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Entenda a importância da vitamina D para a gravidez

vitgra115/02/2017, por Anita Efraim - A vitamina D é bastante importante para a gravidez, tanto para quem deseja ficar grávida quanto para quem já está esperando o bebê. Há três níveis da presença da vitamina no sangue: acima de 30 nanogramas por mililitro de sangue (ng/ml) é suficiente, está tudo normal. Entre 20 e 29 ng/ml, há insuficiência de vitamina D e abaixo de 20 ng/ml há deficiência.  Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em reprodução humana e diretor da Fertivitro, aponta que entre as mulheres inférteis de 75% a 80% têm insuficiência ou deficiência do nutriente. Ele explica que não necessariamente uma mulher com menos de 20 ng/ml não conseguirá ter um filho ou terá problemas na gestação, mas a infertilidade é uma soma de fatores. "Quando tem um casal infértil e peço os exames, sempre peço de vitamina D. Pode ser um diferencial, não custa olhar", opina. "A gestação para ocorrer é feita de detalhes, e todos os detalhes devem se encaixar."

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Durante a gestação, a carência da vitamina D também pode ser um problema. Ela está correlacionada com a incidência de baixo peso do recém-nascido, com a diabete gestacional e também com a síndrome de pré-eclampsia, quando a mulher tem aumento da pressão arterial durante a gravidez. Albuquerque explica que a falta do nutriente no corpo é importante, pois aumenta a produção de progesterona e de estrogênio, e a carência dele faz com que os sintomas da TPM piorem. Além disso, a vitamina D é um imunoregulador.

Há alguns alimentos que são importantes para quem sofre de carência da vitamina, como sardinha e salmão, leite e derivados e ovos. No entanto, de nada adianta só comer, é preciso tomar sol. "Se comer tudo isso e não for para sol, o corpo não vai metabolizar, e esse é o grande problema", diz o especialista. É preciso se expor aos raios solares sem protetor, por isso, é indicado escolher horários em que o sol não esteja forte.

"Mudar a alimentação e fazer as horinhas de sol depois das 4h da tarde, mas hoje existe uma forma mais fácil, que é tomar a vitamina D", indica o ginecologista. O nutriente pode ser comprado em farmácias de manipulação ou drogarias comuns. O cálculo de quanto deve ser tomado é feito pelo especialista e, quando a vitamina for suficiente, a paciente deve ter uma dose de manutenção. "Estando suficiente, não suspendemos, porque se ela suspender, volta a ficar deficiente ou insuficiente", afirma.


Falta de vitamina D na gestação aumenta risco de autismo, diz estudo

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14/02/2018 - Pesquisadores australianos encontraram evidências de que um baixo nível de vitamina D durante a gestação — mais especificamente durante a 20ª semana de gestação — torna a grávida mais propensa a ter um filho com traços autistas até os seis anos de idade. A descoberta levanta o clamor pela ingestão de suplementos de vitamina D por grávidas, para evitar este e outros possíveis problemas neurológicos.

— Este estudo fornece mais provas de que a deficiência de vitamina D está associada a distúrbios do desenvolvimento neurológico — disse o professor John McGrath à "Autralian Associated Press.

McGrath é do Instituto Cerebral da Universidade de Queensland, na Austrália, e liderou a pesquisa ao lado de Henning Tiemeier, do Centro Médico Erasmus, na Holanda.

A vitamina D é, na verdade, um hormônio, e geralmente é sintetizada pelo organismo a partir da exposição ao sol, mas também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos. Presente no leite, por exemplo, a vitamina D é amplamente conhecida por ajudar a fortalecer os ossos, o que também é uma evidência que a relaciona com o desenvolvimento craniano e do cérebro.

Segundo McGrath, os suplementos podem reduzir a incidência de autismo, uma condição de desenvolvimento ao longo da vida que afeta, entre outras coisas, a forma pela qual um indivíduo se relaciona com seu ambiente e outras pessoas.

— Nós não recomendamos mais exposição ao sol, por causa do risco aumentado de câncer de pele, especialmente em países quentes como a Austrália — ressaltou ele. — Em vez disso, é possível que um suplemento de vitamina D seguro, barato e acessível ao público possa reduzir a prevalência desse fator de risco.

O estudo examinou cerca de 4.200 amostras de sangue de mulheres grávidas e de seus filhos, que foram monitorados de perto como parte do estudo de longo prazo "Geração R", de Roterdan, na Holanda. As amostras com uma leitura de vitamina D inferior a 25 nmols são consideradas deficientes.

Especialista em autismo e desenvolvimento infantil, Andrew Whitehouse, do Telethon Kids Intstitute, é um defensor do uso da vitamina D durante a gravidez e disse que os resultados deste estudo não são conclusivos e precisam ser colocados em perspectiva.

