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Bronzeamento Artificial: Vale a pena correr o risco?

bronzeaO bronzeamento artificial não descasca e não oferece o risco de queimaduras. O efeito que se consegue através de camas e cabines de bronzeamento, que estão cada vez mais confortáveis e bem equipadas. Mas os dermatologistas ratificam sobre os riscos do envelhecimento precoce e até câncer de pele. O bronzeamento é uma reação de defesa do organismo contra a agressão provocada pela radiação. Nada há de saudável nisso. A grande maioria dos dermatologistas, que sempre recomendou cautela durante a exposição aos raios solares, mostra-se preocupada também com as ações nocivas dos raios ultravioleta A emitidos em grande concentração durante o bronzeamento artificial. Devido a grande vaidade, os adeptos deste tipo de bronzeamento aprenderam que para conquistar uma cor uniforme e invejável é importante ir escurecendo a pele um pouco a cada dia. Em uma cama de bronzeamento artificial, a pessoa adquire uma pele bronzeada gradativamente, sem nunca ficar queimada e posteriormente descascada.

Seja lá qual for o motivo, a verdade é que, desde que chegaram ao Brasil, há alguns anos, as camas e cabines de bronzeamento artificial estão gerando polêmicas. Depois que artistas e pessoas da sociedade passaram a divulgar a origem da nova cor. esse sistema virou mania.

Regras

As clínicas de estética que oferecem bronzeamento artificial têm de cumprir regras sérias impostas por uma resolução da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde. Todas devem possuir registro de funcionamento e cadastro de clientes, além de deixar em local visível informações sobre os riscos oferecidos pela exposição às luzes da câmara, como câncer de pele, catarata e envelhecimento precoce.

Desde quando a câmara de bronzeamento surgiu no Brasil, em 1995, cresceu muito o seu uso sem nenhum tipo de controle. Por isso os dermatologistas aplaudiram a decisão da Anvisa, que estabalece algumas "leis" para controlar o uso desenfreado. Nessa época do ano, a procura pelo tratamento praticamente triplica, pois muita gente já pensa em ir para a praia exibindo um corpo bronzeado.

A resolução também exige que os interessados em manter a pele sempre morena passem por uma avaliação médica. Há também um formulário padrão ao qual o médico deverá responder especificando se o paciente dele pode ou não fazer o bronzeamento. E quem passar por essa etapa ainda terá de assinar um termo de consentimento.

Como funcionam as câmaras de bronzeamento

Nas câmaras, lâmpadas especiais estimulam a produção de melanina, pigmento que dá cor à pele, acelerando o bronzeamento. Dos raios emitidos, 95% são do tipo A (UVA) e só 5% do B (UVB). Como os raios A não deixam a pele vermelha, o usuário pensa que por isso está longe do risco de um câncer.

Segundo dermatologistas, os sinais da doença podem não aparecer imediatamente, mas os efeitos nocivos dos raios são cumulativos e, de cinco a dez anos depois, o usuário da câmara tem grande chance de ver o resultado na pele.

O que você precisa saber antes de começar o tratamento

Segundo a Vigilância Sanitária, uma clínica precisa de alguns documentos para estar apta a fazer o procedimento: comprovante de treinamento da operadora da máquina, o certificado do médico responsável e o selo de permissão de uso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, antes de se submeter ao tratamento, a cliente precisa estar ciente dos riscos assinando um termo e levar um atestado médico afirmando estar apta para fazer o bronzeamento artificial.

De acordo com a esteticista carioca Priscila Oliveira, que já trabalha com câmaras de bronzeamento há cinco anos, pessoas com histórico de câncer de pele ou que tenham alergia ao sol não devem fazer o tratamento. “Gestantes e mulheres que estejam fazendo tratamentos com ácidos como peelings também não podem fazer o bronzeamento, sob o risco de manchar a pele” afirma ela. Em termos de segurança, a cliente usa um óculos próprio para a cama e a esteticista aplica um creme para acelerar o bronzeado com proteção aos raios UVA. “Cada sessão dura de 15 minutos a meia hora, depende da marca da câmara” lembra Priscila. “As sessões não podem ser feitas por dia seguidos, o ideal é fazer em dias intercalados, até 3 vezes por semana”.

