe (Cucumis anguria), do Melão (Cucumis melo) e do Pepino (Cucumis sativus), todos pertencentes à família das Curcubitaceas. Kino é como ele tem sido chamado no nosso mercado. Kiwano é como ele é conhecido no exterior, onde assume também outras denominações: pepino "chifrudo" africano, melão "chifrudo" africano ou melão gelatina (jelly melon). Além do exotismo e da atração que exerce pela novidade, um outro fato chama a atenção sobre este fruto: o nome comum pelo qual tem ficado conhecido no nosso mercado. Se lá fora é chamado Kiwano, e assim é reconhecido, chamá-lo internamente de Kino cria uma dificuldade adicional, quando se busca identificá-lo. Uma busca na Internet pela palavra "kino" não leva a lugar algum. Há o risco,até, de passar próximo à família dos cítricos, que parece ter um indefinido representante com esse nome, em algum país de língua espanhola.

Porém, quando a busca é feita com a palavra "kiwano", todas as dúvidas se desfazem, e aparecerá uma enxurrada de informações esclarecedoras, a começar pelo seu nome cientifico, "Cucumis metuliferus", que é a base para a identificação e reconhecimento de suas características botânicas e propriedades.

A questão da denominação comercial dos produtos, em alguns casos, é complexa. Alem dos diferentes nomes pelos quais os produtos são conhecidos regionalmente, há também o propósito consciente dos produtores de introduzirem uma diferenciação, que serve de base para o marketing. Neste caso, a preservação do exotismo, do insólito, e do mistério podem ser a chave da exclusividade e do bom negócio. Esta situação de desinformação, todavia, não contribui para o esclarecimento público.

A norma de rotulagem obriga a informação do nome de venda do alimento. É o nome que indica a verdadeira natureza e as características do alimento. Aí vem novamente a pergunta: Kino ou Kiwano? Kino como alguns querem chamá-lo internamente, ou Kiwano como é conhecido internacionalmente? Se a denominação Kino for marca registrada, deveria vir acompanhada do nome cientifico, Cucumis metuliferus

 

durianDurian - Também do sudeste asiático, o durião é uma das frutas símbolo da região e famosa por seu odor. Adorado por muitos e considerado “o rei das frutas” o durião foi banido de aeroportos, estações de trem e hotéis por causa de seu intenso mau cheiro, parecido com carne podre, esgoto e algumas outras coisas desagradáveis. Quem consegue superar a barreira do odor, garante que é recompensado com um sabor delicioso, lembrando uma mistura de creme aromatizado com amêndoas. A fruta tem presença marcante na cultura de alguns países asiáticos e é consumida normalmente no dia-a-dia, influenciando até a arquitetura de construções e monumentos.

Na Ásia, a fruta Durian é considerada a Rainha das Frutas, pelo seu sabor adocicado, que dizem se parecer com o do maracujá ou da baunilha, e sua textura de pudim.

A Durian é famosa também por seu odor desagradável e fortíssimo (dizem que parece suor misturado com chulé), tanto que é proibido entrar com a fruta em locais públicos, como shoppings, supermercados e hotéis. Nos países asiáticos, como a Tailândia, existem avisos em ônibus, hotéis, restaurante e outros locais, indicando que é proibido carregar a fruta.
Mas diz-se que após um bom tempo depois que é retirada da árvore, o cheiro da fruta torna-se quase imperceptível. Extrair sua polpa também é difícil e exige técnica: a casca é dura e espinhosa, enquanto que o interior é delicado.

Em Singapura, o Centro de Convenções nacional parece com a fruta, e é chamado pelos nativos de “O Durian”
A doninha das frutas - Todos nós conhecemos esta simpática frutinha, o durian, que como que a avisar, tem uns espinhos bem pontiagudos que causam mossa nas cabeças dos nativos da Tailândia, Indonésia e outros países onde cresce, quando cai nas árvores. Mas como se esse aviso não fosse suficiente, os que atrevem-se a abri-la deparam com um cheiro nauseabundo, uma espécie de blend entre merda e mijo de gato. Que o digam as moscas que se juntam às dúzias nas caixas cheias de cascas de durian que os comerciantes deixam junto das latas de lixo no fim do dia.

