Disco de Festo: O Maior Mistério Arqueológico da Civilização Minoica

Disco de Festo: O Maior Mistério Arqueológico da Civilização Minoica

O Disco de Festo é um dos maiores enigmas da arqueologia, datando provavelmente da Idade do Bronze, quando a Civilização Minoica floresceu na ilha de Creta. Descoberto em 1908 pelo arqueólogo italiano Luigi Pernier nas ruínas do palácio minoico de Festo, próximo a Hagia Triada, o artefato é um disco de argila com 16 centímetros de diâmetro e aproximadamente 16 milímetros de espessura. Atualmente, ele está exposto no Museu Arqueológico de Heraclião, Creta. O que torna o Disco de Festo tão fascinante é o mistério em torno de sua origem, propósito e significado. O artefato é coberto com 241 símbolos dispostos em espiral, gravados em ambos os lados, organizados em 31 grupos no lado A e 30 no lado B. Os símbolos representam seres humanos, animais, plantas e objetos cotidianos, e acredita-se que eles possam formar palavras ou frases.

Tentativas de Decifração: O Que Sabemos Até Agora

Ao longo dos anos, vários pesquisadores tentaram desvendar o significado desses símbolos. O arqueólogo Gareth Owens anunciou em 2021 que conseguiu decifrar aproximadamente 99% do texto, após décadas de estudo. Segundo Owens, o texto contém 61 "palavras" numeradas de A1 a A31 no lado A e B1 a B30 no lado B. No entanto, a interpretação ainda é objeto de debate acadêmico.

O disco pode ser um dos primeiros exemplos de impressão tipográfica, uma vez que os símbolos parecem ter sido produzidos com selos, algo que era inédito para a época. Além disso, a escrita da civilização minoica, conhecida como Linear A, permanece indecifrada, o que complica ainda mais os esforços para traduzir o conteúdo do disco.

Teorias Sobre o Significado do Disco

Várias teorias foram sugeridas sobre a função do Disco de Festo. Alguns estudiosos acreditam que o artefato pode ter sido um calendário antigo, enquanto outros sugerem que ele poderia ter servido como um jogo. Outra hipótese popular é a de que o disco seja um hino sagrado dedicado à deusa-mãe, uma figura central na religião minoica. A sociedade cretense, diferente das outras civilizações patriarcais da época, pode ter sido matriarcal, o que torna essa teoria ainda mais plausível.

Controvérsias e Tentativas de Decifração no Brasil

Em 1970, o professor brasileiro Alberto Mendes de Oliveira afirmou ter desvendado o Disco de Festo. Segundo ele, o texto seria uma espécie de proclamação religiosa, em que o "senhor todo-poderoso" se declara criador do universo. No entanto, essa interpretação nunca foi aceita pela comunidade acadêmica.

Disco de Festo inscrições

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O Disco de Festo e a Civilização Minoica

O Disco de Festo é um artefato crucial para entender a complexidade da Civilização Minoica, uma das mais avançadas da Idade do Bronze. A civilização cretense era conhecida por suas habilidades na navegação e no comércio, e as mulheres desempenhavam papéis importantes na sociedade. Embora muitos aspectos da cultura minoica ainda sejam um mistério, o disco fornece pistas valiosas sobre sua escrita, religião e vida cotidiana.

Fatos Curiosos e Detalhes Interessantes

  • Primeira impressão tipográfica? O Disco de Festo pode ser o primeiro exemplo de impressão tipográfica, já que seus símbolos parecem ter sido impressos com selos.
  • Símbolos misteriosos: Existem 241 símbolos no disco, representando figuras humanas, animais e plantas, que provavelmente formam palavras ou frases.
  • Um artefato de culto? Uma das teorias mais populares é que o disco seria um hino religioso em homenagem à deusa-mãe, uma figura central na religião minoica.
  • Tecnologia avançada: A Civilização Minoica era uma das mais avançadas da Idade do Bronze, destacando-se pela arquitetura e sistema de escrita complexos.
  • Ainda indecifrado: Embora Gareth Owens afirme ter decifrado quase todo o texto, o significado completo do disco continua sendo um mistério.

O Disco de Festo continua a intrigar arqueólogos e historiadores, representando um quebra-cabeça que permanece sem solução definitiva. A cada nova descoberta ou teoria, o artefato revela mais sobre a civilização minoica, ao mesmo tempo em que levanta novas perguntas sobre suas crenças, práticas e influências culturais. O disco é uma janela fascinante para uma das civilizações mais enigmáticas da Antiguidade.

Em transcrição numérica 01 a 45:

Lado A:

Disco de Festo lado a

02-12-13-01-18/ 24-40-12 29-45-07/ 29-29-34 02-12-04-40-33 27-45-07-12 27-44-08 02-12-06-18-? 31-26-35 02-12-41-19-35 01-41-40-07 02-12-32-23-38/ 39-11
02-27-25-10-23-18 28-01/ 02-12-31-26/ 02-12-27-27-35-37-21 33-23 02-12-31-26/ 02-27-25-10-23-18 28-01/ 02-12-31-26/ 02-12-27-14-32-18-27 06-18-17-19 31-26-12 02-12-13-01 23-19-35/ 10-03-38 02-12-27-27-35-37-21 13-01 10-03-38


Lado B:

Disco de Festo lado b

02-12-22-40-07 27-45-07-35 02-37-23-05/ 22-25-27 33-24-20-12 16-23-18-43/ 13-01-39-33 15-07-13-01-18 22-37-42-25 07-24-40-35 02-26-36-40 27-25-38-01
29-24-24-20-35 16-14-18 29-33-01 06-35-32-39-33 02-09-27-01 29-36-07-08/ 29-08-13 29-45-07/ 22-29-36-07-08/ 27-34-23-25 07-18-35 07-45-07/ 07-23-18-24 22-29-36-07-08/ 09-30-39-18-07 02-06-35-23-07 29-34-23-25 45-07/

A «cabeça com plumas» (02) somente aparece no início de “palavras” e é seguida 13 vezes pelo «escudo» (12, que por vezes está no fim das palavras). Seis palavras aparecem duas vezes cada;

REFERENCIAS:  wikipedia, historia do mundo, historia das artes, portal grecia antiga