TERAPIAS COMPLEMENTARES

Iridologia

irido3A iridologia, iridodiagnose ou irisdiagnose é uma forma de terapia alternativa na qual a análise de padrões, cores e outras características da íris permite o diagnóstico das condições gerais de saúde e de doenças baseada na suposição de que alterações na íris refletem doenças específicas em órgãos. Os praticantes dessa técnica utilizam-se de "tabelas de íris" que divide a íris em zonas que estão relacionadas a porções específicas do corpo humano. Com a exceção de doenças que também atingem ...

a íris, como intoxicações por cobre (o anel de Kayser-Fleischer na Doença de Wilson), no entanto, não há nenhuma evidência científica que comprove o princípio ou a eficácia do método. Métodos - Iridologistas geralmente usam equipamentos como lanternas, lentes de aumento, câmeras ou lâmpadas de fenda para o exame detalhado da íris. Os achados são geralmente comparados a um gráfico que correlaciona zonas específicas da íris com porções específicas do corpo humano. Os gráficos típicos dividem a íris em 80 a 90 zonas e nem sempre relacionam a mesma porção da íris ao mesmo órgão.

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De acordo com os iridologistas, detalhes da íris supostamente refletem mudanças específicas nos tecidos dos órgãos. Por exemplo, sinais de "inflamação aguda", "inflamação crônica" e "catarral" corresponderiam a "envolvimento", "manutenção" ou "cura" dos órgãos correspondentes à zona da íris afetada. Outros achados seriam os "anéis de contração" e "klumpenzellen", que indicam outras condições.

Outra corrente da iridologia afirma ser possível identificar deficiências nutricionais e de oligoelementos, que causam predisposição ao aparecimento de doenças e podem ser corrigidas antes que as mesmas se desenvolvam. Afirma-se também ser factível determinar como o indivíduo aprende, se expressa, se modifica e como gera seus relacionamentos, desde a infância, dando a oportunidade de agir sobre distúrbios psicológicos.

História

O hábito de examinar os olhos de uma pessoa para ajudar a avaliar a sua saúde existe pelo menos desde a antiga Grécia. A primeira descrição de princípios da iridologia como homolateralidade é encontrada na Chiromatica Medica, obra publicada em 1665 por Philippus Meyeus (Philip Meyen von Coburg). Trinta anos mais tarde, em 1695, mais um livro surgiu, intitulado "Os olhos e seus sinais", de autoria de Cristian Haertls.

O primeiro uso da palavra Augendiagnostik ("diagnóstico do olho"), é atribuído a Ignatz von Péczely, um médico húngaro do século XIX. A história mais comum sobre como o método foi criado é a de que von Péczely encontrou linhas na íris de um paciente que estava tratando de uma fratura na perna que eram muito semelhantes às de uma coruja cuja pata von Péczely havia quebrado anos antes (no entanto, essa história foi desmascarada como falsa pelo sobrinho do mesmo, August von Péczely, no primeiro congresso internacional de iridologia).

Outros nomes importantes na história da iridologia foram o pastor germânico Felke, que no início do século XX descreveu novos sinais iridológicos, desenvolveu uma forma de homeopatia para doenças específicas e fundou o Instituto Felke; Bernard Jensen, um quiroprata norte-americano que popularizou aprática nos Estados Unidos, defendia o uso de alimentos naturais para desintoxicação de toxinas e dava aulas sobre iridologia, entre outros para P. Johannes Thiel e Eduard Lahn, que também se destacaram na área; Denny Johnson, norte-americano; Adrian Vander, espanhol de Barcelona; Daniele Lo Rito, italiano; Celso Batello e Maria Aparecida dos Santos, brasileiros.

Iridologia e ciência

Poucos pesquisadores investigaram cientificamente os fundamentos da iridologia. Em um estudo publicado na revista Medical Hypotheses , um grupo tentou explicar os parâmetros observados na transparência da íris que distribui luz na ora serrata (borda da retina ótica) postulando a chamada functio ocularis systemica, baseada na qual tentaram desenvolver o método terapêutico terapia de luz trans-iridal, mas não houve nenhuma confirmação independente da teoria ou da terapia. Também tentou-se desenvolver imagens computadorizadas da íris com o objetivo de aprimorar o diagnóstico.