Não sei quem um dia teve a peregrina ideia de comer algo que tanto fede, mas há quem considere o durian "o rei das frutas", devido ao seu elevado teor vitamínico. Os adeptos deste desporto radical (comer durian) defendem que "ou se gosta logo ou nunca se gosta". Que bom para eles. Não está nos meus planos futuros fazer esse teste. Não se pense que rejeito liminarmente o durian só por causa do cheiro. Já provei gelado e doce de durian, e a reacção foi a que esperava: detestei.

A mulher e os miúdos gostam, curiosamente. Não me importo que comam, desde que não seja em casa. E caso o façam sem que eu saiba, espero que não deixem vestígios do bicho no frigorífico. O cheiro não só é repulsivo como também muito intenso, ao ponto de ser proibido em hotéis em vários pontos da Ásia. Não sei se a fruta é exportada para a Europa, mas caso um dia lá apareça penso que as autoridades sanitárias vão torcer-lhe o nariz. Torcer e depois tapar.

Quando se gosta de durian, fala-se de como mais se gosta. Frio, quente, mole, duro, em forma de gelado, pudim, bolo, etc (ali em baixo está um tronco de Natal com creme de durian). Os filipinos comem-no com vinagre de arroz. Mas como sou mesmo muito boa pessoa, deixo que os comam todos. Bon appetit.

 

physalisPhysalis - Essa planta pode ser considerada uma união de planta frutífera e ornamental pois, devido a sua aparência delicada, ela também é usada na decoração de ambientes. Original das altas altitudes da América do Sul, a planta também e cultivada na África do Sul e Austrália. A fruta tem o tamanho de uma cereja, com o interior amarelo e doce quando madura, a physalis é ideal para lanches, tortas e geléias. Devido ao involucro natural com textura de papel que envolve cada fruto, ela tem forte apelo ornamental e, por isso, alguns restaurantes a utilizam para enfeitar suas sobremesas. Physalis é uma fruta que tem tudo para ser considerada exótica: nome, aparência e preço. Apesar disso, no Norte e Nordeste do país é comum nos quintais e é conhecida por nomes que não podiam ser mais brasileiros: camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome. Desponta selvagem nas paisagens do Norte e do Nordeste. Popular nos quintais das casas do interior da Bahia. No Pará, cresce em abundância. O costume local sugere o uso das raízes da planta (homônima) no tratamento da hepatite e da malária. Os índios da Amazônia batizaram a physalis de camapu. Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da família das solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas.
 
Originária da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia. Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. É uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de altura.

Uma fruta pequena, bonita, delicada e de sabor ácido começa a brilhar nas mesas requintadas do país, ao fim das refeições, em parceria com o café. A physalis apresenta-se pura ou recoberta de uma camada de chocolate, em fascinante contraste de cores e sabores. Nativa das regiões temperadas e tropicais, tem a parte comestível protegida por uma delicada folha seca, assemelhada ao papel de arroz. A cor da fruta vai do amarelo ao verde, passando pelo vermelho.

Parece exótica, mas não é. Na verdade, é filha brasileira. Possui irmãs na América, Europa e Ásia, dividindo-se em cerca de oito variedades. Pende de arbustos que chegam a medir 2 metros de altura. Integra a grande família das solanáceas, da qual ainda fazem parte a batateira, o tomateiro, o pimentão e as pimentas. Nos países europeus e nos asiáticos, a physalis surge em deliciosas receitas, como a britânica gooseberry fool, um creme que combina a fruta com chantilly.

A refrescante sobremesa é feita com uma physalis esverdeada, apelidada de limão do norte. Os australianos a transformam em conserva. Pouca gente sabe, mas o tomatillo, produto de destaque na culinária mexicana, é na verdade uma physalis cultivada e consumida desde os tempos dos astecas e indispensável no preparo da típica salsa verde. A variedade nativa no Brasil se chama Physalis angulata. Utilizam-na para fins terapêuticos.

