O Caduceu - Quando a humanidade estava separada fisicamente em dois sexos, homem e mulher ainda carregavam dentro de si o refelexo do seu Criador. Assim, dentro de todo homem ainda existe um aspecto feminino. e dentro de toda mulher existe um aspecto masculino. Neste nível de significado, Adão e Eva simbolizam a fisiologia energética sutil do indivíduo. Adão e Eva, como energias polarizadas, são representados no antigo símbolo do Caduceu. Popularmente associado ao deus grego Hermes, o símbolo do Caduceu é realmente visível nos registros de intocáveis culturas antigas ao redor do mundo.
As duas serpentes sempre simbolizaram os canais energéticos masculinos e femininos que se enroscam pela coluna vertebral. Como eles são energéticos, não físicos, um bisturi jamais os encontrará. Sua raiz, a Fundação, os órgãos sexuais, e eles são alimentados pela energia sexual.
Estes dois canais de energia são chamados de Ida e Pingala, em sânscrito.
Na Kabbalah eles são chmados Ob e Ob,
e no cristianismo esotérico, são chamados de Adão e Eva.
Na Bíblia eles também são chamados de "as duas oliveiras" e "os dois castiçais que estão diante do Senhor da terra". As duas serpentes enroscam-se subindo pela coluna vertebral do corpo físico. A espinha é mais frequentemente simbolizava por um cajado ou uma vara.
A espinha é o cajada do Mestre, e a coluna vertebral do templo humano. A coluna se apoia sobre a pedra da fundação: Yesod, a energia sexual. A espinha tem 33 vértebras, sibolizadas pelos 33 anos de vida de Jesus de Nazaré e pelos 33 degraus dos maçons.
Em ambos os lados da vara, a coluna vertebral, existem duas sepentes. Pingala é o aspecto masculino, Adão. Ida é o aspecto feminino, Eva. É a energia de Eva em nossa psique que nos leva a procriação. Em Eva ser tentada a comer o fruto da Árvore do Conhecimento, tem-se um símbolo da humanidade desejando o fruto da sexualidade: filhos. Até então, não era permitido a humanidade ter crianças por conta própria: não tinham permissão para comer daquela fruta.
"E a serpente disse à mulher: Vós não morrereis, mas o Elohim sabe que assim que comerdes dela, vossos olhos serão abertos e sereis com seres divinos que conhecem o bem e o mal". Genesis 3: 4-5
Tentados pela serpente, os seres humanos escolheram procriar por conta própria. Em sua ignorância, porém, não perceberam que as Leis que foram dadas a eles eram para o seu próprio bem. Aprendendo a procriar sem a orientação do Elohim acabaram descobrindo o orgasmo.
A Fruta Proibida
A árvore do conhecimento, ou sexualidade, esteve presente junto a todos os outros aspectos de existência. É ainda reconhecida como uma presença importante no Éden, ao lado de Árvore da vida. E na tradição da Kabbalah, é dito que estas duas árvores compartilham as mesmas raizes. Contudo, diferente de qualquer outra árvore no Éden, Adão e Eva podiam apenas apreciar a Árvore do conhecimento, sem se satisfazer com sua fruta.
"...pois assim que comerdes desta fruta, morrereis." Enquanto estavam no Éden, Adão e Eva só conheciam a divindade e a inocência e assim naturalmente respeitavam as leis de criação. Em sua inocência, eles ignoravam as consequências de se entregarem a fruta da sexualidade. Uma energia tremenda é movimentada no ato sexual entre um homem e uma mulher. É neste coito que a humanidade tem a capacidade divina de criar. O homem, como a força ativa, é o reflexo de Deus como Pai, a mulher, como a força receptiva, é o reflexo de Deus com Mãe.
É o sexo é a força que os une. Estas são as três forças que dão origem a toda a criação, e este é o fundamento do símbolo universal da Trindade:
- Cristão: Pai, Filho e Espírito Santo
- Judaico: Kether, Chokmah, Binah
- Hindu: Brahma, vishnu, Shiva
- Egípcio: Osíris, Hórus, Ísis
A Trindade é uma unidade de três: três que se expressam como "um". Mas para criar, este "um" divide a si próprio em dois: masculino e feminino. Este é o mistério do Espírito Santo, o fogo facundante de Deus, simbolizado na Índia como Shiva-Shakti, o poder criador e destruidor de Deus. Um dos símbolos mais sagrados de shiva, o Espírito Santo, é o Lingam-Yoni, a interseção do falo e do útero. O mesmo símbolo é encontrado do outro lado do mundo, na tradição alquímica. A força que dá poder a toda a criação, em todos os níveis de existência, e a energia sexual, A energia sexualé simbolizada pelo fogo, pela água e pela luz.
A auréola de luz ilustra a pureza sexual. A iluminação nasce das águas sexuais. O Fogo Sexual é o poder da criação. Na tradição da alquimia, a energia sexual é simbolização pelo Mercúrio. Quando golpeamos a pedra da fundação, a rocha, encontramos as águas da vida. Moisés golpeia a pedra com seu cajado.
o antigo ritual do Batismo é um símbolo da transmutação da energia sexual, a fonte da salvação. As águas da vida fluem da Árvore da vida.
toda vida nasce das águas sexuais. O poder da criação, mobilizando a força daquela energia elétrica, implica em uma grande responsabilidade. Nos tempos de Adão e Eva, o sexo era praticado apenas nos templos sob a orientação de Elohim. Gabriel e suas legiões de anjos guiavam a humanidade neste ritual sagrado, com é indicado pela sua recorrência na Bíblia anunciando a chegada de crianças. Gabriel é o regente da lua e influencia diretamente todas as formas de concepção.
