11 de Setembro: A Tragédia Que Mudou o Mundo para Sempre

11 de Setembro: A Tragédia Que Mudou o Mundo para Sempre

Os ataques de 11 de setembro de 2001, conhecidos como "9/11", marcaram uma das maiores tragédias da história recente dos Estados Unidos e do mundo. Nessa data, quatro aviões comerciais sequestrados por terroristas da Al-Qaeda colidiram contra alvos estratégicos, causando destruição, morte e impactos globais que ressoam até hoje.

Este evento não apenas transformou a política externa dos EUA, como também redesenhou as questões de segurança global, trazendo consequências duradouras em várias esferas da sociedade.

O Ataque: Linha do Tempo

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais com o objetivo de atacar simbolicamente e fisicamente os Estados Unidos:

  • 8h46: O primeiro avião, o voo American Airlines 11, colidiu com a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York.
  • 9h03: O voo United Airlines 175 atingiu a Torre Sul do World Trade Center.
  • 9h37: O voo American Airlines 77 foi lançado contra o Pentágono, em Washington, D.C., centro de defesa militar dos EUA.
  • 10h03: O quarto avião, o voo United Airlines 93, caiu em um campo na Pensilvânia após os passageiros tentarem retomar o controle da aeronave. Acredita-se que os terroristas planejavam atacar outro alvo estratégico em Washington, possivelmente a Casa Branca ou o Capitólio.

O Impacto Imediato nas Torres Gêmeas

Ataque torres gêmeas complexo

As Torres Gêmeas do World Trade Center, ícones do poder econômico e da modernidade, foram o foco principal dos ataques. Quando o primeiro avião atingiu a Torre Norte, muitos acreditavam que se tratava de um acidente, até que, menos de 20 minutos depois, o segundo avião atingiu a Torre Sul, revelando que o país estava sob ataque coordenado.

As torres, construídas para suportar o impacto de aeronaves menores, não resistiram ao incêndio causado pelo combustível dos aviões, que enfraqueceu a estrutura de aço. A Torre Sul colapsou às 9h59, seguida pela Torre Norte às 10h28, em um espetáculo de horror e desespero, levando consigo milhares de vidas.

O Número de Vítimas

No total, cerca de 2.977 pessoas morreram nos ataques. As vítimas incluíam civis de mais de 90 países, bombeiros, policiais, trabalhadores das torres e passageiros dos aviões sequestrados. Além disso, aproximadamente 6.000 pessoas ficaram feridas, e muitos dos socorristas que trabalharam no rescaldo do ataque desenvolveram doenças graves devido à exposição ao amianto e a outros materiais tóxicos presentes nos destroços.

Os Outros dois aviões sequestrados

Além do trágico ataque às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, houve outros dois aviões sequestrados que também desempenharam papéis cruciais na devastação daquele dia. Esses aviões colidiram com alvos importantes e simbolicamente significativos nos Estados Unidos: o Pentágono e o que seria possivelmente outro edifício em Washington, D.C., mas que acabou caindo em um campo na Pensilvânia. Aqui estão os detalhes de cada um desses ataques.

Ataque ao Pentágono: Voo American Airlines 77

  • Voo: American Airlines 77
  • Aeronave: Boeing 757
  • Destino: De Washington Dulles para Los Angeles
  • Número de passageiros e tripulantes: 64 pessoas (incluindo 5 sequestradores)

Linha do Tempo:

  • 8h20: O voo AA 77 decolou do Aeroporto Internacional Washington Dulles, na Virgínia, com destino a Los Angeles.
  • 8h51: A última transmissão de rádio padrão foi recebida da cabine do piloto.
  • 8h54: Os sequestradores desligaram o transponder do avião, tornando difícil rastrear a localização da aeronave.
  • 9h37: O avião colidiu com a face oeste do Pentágono, o quartel-general do Departamento de Defesa dos EUA, em Arlington, Virgínia.

Detalhes do Ataque:

O Pentágono, sendo o centro militar dos Estados Unidos e símbolo do poderio militar global, foi escolhido como um alvo estratégico pelos terroristas. O voo American Airlines 77, sequestrado por cinco homens ligados à Al-Qaeda, desviou sua rota para atingir a ala oeste do edifício. A colisão causou uma explosão devastadora, destruindo grande parte da estrutura e matando 125 pessoas no Pentágono, além dos 64 ocupantes do avião.