Apesar da popularidade entre os habitantes das florestas, a physalis só agora começa a conquistar status no meio urbano. Os supermercados das grandes capitais, porém, oferecem a fruta importada da Colômbia, já que a brasileira tem produção ainda bastante tímida. Além de saboreada in natura, a physalis revela-se ótimo ingrediente para sorvetes e compotas. Mas talvez a mais perfeita de suas combinações seja com o chocolate. No restaurante paulistano Palazzo Grimaldi, o chef italiano Luciano Boseggia manda physalis parcialmente cobertas com chocolate junto com o expresso, acomodadas num pratinho de petits-fours. A feliz parceria da fruta com o chocolate também pode ser conferida nos bombons da marca artesanal paulistana Busy Bee. Pelo primor da combinação, pode-se apostar que a lista de delícias à base da fruta e do chocolate deve aumentar no país.
 
É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides. Purifica o sangue, fortalece o sistema imunológico, alivia dores de garganta e ajuda a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado. Estudos científicos recentes em andamento e ainda não concluídos revelaram forte atividade como estimulante imunológico combatendo alguns tipos de câncer além de efeito antiviral contra os vírus da gripe, herpes, pólio e HIV tipo 1. Mais recentemente cientistas da Fundação Oswaldo Cruz do Ceará descobriram uma substancia chamada "physalina" que atua no sistema imunológico humano evitando a rejeição de órgãos transplantados. A FioCruz e seus cientistas estão requerendo a patente desta descoberta.

Uma fruta muito interessante - A physalis é uma fruta bem interessante: considerada exótica, é encontrada no mercado a preços elevados, mas, apesar disso, no Norte e Nordeste do nosso país ela é comum nos quintais e chamada por nomes bem brasileiros: camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã, bate-testa e mata-fome.

Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da família das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas. Originária da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia.
Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. É uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de altura. As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com coloração que vai do amarelo ao alaranjado, envolvidas por uma folha fina e seca, em forma de balão. Com sabor doce, levemente ácido, a physalis é consumida ao natural e usada na preparação de doces, geléias, sorvetes, bombons e em molhos de saladas e carnes. É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides.

Seu lado medicinal não deixa a desejar: é conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.

A planta tem sido estudada também por fornecer um poderoso instrumento para controlar o sistema de defesa do organismo, diminuindo a rejeição em transplantes e atacando alergias. Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias com esse potencial na Physalis angulata e já solicitaram patente sobre o uso delas. Testadas por enquanto em camundongos, espera-se que as fisalinas (chamadas de B, F e G) tenham um efeito tão bom quanto o das substâncias usadas hoje para controlar o sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando forem usadas em pacientes humanos.
"Em geral, ela é usada na forma de chá ou infusão", diz Milena Soares, pesquisadora da Fiocruz. A erva cresce na América Latina e na África, e as moléculas que produz, as fisalinas, atraíram a atenção dos cientistas porque pertencem ao grupo dos corticosteróides, usados hoje para controlar o sistema imune. "Essas substâncias já tinham sido descritas, mas nós fomos os primeiros a estudar suas propriedades", conta Soares. O trabalho foi publicado na revista científica "European Journal of Pharmacology" (www.sciencedirect.com/science/). Se for comprovado que as substâncias causam menos efeitos colaterais, a pesquisadora diz que os pacientes com o sistema imune hiperativo seriam poupados de inchaços ou da diminuição da produção de células do sangue na medula óssea, causada pelos medicamentos utilizados hoje.

Cultivo - A physalis é uma planta rústica, que exige poucos cuidados, e que até agora não apresentou uma doença significativa que possa ser grande ameaça ao cultivo. Desenvolve-se bem em regiões quentes, de clima tropical e subtropical, mas tolera bem o frio.

Antes de plantar, é aconselhável realizar análise de solo, que deve ser preparado com as mesmas recomendações para o cultivo do tomate. Os melhores solos são os areno-argilosos e pouco ácidos. A semeadura é feita em bandejas de isopor com 128 células, copos plásticos ou saquinhos de polietileno, com substrato para hortaliças, usando-se uma semente por célula, copo ou saquinho. A germinação se dá em cerca de 20 dias

Quando as plantinhas estiverem com mais ou menos 20 centímetros de altura podem ser transferidas para o local definitivo. Plantam-se grupos de quatro mudas, distantes 30 centímetros uma da outra, em forma de quadrado (uma planta em cada canto). No centro, coloca-se uma vara de bambu ou madeira com cerca de dois metros de altura, para que as plantas sejam amarradas até o final da produção. O espaçamento entre as linhas é de dois metros. A colheita começa quatro meses depois do plantio e estende-se por seis ou oito meses. Cada planta produz até três quilos de frutas.

