2018 - Embora 90% da energia elétrica consumida no território brasileiro provenha de usinas hidrelétricas, a distribuição dessa energia ainda não apresenta equidade. Imagine se todos pudessem gerar sua própria energia residencial. Essa foi precisamente a ideia concebida pelos engenheiros mecânicos Felipe Wotecoski e Juliano Rataiczyk ao desenvolverem uma micro usina hidrelétrica autônoma. Uma micro usina hidrelétrica capaz de suprir energia para cinco residências surge como uma solução promissora, especialmente em regiões rurais ou remotas, onde o acesso à rede elétrica pode ser restrito. A utilização da energia hidrelétrica representa uma fonte renovável e ambientalmente amigável para abastecer eletricidade nas comunidades locais. O equipamento, concebido pelos engenheiros mecânicos mencionados, pode ser empregado em até cinco habitações, resultando em uma economia de até R$ 500 nas contas de eletricidade, desde que o usuário esteja próximo a uma fonte de água com uma queda natural de pelo menos 15 metros, pois a força da corrente é crucial para acionar a turbina. Embora o protótipo ainda esteja em fase de aprimoramento, a usina atende integralmente às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e já obteve um aporte de R$ 1 milhão do programa Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep), que busca estimular a inovação, tecnologia e ciência no Brasil.
Apesar de ser inovador, o conceito das microusinas apresenta uma limitação: para implantar uma em casa, é necessário dispor de uma fonte de água próxima à propriedade, como um rio, riacho ou até mesmo um vertedouro, garantindo assim uma disponibilidade mínima de água. Além disso, é preciso contar com uma queda natural de pelo menos 15 metros de altura para que a corrente tenha a força necessária para acionar a turbina da usina.
De acordo com Felipe Wotecoski, um dos desenvolvedores do dispositivo, nessas condições, um fluxo de cinco litros de água por segundo é suficiente, uma quantidade relativamente pequena se comparada aos nove litros por segundo consumidos por uma descarga. Um tubo de PVC de dimensões médias (40 milímetros) poderia ser adequado. Contudo, para prevenir possíveis obstruções no percurso e permitir um fluxo mais rápido da água, os engenheiros optaram por utilizar um tubo de maior diâmetro, similar aos utilizados em instalações sanitárias residenciais. Empresas que contam com pontos de água pressurizada também podem implementar esses equipamentos.
O processo de instalação da usina é simplificado: é necessário substituir o medidor de energia convencional da concessionária por um bidirecional, capaz de mensurar tanto a energia consumida na rede quanto a quantidade devolvida a ela. Esse medidor calcula a diferença e, se o consumidor utilizar mais energia da rede do que da microusina, ele paga apenas essa diferença. No entanto, caso não utilize energia da rede e ainda contribua com energia para ela a partir da microusina, acumula créditos que podem ser utilizados ao longo de 60 meses. Esses créditos podem ser aproveitados em qualquer propriedade vinculada ao mesmo CPF ou CNPJ.
A energia excedente gerada pela microusina é devolvida à rede, podendo ser utilizada pela comunidade local, seguindo a lógica de outros sistemas, como os de energia solar e eólica. Uma microusina hidrelétrica "caseira" pode ser composta por quantos módulos forem necessários, aumentando assim a produção. A vantagem de ter múltiplos módulos reside no fato de que, se um deles deixar de funcionar por algum motivo, os demais continuam suprindo a demanda de forma independente, apesar de estarem interligados.
Os engenheiros fundaram a startup Metha com o propósito de gerenciar o prêmio e aprimorar o modelo, cujo custo atual é de R$ 19.900. Notavelmente, a possibilidade de instalar mais de um módulo não apenas garante uma potência maior, mas também assegura contingência caso algum dos sistemas deixe de operar por qualquer razão.
Brasileiro Cria Mini Usina Hidrelétrica Que Custa Menos de 6 mil reais
FONTE: https://ekkogreen.com.br
SITE: https://hidreo.com.br
2022 - A Hidreo criou uma mini usina hidrelétrica capaz de alimentar mais de 5 residências.Em 2018, dois engenheiros mecânicos pioneiros de Curitiba – Felipe Wotecoski e Juliano Rataiczyk -combinaram os seus conhecimentos de engenharia com um vasto conhecimento da capacidade hidrelétrica do Brasil para criar a Hidreo. A Startup inovadora desenvolve tecnologias de ponta para a microgeração de energia. O engenhoso par já concebeu várias máquinas, que utilizam as variações de água e altura para gerar eletricidade sem custar muito caro. Mais recentemente, lançaram o Hidreo Mini – um aparelho que pode fornecer energia suficiente mesmo para casas grandes ou reduzir drasticamente as suas contas de eletricidade.
A Hidreo Mini é uma fonte de energia compacta e eficiente adequada para fontes de água com recursos mínimos, como riachos, pequenos rios, ou escoamento de águas residuais. A mini central hidrelétrica é capaz de funcionar de forma ótima com declives entre 10 a 20 metros, e requer apenas quantidades modestas de fluxo de água. Os sistemas de energia fora da rede são incrivelmente úteis para quem se encontra em locais remotos, tais como ranchos e fazendas situadas em regiões montanhosas que não têm acesso a um fornecimento estável de energia. Tais fontes independentes de eletricidade podem revelar-se inestimáveis quando nenhuma outra opção está disponível.
Como a Hidreo Mini Usina Hidrelétrica Funciona?
A água é captada no nível superior de um terreno e, através de tubos, é levada para o nível inferior onde está localizado o equipamento. No interior da Hidreo Mini, a água faz a pequena turbina do equipamento girar. O movimento de rotação da turbina ativa um gerador, que transforma a energia mecânica em energia elétrica. Aa saída da máquina existe uma conexão elétrica. Os cabos ficam conectados a um controlador de carga e ligados a um sistema de baterias chumbo-ácido. Com esse mecanismo, a micro central pode gerar energia de forma ininterrupta. Com o Hidreo Mini, é possível gerar um máximo de 220 kilowatts/hora por mês – energia suficiente para alimentar uma casa média e todos os seus aparelhos; depende apenas de qual sistema de bateria é utilizado.
O sistema da Mini Unisa não gera quase nenhum impacto ambiental, é de fácil instalação e possui baixo investimento, entando a venda no site da empresa por R$ 5.999,00. “É o menor preço possível para essa quantidade de energia gerada [220 Kilowatts/hora] principalmente se comparado com outras alternativas como a energia solar, que por ser menos instável, exige um investimento muito maior com um banco de baterias”, disse Felipe Wotecoski, CEO e cofundador da Hidreo.
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