Pode ter certeza que não foram poucos na história, mas essa lista representa muito bem a classe. O negócio foi tão bem executado que alguns fizeram disso uma arte. Confira e fique sem acreditar.
1. Víctor Lustig. O homem que vendeu a torre Eiffel. Seu primeiro golpe foi vender uma máquina para imprimir dinheiro que não funcionava bem. Em 1925, após ler nos diários os problemas que a cidade de Paris tinha com a manutenção da torre Eiffel, Lustig fez-se passar por um emissário do governo francês junto a um grupo de pessoas que trabalhava com metal dizendo que a manutenção da torre era tão cara que já era impossível mantê-la e que queriam vender o seu metal.
Vendeu a torre a um dos interessados e pegou um trem para Viena com uma mala cheia de dinheiro. o comprador sentiu-se tão humilhado que não foi à polícia dar queixa. Logo que chegou aos EUA em 1907, fugido do velho continente, Lustig conseguiu convencer Al Capone a investir 40 mil dólares na bolsa de valores. Lustig ficou com o dinheiro e colocou num cofre particular em um banco por dois meses, depois disse a Capone que tinha perdido tudo. Impressionado com a integridade de Lustig, Capone deu-lhe mais 5 mil dólares. Logo após algumas outras fraudes e roubos em solo americano foi preso e enviado à prisão de Alcatraz.
2. Frank Abagnale, Prenda-me se for capaz
Frank William Abagnale Jr, nasceu em 27 de abril de 1948, começou a carreira de embusteiro na década de 60. Sua primeira fraude foi depositar cheques de sua própria conta, absudarmente aceito e depositado pelo banco. Por um período de dois anos fingiu ser piloto da Pan Am para viajar gratuitamente pelo mundo. Depois fez-se passar por um pediatra num hospital na Geórgia. Tinha um diploma de advogado falso de Harvard e assim passou no exame para ser o desembargador geral do estado da Lousiana.
Em 5 anos teve oito identidades, a maioria para trocar cheques, e também emitiu cheques sem fundos de mais de dois milhões e meio de dólares em 26 países. O dinheiro foi todo utilizado no seu caro estilo de vida nas festanças com belas aeromoças, caros banquetes em restaurantes caros, roupas finas, etc. O filme "Prenda-me se for capaz" é baseada em suas fraudes. Atualmente tem uma companhia que se chama Abagnale e Associados, companhia de consultoria de fraudes financeiras.
3. Christopher Rocancourt, o Rockefeller francês
"Passou a perna" em muitos milionários fazendo se passar por um membro francês da família Rockefeller. Sua mãe trabalhava como prostituta e seu pai era um alcoólatra que o levou para um orfanato quando tinha 5 anos. De lá fugiu e foi para Paris onde cometeu sua primeira fraude, falsificar papéis de uma propriedade e depois a vendeu por 1.4 milhões. Para chegar aos USA, usou muitos nomes diferentes, em Los Angeles fez-se passar por um produtor de cinema, um boxeador e um executivo. Dizia que sua mãe era a "Sophia Loren" ou que seu tio era Dino de Laurentis, e se relacionava com várias celebridades. Casou-se com a modelo da playboy Pia Reis, tiveram um filho, Zeus. No Canadá, Rocancourt escreveu uma autobiografia na qual ridicularizou suas vítimas. Em março do 2002 foi extraditado para Nova York, declarou-se culpado de 3 dos 11 crimes imputados. Dizem que ganhou mais de 40 milhões de dólares em golpes.
4. Ferdinand Demara, o grande impostor
Esteve na marinha americana em 1941 e começava novas vidas usando os nomes de seus colegas de navio, quando a coisa ficava feia se suicidava e começava com outro nome. Viveu bastante tempo como psicólogo da marinha até que descobriram a fraude e foi para a prisão por 18 meses. Quando foi solto passou por várias carreiras pseudo-acadêmicas, foi engenheiro civil, um delegado, médico, advogado, professor, monge beneditino, editor, pesquisador do câncer e maestro. Nunca fez muito dinheiro, só aproveitava a respeitabilidade temporária. Sua mais famosa fraude foi se passar por um cirurgião na guerra contra a Coréia, fez operações e combateu infecções com penicilina, isto até que o descobriram. Morreu em 1982 como um pastor batista. O filme "O grande Impostor" é baseado na sua vida.
5. David Hampton
Era afro-americano, como não podia entrar na danceteria disco Studio 54, disse que era filho do grande ator Sidney Poitier e rápido o colocaram para dentro como uma celebridade e com tudo grátis. Começou a usar a identidade de David Poitier para comer grátis em restaurantes e a convencer a muitas pessoas a lhe dar guarida dizendo que seu pai o havia expulsado de casa. Também pedia dinheiro emprestado. Caíram no golpe Melanie Grifith, Gary Sinise e Calvin Klein. Para algumas pessoas disse que era amigo de seus filhos, e a outros que sua bagagem havia extraviado no avião ou ainda que acabara de ser roubado. Em 1983 Hampton foi preso e por suas fraudes foi condenado a pagar 4490 dólares a suas vítimas. Sua história inspirou o filme "Six degrees of separation" interpretado por Will Smith. Morreu de complicações pela AIDS em 2003.