Curiosidades sobre a physalis

No Brasil, a variedade nativa é a Physalis angulata

* No Japão, existe variedade de cor vermelha chamada hosuki. Lá, anualmente, acontece a Festa do Hosuki

* As variedades capsicifolia, esquirolii, lanceifolia, linkiana e ramosissima encontram-se espalhadas pela América, Europa e Ásia
 
* Apesar de ser bastante rústica e exigir poucos cuidados, é imprescindível o controle de insetos a partir da floração

* Utilizando-se o tutoramento, como nos plantios de tomate ou pimentão, é possível obter uma produção maior em menos tempo

* A physalis também é utilizada como tira-gosto em degustações de vinho

* Na Austrália, a physalis rende uma conserva fina exportada para vários países

* Em Paris é servida em restaurantes elegantes, coberta com chocolate

* Estudos científicos recentes estão revelando que a planta apresenta forte atividade como estimulante imunológico e efeito antiviral contra os vírus da gripe e herpes. Contém alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides, fitoesteróides, alguns recém descobertos pela ciência

* A physalis é rica em carotenóides. Os carotenóides estão na lista dos compostos bioativos considerados funcionais, ou seja, aqueles capazes de prevenir doenças. São corantes naturais capazes de afastar males como cegueira noturna, catarata e até câncer

* A fruta também pode ser encontrada no comércio em forma liofilizada em cápsulas

milagrosaFruta Milagrosa - Miracle Fruit é uma planta africana florida na maior parte do ano, produz uma pequena fruta vermelha do tamanho de um grão de café. A fruta milagrosa ficou conhecida não propriamente pelo seu sabor, e sim por sua propriedade singular, que é sua capacidade de tornar alimentos azedos e amargos no mais doce dos manjares.Isso acontece devido a presença de uma proteína chamada miraculina que “engana” o nosso paladar. Depois do consumo da fruta, o efeito dura entre trinta minutos e duas horas. A fruta milagrosa não serve como adoçante e deve ser usada com cautela, pois a boca e o estômago continuam vulneráveis a acidez de alguns alimentos que, se ingeridos em excesso, podem causar úlceras. A fruta milagrosa é formalmente conhecida como Synsepalum dulcificum. É um frutinho vermelho nativo do oeste da África. A fruta foi descrita pela primeira vez em 1725, quando o explorador francês Chevalier des Marchais observou que os moradores das aldeias no oeste africano consumiam o fruto antes da refeição de vinho de palma azedo [fonte: Slater]. Foi levada para os Estados Unidos na década de 60 por um botânico do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Em 1968, cientistas isolaram a proteína ativa responsável pelo sabor adocicado dos alimentos. Por conta de sua forma milagrosa de torná-los tão saborosos, a proteína foi batizada de miraculina. Quando a fruta milagrosa é consumida, a miraculina entra em contato com os botões gustativos da língua. Uma pessoa possui receptores nos botões gustativos que identificam os sabores doce, azedo, amargo e salgado. Normalmente, se você chupar um limão, seus receptores do azedo começam a trabalhar (você pode obter mais informações sobre o que acontece em Como funciona o paladar), entretanto, sob a influência da miraculina, os receptores do doce começam e enviar um sinal e suprimem os sabores azedos. A miraculina reprograma os receptores do doce para identificar temporariamente os ácidos como açúcares.

O fruto em si não tem um sabor tão agradável - ele foi comparado a uma amora menos saborosa [fonte: Farrell e Bracken (em inglês)]. Parte do fruto é uma semente amarga, mas a pequena polpa tem uma potência enorme. Para ter total efeito, a polpa precisa ficar na boca por um minuto e se espalhar por toda a língua.

Então, por aproximadamente uma hora, a miraculina faz os alimentos azedos parecerem doces. As comidas doces terão praticamente o mesmo gosto, às vezes, mais doces, e outros sabores não serão afetados. Como a miraculina é uma proteína, o calor destrói seu efeito, por isso, o fruto não pode ser cozido, da mesma forma que o sabor dos alimentos quentes não muda. Finalmente, a saliva elimina a miraculina, e a língua volta ao normal.

