Entre 1975 e 1979, a televisão norte-americana foi abalada por uma heroína que deixava rastros de empoderamento e justiça por onde passava: "Mulher-Maravilha" ou "Wonder Woman," para os gringos.
A série estrelava Diana Prince, a princesa amazona de Themyscira, uma ilha paradisíaca onde o conceito de paz era levado ao extremo. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar de uma vida tranquila à beira-mar, Diana sentiu o chamado para algo maior. E foi assim que essa guerreira mitológica trocou a calmaria da sua ilha natal pelo barulho das cidades dos mortais.
Sob sua identidade secreta, Diana trabalhava como uma "humilde" secretária no Departamento de Defesa dos EUA. Modesta? Pode ser. Mas quem imaginaria que, por trás daquele sorriso contido e das pilhas de papelada, se escondia uma super-heroína com força para enfrentar vilões de todos os tipos? Aliás, o escritório era só fachada, porque quando o perigo surgia, a Mulher-Maravilha não pensava duas vezes: ela corria, pulava, girava no seu icônico uniforme estrelado, pronta para o combate.
Na tela, Diana usava o Laço da Verdade – nada mais que uma corda mágica que obriga qualquer um a dizer a verdade – e uma série de habilidades impressionantes para encarar desde bandidos comuns até vilões dignos de histórias épicas. Entre lutas corpo a corpo e saltos sobre-humanos, ela mantinha um estilo todo próprio de ação, como se cada soco e cada golpe representassem uma vitória de todas as mulheres.
E que época para uma série assim fazer sucesso! Os anos 70 eram tempos de revoluções culturais, e ver uma mulher forte e independente na TV era algo quase inédito. Diana não era só uma heroína com superpoderes; ela era símbolo de resistência, uma metáfora para a luta feminina por espaço e respeito. Cada episódio deixava uma mensagem, sutil ou não, de que as mulheres poderiam – e deveriam – ser tão poderosas quanto quisessem.
Mais do que um programa de TV, "Mulher-Maravilha" tornou-se um fenômeno, deixando um legado que transcende décadas. Lynda Carter, a atriz que deu vida à Diana, virou uma lenda pop por si só. E, convenhamos, quem nunca tentou girar como ela fazia na série, tentando se transformar em um super-herói na sala de estar?
Hoje, a Mulher-Maravilha ainda é uma das personagens mais queridas e respeitadas do universo dos quadrinhos e da cultura pop. E tudo começou naquela série dos anos 70, que trouxe para a telinha uma heroína tão humana quanto poderosa.