O impacto criou uma bola de fogo, que engolfou vários escritórios e destruiu uma seção do edifício. Apesar da destruição, o Pentágono não colapsou completamente devido à sua construção fortificada e ao fato de que a seção atingida estava parcialmente em renovação, o que resultou em um número menor de vítimas do que o esperado. Ainda assim, o ataque gerou uma sensação de vulnerabilidade, já que o Pentágono era considerado uma das estruturas mais seguras dos EUA.

Consequências no Pentágono:

A destruição da ala oeste causou incêndios e danos severos à estrutura, levando à evacuação de parte do prédio. As equipes de resgate e bombeiros chegaram rapidamente ao local, mas os incêndios continuaram por horas após o impacto, dificultando os esforços de resgate.

O ataque ao Pentágono foi um golpe direto no coração das forças armadas dos EUA, deixando claro que os terroristas da Al-Qaeda não visavam apenas alvos civis, mas também a estrutura militar e governamental do país.

Ataque torres gêmeas explosão

Voo United Airlines 93: O Heróico Esforço dos Passageiros

  • Voo: United Airlines 93
  • Aeronave: Boeing 757
  • Destino: De Newark para São Francisco
  • Número de passageiros e tripulantes: 44 pessoas (incluindo 4 sequestradores)

Linha do Tempo:

  • 8h42: O voo UA 93 decolou do Aeroporto Internacional Newark, com destino a São Francisco, com 25 minutos de atraso.
  • 9h28: Os sequestradores tomaram o controle do avião, forçando os pilotos a sair da cabine.
  • 9h57: Os passageiros, cientes dos ataques anteriores, tentaram retomar o controle da aeronave.
  • 10h03: O avião caiu em um campo próximo à cidade de Shanksville, Pensilvânia, após uma luta entre os passageiros e os sequestradores.

O Alvo Provável:

Embora o alvo exato do voo United 93 nunca tenha sido confirmado, acredita-se amplamente que os terroristas planejavam atacar um dos principais edifícios governamentais em Washington, D.C., como a Casa Branca ou o Capitólio. Esses edifícios são símbolos poderosos da democracia americana, e um ataque a qualquer um deles teria sido devastador tanto em termos materiais quanto psicológicos.

A Ação dos Passageiros:

O voo United 93 tornou-se uma história de heroísmo em meio ao horror. Os passageiros, após receberem notícias dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono via ligações telefônicas, entenderam que estavam em um voo suicida destinado a um ataque devastador. Em um ato de coragem desesperada, eles decidiram enfrentar os sequestradores.

Sob a liderança de Todd Beamer, que ficou famoso por sua frase "Let's roll" ("Vamos lá"), os passageiros e a tripulação tentaram invadir a cabine de controle e retomar o avião. Embora não conseguissem evitar o desastre final, sua ação impediu que o avião atingisse seu alvo planejado.

O voo United 93 caiu em um campo desabitado em Shanksville, Pensilvânia, matando todas as 44 pessoas a bordo, mas salvando inúmeras outras vidas que poderiam ter sido perdidas se o avião tivesse alcançado seu objetivo original em Washington, D.C.

Legado do Voo United 93:

O heroísmo dos passageiros do voo United 93 é amplamente reconhecido e comemorado. Em 2011, foi inaugurado o Memorial Nacional do Voo 93 no local do acidente, homenageando os que perderam suas vidas tentando evitar mais destruição. A frase "Let's roll" se tornou um símbolo de resistência e coragem diante da adversidade.

A Al-Qaeda e Os Responsáveis pelos Ataques

Os ataques foram orquestrados pela organização terrorista Al-Qaeda, liderada por Osama bin Laden. Bin Laden já havia declarado sua intenção de atacar os Estados Unidos devido à presença militar norte-americana no Oriente Médio, especialmente na Arábia Saudita, e ao apoio dos EUA a Israel.

Os sequestradores, que haviam treinado em academias de aviação dos EUA, conseguiram embarcar nos aviões comerciais carregando armas simples, como facas e estiletes, que, na época, eram permitidas nos voos. Eles dominaram as tripulações e redirecionaram os aviões para os seus alvos.

A Resposta dos Estados Unidos

A resposta imediata dos EUA foi a Guerra ao Terror, um esforço global para erradicar o terrorismo. Pouco após os ataques, o governo de George W. Bush exigiu que o governo talibã no Afeganistão entregasse Osama bin Laden e desmantelasse os campos de treinamento da Al-Qaeda. Quando os talibãs se recusaram, os Estados Unidos, com apoio internacional, iniciaram a invasão do Afeganistão em outubro de 2001.

