A cultura egípcia foi formada em torno de uma série de templos religiosos construidos especialmente escolhidos ao longo do Nilo. Para os sacerdotes egípicios qualquer forma no universo que cresça exteriormente necessita de um receptor que permita o seu desenolvimento no tempo, os tempos foram os tais receptáculos que permitiram o desenvovimento de sua civilização. Cada templo expressou uma ...
tomada de consciência diferente sobre o universo. Seu objetivo era transmitir a sua sociedade os diversos princípios fundamentais, as verdades distintas. Isso permitiu que cada templo atuasse como orgão distinto no pais, com funções diversificadas, dedicado a ensinar e explorar um tema religoso diferente.
Assim eram vistas as casas de Deus. Durante milhares de anos as fronteiras do Reino dos Faráos, no Egito, discipulo da sabedproa dps sacerdotes do olho de Hórus, foram respeitadas por todos os impérios asiáticos. Nunca quiseram ampliá-las e no seu interior existia um lugar de paz, se comparado a anarquia universal.
Declínio
O declínio começou com o desaparecimento de seus mais altos sacerdotes, após Moisés, ultimo de seus grandes iniciados, ter atravessado o Mar Vermelho. E terminou com o caos, a destruição de seus templos e o extermínio realizdo pelo persa Kamsés II. Após a morte de Ciro, o maior governante da Asia, que manteve uma relação de paz e respeito com o Egito, seu filho Kamsés II assumiu o poder para comandar o exército mais poderoso da época. Era um déspota cruel e brutal que odiava a sabedoria, o poder e a estabilidade dos faraós. Obsecado em provar que seus deuses eram os mais poderosos, invadiu o Egito em 525 aC. Assassinou o ultimo faraó nascido legitimamente nestas terras e a maioria dos sacerdotes da escola de mistérios do olho de Hórus.
Arrasou os tempolos e queimou os papiros que continham toda a sabedoria armazenada por gerações. O conhecimento se converteu em escuridão e a antiga sabedoria egípcia desapareceu junto com seus altos sacerdotes. Kamsés II estabeleceu uma cruel servidão que duraria 200 anos até a chegada de Alexandre o Grande e, 322 ac. recebido como salvador pelos egípcios. Alexandre ordenou a reconstrução de seus templos e após a sua morte Ptolomeu I, um de seus generais, deu início as dinastias ptolemáicas que iriam governar por quase 300 anos.
O templo dedicado a Hathor, que ja existia em Dendera, desde 5400 aC, for reconstruido pelos reis macedonios como um método piedoso de legitimar o seu poder. Hieroglifos encontrados em uma das suas galeria subterraneas, afirmam que o tempo foi reconstruido seguindo fielmente os planos e desenhos originais feitos pelo sábio Imhotep. O complexo religioso de Dendera esta loalizado a 26º norte de latitude , dali partia o caminho antigo que leva ao Mar Vermelho. Posteriormente Tebas seria construida um pouco mais ao sul.
Put-Ser
Nos primórdios de sua civilização, na noite estrelada de um sosltício de verão num terreno sobre o Nilo cuiadosamente escolhido por sua relação com as estrelas, realizou-se uma cerimonia chamada Put-Ser. O faraó do Egito e o Sumo sacerdote da escola de mistérios do Olho de Hórus, rodeados por toda a população avistaram um grupo de estrelas sobre o Pólo Norte do planeta. Eles a chamaram constelação de Tuaret, e seu simbolo era uma hipopótoma vermelha.
Em nosso tempo esse grupo de estrelas de Draconis e seu símbolo é uma serpente dragão. A mais brilhante de todas era Alfa Draconis, a estrela que nessa época se localizava exatamente sobre o eixo de giro do planeta. E que 4320 anos depois foi substituída por Polaris, a que atualmente guia nossos navegantes. O avanço do sistema solar em seu giro ao redor do centro da galáxia determina que durante esse ciclo de 25920 anos, seis estrelas diferentes brilhem sobre o polo. A estrela sobre o polo representava a força materna fundamental, geradora da substancia que permitiu o desenvolvimento da vida no universo, o principio feminino que foi chamado de Hathor e a quem foi dedicado esse templo.