Alguns estudos procuraram analisar a validade da iridologia como método diagnóstico. Em 1979, um grupo de pesquisadores utilizou diapositivos de 143 pacientes, sendo 95 saudáveis, 24 com doença renal leve e 24 com nefropatia severa, que foram sequencialmente analisados por três iridologistas que separadamente procuraram diagnosticar doença e gravidade. Os diagnósticos foram incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os iridologistas. Outro estudo com método semelhante, utilizando pacientes saudáveis e portadores de colecistopatia, obteve os mesmos resultados [4]. Em ambos, os iridologistas consentiram em participar do estudo, concordaram com o método e tiveram a possibilidade de excluir as fotografias que considerassem de qualidade insuficiente para avaliação.

Ernst [5], 2000, analisou a literatura científica disponível até o momento sobre o estudo da iridologia, um total de 77 artigos publicados. Todos os estudos realizados sem controle e vários dos realizados (sem lado cego), portanto de baixa qualidade em termos de metodologia científica, sugeriam que a iridologia seria uma ferramenta diagnóstica válida. Sobre os únicos 4 estudos com metodologia científica correta, concluiu: "Em conclusão, poucos estudos controlados com avaliação cega sobre validade diagnóstica foram publicados. Nenhum encontrou qualquer benefício da iridologia. Como a iridologia tem o potencial de causar dano pessoal e econômico, pacientes e terapeutas deveriam ser desencorajados de utilizá-la."

Argumentos favoráveis

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• O exame iridológico não é invasivo. A única coisa que os pacientes teriam que tolerar é a luz intensa nos olhos;

• Iridologistas têm uma visão holística da saúde e procuram descobrir desequilíbrios que predispõem ao aparecimento de doenças, podendo recomendar hábitos saudáveis.

• Os estudos realizados seriam insuficientes para descartar a prática, que tem mais de um século de existência.

Argumentos contrários

• A iridologia seria um método diagnóstico sem qualquer comprovação científica de eficácia e com evidências científicas suficientes que demonstram a sua ineficácia;

• A íris é uma estrutura que praticamente não se altera durante a vida do ser humano, sendo um dos objetos mais estudados da biometria por essa característica;

• A iridologia não é legitimizada por qualquer efeito placebo decorrente da mesma ou por evidência anedótica.

A Iridologia é uma ciência que tem como objetivo o estudo da íris e sua relação com as alterações que ocorrem com o nosso organismo, sejam elas orgânicas, metabólicas, nutricionais, nervosas, hormonais, assim como as influências psíquicas e emocionais.

Isso é possível através da observação das estruturas das fibras e da pigmentação da íris, isto é, sua cor. Todas as partes do nosso organismo estão representadas na íris que é a parte colorida dos nossos olhos. O estudo pode revelar muito sobre a nossa saúde, bem como a carga genética que recebemos.

É importante ressaltar que a Iridologia não é terapia e sim uma ferramenta de pré-diagnose.

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A íris é formada por fibras e esse é o primeiro elemento que observamos pois elas nos indicam o tipo de constituição da pessoa. A íris representa todas as partes do organismo em sua topografia. Isso é possível graças ao Sistema Nervoso Autônomo, formado por duas cadeias nervosas: o simpático e o parassimpático. Eles enervam todas as partes do organismo e levam até o cérebro impulsos sobra a situação da cada região (Sistema Nervoso Central) e até a íris, onde essas impressões ficam registradas. Bernard Jensen (americano) desenvolveu um mapa de iridologia onde nele está indicada a posição relativa de cada órgão representado na íris. A íris direita representa os órgãos que estão localizados do lado direito do corpo e a íris esquerda os que estão localizados do lado esquerdo. Por exemplo: o fígado está representado na íris direita, o baço na íris esquerda. Já a tireóide está representada nas duas íris.

Enquanto o método de Bernard Jensen nos possibilita analisar a íris do ponto de vista orgânico, o método Rayid, desenvolvido por Denny Johnson, nos possibilita entendermos as complexidades da mente humana que molda e dá forma às nossas personalidades e relacionamentos. Com ele pode-se conhecer os tipos psíquicos, bem como introversão e extroversão, além da predominância cerebral.

