QUALIDADE DE VIDA

Receitas de Sal Verde

sver topoComo podemos temperar a comida, sem utilizar temperos industrializados ricos em glutamato monossódico, e outras substâncias químicas? As ervas e temperos naturais, dão sabor, aroma e evitam a utilização de temperos e sal em excesso. Costumo passar aos meus pacientes, essa receitinha de sal verde, feito com ervas e sal marinho, que pode ser armazenado na geladeira e utilizado em diversas preparações. Uma das coisas mais importantes que você pode fazer para a sua saúde é eliminar o uso de temperos industrializados, tipo cubinho, pozinho e afins. Você pode contar com uma gama enorme de temperos e especiarias naturais para incrementar todo e qualquer tipo de prato que você queira preparar. É só exercitar a criatividade, ousar, experimentar!

Sal Verde 1

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- 200 g de dentes de alho (descascados na hora do preparo)

- 1 maço pequeno de cebolinha verde

- 500 g de cebola

- 1 maço pequeno de salsinha

- 1 pimentão vermelho

- 1 maço pequeno de manjericão

- 50 g de gengibre

- 1 maço pequeno de hortelã

- 1 alho poro

- 1 maço pequeno de coentro

- 10 g de folha de louro

- 100 ml de água ou óleo de canola ou azeite (opcional)

- Sal marinho em quantidade suficiente para dar ponto de pasta

Selecionar e higienizar os ingredientes. Picar a cebola e as folhas grosseiramente, apenas para facilitar a trituração. Colocar a água ou o óleo no liqüidificador (quantidade suficiente para cobrir as lâminas, apenas para facilitar o início da operação). Bater, aos poucos, todos os temperos (exceto o sal) de modo a formar um suco grosso Despejar, aos poucos, à parte, numa vasilha grande, o “suco de tempero” para não exceder a capacidade do copo do liquidificador. Depois de tudo batido, acrescentar o sal na vasilha com o “suco de tempero”, pouco a pouco,mexendo bem, até dar ponto de pasta e não minar mais água
Colocar em vidros esterilizados e bem tampados

Armazenar sob refrigeração por até 3 meses.

Sal Verde 2

3 maços de ervas (eu uso salsinha, cebolinha, manjericão)
1 cebola
6 dentes de alho
150g a 200g do sal de sua preferência

Modo de preparo:

Bater todos os ingredientes no liquidificador, colocando a cebola picada no fundo pra facilitar. Conserve na geladeira por até 45 dias. Mas ATENÇÃO: é sal, não é molhinho pesto, ele salga mesmo, por isso use na mesma quantidade que usaria o sal, com moderação.

Sal Verde 3

300 g alho descascado na hora do preparo

300 g de sal marinho (aproximadamente)

½ unidade de cebola

¼ maço pequeno de cebolinha

¼ maço pequeno de salsinha

20 ml azeite

Pique a cebola grosseiramente e higienize as ervas. Coloque o azeite no liquidificador, acrescente os outros ingredientes menos o sal. Bata até formar um “suco”. Despeje em uma vasilha vá acrescentando sal até formar uma pasta e não minar mais água. Coloque em pote esterilizado e tampado, mantendo na geladeira até 30 dias.


Sal Verde, primeiro sal de origem vegetal do Brasil

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2016 - Uma planta descoberta por pesquisadores da Epagri de Itajaí, originária do litoral catarinense, será a matéria prima para o primeiro sal de origem vegetal do Brasil. As bases da Estação Experimental de Itajaí foram lançadas em 1975, antes mesmo de ser oficialmente criada a Empasc, Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária S.A. Em 16 de maio de 1975, o Eng. Agr. José Oscar Kurtz, representando a Embrapa, nomeou a comissão que se encarregaria de estudar e propor possíveis áreas (na Região do Vale do Itajaí) para a “instalação de uma Unidade Executiva de Pesquisa de Âmbito Estadual, destinada ao estudo das culturas de arroz, cana-de-açúcar, mandioca, forrageiras e fruticultura de clima tropical“ E foi neste ambiente que algumas descobertas se deram no campo da bio-tecnologia, na Epagri de Itajaí, no litoral catarinense, será a matéria prima para o primeiro sal de origem vegetal do Brasil.

O sal de cozinha está na mira de médicos e nutricionistas e é o vilão de portadores da hipertensão arterial sistêmica, uma doença silenciosa que, devido aos danos causados em veias e artérias, pode levar a um infarto ou até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC). No entanto, uma planta descoberta por pesquisadores da Epagri de Itajaí pode colocar um ponto final a esse dilema.