Em 2003, os EUA também invadiram o Iraque, sob a alegação de que o regime de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa e apoiava o terrorismo, embora essas alegações tenham sido amplamente descreditadas posteriormente.

O Aumento da Segurança e as Mudanças na Política Global

Os ataques de 11 de setembro trouxeram uma série de transformações drásticas em várias áreas, com ênfase na segurança interna e na política externa dos EUA:

  • Criação do Departamento de Segurança Interna (DHS): Um novo órgão governamental foi criado para coordenar as políticas de segurança e prevenir ataques futuros, além de centralizar o controle das fronteiras e da imigração.
  • Leis de vigilância: O Ato Patriota foi aprovado em outubro de 2001, expandindo os poderes do governo para vigiar cidadãos e estrangeiros suspeitos de terrorismo, o que gerou debates intensos sobre a erosão das liberdades civis.
  • Segurança aeroportuária: O controle de segurança em aeroportos foi drasticamente intensificado, com novas regulamentações que limitavam o que podia ser levado a bordo e introdução de escâneres corporais e verificações mais rigorosas de passageiros.

Ataque torres gêmeas homem caindo

Por que as Torres Gêmeas caíram?

De acordo com investigações oficiais, incluindo a realizada pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), as Torres Gêmeas caíram por uma combinação dos danos estruturais causados pelos impactos dos aviões e os incêndios subsequentes que enfraqueceram as estruturas de aço.

1. Impacto dos Aviões

  • Quando os aviões colidiram com as torres, eles causaram danos imediatos à estrutura das torres. Cada avião, ao atingir uma torre, destruiu várias colunas de suporte e danificou gravemente os sistemas internos, como os sistemas de elevadores e escadas.
  • Além disso, o combustível dos aviões (jatos de grande porte, com tanques cheios de querosene de aviação altamente inflamável) incendiou ao colidir, gerando uma explosão inicial e alimentando um incêndio massivo que se espalhou pelos andares afetados.

2. Incêndios de Alta Intensidade

  • O combustível de aviação queimou em altíssimas temperaturas, e, embora o aço usado na construção das Torres Gêmeas fosse projetado para suportar incêndios comuns, o calor extremo causado pelo combustível excedeu essas especificações.
  • Estima-se que a temperatura no interior do edifício tenha chegado a cerca de 1.000°C (1.832°F). Embora o aço não derreta a essas temperaturas, ele perde grande parte de sua resistência estrutural quando exposto ao calor intenso.
  • Isso levou ao enfraquecimento das colunas de suporte e à deformação das vigas, resultando no deslocamento das estruturas superiores. O colapso inicial de alguns andares sobrecarregou a estrutura inferior, resultando em um efeito dominó que causou o desmoronamento completo das torres.

3. Colapso Progressivo ("Pancake Collapse")

  • O conceito de colapso progressivo se refere ao fato de que, à medida que um andar cedia devido ao calor e aos danos estruturais, ele caía sobre o andar imediatamente abaixo, que, por sua vez, não conseguia suportar o peso adicional. Isso levou a uma reação em cadeia, onde andar após andar desabava em rápida sucessão, gerando a imagem icônica das torres desmoronando de cima para baixo.
  • A Torre Sul colapsou primeiro às 9h59, cerca de 56 minutos após o impacto, seguida pela Torre Norte às 10h28, 102 minutos após ter sido atingida.

A Teoria da Conspiração: Implosão Controlada e Farsa

 

Apesar da explicação oficial amplamente aceita, muitas pessoas começaram a questionar as circunstâncias do colapso das torres, dando origem a diversas teorias da conspiração. Uma das mais persistentes é a de que os prédios não caíram por causa dos aviões e dos incêndios, mas sim por uma implosão controlada, sugerindo que o ataque foi uma “farsa” ou um trabalho interno orquestrado pelo próprio governo dos EUA. Vamos explorar os principais pontos dessas teorias.

1. Velocidade e Simetria do Colapso

  • Os céticos argumentam que o colapso das torres foi muito rápido e simétrico para ter sido causado apenas pelos danos dos aviões e pelos incêndios. O tempo de colapso das torres foi de cerca de 10 segundos, o que, segundo os teóricos da conspiração, sugere uma queda semelhante à de uma implosão controlada, onde explosivos são colocados de forma estratégica para derrubar a estrutura de forma vertical.