O método Rayid reconhece 4 padrões, sendo 3 padrões básicos: Flor, Jóia e Corrente e um quarto padrão chamado de Agitador, que é uma combinação dos padrões Flor e Jóia. As pessoas que apresentam muitas fibras abertas na íris, que chamamos de pétalas, estão no padrão Flor. São emocionais, expontâneas, observadoras, fazem muitos gestos e aprendem ouvindo. São criativas. Geralmente tem habilidades para música, artes, etc...

Identificamos o padrão Jóia como sendo uma pigmentação na íris. É como se tivesse caído um pingo de tinta sobre a íris. Uma mancha marron. Esse padrão indica uma pessoa intelectual, com muito talento para a análise e diálogo verbal, pouca flexibilidade para mudanças.

Identificamos um padrão Corrente quando a íris tem suas fibras penteadinhas, com poucos sinais.

A palavra que melhor descreve o Corrente é sensibilidade - sensibilidade física, menta e intuitiva. Ela é como um imã para tudo que funciona a sua volta. Imagine um Corrente com milhares de bigodes de gato tateando em todas as direções. A menor mudança ou incidente é imediatamente sentida por ele, que é sempre "tocado" por tudo, devido à combinação da sensibilidade das naturezas Flor e Jóia. O corrente é um radar ambulante da vida.

Já o tipo Agitador é identificado por possuir uma combinação dos sinais dos padrões Flor e Jóia. São extremistas. O padrão clássico do Agitador é o grande sucesso e o grande fracasso. A dedicação e a lealdade são as suas marcas. Em geral são inventores, exploradores ou motivadores. Eles são entusiastas.

Vejam como o corpo avisa, de forma clara, as nossas fragilidades.

É um método bem definido e de fácil aprendizagem para identificarmos alterações orgânicas que se expressam na aparência da íris. É algo simples e acessível a todos, mesmo crianças pré-alfabetizadas.

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A grande sensibilidade da musculatura da íris indica disfunções sutis, permitindo a percepção de alterações específicas do organismo integrada com o corpo todo. Situações agudas, crônicas e mesmo predisposições individuais antes que se manifestem na forma de doença, podem ser percebidas nitidamente por alterações na íris.
 
Olhar  e interpretar a íris deveria fazer parte de nossa cultura geral, assim poderíamos monitorar a situação de saúde de nossos entes queridos, complementando e supervisionando o cuidado terapêutico que possam receber. Induz também uma postura ativa na busca da saúde, evitando relegar somente ao terapeuta esta tarefa.

A íris é uma membrana muscular, organizada em camadas, onde músculos orbiculares fecham o orifício chamado pupila, e músculos radiais que abrem este orifício central, regulando a quantidade de luz que incide sobre a retina. Ao olharmos os olhos de uma pessoa, descontamos as piscadas e os movimentos involuntários, e veremos o reflexo da lanterna ou das luzes do ambiente na córnea. Abaixo desta lente temos outro espaço invisível, com líquido, também invisível, e depois vemos a íris, que ao ser iluminada em diferentes ângulos oferecerá imagens com relevos resultantes da hipotonia dos músculos radiais e orbiculares nos seus diferentes planos de profundidade.
  
O aprendizado da projeção dos órgãos na íris e os significados básicos das lesões resultantes de doenças ou fragilidades constitucionais é um instrumento valiosíssimo para os profissionais de saúde, complementando e até mesmo suplantando exames de alta tecnologia, pois permite o monitoramento da evolução clínica em curto tempo, complementando as análises sorológicas e de imagens. Especialmente para aqueles que têm uma perspectiva holística, a análise da íris integra o raciocínio entre os diversos aspectos orgânicos e comportamentais.

Projeção dos órgãos na iris

Os órgãos e sistemas projetan-se na íris, do mesmo lado do corpo, ficando o fígado do lado direito, o coração e o pâncreas do lado esquerdo. Os órgãos duplos mantém este respeito à lateralidade, assim o pulmão direito projeta-se no lado direito e o esquerdo do lado esquerdo. Da mesma forma os ovários, os ouvidos, os membros, as mamas, etc. Os órgãos únicos como útero, tireóide, hipófise, estômago aparecem nas duas íris.

A perspectiva energética do corpo ajuda-nos compreender melhor esta projeção, como se a vida entrasse pela boca, difundindo-se pelo estômago, intestinos e irradiasse para o restante dos órgãos e sistemas, até formar uma aura além do corpo físico.