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A planta Sarcocornia perennis, originária do litoral catarinense, será a matéria prima para o primeiro sal de origem vegetal do Brasil. A Sarcocornia produz sal cristalizado com três vezes menos cloreto de sódio do que o sal de cozinha. A grande vantagem é que além do sódio ela tem em sua composição outros sais que também dão sabor ao alimento e não causam mal à saúde. Assim, o poder de salga da Sarcocornia não deixa a desejar quando comparado ao sal de cozinha comum.

O sal verde, como esta sendo chamado, tem propriedades antioxidantes, antimicrobianas, combate o colesterol elevado, ajuda no controle de aterosclerose, doenças renais, distúrbios intestinais, tuberculose, hepatites e previne a formação de tumores, pois possui em sua composição ácido tungtungmádico.

Além disso, o sal verde tem propriedades fitoterápicas que agregam valor funcional à refeição, devido aos: fitoesteróis que ajudam na produção hormonal e no controle do colesterol; flavonoides que aumentam o colágeno do corpo; e fenóis que combatem os radicais livres. O sal verde ainda não esta sendo comercializado em larga escala, podendo ser comprado apenas com alguns pequenos produtores rurais. Contudo, possui grandes perspectivas futuras na área da nutrição humana, resultando em melhor qualidade de vida da população, especialmente os hipertensos.


O QUE É A SALICÓRNIA, O SAL VERDE?


2010 - A Salicórnia é uma planta que suporta elevadas taxas de salinidade, sendo por isso, classificada como halófita. Esta Salicórnia nasce nas Salinas Eiras Largas na Figueira da Foz. A Salicórnia pode ser utilizada para substituir o sal nas saladas, por exemplo na salada de tomate. Também pode ser salteada com legumes ou em omeleta. Recomendamos uma boa associação da Salicórnia da Salina Eiras Largas com o Requeijão da Quinta do Jorumelo: simplesmente por cima das fatias do requeijão ou envolvida pelo requeijão. Na Internet encontrará mais receitas de salicórnia. A salicórnia deve ser conservada no frio mais ou menos por 1 semana. Se desejar poderá conservá-la em vinagre por alguns meses.

A SALICÓRNIA – SUBSTITUTA DO SAL

A Salicórnia é uma planta que nasce nos talhos da Salina Eiras Largas. Porque é banhada com a água salgada do mar, que serve para fazer o sal, a salicórnia tem um travo salgado, substituindo o sal na alimentação. A sua aplicação mais generalizada é nas saladas, ligeiramente migada, conferindo um sabor às saladas inigualável. A planta também é boa para temperar outros pratos como por exemplo, peixe cozido ao vapor e batatas cozidas,etc.

A SALICÓRNIA – ALTERNATIVA PARA HIPERTENSOS

O Dr. Miguel Boeiro,na Revista Saúde Actual, refere que “para além das abundantes vitaminas, proteínas, ácidos gordos e sais biológicos altamente assimiláveis e vitais para o equilibrio alimentar, a salicórnia é especialmente recomendada para os hipertensos, uma vez que pode ser um vantajoso substituto do sal das cozinhas”.


Conheça os benefícios da planta descoberta em Santa Catarina que pode substituir o sal de cozinha

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2015 - Primeiro sal de origem vegetal do Brasil ainda não é comercializado, porém pesquisadores estudam como tornar o produto viável financeiramente. Uma pequena planta encontrada em regiões litorâneas de Santa Catarina pode ser a alternativa saudável para o vilão da pressão alta, o sal de cozinha. Ao contrário do tempero utilizado hoje, o sal verde – pó extraído da espécie Sarcocornia ambigua – tem três vezes menos cloreto de sódio, além de evitar o envelhecimento das células, combater o colesterol e até alguns tumores. Pesquisadores da Epagri e da Universidade Federal de Santa Catarina estudam a viabilidade econômica da planta e como produzir em escala.

Em Santa Catarina, a planta foi descoberta há quase 10 anos pela bióloga e fitoterapeuta Cecilia Cipriano Osaida e pelo pesquisador da Epagri na época, agora aposentado, Amaury Silva Júnior.

— Sempre fazíamos expedição para coleta de material. Quando estávamos caminhando na praia, a planta chamou atenção, porque parecia um cáctus, mas estava na água — relembra a fitoterapeuta.

