Quem inventou “teoria da conspiração”? A resposta vai chocar

Quem inventou “teoria da conspiração”? A resposta vai chocar

A CIA e o Termo "Teoria da Conspiração": Uma História que Vai Além do Acaso? E se eu te disser que a palavra que você usa pra desacreditar um colega no bar, aquela piada sobre “teoria da conspiração”, na verdade foi criada por ninguém menos que a própria CIA — justamente para sufocar quem tentava desvendar a verdade sobre o assassinato de John F. Kennedy ? Parece roteiro de filme, mas não é. É história real — ou pelo menos parte dela.

Vamos mergulhar fundo nessa história que mistura espionagem, política suja, manipulação da informação e uma dose generosa de ironia. Porque sim, é irônico que a instituição mais associada a jogos obscuros de poder seja também a responsável por inventar o termo usado até hoje pra ridicularizar qualquer pessoa que questione algo fora do script oficial.

O Pano de Fundo: Um Mundo em Chamas

A gente precisa voltar ao ano de 1963 , quando os Estados Unidos viviam num clima de tensão digno de thriller político. A Guerra Fria fervilhava, Cuba era um espinho nas costas americanas e os serviços de inteligência andavam com os nervos à flor da pele. Foi então que, no dia 22 de novembro , Dallas assistiu ao assassinato mais polêmico do século XX: o presidente John Fitzgerald Kennedy foi baleado enquanto seu carro atravessava Dealey Plaza. O suposto assassino, Lee Harvey Oswald , foi preso horas depois... e dois dias depois, misteriosamente morto ao vivo na TV por um homem chamado Jack Ruby. Daí pra frente, começou o circo. E como todo circo, tinha palhaço, trapezista e um monte de gente querendo encobrir algo.

O Documento Que Muda Tudo: O Memorando 1035-960

Em meados dos anos 70 , graças a investigações do Congresso dos EUA e da Comissão Church , documentos secretos da CIA começaram a vazar — e um deles, específico, chamou atenção: o Memorando 1035-960 , datado de 1º de abril de 1967 .

O título? "Propaganda Concernente à Assassinação de JFK" .

Nele, a CIA reconhecia a existência de “rumores” sobre envolvimento da agência no assassinato do presidente. Mas não só isso. O texto dava instruções claras sobre como combater essas suspeitas:

“Nossa posição é que as acusações contra a CIA são falsas e devem ser enfrentadas com veemência.”

E mais: sugeria-se o uso estratégico da imprensa, acadêmicos e outras fontes confiáveis para desqualificar as narrativas alternativas .

Mas aí entra o detalhe mais importante (e mais cruel): não só a CIA estava ciente das suspeitas, como ela mesma sugeriu o uso do termo “conspiracy theory” para deslegitimar quem fazia perguntas incômodas.

Daí Nasceu o Termo “Teoria da Conspiração”

Antes disso, a expressão “teoria da conspiração” praticamente não existia no vocabulário público. Era um termo técnico usado por historiadores e sociólogos para descrever eventos reais de conivência entre grupos poderosos — como o caso do Watergate , que viria anos depois. Mas a partir da década de 70 , o termo passou a ter um tom negativo, quase zombeteiro. Virou sinônimo de paranoia, delírio e fanatismo. E quem definiu esse novo significado? Bem... vamos olhar pra onde o dedo aponta.

A Estratégia da Desinformação: Silenciar Antes que Alguém Descubra

Aqui entra o lado mais sombrio da história. A CIA sabia que, se continuasse a surgir especulação pública, poderia perder credibilidade — e talvez até sofrer consequências legais. Então, a saída mais simples (e eficaz) foi controlar a narrativa . Não apenas calar os críticos, mas fazer com que eles fossem ridicularizados antes mesmo de falar. E funcionou. De repente, jornalistas que investigavam o caso eram chamados de “loucos”, livros eram recusados por editoras e testemunhas morriam sob circunstâncias estranhas. Hoje, décadas depois, ainda há mais de 80 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao caso Kennedy que morreram misteriosamente nos anos seguintes ao assassinato. Coincidência? Você decide.

A CIA Não Está Sozinha Nesse Jogo

É importante lembrar que a CIA não inventou o jogo da desinformação. Governos usam técnicas de manipulação desde os tempos de Roma. Mas o que mudou foi a escalabilidade. Com a ajuda da mídia tradicional e do sistema educacional, a CIA conseguiu implantar na sociedade uma espécie de filtro mental : toda vez que alguém levantava uma hipótese alternativa, automaticamente era rotulado como “conspirador”. E isso não parou em Kennedy. Depois vieram:

O atentado de 9/11
A invasão do Iraque
O escândalo de espionagem global revelado por Edward Snowden
As eleições de 2016 nos EUA
A pandemia de coronavírus

Em todos esses casos, o termo “teoria da conspiração” foi usado como arma para silenciar vozes dissidentes — muitas vezes sem sequer ouvir o que tinham a dizer.

Curiosidades que Vão Mexer com Sua Cabeça

Você já imaginou que o próprio JFK antecipou tudo isso? Em um discurso famoso feito na Universidade Americana em 1963, ele disse:

“Somos confrontados com forças poderosas organizadas, bem financiadas e muito pacientes, que têm infiltrado os departamentos do governo federal e enfraquecido nossa sociedade em todos os níveis.”

Ele falava da máfia , claro. Mas o contexto é inquietante.

Outro dado impressionante: segundo o site Mary Ferrell Foundation , até hoje mais de 70% dos americanos acreditam que houve uma conspiração por trás da morte de Kennedy — e que partes importantes da verdade foram ocultadas. E aí? Será que os “paranoides” são mais lúcidos do que pensamos?

A Lição que Vale Pra Hoje

Essa história não é só sobre o passado. Ela é um espelho do presente. Vivemos numa era onde informação e desinformação caminham lado a lado, e onde a linha entre verdade e mentira está cada vez mais tênue. Se a CIA realmente ajudou a criar o termo “teoria da conspiração” pra se proteger, então precisamos rever como usamos essa expressão. Talvez, em vez de rotular os outros, devêssemos começar a ouvir. Porque às vezes, o que parece loucura é só alguém corajoso o bastante pra questionar o que todo mundo aceita como verdade.

O Que Você Pode Fazer?

Agora que você chegou até aqui, não deixe isso acabar assim. Pergunte mais. Duvide mais. Pesquise mais. Use a internet com consciência. Não compartilhe notícias sem verificar a fonte. Leia mais de um lado da história. E, principalmente, não tenha medo de pensar diferente . Afinal, se não tivesse sido por gente que insistiu em questionar, ainda estaríamos achando que a Terra é plana — ou pior, que o céu é o limite.