Em certa épocas do ano, marido e mulher viajavam longas distâncias para serem instruídos nos Mistérios Sexuais. Esta é a raiz, há muito esquecida, da prática moderna da "lua de mel". Assim, os anjos supervisonavam este Santo Sacramento e guiavam um único espermatozóide ao encontro de um óvulo no momento necessário exato para se gerar uma criança planejada e divina. A dispendiosa expulsão de energia e sêmen pelo orgasmo não era, e não é, necessária para se gerar uma criança.
Este é, de fato, o sentido oculto do termo "imaculada concepção". Imaculado significa "perfeitamente limpo", sem mancha moral,
"Quando um homem tiver uma emisão de sêmen, ele banhará seu corpo todo em água e permanecerá sujo até a noite". Leviticos, 15:16
"A energia sexual nunc deve ser solta". o 14 Dalai Lama.
Entregar-se a fruta da sexualidade significa derramar a energia sexual, pelo orgasmo, saboreando a energia divina que ilumina a alma, a fim de sentir sensações físicas. Assim a energia usada para manter a vitalidade física e espiritual do indivíduo é expelida pelo orgasmo. Adão e Eva,como um símbolo dos homens e mulheres do passado antigo, comeram o fruto proibido da Árvore do Conhecimento ou do Conhecimento Secreto da Sexualidade: eles abusaram da energia sexual em seus próprios corpos por terem provocado o orgasmo, e assim quebraram a regra mais fundamental que lhes foi dada.
É muito importante que a tremenda energia que dá a humanidade a capacidade de criar, seja utilizada eficientemente, porque ela esta conectada a mesma força energética que sustenta a própria vitalidade do indivíduo. É bem sabido que a energia sexual esta intimamente relacionada com a saúde de nossa psique e de nosso corpo físico. Ela não é só necessária paa manter a vitalidade física e os cinco sentidos físicos, mas também a vitalidade dos sete sentidos superiores que unem a humanidade ao Divino.
Sem a energia sexual a alma se atrofia, quebrando nossa conexão com Deus. Quando expelimos a energia sexual, expelimos a energia que abastece nossos sentidos internos. É por isso que esses que fornicam, que expelem a energia sexual pel orgasmo, não conseguem perceber Deus diretamente. O orgasmo é simbolizado pela maça envenenada que foi dada a Branca de neve. Embora doce aos sentidos físicos, é um veneno para a alma. Comê0la resulta eminconsciência e em um sono eterno.
A história universal de donzelas e heróis virtuosos que adormecem é uma alegoria que ilustra o sono da consciência, o estado no qual o ser human perde o conhecimento direto e pessoal de Deus e dos reinos mais elevados da natureza. É por isso que a fruta da Árvore do Conhecimento era proibida para comer. Antes do abuso da Árvore do conhecimento, o sexo era tratado com extremo respeito e o orgasmo era desconhecido pela humanidade, e desnecessário. Marido e esposa uniam-se no ato sexual conforme as Leis dadas por Jehovah Elohim. Eles desfrutavam da árvore do Conhecimento, da sexualidade, mas não comiam da sua fruta.
Esta foia gênesis da distinção entre o bem e o mal. Uma humanidade que conhecia só a bondade, comeu da fruta proibida e descobriu o desejo animal, que sempre conduz ao sofrimento e a dor. Esta é a caixa de Pandora da mitologia grega, que quando aberta liberou os agentes do mal no mundo: medo, orgulho, vergonha.
"E os olhos de ambos foram abertos e eles souberam que estavam nus; e juntaram folhas de figueira e fizeram aventais". E Adão disse: "escutei tua voz no jardim, e tive medo porque eu estava nu; e então me escondi".
Pea descobeta do orgasmo, Adão aprendeu a ter medo, a se envergonhar. Como prometido pela serpente tentadora, a humanidade ganhou um novo conhecimento: o conhecimento do sofrimento.
Desejo e Sofrimento
Ao provar do fruto proibido, Adão aprendeu a desejar. A partir deste momento, certo e errado são percebidos de modo subjetivo diante da necessidade de se sentir prazer e de evitar o sofrimento.
"E Jah-hovah Elohim disse: Veja, o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal". Gênesis 3:22
A humanidade ja conhecia o bem: inocência, pureza e simplicidade. Agora a humanidade também conhecia o mal: vergonha, temor, dor, vazio. Agora a humanidade soube o que o Elohim sabia: aquele desejo conduz ao sofrimento.
"O desejo fez todos os deuses cairem de seus postos. É o desejo que conduz todas as criaturas ao inferno." Hinduísmo, Skanda Purana 1.1.21
Desejo é ambição e ambição é sofrimento. O desejo sempre conduz ao sofrimento. Esta é a mensagem inerente a toda grande religião: o escravo do desejo é escravo do pecado, e o só sofrimento e morte o aguardam.
"Pelo abandono do desejo, o estado da imortalidade é atingido". Budismo, Samyutta Nikaya xlvii 37
Assim, desprovidos de sua ligação com o divino, Adão e Eva, como símbolos da humanidade, foram expulsos do Éden, indo a vagar penosamente pelo sofrimento e ignorância.
"E a mulher Ele disse: Farei muito severa suas dores no parto. Na dor tu darás a luz". Gênesis 3:16