Técnica de visualização dos sinais na íris

Para olharmos a iris é necessário utilizar lentes de aumento, em geral lupa simples, como as encontradas em camelôs, com 5x são suficientes. Muita gente consegue ver os sinais mais grosseiros a olho nú. A iluminação deve entrar  "de lado", a uns 30 graus do plano do rosto, para que possamos fazer sombra, e assim ter noção da profundidade dos sinais. Ao variarmos a inclinação deste ângulo, assim como rodar de um lado para outro podemos deslocar o inevitável reflexo da luz sobre a córnea que pode se localizar sobre sinais significativos. 

Melhor olharmos com o olho contralateral para evitamos ficar com o rosto na frente da pessoa da pessoa que está sendo examinada.  A técnica que considero melhor é fotografar, variando o ângulo da iluminação em feixe (lâmpada de fenda). Flash em forma de anel forma reflexos ruins e sombras pouco explícitas. 
Diversos fotógrafos e oftalmologistas se dispõem a fotografar.
 
Em ambiente doméstico sugiro foto digital, utilizando função macro, iluminação lateral com uma lanterna simples (preferível a 30º da tangente da córnea em seu ponto frontal), num quarto escuro. Sensibilidade acima de 3 MegaPixels permite observação de detalhes clínicos significativos.

Esta imagem serve de exemplo de resolução mínima, onde pode-se observar o anel digestivo, lacunas, manchas, raios e parte da textura. Nesta resolução não podemos observar estômago e imediações, mas podemos avaliar a simetria da pupila.

Em resoluções maiores podemos observar a borda pupilar, compreendendo melhor o estômago.

A iridologia (algumas vezes referida como irisdiagnose) é baseada na crença bizarra de que cada área do corpo é representada por uma área correspondente na íris do olho (a área colorida ao redor da pupila). De acordo com este ponto de vista, o estado de saúde e doença de uma pessoa  pode ser diagnosticado através da cor, textura e localização de várias manchas pigmentadas no olho. Os praticantes da iridologia alegam diagnosticar "desequilíbrios" que podem ser tratados com vitaminas, minerais, ervas e produtos similares. Alguns também alegam que as marcas do olho podem revelar uma história completa de doenças passadas bem como tratamentos anteriores. Um livro-texto, por exemplo, declara que um triângulo branco na área apropriada indica apendicite, porém um ponto negro indica que o apêndice foi removido por cirurgia. As cartas iridológicas -- existem dezenas delas -- variam muito na localização e interpretação dos seus sinais na íris. Esclerologia é similar a iridologia mas interpreta o contorno e as condições dos vasos sangüíneos na porção branca (esclera) do globo ocular. Alguns iridologistas usam computadores para auxiliá-los a analisar fotografias do olho e selecionar os produtos que eles recomendam.

Os proponentes da iridologia atribui seu desenvolvimento a Ignatz von Peczely, um médico húngaro que, durante sua infância, quebrou acidentalmente a perna de uma coruja e percebeu uma faixa negra na parte mais baixa do olho da coruja. Não partidários sugerem que von Peczely pode ter desenvolvido sua teoria para passar o tempo enquanto estava aprisionado após a revolução húngara de 1848. Após ser solto da prisão ele alegadamente salvou a vida de sua mãe com remédios homeopáticos, relembrando o incidente do olho da coruja, e começou a estudar os olhos de seus pacientes.

Bernard Jensen, D.C., o principal iridologista americano, declara que "a natureza nos proporcionou uma tela de televisão em miniatura mostrando a porções mais remotas do corpo por meio de respostas reflexas nervosas." Ele também alega que as análises da iridologia são mais confiáveis e "oferecem muito mais informação sobre o estado do corpo que os exames do medicina ocidental." Entretanto, em 1979 ele e dois outros proponentes fracassaram em um teste científico no qual eles examinaram fotografias dos olhos de 143 pessoas em uma tentativa para determinar qual destas pessoas tinham disfunção renal. (Quarenta e oito foram diagnosticadas com um teste de função renal padrão, e o restante tinha função normal.) Os três iridologistas não mostraram nenhuma habilidade estatisticamente significativa para detectar quais pacientes tinham doença renal e quais não tinham. Um iridologista, por exemplo, disse que 88% dos pacientes normais tinham doenças renais, enquanto outro julgou que 74% do pacientes, doentes o suficiente para necessitarem tratamento com rim artificial, eram normais.