Depois do bronzeamento, não há nenhuma restrição quanto à pegar sol ou fazer esfoliação da pele, só é preciso não fazer tratamentos com ácidos para evitar manchas. “Durante a sessão, só pedimos para que a cliente não use lente de contato e nem use perfumes ou desodorantes com álcool, como acontece com o sol”. Cada sessão custa em média 30 reais, mas o recomendado é que a cliente faça um pacote de 10 sessões. “A grande vantagem é que com o bronzeamento artificial a pele não descama e não fica vermelha nem irritada”.


Normas da Anvisa

•  Possuir registro na Vigilância Sanitária do Estado em que estiver localizada.
•  Preparar adequadamente seus funcionários para manusear o equipamento e dar informações precisas aos clientes.
•  Afixar em local visível informações sobre os riscos de câncer de pele, catarata e envelhecimento precoce.
•  Ter um cadastro de atendimento com os seguintes dados: data, duração e intervalos de sessões, avaliação médica e termo de consentimento assinado pelo cliente.
•  Apresentar sempre que solicitado, tanto pelo usuário como pelo órgão competente, registro de eventos adversos ocorridos durante as sessões.
A Anvisa também estabeleceu que fica proibido:
•  Uso da máquina por menores de 16 anos.
•  Atendimento a jovens entre 16 e 18 anos sem a autorização dos responsáveis.
•  Clientes que não passarem por avaliação médica.
•  Propaganda impressa da clínica sem as indicações sobre os riscos que o bronzeamento artificial pode oferecer à saúde.

Em entrevista, o diretor da Anvisa Cláudio Maierovitch esclarece dúvidas e cuidados sobre a utilização de câmaras de bronzeamento artificial. Veja também as regras para o uso desse equipamento de forma segura.
O que a Anvisa pode fazer no sentido de dar mais tranqüilidade para as pessoas que utilizam o serviço de bronzeamento artificial?

Há bastante tempo nós temos dado atenção a este tema. Em 2002, publicamos a resolução 308/02 sobre procedimentos que devem ser adotados por aqueles que oferecem serviço de bronzeamento artificial. Não seguir essas normas pode trazer prejuízos à saúde da pessoa que se submete a esse tipo de procedimento.
Qual a posição da Anvisa sobre a utilização ou não desse tipo de bronzeamento?

 

1f1449_1De maneira geral, o uso de câmaras de bronzeamento é um procedimento que aumenta a exposição a radiações que são nefastas para a pele. A exposição a essas radiações não traz benefícios à saúde. São relevantes apenas do ponto de vista estético. Por isso, as pessoas devem utilizar o bronzeamento em câmaras de acordo com as recomendações feitas pela Anvisa. Um dos itens da nossa resolução de 2002, por exemplo, proíbe expressamente a repetição do bronzeamento num prazo inferior a 48 horas.

Que outros cuidados devem ser observados?

Há também a necessidade da presença de um técnico treinado para operar a câmara de bronzeamento. A manutenção preventiva dos equipamentos precisa ser seguida, incluindo um laudo feito por peritos que indique o nível da radiação gerada pelo equipamento. São itens fundamentais para reduzir o risco do bronzeamento. O usuário também deve apresentar uma avaliação médica da pele, indicando o nível de risco.

É possível que a má utilização dessas câmaras gere problemas graves para a saúde das pessoas?

A exposição contínua traz danos a longo prazo, aumenta o risco de câncer de pele, do envelhecimento da pele e mesmo de queimaduras. Também é possível o surgimento de problemas imediatos. Vasculhando um pouco os relatos sobre casos graves, nós encontramos um caso ocorrido nos Estados Unidos, no Alabama, em 1979. Uma pessoa que tomava um medicamento que aumentava a sensibilidade da pele à luz morreu por causa da combinação do uso do medicamento com a câmara. Por isso, é importante a avaliação médica. Mesmo que não ocorra um problema tão sério, ao longo do tempo os danos podem aparecer.

