Por Que Crises Enriquecem os Ricos e Afundam os Pobres?

Por Que Crises Enriquecem os Ricos e Afundam os Pobres?

Você já parou para pensar no estranho paradoxo das crises? Enquanto muita gente passa aperto, outros parecem surfar numa onda de prosperidade. Parece até uma daquelas músicas antigas que a gente ouve e pensa: "Poxa, faz todo sentido!" — como aquela frase clássica: "O de cima sobe, e o de baixo desce" . Pois é, essa não é só uma reflexão filosófica, mas um dado real e preocupante, especialmente no Brasil. A Realidade dos Números. Vamos começar com uns números que vão te fazer levantar as sobrancelhas. No quarto trimestre de 2020, em plena pandemia do novo coronavírus, o Brasil tinha nada menos que 13,9 milhões de desempregados . Isso mesmo, mais de 13 milhões de brasileiros sem trabalho, sem renda fixa e tentando sobreviver em meio ao caos.

Agora, prepare-se para o outro lado da moeda: no mesmo período, os maiores bilionários do mundo viram sua fortuna aumentar em impressionantes US$ 5 trilhões , segundo a Forbes. Trilhões! Dá até para imaginar o som do cofre se fechando, né?

Mas por que isso acontece? Será que tem algo a ver com o fato de que, enquanto alguns lutam para colocar comida na mesa, outros estão investindo em negócios que crescem exponencialmente durante as crises? A resposta é sim, e vamos explicar tudo isso de forma bem acessível.

Por Que os Ricos Ganham Mais nas Crises?

Imagine que você está em um navio prestes a afundar. Quem tem dinheiro consegue comprar um bote salva-vidas, certo? Já quem não tem, fica à mercê das ondas. É exatamente assim que funciona na economia.

Segundo William Eid Junior, diretor do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGVcef), os ricos têm algo que os pobres dificilmente possuem: caixa disponível . Eles têm reservas financeiras, investimentos em setores estratégicos e, principalmente, condições de aproveitar oportunidades que surgem em momentos de crise. Por exemplo: durante a pandemia, o varejo online explodiu, e empresas como a Amazon viram seus lucros dispararem. Quem já estava posicionado nesse mercado saiu ganhando.

Já os mais pobres, especialmente os trabalhadores informais, foram os primeiros a sentir o impacto. Com lockdowns e restrições, muitos ficaram sem renda da noite para o dia. Sabe aquela sensação de olhar para o calendário e perceber que o aluguel está vencendo, mas o dinheiro simplesmente não entrou? Pois é, foi assim para milhões de brasileiros.

E o Brasil? Por Que Nosso Caso é Tão Grave?

Se você achou que as crises afetam todos os países da mesma forma, prepare-se para uma verdade amarga: no Brasil, a coisa é ainda pior. Aqui, a diferença entre ricos e pobres é tão grande que parece que estamos falando de dois planetas diferentes.

William Eid explica que isso tem raízes históricas. Desde a nossa origem, o Brasil tem dois sistemas jurídicos distintos: o britânico, que protege o cidadão contra o Estado, e o francês, que protege o Estado contra o cidadão. O resultado? Uma casta privilegiada no setor público, onde poucos têm acesso a benefícios incríveis, enquanto a maioria luta para ter acesso até mesmo a serviços básicos.

Além disso, há outro fator crucial: educação . Ou melhor, a falta dela. Pesquisas mostram que nosso sistema educacional está longe do ideal. A matemática ensinada nas escolas é deficiente, o inglês nem sempre é prioridade, e o ensino técnico ainda engatinha. Sem educação de qualidade, como esperar que as pessoas consigam competir em um mercado cada vez mais exigente?

Outro ponto alarmante é a informalidade . Cerca de 40 milhões de brasileiros trabalham na informalidade, sem CPF atrelado a programas sociais ou qualquer tipo de registro formal. Isso significa que, quando o governo tenta ajudar, essas pessoas simplesmente ficam invisíveis. Como ajudar alguém que o próprio Estado desconhece?

E Tem Solução para Isso?

Ah, tem solução sim, mas aqui entra aquele velho ditado: “Fácil de falar, difícil de fazer.” Para diminuir a desigualdade durante as crises, seria necessário implementar políticas de apoio social eficazes. Mas, no caso do Brasil, isso esbarra em um problema gigantesco: a corrupção. Dinheiro que deveria chegar às mãos de quem precisa acaba sendo desviado antes mesmo de sair do papel.

Outro caminho seria investir pesado em educação . Países que conseguiram se desenvolver economicamente, como Coreia do Sul e Finlândia, apostaram todas as fichas nessa área. Educação de qualidade não só capacita as pessoas para o mercado de trabalho, como também promove igualdade de oportunidades. No Brasil, infelizmente, ainda estamos longe disso.

Curiosidades Inusitadas sobre Desigualdade

  1. Riqueza concentrada : Sabia que, em 2021, os 10 homens mais ricos do mundo tinham uma fortuna combinada maior do que o PIB de vários países juntos? Isso significa que eles poderiam comprar nações inteiras... e ainda sobraria troco!
  2. Crises geram unicórnios : Durante crises econômicas, muitas startups inovadoras surgem e se tornam unicórnios (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). A Uber, por exemplo, nasceu em meio à crise financeira de 2008.
  3. Informalidade mata sonhos : No Brasil, cerca de 40% da população economicamente ativa trabalha na informalidade. Isso significa que quase metade dos brasileiros não tem direito a benefícios como férias, FGTS ou aposentadoria.

Reflexão Final: E Agora?

Então, qual é a lição que podemos tirar disso tudo? As crises são inevitáveis, mas os efeitos delas não precisam ser tão desiguais. Investir em educação, combater a corrupção e criar políticas públicas inclusivas são passos fundamentais para mudar esse cenário.

Enquanto isso, fica o convite para refletirmos: será que, como sociedade, estamos fazendo o suficiente para garantir que todos tenham uma chance justa? Afinal, ninguém merece ficar preso no lado errado da moeda.

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