2. Explosões no Andar Inferior

  • Muitos sobreviventes e testemunhas afirmaram ter ouvido explosões nos andares inferiores antes do colapso completo das torres. Essas explosões alimentaram as teorias de que explosivos adicionais teriam sido colocados nas fundações do edifício, sugerindo que a destruição foi planejada.

3. Derretimento do Aço

  • Alguns teóricos argumentam que o calor causado pelos incêndios não seria suficiente para derreter o aço das Torres Gêmeas, alegando que temperaturas ainda mais altas seriam necessárias para causar o colapso completo.
  • No entanto, como explicado pelos especialistas, o aço não precisava derreter para que o colapso ocorresse. O enfraquecimento estrutural causado pelas altas temperaturas já foi suficiente para comprometer a integridade do edifício.

4. Colapso do Edifício 7 (WTC 7)

  • Um dos principais pontos levantados pelos teóricos da conspiração é o colapso do World Trade Center 7 (WTC 7), um edifício de 47 andares que não foi atingido diretamente pelos aviões, mas que também desabou no final da tarde do 11 de setembro, às 17h20.
  • O WTC 7 desabou de forma bastante similar a uma implosão controlada, e essa queda levantou ainda mais suspeitas, já que, oficialmente, o colapso foi atribuído a incêndios causados por detritos das torres próximas.

5. "Inside Job": Teoria do Trabalho Interno

  • Uma das teorias mais radicais e populares é a de que os ataques de 11 de setembro foram um "trabalho interno" (inside job). Defensores dessa teoria sugerem que membros do governo dos EUA ou de agências de inteligência sabiam dos ataques e facilitaram ou mesmo organizaram o colapso das torres para justificar a invasão do Afeganistão e a guerra subsequente no Iraque, além de aumentar o controle sobre os cidadãos americanos por meio do Ato Patriota e outras medidas de segurança.

6. Explosivos Avançados: Termita

  • Outra teoria comum afirma que foram usados explosivos avançados, como termita, uma substância capaz de gerar calor intenso o suficiente para derreter aço. Vídeos e fotos do colapso das torres mostram uma substância derretida saindo de algumas janelas pouco antes do colapso, que teóricos dizem ser evidência de termita queimando.
  • Porém, o NIST refutou essa alegação, afirmando que o material derretido provavelmente era alumínio derretido, resultante da fuselagem dos aviões misturada com outros materiais inflamáveis.

Refutação das Teorias da Conspiração

Várias investigações técnicas e científicas, como as do NIST, refutaram as alegações de implosões controladas. Aqui estão os principais argumentos contra as teorias de conspiração:

  • Colapso por Pancada: O colapso "pancake" foi consistente com os danos estruturais e o calor intenso dos incêndios. O peso dos andares superiores, combinado com o enfraquecimento das colunas de suporte, resultou em uma falha catastrófica e o colapso progressivo.
  • Temperaturas Suficientes: O aço não precisa derreter para que uma estrutura desmorone. O calor intenso dos incêndios, que chegou a cerca de 1.000°C, foi suficiente para enfraquecer significativamente o aço, levando ao colapso.
  • Investigação Profunda: A ideia de que o 11 de setembro foi uma “farsa” planejada pelo governo não tem base sólida nas investigações realizadas por agências independentes e por revisões internacionais. As explosões ouvidas antes do colapso podem ter sido causadas pela falha estrutural progressiva ou pelo desmoronamento de partes internas.

Ataque torres gêmeas segundo avião

As caixas pretas

Nos ataques de 11 de setembro de 2001, quatro aviões comerciais foram sequestrados e usados como armas, atingindo as Torres Gêmeas do World Trade Center, o Pentágono, e caindo em um campo na Pensilvânia. A busca pelas caixas pretas (gravadores de voo) desses aviões foi uma das prioridades para entender o que aconteceu a bordo durante os sequestros. Abaixo estão os detalhes conhecidos sobre as caixas pretas de cada avião envolvido:

1. Voo American Airlines 11

  • Aeronave: Boeing 767
  • Alvo: Torre Norte do World Trade Center
  • Destino original: De Boston para Los Angeles
  • Situação da caixa preta: Nenhuma das duas caixas pretas (gravador de dados de voo e gravador de voz da cabine) do voo AA 11 foi encontrada. Como o avião se chocou com a Torre Norte a uma velocidade muito alta e com grande força, a destruição foi tão severa que qualquer vestígio das caixas pretas provavelmente foi obliterado nos escombros.