Por que esse tipo de prática é permitido?

Existem muitas práticas, muitos hábitos que são pouco saudáveis, e nem todos eles podem ser efetivamente proibidos. Nós podemos lembrar hábitos não saudáveis relacionados ao uso de substâncias como o cigarro e o álcool ou outras tantas situações, como, por exemplo, a má alimentação. No entanto, não se justifica a sua proibição até mesmo pelo status cultural e legal. Nós temos procurado difundir uma recomendação para que as pessoas se protejam da radiação solar e que não utilizem mecanismos artificiais que podem, inclusive, aumentar o risco de danos à pele.

Além das câmaras, há outros meios artificiais para o bronzeamento. Quais cuidados devem ser tomados em relação a eles?

Existem produtos registrados na Anvisa na categoria de cosméticos para esse tipo de procedimento. Tanto para as câmaras como para os outros produtos a recomendação é a mesma: verificar se o equipamento ou produto está registrado na Anvisa e se as orientações de uso estão sendo seguidas.


Raio Ultravioleta

Por muito tempo, os raios ultravioleta B foram o vilão solitário dos banhos de sol. Responsável por queimaduras, cor vermelho-pimentão e sensação de ardência na pele no dia seguinte, a radiação UVB é também cancerígena. Essa constatação impulsionou e serviu de argumento para os empresários do bronzeamento artificial. A maioria das máquinas prometia segurança aos clientes, por oferecer um banho intenso de radiação ultravioleta A. Pesquisas científicas identificaram que também os raios UVA, em altas doses, podem desencadear tumores, além de acelerar o envelhecimento da pele. Nas camas de bronzeamento, a concentração dos raios ultravioleta A, que têm maior poder de penetração na pele, é duas a três vezes maior que a luz solar.

Sinais

A Sociedade Brasileira de Dermatologia está iniciando uma parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) com o intuito de melhor estudar os carcinomas da pele em nosso país, avisa a primeira secretária da SBD, a dermatologista Maria Ester Massara Café. Os dados da última campanha do "Câncer da Pele", realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2000, mostrou uma porcentagem de 7,7% de tumores encontrados em 24.436 pessoas examinadas. "Os números não têm valor estatístico, pois são resultados de campanha realizada com fim específico e amostra viciada", explica a segunda secretária da SBD, a médica
Andréa Machado Ramos.

Estima-se que mais de 40 mil casos novos da doença apareçam anualmente no País. O câncer de pele é o tipo de tumor mais freqüente na população. O problema é que a doença se alimenta de dois hábitos do brasileiro: abusar do sol e associar o "bronzeado perfeito" a valores como beleza e sensualidade.

Os sinais na pele começam geralmente pelo aparecimento de manchas castanhas, sobretudo em áreas mais expostas, como rosto e braços, que se tornam ásperas e sensíveis. Aos poucos, aparecem outras, brancas. Os passos seguintes são rugas, verrugas que sangram, alterações em pintas, pequenas feridas que nunca cicatrizam e manchas pretas geralmente na planta dos pés.

Quase sempre, os cânceres surgem a partir da meia idade, mas foram desencadeados pelos abusos do sol até os 20 anos. Pessoas de pele clara e que nunca adquirem bronzeado são as mais vulneráveis.

O diagnóstico precoce é a chave para se evitarem as complicações do câncer de pele, como deformidades e até a morte. Quase 90% dos casos são tumores localizados e curáveis.

Vale a Pena?

Segundo os médicos , os raios ultravioletas emitidos por essas camas e cabines podem provocar câncer e aceleram o envelhecimento das células. As pessoas que tem propensão a ter câncer corre risco até mesmo tomando sol.

