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Por Que a MOAB é Chamada de 'Mãe de Todas as Bombas'?

Por Que a MOAB é Chamada de 'Mãe de Todas as Bombas'?

"Quando ela cai, o mundo para." Imagine uma explosão tão poderosa que pode ser vista do espaço, capaz de arrasar quilômetros de território em segundos e deixar até os soldados mais endurecidos de cabelo em pé. Essa é a MOAB – a Massive Ordnance Air Burst, ou, em português, "Explosão Maciça de Munição Aérea". Desenvolvida pelos Estados Unidos, essa bomba não é só uma arma, é um símbolo de poder absoluto, um aviso gravado a fogo no ar: "Não mexa com quem pode jogar isso do céu."

Mas o que exatamente faz da MOAB uma das armas mais temidas do planeta? Como ela funciona? E, mais importante: quais são as consequências reais de uma detonação dessa magnitude? Vamos desvendar tudo, desde sua criação até seu impacto real (e psicológico) no campo de batalha.

O Que é a MOAB? A Bomba Que Faz o Solo Tremer

A GBU-43/B MOAB (sim, esse é o nome técnico) é uma bomba de combustível-ar – ou, como alguns a chamam, uma "bomba de vácuo". Mas não se engane pelo nome: ela não suga o ar, ela o transforma em fogo. Com 9,5 toneladas de explosivos e um poder destrutivo equivalente a 11 toneladas de TNT, a MOAB é a maior bomba não nuclear já usada em combate. Para você ter ideia, sua explosão gera uma onda de choque que pode:

Destruir bunkers subterrâneos

Nivelar quarteirões inteiros

Causar danos letais em um raio de 150 metros

Ferir pessoas a mais de 1,5 km de distância

E o pior? Ela não precisa acertar em cheio. A detonação acontece no ar, criando uma pressão insuportável que esmaga tudo abaixo dela.

Como a MOAB Funciona? A Ciência Por Trás da Destruição

Diferente de bombas tradicionais, que explodem no impacto, a MOAB é detonada no ar, alguns metros acima do solo. Quando acionada, ela libera uma nuvem de gás explosivo que, ao entrar em combustão, cria:

Uma bola de fogo (com temperaturas superiores a 2.500°C)

Uma onda de choque supersônica (que esmaga pulmões e derruba estruturas)

Um vácuo momentâneo (sim, o ar some por um instante antes de voltar com tudo)

O resultado? Qualquer coisa – ou qualquer um – dentro da zona de impacto vira pó.

História da MOAB: Por Que os EUA Criaram Essa Monstruosidade?

A MOAB foi desenvolvida após o 11 de Setembro, quando os EUA precisavam de uma arma capaz de atingir alvos profundamente enterrados (como os túneis do Afeganistão). Ela foi testada em 2003, mas só usada em combate 14 anos depois, em 2017, contra um complexo de túneis do Estado Islâmico no Afeganistão. O ataque foi tão intenso que:

Criou um cogumelo de fogo visível a quilômetros

Abalou o solo como um terremoto

Matou pelo menos 94 terroristas (segundo fontes militares)

Mas, apesar de seu poder, a MOAB não é a maior bomba do mundo. Esse título vai para a "Mãe de Todas as Bombas" russa – a FOAB, ainda mais poderosa.

MOAB vs. FOAB: A Batalha das Superbombas

Enquanto os EUA têm a MOAB, a Rússia criou a FOAB (Father of All Bombs), uma bomba termobárica quatro vezes mais forte. Comparações à parte, ambas são armas de destruição maciça, mas com diferenças cruciais:

MOAB tabela

Impacto Humano: O Que Acontece Com Quem Está no Raio da Explosão?
Se você estivesse a 500 metros de uma MOAB detonando, sentiria:

✅ Primeiro: Um clarão cegante (como olhar para o sol multiplicado por mil).
✅ Depois: O ar seria sugado dos seus pulmões antes da onda de choque te arremessar como um boneco de pano.
✅ Por fim: Se sobrevivesse, teria queimaduras de 3º grau, pulmões colapsados e possivelmente surdez permanente.

Não à toa, soldados que testemunharam sua detonação a chamam de "o sopro de Deus" – porque quem está perto não tem chance.

Conclusão: A MOAB é o Fim da Linha?

A MOAB não é só uma arma. Ela é um recado.

Seu poder não está só na destruição, mas no medo que ela inspira. Países pensam duas vezes antes de desafiar quem tem uma dessas no arsenal. Mas, no fim das contas, será que precisamos de armas tão devastadoras? Ou a MOAB é só mais um passo em uma corrida armamentista sem fim? Uma coisa é certa: enquanto existirem guerras, bombas como essa continuarão sendo o último recurso – e o mais aterrorizante.