6. Milli Vanilli, a dupla pop que não sabia cantar
Era uma dupla vocal pop composta por Fab Morvan e Rob Pilatus, que foi criada na Alemanha na metade dos anos 80. Começaram a ganhar fama a nível mundial em 1988. Ganharam o prêmio grammy como artistas revelação em 1990. Mas nesse mesmo ano durante uma apresentação ao vivo na MTV, com a canção "Girl you know it's true" teve lugar um dos momentos mais vergonhosos da música pop mundial. Na verdade o som de Milli Vanilli era criado por Frank Farian interpretado por outros cantores, Morovan e Pilatus não cantavam nada, só mexiam a boca. Após o vexame tiveram seu prêmio grammy retirado e foram processados vinte e seis vezes por fraude.
7. Cassie Chadwick, a filha ilegítima de Andrew Carnegie
É o mais famoso nome de uma canadense nascida como Elizabeth Bigley. À idade de 22 anos foi presa em Woodstock, Ontário, por falsificação, mas foi solta por se declarar louca. Em 1882 casou-se com Wallace Springsteen, que onze dias depois fugiu ao saber de seu passado. Depois casou-se com um tal Dr. Chadwick em 1897, e ai iniciou sua fraude de maior sucesso: disse que era filha do rico Andrew Carnegie, falsificou um cheque de 2 milhões de dólares com a assinatura do milionário. Entre um golpe e outro usando o famoso sobrenome obteve entre 10 e 20 milhões de dólares. Quando perguntaram a Andrew Carnegie sobre sua filha "aprontadora", disse que nem sequer a conhecia, e tudo veio abaixo, prenderam-a e o julgamento foi o maior circo da época. Morreu na prisão.
8. Mary Baker, a princesa caraboo da ilha de Javasu
Em 1817, um sapateiro na Inglaterra, conheceu uma mulher desorientada com roupas exóticas, que falava uma linguagem que ninguém conseguia entender. Os locais trouxeram estrangeiros para ver que idioma falava aquela mulher, até que um marinheiro português "traduziu" sua história, era a princesa caraboo da ilha de javasu, no oceano índico, ela tinha sido capturada por piratas que depois a atiraram pela borda e nadou até a praia. Nas semanas seguintes a representante da realeza exótica foi a favorita dos dignitários locais. Usava arco e flechas, esgrima, nadava sem roupa e rezava a deus, a quem chamava de Allah Tallah. Ganhou roupas exóticas e fizeram um retrato que saiu nos diários. Eventualmente a verdade apareceu: ela era a filha de um sapateiro, Mary Baker de Devon. Havia sido criada em vários palácios da Inglaterra, mas não encontrava um lugar para ficar. Inventou o idioma falso de sua imaginação e palavras ciganas. Tentou fazer o mesmo nos USA, França e Espanha sem a mesma sorte, sua história é a base para o filme "Princess Caraboo".
9. Wilhelm Voigt, o divertido capitão de Kopenick
Foi um impostor alemão que se disfarçou como militar da Prússia em 1906 e se converteu no famoso capitão de Kopenick. Em 1906 comprou parte do uniforme usado de um capitão e já em Kopenick, foi ao quartel da marinha, onde ordenou que quatro soldados e um sargeto lhe seguissem. Mandou prender o secretário do povo e o prefeito por suspeitas de maus manejos de fundos, levou junto o tesoureiro a Berlim para também ser interrogado. Depois disse aos guardas que o seguiam que aguardassem em seus postos por meia hora e foi para a estação de trem onde trocou de roupa e se foi. Não foi muito longe, foi preso e sentenciado a quatro anos de prisão por falsificação, e por se passar por um oficial e fazer prisioneiros indevidamente, apesar de tudo a opinião pública estava a seu favor, o Kaiser alemão o perdoou dois meses depois dizendo que pareceu divertido o que fez.
10. George Psalmanazar o primeiro de Formosa em visitar a Europa
Disse ser o primeiro de Formosa em visitar a Europa. Apareceu no norte de Europa no ano 1700, sua aparência era européia, mas dizia vir da longínqua ilha de Formosa, seguia um calendário estrangeiro que adorava o sol e a lua. Psalmanazar publicou o livro "uma histórica descrição da ilha de Formosa", uma ilha sujeita ao imperador do Japão, e revelou uma quantidade de hábitos estranhos. Formosa era um país prospero com muito dinheiro e uma cidade capital chamada xternetsa. Os homens andavam nus, só com prata e ouro cobrindo suas partes. Seu alimento principal era a serpente que caçavam com ramos de árvore. Eram polígamos e o marido tinha o direito de comer, literalmente, às esposas por infidelidade. Executavam assassinatos pendurando às pessoas de cabeça para baixo e disparavam flechas. Anualmente sacrificavam os 18 mil jovens para os deuses e os sacerdotes comiam os corpos. Usavam cavalos e camelos como transporte público, o livro também descrevia o alfabeto de Formosa. O livro fez um enorme sucesso, o próprio bispo de Londres recomendou a sua leitura. Foi chamado a discursar ante a sociedade real. Depois ficou cansado do engano e em 1706 confessou, primeiro a seus amigos e depois em público.
Fonte: http://www.mdig.com.br/