Imagine um mundo onde as expectativas colidem com a realidade, e as esperanças depositadas em uma solução universal são substituídas por perguntas incômodas. Esse é o palco onde as vacinas contra a Covid-19 se encontram hoje, cercadas por estudos, debates e narrativas que mudam mais rápido do que conseguimos acompanhar.
Recentemente, o "The Daily Sceptic" trouxe à tona uma série de reflexões sobre a eficiência das vacinas contra os temidos sintomas da Covid longa. Baseado em estudos revisados, o autor — um ex-cientista sênior do governo britânico — concluiu que as vacinas não são tão eficazes quanto prometido. Mais chocante ainda, um dos estudos analisados aponta para um aumento significativo de problemas de saúde após a vacinação — algo que, segundo o cientista, teria sido estrategicamente abafado pelos autores.
Mas o que aconteceu com aquela esperança coletiva de que as vacinas erradicariam o vírus e trariam de volta a normalidade? Em vez disso, nos vemos diante de um cenário onde, para muitos, a imunidade de rebanho virou uma miragem, e os efeitos colaterais das vacinas agora compõem um capítulo incômodo dessa história.
Dados que desafiam as expectativas
Estatísticas globais não mentem — ou pelo menos assim esperamos. Relatórios recentes mostram um aumento preocupante no excesso de mortalidade em vários países, justamente após o lançamento em massa das vacinas. Coincidência? Talvez. Mas os números apontam para algo que merece atenção.
Curiosamente, as vacinas de adenovírus — que foram amplamente substituídas pelas de mRNA — parecem apresentar um desempenho mais favorável, com menor impacto na mortalidade. Seria essa uma decisão precipitada, abandonar essa tecnologia? As respostas ainda estão em suspenso, mas é evidente que nem tudo é preto no branco.
Uma fé que desafia a lógica
E então chegamos à parte mais intrigante dessa história: a nossa capacidade coletiva de aceitar explicações e justificativas que, em muitos casos, desafiam a lógica. Quando os bloqueios prometiam “achatar a curva” em três semanas e isso não aconteceu, a desculpa foi a falta de rigor. Quando as máscaras não mostraram resultados significativos na vida real, o problema passou a ser o uso incorreto.
Pior ainda, se os bloqueios mergulharam milhões na pobreza extrema, a culpa — ao que parece — nunca foi dos bloqueios, mas sim do próprio vírus. É como se cada falha tivesse uma desculpa pronta, cada resultado inesperado fosse uma anomalia que não merece ser investigada mais a fundo.
O círculo vicioso das justificativas
É aqui que entramos em um perigoso labirinto de verdades paralelas. A cada justificativa que aceitamos, a cada falha que esquecemos, nos aprofundamos ainda mais em uma narrativa que exige fé cega. Cada novo reforço vacinal é recebido com esperança, mesmo quando o anterior falhou em nos proteger. E assim seguimos, como um barco à deriva, presos em uma tempestade de informações contraditórias.
Talvez o mais alarmante seja a facilidade com que aceitamos essas verdades paralelas. Não importa quantas vezes as promessas sejam quebradas, quantas expectativas sejam frustradas. Continuamos a acreditar, como se o problema fosse apenas “azar”.
Um olhar para o futuro
Não se trata de ser contra ou a favor das vacinas, dos bloqueios ou das máscaras. O verdadeiro debate é sobre nossa capacidade de questionar, de buscar respostas fundamentadas e de exigir transparência. Afinal, somos todos stakeholders dessa crise, mas até quando aceitaremos cada desculpa sem pestanejar?
A história das vacinas contra a Covid-19 está longe de acabar. Mas uma coisa é certa: quanto mais ignorarmos as perguntas incômodas, mais distantes estaremos de encontrar soluções reais. A escolha está em nossas mãos, e talvez seja hora de abandonar o conforto das narrativas fáceis para enfrentar a realidade, por mais desconfortável que ela seja.