A planta foi localizada no Bairro Barra do Aririú, em Palhoça, na Grande Florianópolis, porém devido a aterramentos e degradação, encontra-se quase em extinção na área. Porém há registros da espécie em São Francisco do Sul e Rio Grande do Sul, o que levanta a hipótese de que ela está presente em toda o litoral, o que será verificado em pesquisa futura da Epagri.

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Segundo a bióloga, o fato da planta estar presente em região de transição entre mangue e mar pode explicar o sabor salgado do pó extraído da planta.

— Agora o próximo passo é o protocolo de cultivo. Já pensou usar um sal que baixa ao invés de aumentar a pressão arterial? É isso que o sal verde faz — explica Cecilia.

Alexandre Visconti, pesquisador do projeto Flora Catarinense da Estação Experimental da Epagri em Itajaí, afirma que já foram feitas análises químicas da planta e se mostraram muito promissoras, principalmente pela menor concentração de sódio e concentração de potássio. Porém o grande desafio é como e onde plantar a espécie para ter volume suficiente para atender uma escala comercial e então chegar ao mercado:

— Temos um projeto, orçado em R$ 300 mil, que prevê produzir em áreas onde eram cultivados camarões. Então temos que ver se o sistema de produção mantém as características da planta. O que está faltando mesmo é a equipe de trabalho, ainda sem previsão, pois dependemos de concurso público — explica.

Os estudos, que devem durar até três anos, ainda não têm data para iniciar.

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O uso no dia a dia da substância

Embora não saiba precisar quanto custaria para o consumidor final o primeiro sal de origem vegetal produzido no Brasil, o pesquisador da Epagri, Alexandre Visconti, afirma que "com certeza seria mais caro que o sal comum". Na Europa e em países como México e Kuwait, a planta, que é de outra espécie, é comercializada como tempero, salada, cosméticos, óleo essencial, porém custa caro. O sal cristalizado chega a ser comercializado por oito euros (cerca de R$ 29) a grama.

A empresa Dynabras Biossistemas, com sede em São Paulo (SP), trabalha com produtos naturais e firmou convênio com a Epagri para produção industrial do sal verde. A ideia é vendê-lo cristalizado também. Para isso, aguardam a conclusão dos estudos do órgão. Depois dessa etapa, a expectativa é investir cerca de R$ 1,5 milhão em uma fábrica em Santa Catarina.

UFSC pesquisa produção integrada da planta e de camarões

A Universidade Federal de Santa Catarina estuda a Sarcocornia Ambigua há cerca de cinco anos, porém as pesquisas se intensificaram nos últimos dois anos. O interesse deles está além da produção de sal, mas no cultivo integrado com camarões. O processo é chamado de aquaponia com bioflocos, que é um sistema inovador e altamente sustentável, já que promove o crescimento dos animais aquáticos e das plantas de forma integrada.

Walter Quadros Seiffert, coordenador do Laboratório de Camarões Marinhos da UFSC explica que o processo é o máximo do reaproveitamento e que já existe aquaponia com alfaces e outras plantas e peixes de água doce, porém com água salgada é muito raro, já que as plantas não sobrevivem ao sal, ao contrário da Sarcocornia.

— É a primeira pesquisa desse tipo no Brasil. Agora estamos estudando para desenvolver as viabilidade técnica e econômica. Além de aguentar sal, é um alimento funcional — diz Seiffert, que desenvolve os estudos com oito estudantes e em parceria com os departamentos de Tecnologia de Alimentos e laboratório de Hidroponia da UFSC e tem financiamento do CNPQ.

Em uma estufa do Laboratório, há pelo menos 800 plantas. É comum pesquisadores do local prepararem pratos com a espécie como acompanhamento. É o caso da acadêmica do curso de Aquicultura da UFSC Luciana Guzella, que a refoga com camarões e peixes:
— Conheci a planta no laboratório e uso desde então como acompanhamento. Ela ajuda a temperar e gosto do sabor.

Em alguns anos e se as pesquisas avançarem, mais catarinenses devem contar com este ingrediente saudável no cardápio.


Fonte: http://nutricaofuncionalrv.blogspot.com.br/
           http://www.menulivre.com.br/
           http://sossegodaflora.blogspot.com.br/
           https://saudeb23anadia.wordpress.com
           https://www.cozinhaconsciente.com.br
           http://dc.clicrbs.com.br/