Em 1980, um iridologista australiano experiente foi submetido a dois testes. No primeiro, ele examinou fotografias de 15 pacientes que tinham sido avaliados por médicos e tinham um total de 33 problemas de saúde. O iridologista não diagnosticou corretamente nenhum destes problemas. Em três casos ele denominou uma parte do corpo que tinha tido problema (por exemplo, ele disse "lesão na área da garganta" para um paciente cujas amígdalas tinham sido removidas durante a infância), mas ele se esqueceu completamente das outras 30 áreas problemáticas e fez 60 diagnósticos incorretos . No segundo teste, quatro pessoas tiveram seus olhos fotografados quando estavam gozando de boa saúde e quando relataram que estavam doentes seus olhos foram fotografados novamente. O iridologista fez um grande número de diagnósticos (incorretos) das fotos iniciais e foi incapaz de identificar com precisão qualquer órgão que experimentou uma mudança quando o problema de saúde surgiu. Também foi pedido para ele comparar fotografias da íris de outro individuo saudável tiradas em um intervalo de apenas dois minutos. Ele fez cinco diagnósticos incorretos para a primeira destas e quatro diagnósticos diferentes incorretos para a segunda.

Mais recentemente, cinco dos principais iridologistas holandeses fracassaram em um teste similar no qual lhes foi mostrado slides coloridos 3D de íris direitas de 78 pessoas, metade delas tinham doenças na vesícula biliar. Nenhum dos cinco conseguiu distinguir os pacientes com doença biliar das pessoas que estavam saudáveis. Tampouco concordaram entre si sobre quem tinha o que [3]. Estes resultados negativos, é claro, não surpreende, porque não existe nenhum mecanismo conhecido pelo qual os órgãos do corpo possam ser representados ou transmitam seu estado de saúde para localizações específicas na íris.

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Alguns distribuidores de multinível estão usando a iridologia como base para recomendar suplementos alimentares e/ou ervas. Qualquer um que faça isto e não seja um profissional de saúde licenciado pode ser acusado por exercício ilegal da medicina, o qual é uma violação da lei estadual. Se você encontrar alguém praticando iridologia, por favor relate isto para o procurador geral do seu estado. [No Brasil contate o Conselho Federal de Medicina]

Decepção

Recentemente, encontrei um relato descrevendo como o herbanário Michael Tierra se decepcionou com a iridologia. Após fazer várias observações, ele parou de usá-la mas ainda esperava que pudesse vir a ter algum valor. Nesta época, entretanto: Um colega mais jovem completamente equipado com o mais atualizado equipamento especializado da iridologia apresentou-se e declarou que queria fazer leituras iridológicas em minha clínica e ao mesmo tempo monitorar o curso de meus pacientes por um período de seis meses.

Dado ao fato de que para maioria de nós bem como para meus pacientes seis meses é um período bastante longo, houve uma ampla oportunidade para muitos destes pacientes passarem por uma variedade de mudanças relacionadas com a saúde. Algumas pessoas ficaram boas e novamente doentes ou com os mesmos sintomas ou talvez um conjunto diferente de sintomas, outras sofrerem lesões ou operações. Todas tiveram suas íris repetidamente fotografadas e estudadas por meu colega e por mim mesmo. Onde estava a coruja de Peczely ou as marcas que ele alegava observar nos pacientes do século XIX no hospital húngaro sob sua tutela? Onde estavam as linhas de cura brancas e finas que supostamente estariam entrelaçando juntas a pequena lacuna negra correspondente a curas de operações e lesões de partes diferentes do corpo?

Nossa conclusão após seis meses: meu colega, tentando resistir ao rápido desaparecimento da crença na validade da iridologia envergonhado e um tanto culpado vendeu sua câmera para outro suposto entusiasta da iridologia. Enterrei minha iridologia oficial em uma caixa adornada em uma área escura, na esperança que logo fosse esquecida, do meu consultório, onde devo confessar ainda permanece após 15 anos, sem abrir.

