Como Será 2030? Controle ou Liberdade?

Como Será 2030? Controle ou Liberdade?

Imagine o ano de 2030. Um mundo onde o que parecia ser ficção científica virou nossa realidade, moldada em parte pelas visões de elites globais. Em 2016, o Fórum Econômico Mundial e a revista Forbes lançaram um ensaio provocador de Ida Auken, ex-ministra do Meio Ambiente da Dinamarca, intitulado “Bem-vindo a 2030. Não possuo nada, não tenho privacidade e a vida nunca foi melhor.” Muitos leram essa previsão como uma promessa de um mundo mais sustentável e conectado. Mas, por trás das entrelinhas, surgem inquietações que desafiam o conforto das palavras. Como será, de fato, esse futuro que nos espera?

Esse ensaio pode ter passado despercebido por anos, mas desde que o WEF apresentou a "Grande Reinicialização" em 2020, o alerta foi dado. De repente, a frase “Você não possuirá nada e será feliz” ecoava com um misto de esperança e receio. Essa visão de um futuro onde a propriedade pessoal se dissolve é amada por alguns e detestada por outros. Será que realmente queremos um 2030 sem posses, sem a familiaridade do que é nosso? Será que queremos um futuro onde a privacidade se torne obsoleta, onde até nossas preferências pessoais são decididas por algoritmos?

A Agenda 2030 das Nações Unidas, repleta de promessas sobre acabar com a pobreza e trazer paz, tem ares de grandiosidade. Mas, ao olharmos de perto, vemos um movimento que alguns consideram controlado por oligarcas e tecnocratas – planejado, arquitetado para moldar cada aspecto da vida como um quebra-cabeça onde todas as peças têm o mesmo encaixe. Parece tentador, quase poético, imaginar cidades onde carros não são necessários, onde tudo é compartilhado. Mas esse sonho de um futuro uniforme esconde um controle centralizado, onde a liberdade individual pode parecer uma relíquia dos dias de hoje.

Quem não adoraria uma cidade verde, cheia de árvores e trilhas, onde pedestres e ciclistas governam o espaço? Esse é o atrativo das utopias – elas se apresentam com beleza e leveza. Mas o que ocorre quando as cortinas dessa idealização caem? Nesse 2030, talvez tenhamos perdido algo essencial – a privacidade, a liberdade de escolha e até mesmo a capacidade de sermos donos das coisas que amamos. Auken até explica que a ideia era começar uma discussão. "Este é um cenário", ela diz, "para mostrar para onde podemos ir, para o bem e para o mal." Mas o que resta para aqueles que escolherem não entrar nesse jogo?

Em uma visão alternativa para 2030, há uma nova jornada. Pessoas ao redor do mundo, insatisfeitas com a "rede de controle" urbana, escolhem seguir um caminho mais autônomo e distante das tecnologias que monitoram cada passo. Essas são as comunidades fora do sistema, formadas por famílias que decidiram abraçar a simplicidade, onde a vida é construída sobre terras próprias, casas que eles mesmos ergueram e colheitas plantadas com as próprias mãos. Nas margens da cidade, a vida é diferente – como uma pintura de um campo tranquilo em meio a um mundo que gira em alta velocidade.

Nessas comunidades, energia livre, sistemas de permacultura e independência energética substituem o conforto das luzes urbanas. E enquanto a inflação aumenta e os preços nos supermercados disparam, essas famílias colhem seus próprios alimentos, livres da necessidade de IDs digitais ou escaneamentos de retina para comprar o básico. Eles são o povo da Terra, que busca a liberdade em cada semente plantada e cada árvore frutífera que cresce ao redor.

Claro, a sociedade moderna tenta dizer o que é progresso, mas o que é progresso sem liberdade? Enquanto isso, as pessoas nas cidades vivem sob regras, bloqueadas em suas próprias zonas de segurança. Muitos precisam passar por escaneamentos e avaliações de crédito social só para caminhar pela rua ou comprar um produto. Tudo é regulamentado, tudo é vigiado. Para essas pessoas, sair das paredes invisíveis da cidade é apenas um sonho distante, e a esperança é uma chama que enfraquece a cada nova política de controle. Mas o anseio por algo mais ainda pulsa em muitos corações.

2030 é um futuro à nossa escolha. Um mundo que podemos construir juntos, mas sem ceder à visão de um punhado de elites que talvez nunca entenderão o que significa liberdade para a maioria. Talvez 2030 seja o ano em que possamos declarar: "Eu possuo minhas terras, compartilho minha vida com pessoas que pensam como eu e não estou sozinho."