Será que sua língua está acostumada com a idéia de um adoçante natural e sem açúcar? Leia a próxima página para conhecer as aplicações que essa proteína milagrosa pode ter e por que talvez você nunca tenha ouvido falar dela.

Pense nas pessoas que adorariam comer doces sem os efeitos calóricos. Como elimina a necessidade de açúcar, a miraculina pode ter aplicações poderosas para diabéticos e pessoas que querem emagrecer, mas não conseguem seguir uma dieta insípida. Além disso, os produtores da fruta milagrosa relatam que muitos pacientes com câncer a procuram - alguns acham que ela elimina o gosto de metal que, às vezes, fica na boca como um efeito colateral da quimioterapia  O exército norte-americano pesquisou o fruto, talvez acreditando que a miraculina pudesse fazer com que os alimentos mais intragáveis pudessem ser consumidos.
Um país que utiliza a fruta milagrosa para apelar aos contadores de calorias é o Japão. O Miracle Fruits Cafe, em Tóquio, oferece sobremesas com menos de 100 calorias. Todas elas são suaves e amargas, mas depois que se consome a fruta milagrosa, elas ficam tão fantásticas quanto bolos e sorvetes.

Uma refeição no Miracle Fruits Cafe é cara porque a frutinha pode estragar com muita facilidade. Entretanto, um importador de comida japonesa conseguiu congelar os frutos a vácuo. Outro avanço importante pode ter ocorrido em 2006, quando pesquisadores japoneses anunciaram que tinham projetado geneticamente a alface para produzir miraculina [fonte: Rowe (em inglês)]. Antes dessa façanha, os cientistas foram incapazes de produzir miraculina em bactérias, em levedura ou em outras plantas. Se a miraculina pudesse ser produzida em mais formas do que apenas nas frutas milagrosas, talvez seu uso fosse mais comum.
Entretanto, um lugar onde a miraculina provavelmente não será usada com freqüência é os Estados Unidos. Podia ter sido uma oportunidade: na década de 70, os empresários Robert Harvey e Don Emery criaram a empresa Miralin com o objetivo de usar a miraculina na fabricação de produtos para diabéticos. Eles tentaram com comprimidos, chicletes e canudinhos aromatizados. De acordo com Harvey, seu contato com o FDA (Food and Drug Administration - Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos) os levou a acreditar que a agência classificaria o fruto como "reconhecido como seguro"

Apesar do sucesso da empresa com a miraculina, os patrocinadores da Miralin queriam que Harvey e Emery olhassem além do mercado para diabéticos. Em 1974, a Miralin desenvolveu picolés da fruta milagrosa. As crianças de Boston tinham a opção de escolher entre a versão açucarada e a versão com miraculina, e esta sempre era a preferida

Depois do teste com o picolé, Harvey percebeu que estava sendo seguido. Disse que um carro estava andando lentamente próximo aos escritórios da Miralin, reduzindo a velocidade para tirar fotos, e que uma noite foi seguido no caminho para casa. De acordo com Harvey, ainda naquele ano, os escritórios da Miralin foram roubados e arquivos com informações para o FDA, espalhados. Na noite anterior ao início do lançamento de um grande produto, o FDA enviou uma carta informando que o fruto deveria ser classificado como aditivo alimentar. O novo status do fruto iria exigir anos de teste que a Miralin não podia arcar, então a empresa acabou falindo.

Harvey e Emery não conseguiram entender por que o FDA mudou de idéia. Emery acha que a agência sofreu pressão do mercado concorrente. A Sugar Association (Sindicato da Indústria do Açúcar) negou qualquer envolvimento e o Calorie Control Council (Conselho de Controle de Calorias), uma associação de fabricantes de adoçantes artificiais, não se pronunciou a respeito.
A decisão do FDA significa que a fruta milagrosa pode ser cultivada legalmente, mas não pode ser utilizada nos alimentos.

 

Fonte: http://bocaberta.org/2009/02/5-frutas-exoticas.html
       http://sounatural.com/2008/10/17/
       http://www1.folha.uol.com.br/folha/comida/
       http://www.todafruta.com.br/todafruta/
       AsianCuisine
       http://bairrodooriente.blogspot.com/2008/06
       http://tvtem.globo.com/culinaria/
       http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A46physalis.htm
       http://saude.hsw.uol.com.br/viagem-do-sabor3.htm