Desde aquela época e somente no ano passado falei com outra herbanária, colega, Debra Nuzzi que trabalhou como editora de muitos dos livros do Dr. Bernard Jensen. . . . Ao reunir a várias fotografias para seu livro, ela contou-me como confrontou o Dr. Jensen com a fato de que em muitas fotografias ela estava editado para incluir no livro nunca houve quaisquer linhas finas brancas preenchendo áreas negras que poderiam exemplificar a cura e a recuperação. Parece que, como com meu colega com a câmera e a mim mesmo, tentativas para descobrir sinais positivos de cura unicamente com a iridologia foi para o Dr. Jensen mais um desejo por esperança que uma realidade .

Iridologia é o estudo da íris através de análises das alterações existentes, representadas por raios, desenhos, pontos, buracos ou mudanças de cores, revelando, assim, estados físicos e emocionais. É uma leitura participativa, sendo imprescindível a presença do interessado. Primeiramente, é feita a anamnese (perguntas à pessoa sobre o que ela sente); as alterações são anotadas para que, depois, sejam discutidas a dois. Como nem tudo é elucidativo - há sinais muito próximos um do outro, como por exemplo, a garganta e a tireóide - o interrogatório se faz necessário.

Pela íris não é revelado, por exemplo, se uma pessoa tem diabetes, mas que há deficiência no pâncreas, podendo ser , por exemplo, hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (excesso de açúcar - diabetes), sendo um o inverso do outro. É possível saber, no entanto, se a doença está em estado agudo ou crônico, qual a emoção envolvida e, muitas vezes, qual o nutriente necessário para suprir a carência existente. Percebe-se, ainda, se a constituição física é boa ou ruim, as tendências, hereditariedade, como está o sistema imunológico, se o corpo tem capacidade de reagir a determinada doença, se o sangue está limpo ou intoxicado, se há contaminações etc.

O que mais chama a atenção ao examinar uma íris é a área que representa o aparelho digestivo, onde vemos claramente as inflamações, queda de cólon, prisão de ventre, gases etc. Fica claro que toda doença nasce nos intestinos e, daí, segue para outras partes do corpo. Este é o órgão “chave” para a cura; não se pode curar nenhuma enfermidade deixando o intestino doente. Para onde vão as fezes que deveriam ser eliminadas? As eliminações são necessárias. Exemplo disso é o recém-nascido, que usa o alimento mais puro do mundo, o leite materno, e se encontra em estado harmônico, sem preocupações nem estresse. Esta criança precisa defecar, e, se isto não acontecer, vai ter cólicas, gases – inícios de outra doença.

Com a continuação da leitura da íris, vamos percebendo como os órgãos estão interligados, sendo que a doença de um pode afetar o outro. Também as emoções afetam estes órgãos, e vice-versa. Recentemente, durante uma palestra, uma pessoa queixou-se, publicamente, de problemas crônicos de prisão de ventre, informando que já havia procurado especialistas, sem solução. Indiquei-lhe alguns procedimentos naturopáticos, entre eles o uso de clister, hoje em moda com o nome de hidrocolon, e uma boa alimentação. Após algum tempo, ela não só livrou-se da doença como melhorou seus relacionamentos, comprovando assim a relação estreita entre o corpo físico e as emoções. Já dizia um médico naturista: “Pessoa enfezada - isto é, triste, testa franzida, que anda de ‘cara feia’ - é pessoa que tem fezes retidas nos intestinos”.

Baseados em experiências assim, em primeira instância, em se tratando de casos corriqueiros e simples, pode-mos fazer orientações coletivas, com grande proveito, porque as perguntas feitas pelo público enriquecem a todos. Cada um deve aprender a cuidar de si e não colocar sua saúde totalmente nas mãos de outros, que não podem SENTIR nem AVALIAR o dia-a-dia de outra pessoa. Na íris podemos ver como está o estado psíquico, o que traz grande revelação, eliminando as máscaras. É como se desnudasse “aquele ser” que fingia para si mesmo. Depois de um encontro, ele vai para casa com outra visão do que é saúde e de quem ele é.