As camas de bronzeamento artificial têm uma estrutura de acrílico transparente por onde passam as luzes vindas de uma série de lâmpadas. Normalmente são classificadas de alta, mista e de baixa pressão, com lâmpadas especiais que geram 98% de luz ultravioleta A e 2% de ultravioleta B.

Já está comprovado que os raios ultravioletas A naturais ou não, também têm potencial carcinogênico, ou seja, podem provocar câncer de pele. Até algum tempo atrás vários profissionais consideravam que esses raios eram seguros.

Os efeitos nocivos dos raios ultravioletas A e B (UVA e UVB) não são visíveis imediatamente, porém, os danos da irradiação são cumulativos e podem dar os primeiros sinais somente após 10 anos ou mais. Por outro lado, não se deve esquecer do lado bom do ultravioleta que é importante na formação da vitamina D - responsável pela fixação de cálcio nos ossos.

O que são os raios ultravioleta e o que causam para a saúde

A radiação ultravioleta, conhecida como UV, faz parte da luz solar que atinge o nosso planeta e é essencial para a preservação do calor e a existência da vida. No entanto, em função dos buracos na camada de ozônio, provocados pela nossa civilização, estamos expostos a esta radiação sem qualquer proteção. Sem a camada de ozônio, os raios UV podem causar queimaduras, fotoalergias, envelhecimento cutâneo e até o câncer de pele.
De acordo com o Dr. Roberto Barbosa Lima, Médico - Dermatologista, a radiação Ultravioleta (UV) ao atingir nossa pele penetra profundamente e desencadeia reações imediatas, como as queimaduras solares, as fotoalergias (alergias desencadeadas pela luz solar) e o bronzeamento. "Provoca também reações tardias, devido ao efeito acumulativo da radiação durante a vida, causando o envelhecimento cutâneo e as alterações celulares que, através de mutações genéticas, predispõem ao câncer da pele", alerta o médico. Para entender um pouco melhor este processo, vamos começar do início: o que são os raios ultravioletas?

Segundo o Dr. Roberto, é importante compreender, em primeiro lugar, que a radiação UV que atinge a Terra se divide em radiação UVA e UVB, embora haja também os raios UVC, que não chegam até o nosso planeta. A radiação UVA, explica o especialista, é a maior parte do espectro ultravioleta e possui intensidade constante durante todo o ano, atingindo a pele praticamente da mesma forma durante o inverno ou o verão. Sua intensidade também não varia muito ao longo do dia, sendo pouco maior entre 10 e 16 horas que nos outros horários. "Os raios UVA penetram profundamente na pele, sendo os principais responsáveis pelo fotoenvelhecimento. Tem também importante participação nas fotoalergias e também predispõe a pele ao surgimento do câncer". É interessante saber que o UVA também está presente nas câmaras de bronzeamento artificial, em doses mais altas do que na radiação proveniente do sol.

A Radiação UVB já tem uma incidência bem maior durante o verão, especialmente entre 10 e 16 horas. De acordo com o dermatologista, os raios UVB penetram superficialmente na pele e são os causadores das queimaduras solares, "que são as principais responsáveis pelas alterações celulares que predispõem ao câncer de pele", explica. O médico alerta para o fato de que, sendo apenas os raios UVB que causam as queimaduras solares, o fato da pessoa não ter ficado vermelha não significa que não tenha sido atingida danosamente pela radiação UVA. "Aquele sol de inverno que pareceu não causar problemas porque você não se queimou nada, na verdade também está prejudicando sua pele favorecendo, principalmente, o seu envelhecimento, da mesma forma que as câmaras de bronzeamento artificial", alerta o especialista.

O perigo do bronzeamento aArtificial

Conforme o Dr. Roberto, "a quantidade de UVA emitida por uma câmara de bronzeamento pode chegar a ser 10 vezes maior que a da luz solar. Pode-se imaginar o dano causado à pele por este tipo de tratamento". Este dano, segundo o especialista, só vai aparecer com o passar dos anos. "O uso destas câmaras para bronzeamento deve ser evitado apesar das alegações de que não fazem mal à pele. Elas provocam o envelhecimento precoce e predispõem ao surgimento do câncer da pele", enfatiza o médico.