— Há provavelmente dúzias, se não centenas, de mecanismos diferentes que podem levar ao autismo. Agora, este estudo nos dá uma idéia de um mecanismo possível, mas antes de pensar em qualquer coisa que precisamos ver uma replicação deste achado — afirmou ele à "Autralian Associated Press".

Outros estudos já mostraram que a deficiência de vitamina D durante a gravidez está associada a muitas condições diferentes, incluindo esquizofrenia, asma e densidade óssea reduzida.

— O que sabemos é que a vitamina D durante a gravidez é muito importante para a forma como o bebê se desenvolve — disse Whitehouse.

No início deste ano, um estudo australiano, publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, mostrou que a vitamina D não era apenas importante durante a gravidez, mas também na primeira década da vida de uma criança.


Falta de vitamina D na gravidez: o que causa, sintomas

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Entre os cuidados que as futuras mães devem estar atentas é em relação à falta de vitamina D na gravidez. Entenda porque essa vitamina é essencial para a saúde da mãe e do bebê e como fazer para evitar uma carência no organismo. A vitamina D é um grupo de compostos lipossolúveis essencial para manter o equilíbrio mineral no organismo, o que contribui para a saúde óssea e prevenção de diversas doenças, como a diabetes e obesidade.

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A falta de vitamina D na gravidez pode trazer prejuízos à saúde da mãe e o bebê, aumentando os riscos de aborto no primeiro trimestre e favorecendo a pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial) no final da gestação.

Falta de vitamina D na gravidez:

Entre as possíveis causas de falta de vitamina D são:

Exposição insuficiente ao sol: Pessoas que não saem muito ao sol podem ter falta de vitamina D. Usar roupas cobrindo grande parte do corpo também não permite adquirir uma taxa razoável da vitamina através da pele.

Baixo consumo de alimentos ricos na vitamina D: Não consumir alimentos ricos nessa vitamina (como salmão, bacalhau, leite e derivados), pode resultar em carência de vitamina D.

Pele escura: Outro fator que pode resultar na falta de vitamina D na gravidez é a pele escura. Isso porque a concentração de melanina na pele diminui a produção da vitamina.

Obesidade: É comum encontrar baixo nível de vitamina D em pessoas obesas. O motivo é porque essa vitamina é lipofílica (ou seja, se dissolve na gordura) e pode acabar se armazenando nas células de gordura. Além disso, é importante ressaltar que mulheres obesas transmitem uma quantidade menor de vitamina D ao feto, trazendo riscos para o bebê.

Problemas de absorção: Há algumas doenças que dificultam que a vitamina D seja absorvida através do consumo de alimentos. Entre elas estão a fibrose cística, doença celíaca e doença de Crohn.

Sintomas

Para descobrir se há deficiência de vitamina D no organismo, a melhor maneira é por meio de um exame de sangue. Porém, também é possível verificar alguns sintomas que denunciam a falta de vitamina D na gravidez:

Fraqueza muscular
Doenças cardiovasculares
Doença renal crônica
Diabetes
Doença periodontal
Depressão

Em caso de apresentar algum desses sintomas, é preciso consultar um médico para avaliar se há ou não carência da vitamina.

Queda de Cabelo

Muitas vezes a queda de cabelo é associada ao estresse. Porém, a falta de nutrientes também pode ser a causa. A queda de cabelo em mulheres muitas vezes tem como motivo a falta de vitamina D.

Unhas descamando

A vitamina D é responsável pela absorção de cálcio pelo organismo. Por isso, quando está em falta, o corpo busca esse mineral em outros tecidos, como no caso das unhas. Isso acaba deixando as unhas com aspecto enfraquecido, quebradiças e descamando.

Falta de vitamina D engorda?

O aumento de peso é uma das consequências da falta de vitamina D, já que a sua escassez causa uma alteração na produção da insulina. A insulina, por sua vez, reduz a taxa de glicose no sangue, causando uma queda na glicemia, o que estimula o apetite.

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Tratamento: como repor a vitamina D
Exposição ao sol

Consiste na melhor forma de absorção da vitamina. O recomendado é tomar sol ao menos por 60 minutos na semana, sem usar bloqueador ou filtro solar.

Suplementação

Outra maneira para eliminar a falta de vitamina D na gravidez é através da suplementação por cápsulas ou gotas. O consumo deve ser feito apenas sob orientação médica.

Alimentos ricos em vitamina D

Os alimentos que são ótimas fontes de vitamina D são:

Óleo de fígado de bacalhau
Salmão
Ovos cozidos
Sardinha
Mariscos
Leite e derivados


Fonte: http://emais.estadao.com.br
           https://oglobo.globo.com
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