2. Voo United Airlines 175

  • Aeronave: Boeing 767
  • Alvo: Torre Sul do World Trade Center
  • Destino original: De Boston para Los Angeles
  • Situação da caixa preta: Assim como no voo AA 11, as caixas pretas do voo UA 175 também não foram recuperadas. O impacto massivo e subsequente colapso das torres fez com que fosse impossível localizar e identificar as caixas pretas entre os destroços.

3. Voo American Airlines 77

  • Aeronave: Boeing 757
  • Alvo: Pentágono
  • Destino original: De Washington Dulles para Los Angeles
  • Situação da caixa preta: As duas caixas pretas do voo AA 77 foram recuperadas entre os escombros do Pentágono:
    • Gravador de voz da cabine: O gravador de voz foi encontrado, mas estava gravemente danificado e os dados não puderam ser recuperados.
    • Gravador de dados de voo: O gravador de dados de voo (FDR) foi recuperado e forneceu informações cruciais sobre a altitude, a velocidade, e o desempenho da aeronave nos momentos finais do voo. Esse gravador ajudou os investigadores a determinar os detalhes técnicos da colisão no Pentágono.

4. Voo United Airlines 93

  • Aeronave: Boeing 757
  • Alvo provável: Um edifício governamental em Washington, D.C. (possivelmente a Casa Branca ou o Capitólio), mas o avião caiu em um campo na Pensilvânia após uma tentativa heróica dos passageiros de retomar o controle da aeronave.
  • Destino original: De Newark para São Francisco
  • Situação da caixa preta: As duas caixas pretas do voo UA 93 foram recuperadas no local do acidente em Shanksville, Pensilvânia:
    • Gravador de voz da cabine: Este gravador estava intacto e forneceu informações valiosas sobre os momentos finais do voo. A gravação capturou conversas entre os sequestradores, as tentativas dos passageiros de invadir a cabine, e o som da luta até o momento do impacto.
    • Gravador de dados de voo: O gravador de dados de voo foi recuperado e forneceu detalhes sobre a altitude, o curso e a velocidade da aeronave durante o sequestro. Essa informação foi essencial para traçar o caminho do voo e confirmar as manobras dos sequestradores.

Resumo da recuperação das caixas pretas:

  • Caixas pretas não recuperadas: Voo American Airlines 11 e voo United Airlines 175 (ambos colidiram com as Torres Gêmeas).
  • Caixas pretas recuperadas: Voo American Airlines 77 (Pentágono) e voo United Airlines 93 (Pensilvânia).

A recuperação e análise das caixas pretas do voo AA 77 e do voo UA 93 foram cruciais para entender os eventos ocorridos dentro das cabines durante os sequestros e forneceram pistas sobre as intenções e ações dos sequestradores, além de fornecer detalhes técnicos dos voos nos momentos finais.

Consequências Econômicas e Sociais

Os ataques de 11 de setembro também tiveram enormes consequências econômicas. A bolsa de valores de Nova York permaneceu fechada por quase uma semana, e os mercados globais sofreram quedas acentuadas. As perdas materiais diretas foram estimadas em mais de 100 bilhões de dólares, incluindo os danos às infraestruturas de Nova York e Washington.

Além disso, os efeitos psicológicos foram duradouros. O medo de novos ataques mudou a forma como as pessoas viajavam, trabalhavam e viam o mundo. A sociedade americana, em particular, passou a se preocupar mais com a segurança interna, e muitos viveram sob a sombra do trauma por anos, desenvolvendo problemas como estresse pós-traumático.

O Legado dos Ataques de 11 de Setembro

Ataque torres gêmeas homenagem

O 11 de setembro permanece como um dos eventos mais devastadores e transformadores da história moderna. O impacto na vida de milhares de pessoas e as repercussões nas políticas globais foram imensuráveis. A guerra ao terror, iniciada após os ataques, gerou novos conflitos, deslocou milhões de pessoas e redefiniu a dinâmica do Oriente Médio.

Mesmo mais de duas décadas depois, as memórias daquele dia continuam a moldar políticas, culturas e o modo como o terrorismo é abordado internacionalmente. O que começou como um dia comum em setembro se transformou em um marco sombrio na história, cujas consequências ainda são sentidas no mundo contemporâneo.

REFERÊNCIAS: youtube, wikipédia, bbc, uol, cnn