Aqueles que desejam ter uma pele bonita e com a cor do verão durante todas as estações do ano, muitas vezes recorrem ao bronzeamento artificial em câmaras. Porém, esse método não é considerado seguro, pois a irradiação ultravioleta tipo a poderá causar envelhecimento precoce, manchas no corpo, quebra de fibras de colágeno e até mesmo predispor o aparecimento de um melanoma, o mais agrescivo dos cânceres de pele.

Para se ter uma idéia uma exposição de 15 minutos em uma câmara de brozeamento corresponde a 12 horas no sol SEM PROTEÇÃO!!!

Desta forma, alguns dermatologistas sugerem que aqueles que desejam a cor bronzeada utilizem cremes autobronzeadores, pois possuem bom efeito e não denificam a pele. Portanto, evite problemas e prefira sempre as formas mais naturais e não agressivas de manter a beleza de sua pele.

Palavra de dermatologista

Com tantas vantagens oferecidas pelos esteticistas, muitas pessoas não entendem porque os dermatologistas não recomendam o bronzeamento artificial. “Ele cria uma predisposição ao câncer da pele e ao envelhecimento cutâneo, além do risco de queimaduras severas se as sessões forem exageradas” afirma a dermatologia Lilian Estefan, de São Paulo. “As câmaras são uma fonte de radiação ultravioleta A (UVA) mais potente que o sol. O UVA penetra profundamente na pele alterando fibras elásticas e colágenas, provocando rugas, perda da elasticidade e manchas”.

Mas por quê as pessoas não ficam vermelhas após as sessões? “Não ficam porque o responsável pela vermelhidão da pele é a fração B da radiação ultravioleta (UVB), principal agente causador do câncer da pele, cuja presença nas câmaras de bronzeamento é menor” esclarece a dermatologista. “O fato da pele não ficar vermelha não significa que ela não esteja sendo danificada e, este dano, só vai aparecer daí a alguns anos”.
O melhor mesmo é evitar tomar sol entre 10h e 16h e usar diariamente filtro solar com proteção adequada ao seu tipo de pele. O bronzeamento a jato e os autobronzeadores são soluções que também não descascam e não provocam o envelhecimento precoce.

Bronzeamento em spray

O “Instant Bronze” é um bronzeamento a jato, feito com água e corantes, que não agride a pele, como os feitos em câmaras. A substância utilizada é a mesma dos autobronzeadores. O processo começa com uma esfoliação, para retirar as células mortas e resíduos de outros produtos. Depois, o jato. “O bronzeamento deixa a cor uniforme e dura cerca de dez dias”, diz Diane Marinho, esteticista da clínica Longevitá, no Rio de Janeiro. “A sessão dura cerca de noventa minutos e custa R$ 150”.

O bronzeamento é feito com a pistola que envia um jato em spray.  Começa pela frente do corpo, mais precisamente pelas pernas e, em seguida, sobe para barriga e termina na região peitoral. Atrás, faz o mesmo percurso: começa pelas pernas e vai subindo. “Se a cliente pedir, é possível dar uma leve jateada no rosto”, completa a esteticista. Depois disso, é só esperar secar por cinco minutos na frente de um ventilador e sair por aí exibindo a cor nova.

A opção: autobronzeador
Já o autobronzeador, Taíse indica. “Pode usar à vontade, pois é um produto que reage à queratina da pele e é muito superficial. Ele só deposita o pigmento, por isso, não há riscos”, garante a especialista. Existe, ainda, uma nova forma de bronzeamento em clínicas, a jato, que ela também diz que é confiável. “A cor não dura muito. Conforme a pessoa vai tomando banhos, vai desbotando. E em algumas pessoas a pele fica mais alaranjada”. Mas, mesmo assim, para ela, é uma ótima pedida. “É melhor do que arriscar a saúde."