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Uma vez a Pastoral da Saúde me chamou para ver a perna ulcerada de uma velhinha. A perna estava em estado crônico, muito feia, tudo fotografado e filmado. Com o tratamento natural, livre de qualquer tipo de remédio alopático, a perna curou-se, mas a velhinha resolveu teimar e usar os alimentos que a intoxicavam e a fizeram adoecer. Voltou tudo outra vez. Olhando aquela íris, perguntei a ela porque não queria se curar. Ela insistiu, dizendo que queria ficar boa daquela perna. Deveria ser mesmo, apenas quanto ao consciente, porque as pessoas que dela tratavam já tinham percebido que ela tinha medo de ficar boa e ninguém mais se preocupar com ela. Ia voltar a ser sozinha ...


Vi um casal se reconciliar depois de uma leitura de íris, quando um passou a compreender mais o sofrimento do outro, nas limitações e anseios. Outras vezes, percebi o quanto uma pessoa tenta se enganar para não se auto-conhecer, porque nem sempre é fácil QUERER as mudanças necessárias; é mais fácil permanecer na mentira, é mais seguro, menos doloroso e, com a verdade, nem sempre se tem bons resultados a curto prazo.


Estas revelações são possíveis porque na íris encontramos os terminais nervosos do corpo, e, a qualquer alteração, aparece um sinal na área correspondente. As cirurgias não ficam constatadas na íris, porque a anestesia bloqueia o sistema nervoso. Acontece, por exemplo, de o iridólogo ver uma vesícula muito inflamada e a pessoa dizer que não tem mais aquele órgão. Também uma gravidez não se pode constatar, por ser algo natural, que portanto não provoca alteração na íris. A sensibilidade do terapeuta, porém, pode fazer enxergar além...
 
O início da Iridologia


Tem-se conhecimento de que o grande Pai da Medicina, Hipócrates, que viveu por volta de 400 anos a.C, já recomendava que se olhasse sempre na íris para ver se havia sujeira, mas foi no século XIX que o húngaro Ignatz von Peczely desenvolveu o diagnóstico pela íris. Quando criança, ele brincava com uma coruja que teve uma perna quebrada. Percebeu, então, que em determinado local da íris apareceu um sinal, que foi se apagando na medida em que a coruja foi se curando. Depois, tornando-se médico, ele começou a observar nos seus pacientes se acontecia aquela “coincidência”; trabalhou no Hospital do Colégio de Medicina, em cirurgia, onde pôde fazer mais comparações; observou, também, que determinados remédios geravam alterações na coloração da íris; e criou, então, o primeiro mapa iridológico.


Como sempre acontece, as conclusões do médico húngaro geraram polêmica. Ele foi muito criticado, mas felizmente alguns colegas se interessaram pelo tema, estudaram e deram continuidade. Foi assim que, nos Estados Unidos, Bernard Jensen, depois de muitos estudos, aperfeiçoou o mapa. Já o leigo Denny Johnson recebeu condecoração de doutor quando desenvolveu o método Rayid-ray (raio) e id (psique interior, o subconsciente), através do qual identificava personalidades, tendências, relacionamentos de atração e rejeição.


Denny foi reconhecido por Hester Lewis, professor de psiquiatria da Harward Medical School, e pelo cientista Richard A. Wullaert, da Califórnia, entre outros.


Não só a íris nos faz perceber como está a saúde do ser humano, mas também a cor da sua pele, expressões na fisionomia, a postura (maneira de sentar, cruzar as pernas, os braços etc.). Sentir o pulso, pressionar a planta dos pés ou a palma das mãos são outras formas milenares de diagnosticar uma pessoa. Atualmente, estão se redescobrindo formas de diagnóstico pelo crânio, nariz, coluna... A constatação e comprovação pode ser feita através de exames complementares, tais como a ultra-sonografia, tomografias computadorizadas etc.


“O olho é um farol de luz que flui e afeta profundamente a cada uma das células do corpo, inundando-o com um chuveiro de vitalidade invisível. Quantas vezes você já se viu forçado a virar sua cabeça, só para encontrar alguém olhando na sua direção? A causa desta reação é a percepção subconsciente da luz concentrada na sua direção...” (Denny Johnson ).


Sem os olhos, nossa vida jamais seria a mesma, porque é através deles que VEMOS TUDO e deixamo-nos, também, SER VISTOS, do corpo à alma ...

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Iridologia
                http://www.omelhordanatureza.com.br/iridologia.htm
                http://luizmeira.com/irisver.htm
                http://www.geocities.com/quackwatch/iridologia.html
                http://www.iridologiasaopaulo.com/o_que_e_iridologia.htm