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Doença de Raynaud

raynaud1Doença de Raynaud (Reinô) é uma condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos destes, nariz, lóbulos das orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. Foi nomeada por Maurice Raynaud (1843-1881): médico francês que descreveu tal enfermidade pela primeira vez em 1862. A doença de Raynaud não tem etiologia conhecida e se expressa pela isquemia paroxística bilateral dos dedos, induzidas pelo frio ou estímulo emocional, e aliviada pelo calor. Geralmente acomete mulheres após os 40 anos de idade, estando envolvida a atividade simpática com mecanismo fisiopatológico. A doença de Raynaud tem início gradual com crises apenas no inverno. Os episódios podem ser raros ou ocorrer várias vezes ao dia; podem durar alguns minutos nos casos moderados ou até duas horas ou mais nos casos graves. Eles terminam espontaneamente ou podem ser encerrados pela imersão das mãos em água quente.

As mãos são afetadas isoladamente na metade dos casos. O nariz, as bochechas, os ouvidos e o queixo são atingidos muito mais raramente. A evolução da doença é variada; após o início, pode persistir na forma moderada, melhora espontaneamente ou evoluir em um pequeno número de casos para a forma progressiva, onde as crises são mais freqüentes e duradouras. As alterações tróficas ocorrem nos casos graves após 1 a 4 anos do início dos sintomas.

O diagnóstico é clínico devendo-se afastar a possíveis doenças que produzem fenômeno de Raynaud.

O tratamento pode ser apenas expectante nos casos leves, com proteção ao frio, uso de vasodilatadores nos casos moderados e graves, até simpatectomia por bloqueio ganglionar com lidocaina nos casos mais rebeldes.

 

 

Na doença de Raynaud das mãos rebelde ao tratamento, pode optar pela simpatectomia cirúrgica cervicodorsal pré-ganglionar, mas comumente o benefício e temporário entre 6 meses e 2 anos.

Nos casos que afetam predominantemente os pés utiliza-se a ganglionectomia simpática lombar, para alivio dos sintomas.

Sintomas

Quando paciente da doença de Raynaud expõem as extremidades do corpo à baixas temperaturas, o suprimento de oxigênio se reduz, e torna a coloração da pele branca, empalidecida, além de fria e às vezes dormente. Quando o oxigênio é totalmente consumido pelas células, esgota-se, então a pele começa a adquirir uma coloração azulada ou roxa (chamada cianose). Estes eventos são episódicos -- com duração variando para cada pessoa de acordo com a gravidade da doença --, sendo que ao terminar o episódio a área é aquecida, retornando o fluxo de sangue por vasodilatação e rubor novamente a pele, às vezes apresentando formigamento e inchaço.

Na variação mais comum da doença de Raynaud há três mudanças de cores presentes (branco ou empalidecido; azul, roxo ou cianose; e avermelhado ou rubor). Apesar de alguns paciente não apresentarem todas as fases de mudanças de cores.

Doença versus fenômeno

É importante distinguir a doença de Raynaud do fenômeno de Raynaud.

A doença de Raynaud (ou Raynaud primário) é diagnosticado quando os ocorrem sozinhos, não associado a outras doenças. Frequente em garotas de 13 a 19 anos de idade e mulheres jovens adultas. Esta forma de Raynaud é hereditária.

O fenômeno de Raynaud (ou Raynaud secundário) ocorre subseqüentemente a um grande grupo de doenças,

principalmente aquelas ligadas à desordens do tecido humano, como artrite, esclerodermia, entre muitas outras. No entanto, esta forma de Raynaud pode progredir para necrose e gangrena dos dedos.

A diferenciação das duas formas de Raynaud faz-se observando por sinais de artrites ou vasculites e exigindo testes de laboratório. O fenômeno de Raynaud é um episídio de constrição de pequenas artérias, causando modificações na cor da pele nas extremidades, ora com palidez, ora com cianose (extremidades roxas), seguidas ou nao de hiperemia reacional (vermelidão).

O fenômeno de Raynaud pode ser secundário a uma doença básica ou anormalidade anatômica, porém a causa mais comum e a doença de descrita por Raynaud em 1862.

Via de regra o Fenômeno de Raynaud por causas secundárias ocorre por estimulação dos nervos simpáticos, alterações vasomotoras de pequenos vasos ou aumento da hemossedimentação ou aglutinação eritrocitária.

Tem sido chamada a atenção também para a participação dos estados emocionais desencadeando o fenômeno de Raynaud.

O diagnóstico é clínico, podendo-se induzir o fenômeno com a exposição ao frio (água gelada).

Tratamento

O tratamento pode ser somente evitar a exposição ao frio nos casos de raros episódios até a simpatectomia química ou cirúrgica.

Cogita-se a participação de substância vasoconstrictoras produzidas pelo endotélio e/ou plaquetas nesta patologia.

O que a pessoa sente

Num primeiro momento, um ou mais dedos tornam-se rapidamente pálidos, ocorrendo diminiuição de sensibilidade, dormência e frequentemente dor. É mais comum acontecer nos dedos das mãos. Extremamente rara no polegar e excepcionalmente pode ocorrer no lóbulo da orelha, na ponta do nariz, nos lábios e língua. Essa fase duar algunus minutos a meia hora.

