Muitos de nós temem a morte. Acreditamos na morte porque nos foi dito que iremos morrer. Associamo-nos com o corpo, e sabemos que corpos morrem. Porém, uma nova teoria científica sugere que a morte não seja o evento final. Um aspecto bem conhecido da física quântica é a de que certas observações não podem ser absolutamente previstas. Ao invés disso, há uma gama de observações possíveis, cada uma com uma probabilidade distinta. Uma explicação de tendência predominante, a interpretação de ‘muitos-mundos’, declara que cada uma destas possíveis observações corresponde a um diferente universo (o ‘multiverso’). Uma nova teoria científica, chamada de biocentrismo, refina estas ideias. Há um número ...
infinito de universos, e tudo que poderia possivelmente acontecer ocorre em algum universo. a morte não existe no sentido real dentro destes cenários. Todos os possíveis universos existem simultaneamente, irrelevantemente do que aconteça em qualquer um deles. Embora os corpos individuais estejam destinados à auto destruição, o sentimento vivo (‘Quem sou eu?’) é somente uma fonte de energia de 20 Watts que opera no cérebro. Mas esta energia não desaparece com a morte. Um dos conceitos mais certos da ciência é o de que a energia nunca morre; ela não pode ser criada, nem destruída. Mas esta energia transcende de um mundo para outro?
Considere um experimento que foi recentemente publicado na Science, mostrando que os cientistas podiam retroativamente mudar as coisas que haviam acontecido no passado. Partículas tinham que decidir como se comportar quando atingiam um divisor de facho. Mais tarde, a pessoa que conduzia o experimento podia ligar ou desligar um segundo interruptor. O resultado foi que aquilo que o observador decidia naquele momento determinava o que a partícula fazia no passado.
Desconsiderando a escolha que você, o observador, faça, é você que irá sentir o resultado. As ligações entre estas várias histórias e universos transcendem nossas ideias clássicas ordinárias do espaço e do tempo. Pense na energia de 20 Watts como uma simples holografia que projeta esta ou aquele resultado em uma tela.
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Se você ligar ou desligar o segundo divisor de facho, ainda é a mesma bateria ou agente responsável pela projeção.
De acordo com o Biocentrismo, o espaço e o tempo não são objetos rígidos como pensamos. Abane sua mão através do ar – se você tirar tudo, o que sobra? Nada. O mesmo se aplica ao tempo. Você não pode ver nada através do osso que cerca o seu cérebro. Tudo que você vê e sente agora é um redemoinho de informações ocorrendo em sua mente. O espaço e o tempo são simplesmente ferramentas para colocar tudo junto. A morte não existe num mundo sem tempo e sem espaço.
No final, até mesmo Einstein admitiu: “Agora Besso [um velho amigo] partiu deste estranho mundo um pouco antes de mim. Isto não significa nada. As pessoas como nós… sabemos que a diferença entre o passado, o presente e o futuro é somente uma ilusão teimosamente persistente“. A imortalidade não significa uma existência perpétua em um tempo sem fim, mas sim reside fora do tempo.
Fonte: www.robertlanza.com