“As pessoas já estão sentindo que a exposição excessiva no sol pode prejudicar a saúde e, também, causar o envelhecimento precoce. Todos estão tomando consciência de um bronzeamento com mais qualidade e menos agressão à pele, tomando sol com moderação”, diz Blanch Marie. E ela dá o mesmo alerta que a médica. “As lâmpadas usadas em bronzeamento artificial são tão prejudiciais quanto o sol e causam os mesmos problemas. O melhor mesmo é usar os autobronzeadores, que não causam nenhum tipo de dano, somente se você for alérgico a um dos componentes da formula”, reitera.

A questão ecológica

Um aspecto importante a ser ressaltado, após esta introdução dos males que os raios ultravioleta, sejam UVA ou UVB, podem causar à nossa pele, é que eles poderiam estar sendo filtrados pela camada de ozônio, que vem sendo paulatinamente destruída pela nossa civilização.

A camada de ozônio

Mais gente na Terra, mais criaturas a serem alimentadas, mais alimentos a serem produzidos para este consumo, mais mecanização e é aí que entram os resíduos, os agrotóxicos, os lixos não biodegradáveis e todos os demais elementos que vão contribuir para poluir a atmosfera. Soma-se a isso o desmatamento. A temível floresta vem abaixo, mas em seguida, junto com os outros elementos naturais agredidos, dá sua resposta: a seca, a fome, a poluição, as doenças.

A camada de ozônio contribui para a criação do efeito estufa, isto é, uma condição que propicia à Terra ter calor suficiente para garantir a continuidade da vida humana.

De acordo com estudiosos do assunto, em condições normais, o efeito estufa é benéfico, pois, sem ele, nós morreríamos de frio a uma temperatura abaixo de 18ºC. O ar ficaria muito mais frio, pois o efeito estufa aumenta o calor. Acontece que, com toda a movimentação humana em torno da rotina diária, sem preocupação com nosso próprio instinto predatório, produzindo e consumindo energia, o efeito estufa é intensificado. Com isso, o calor e a seca vão se estendendo pelo planeta, as camadas de gelo se transformam em água e aumentam os volumes dos mares, que avançam sobre as superfícies de terra. Acontecem mudanças bruscas e mais violentas de temperatura. Para isso contribui um simples aerossol, por exemplo, além de outros gases que vão se acumulando na atmosfera. Ou um inofensivo produto utilizado na fabricação de peças de isopor. Chega a um ponto em que essa camada se rompe, formando buracos. Alguns já foram detectados nas camadas polares e sua extensão tende sempre a aumentar.

Enquanto isso, vamos continuando a produzir, consumir e desperdiçar energia, alheios aos sinais que a Natureza nos envia. Até o momento em que conseguimos estabelecer uma ligação entre nós e os céus, voltando ao ponto de partida, isto é, ao ponto onde justamente estavam nossos ancestrais, e desta vez compartilhamos com eles o mesmo temor: quem comanda nossa saúde - o que nossa saúde tem a ver com as interferências do céu e da terra?

Camada de ozônio x Raios ultravioleta

Segundo a Associação Brasileira de Dermatologia, ABD, a camada de ozônio estratosférico, que varia de um dia e de um lugar para o outro, protege a terra dos raios ultravioletas. "É certo que a diminuição do ozônio atmosférico pode ter como resultado o aumento da radiação ultravioleta na superfície da terra", explicam os dermatologistas.

Entre o buraco na camada de ozônio e os buracos que podem ocorrer na pele humana há essa força em comum, que pode destruir. Por essa passagem começam a penetrar os raios ultravioleta, que são altamente perigosos ao homem. A exposição ao sol - o deus sol dos incas e dos astecas, por exemplo - pode causar danos que vão desde a pele até modificações nos nossos genes, segundo o GMB - Grupo Brasileiro de Melanoma.

Esses danos são muitas vezes chamados de câncer. O câncer de pele é, pois, resultado direto de duas ações: por um lado, a ação dos raios UVA e, por outro lado, a nossa concordância em ficarmos expostos a eles.