Num segundo momento, ocorre o surgimento gradativo de tonalidade violácea, evoluindo para cor roxa, que inicia na ponta dos dedos até sua raiz sem atingir a palma da mão. Depois disso pode ocorrer na região um vermelho inteso com uma dor “pulsante”.

Prevenção

Pacientes com a doença de Raynaud são aconselhados: a manter a área afetada aquecida (com luvas e meias); devem evitar tocar em objetos frios e ambientes com baixa temperatura; situações estressantes; substâncias que provocam a vasoconstrição, como a nicotina (do cigarro) ou a cafeína (do café, chá, etc.); e também fármacos que promovem a vasoconstrição, como descongestionantes nasais ou aqueles que contenham beta-bloqueadores.

Tratamento

A gravidade da doença varia de média a severa. Em pessoas com casos intermediários, pode ser simplemente um episódio momentâneo devido a alguma situação inusitada, estressante. Casos mais graves podem requerir intervenção médica devido a risco de gangrena e possível amputação. Cirurgia microvascular da área afetada é tipo de terapia utilizada.

O tratamento da doença de Raynaud pode incluir receita médica para drogras de efeito vasodilatador, como bloqueadores do canal de cálcio (nifedipina). Casos medianos podem ser ministrados por técnicas de biofedback ou para controlar funções involuntárias do corpo, tal como a temperatura da pele; outro método alternativo consiste em ministrar niacina pois causa a dilatação do vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue na pele. Em casos graves, o procedimento de simpatectomia pode ser realizado: tal método consiste em cortar cirurgicamente os nervos que levam o sinal para os vasos sanguíneos dos dedos.

Síndrome de Raynaud (definição)

Ataques esporádicos de espasmos dos vasos sangüíneos, resultando na interrupção do fluxo sangüíneo para os dedos das mãos, dedos dos pés, orelhas e nariz. É provocada pela exposição ao frio ou por emoções fortes, e é sintoma secundário de algumas condições médicas.

Causas, incidência e fatores de risco:

O fenômeno de Raynaud está associado a doenças arteriais, tais como doença de Buerger, aterosclerose, artrite reumatóide, esclerodermia e lúpus eritematoso sistêmico. Pode também ocorrer após um trauma repetido, particularmente vibrações como aquelas produzidas por digitar ou tocar piano. Uma superdosagem de componentes da ergotamina ou metisergida também pode ser uma causa da síndrome de Raynaud secundária. Se os sintomas aparecerem sem causa conhecida, o distúrbio é conhecido como doença de Raynaud.

Emoções fortes ou a exposição ao frio fazem com que os dedos das mãos e dos pés, as orelhas ou o nariz fiquem brancos, devido a uma falta de fluxo sangüíneo na área. Logo ficam azuis, como resultado de minúsculos vasos sangüíneos dilatando-se para permitir que mais sangue permaneça nos tecidos. Quando o fluxo sangüíneo retorna, a área se torna vermelha e depois retorna à cor normal. Pode haver condições associadas, tais como formigamento, inchaço e latejamento doloroso. Os ataques podem durar de alguns minutos a horas.
 
Se a condição evoluir, o fluxo sangüíneo na área pode se tornar permanentemente menor, fazendo com que os dedos das mãos tornem-se finos e estreitos, com unhas lisas, brilhantes e de crescimento lento. Se uma artéria for completamente bloqueada, pode haver gangrena ou ulceração da pele.
 
Os fatores de risco incluem: doenças associadas e o fumo. As mulheres são mais afetadas que os homens, e a incidência é de 4 em cada 10 mil pessoas.

Teste de Estimulação a Frio para Síndrome de Raynaud - como é realizado o exame

Um sensor de calor é colado no dedo do paciente a fim de registrar a temperatura do corpo. A seguir, o paciente mergulha a mão na água gelada por 20 segundos. Após retirar a mão da água, registra-se a temperatura a cada cinco minutos até que a temperatura do dedo volte a ser a mesma de antes da imersão em água gelada.

Como se preparar para o exame

Adultos:
Não é necessária nenhuma preparação especial para este exame.

Bebês e crianças:

A preparação física e psicológica para este ou qualquer outro exame depende da idade da criança, seus interesses, experiência anterior e nível de confiança. Para obter informações específicas sobre como preparar a criança, consulte os tópicos abaixo, obedecendo aos critérios de idade correspondentes.

• preparação de bebês para o exame ou procedimento (abaixo de 1 ano de idade)
• preparação de crianças aprendendo a andar para o exame ou procedimento (1 a 3 anos)
• preparação de crianças em idade pré-escolar para o exame ou procedimento (3 a 6 anos)
• preparação de crianças em idade escolar para o exame ou procedimento (6 a 12 anos)
• preparação de adolescentes para o exame ou procedimento (12 a 18 anos)

O que se sente durante o exame

Pode haver um certo desconforto enquanto a mão estiver imersa em água fria.

Motivos pelos quais o exame é realizado:

Este exame é uma ferramenta de triagem para o distúrbio de Raynaud.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_raynaud
       http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000412.htm
       http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/09/22/saude-geriatria/fenomeno-de-raynaud/
       http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/003392.htm