O faraó e o sumu sacerdote estenderam uma corda entre duas estacas orientando-a exatamente pra Alfa Draconis. A sacerdotiza do templo pregou as estacas com um martelo de ouro, definindo assim o eixo do templo, a coluna vertebral que daria organização a seus santuários, Colocaram as pedras dos quatro cantos que determinaram os limites do muro protetor do complexo uma muralha elevada que mantinha afastado o inimido da vida, o qual desejava perpetuar-se. Colocaram sua porta principal voltada para o norte, a última de uma série de porticos que vinham do SantaSantatorum do templo de Hathor e demarcavam o segumento do céu por onde Alfa Draconis aparecia, facilitando a sua localização a noite para registrar sistematicamente os seus movimentos.
Nessa mesma noite, olhando na direção leste, encontraram também outra estrela a 90º da anterior, a que chamaram de Sirio, e que era o simbolo de Isis no céu. Assim localizaram o eixo de um segundo templo que determinou a segunda porta do complexo. A porta do templo de Isis demarcava o setor do céu por onde ascendia a estrela Sirio e onde aparecia o sol em 21 de junho, dia do solsticio de verão.
O templo cresceu em seu interior, enquanto os sacerdotes registravam os movimentos da estrelas e estudavam os processos impulsionados pela sua energia, inscrevendo em seus muros, as conclusões a que chegaram sobre esse tema sagrado. Sirio, o simbolode Isis era chamada de Estrela Cachorro, pois seguia a constelação de Orion, personificação de Osiris no Céu. Após estar escondida no céu por 120 dias, marcava com sua aparição o momento das cheias do Nilo. Então permanecia visível durante 40 dias, o mesmo tempo que duravam as inundações. Essa correlação fez com que Sirius se tornasse muito importante para a vida do pais, que dividiu o ano em tres estações chamadas de Tétramis que eram determinadas pelas enchentes do Nilo.
Festividades
As festividades do ano começavam com a cheia do Nilo e Sirio marcava com sua aparição no céu, esta importante data. Quando a estrela desaparecia o rio recuperava seus níveis normais. O calendário e a sincronização da via egípcia com o sol e as estrelas era táo importante que o faraó do Egito, ao assumir suas funções, deveria jurar que nunca alteraria as datas do calendário, No entanto o dia em que Sirio reaparecia no céu dependia da latitude do templo onde era esperada, pois na Elepandtine do sul se via a estrela 7 dias antes que na Bubastis do norte. Por essa razão os sacerdotes também usavam o sol como relógio para determinar a duração do ano, pois o solstício de verão coincida com a reapareção de Sirio.
Em Dendera, frente ao horizonte do templo de Isis, primeiro Sirio ascendia no céu e depois o sol aparecia. Ao amanhacer do dia do solstício de verão, sirio e o sol marcavam em um relógio cósmico o início do ano novo egípcio. Em uma cerimonia no terraço do templo era acendido o fogo novo para todo o pais.
Para entrar em Dendera é necesário atravessar uma série de construções erguidas pelos romanos durante os reinados dos imperadores Trajano e Domiciano. Uma série de quiosques de cada lado demarcam o pórtico norte embutido nos muros que protegiam o lugar. Ao atravessar-se o pórtico aparece ao fundo com seu eixo principal orientado para o norte, a fachada com as seis colunas ardóricas do imponente Templo principal dedicado ao estudo das estrelas.
Muito perto da entrada do complexo encontra-se uma capela dedicada ao nascimento de Hórus, construida pelos romanos durante o reinado do Imperador Augusto. Ali era celebrado o momento da iluminação, quando Isis dava a luz simbolicamente, o filho de Osiris. Em seus muros estao talhadas as cenas de amor de Isis e Osíris. O nascimento e apresentação do menino e a cena desten na roda da olaria, quando deus lhe da sua forma material. Sobre o capitel de suas colunas esta representado o deus Bes, protetor das grávidas e que favorece ao nascimento das crianças. Ao sul desta capela existem as ruinas de uma basilica cristã construida no século V depois de Cristo, época em que os rostos dos personagens sagrados foram cuidadosamente destruidos nos muros dos templos.
Mais próximo ao templo principal surgem as ruinas de um sanatório, onde se enternavam os doentes que vinham ao Templo de Hathor em busca de cura. Os sacerddotes do Templo usavam seus conhecimentos de medicina para ajudar o povo no plano material. Hathor, a força feminina multiplicadora da vida, era reverenciada como uma figura compassiva, o povo percorria grandes distancias para orar em seu templo, banhar-se em suas piscinas sagradas e receber os remédios e cuidados de que necessitavam.
PARTE 2