Através de aparelhos sofisticados, que o Pitecantropo de milênios atrás não chegou a supor que existiriam, conseguimos identificar os raios ultravioleta e os classificamos em três, desde o mais inofensivo (o raio UVC) até o intermediário (UVB) e o temido UVA.

Na busca do bronzeamento, expomos a pele ao sol e ficamos inteiramente à mercê dos raios UVA, que podem apenas ser minimizados por algumas regras simples, tais como evitar contato direto com o sol das 10 às 15 horas, diminuir seus efeitos usando protetores solares e nos abrigando sob tendas ou guarda-sóis.

Os raios ultravioleta são filtrados pela camada de ozônio, porém não o bastante para que possamos abrir mão de medidas protetoras e preventivas. Além disso, o GMB também alerta para as radiações solares artificiais que também podem ter os mesmos efeitos nocivos sobre a nossa pele, em consonância com o que diz o Dr. Roberto Barbosa Lima.

Além dos protetores solares, de efeito menos intenso, existem os bloqueadores solares, cujo efeito é mais acentuado. Estes são recomendados pelos dermatologistas para a proteção da pele e, se usados de maneira adequada, podem garantir horas de lazer sem danos futuros à saúde. A Sociedade Brasileira de Dermatologia, no entanto, adverte que "usar filtro ou bloqueador solar não significa permissão para longo tempo de exposição solar, mas apenas para limitar os riscos da exposição".

Cuidados Importantes

- Alguns medicamentos podem sensibilizar a pele quando ela entra em contato com a luz ultravioleta.
- Quem está usando regularmente algum remédio precisa saber exatamente (pergunte ao médico) se esse é o caso. O ideal é submeter-se a apenas uma sessão por dia de raios ultravioletas e dar um descanso para pele de 48 horas para a próxima exposição.
- Caso apareça alguma alergia, inflamação ou bolha, a exposição deve ser suspensa e o médico comunicado imediatamente.
- Para que a pele não fique manchada, ninguém deve receber o ultravioleta usando bijuterias, maquiagem e perfume.
- É fundamental que as pessoas usem protetores oculares nas sessões para que a córnea não corra o risco de queimar.
- Os usuários de lentes de contato devem retirá-las. Caso contrário, por causa do calor, elas podem estragar ou irritar os olhos.
- É preciso ainda proteger os mamilos.
- Pessoas que fizeram peeling ou utilizam cremes ou loções esfoliantes também ficam proibidos de entrar em camas ou cabines de bronzeamento artificial.
- Adolescentes e grávidas devem evitar este tipo de bronzeamento. Além disso, as pessoas devem beber, no mínimo, 2 litros de água por dia, ter uma boa alimentação, rica em beta-caroteno, encontrado na cenoura, beterraba e abóbora.
- Ao final de cada sessão, é necessário ingerir água.

Várias medicações tópicas, perfumes, frutas e vegetais são fotossensibilizantes (ativados com a luz do sol) e se utilizadas, inadvertidamente, pelos usuários das cabines de bronzeamento, podem levar a conseqüências desastrosas como queimaduras e marcas eternas.

Evite tomar sol das 10h às 15h, mesmo fazendo uso de filtros solares. Nesse horário, procure locais com sombra e use, sempre que possível, óculos, chapéus e camisetas de manga. É bom lembrar que as roupas claras quando molhadas perdem a capacidade de proteção contra o sol.

Usar o filtro solar na pele de forma uniforme e abundante antes de expor-se ao sol, repetindo a aplicação a cada duas horas. É aconselhável um filtro com pelo menos "fator de proteção solar" número 15. Em peles claras, esse fator deve ser maior.

O risco de se ter um câncer de pele na vida adulta pode ser reduzido em cerca de 85%, quando os cuidados de proteção solar são devidamente seguidos na infância e na adolescência.

Definitivamente não é uma boa escolha

Há poucos anos era muito comum ver mulheres febris pelo bronzeamento artificial. Todo mundo queria ficar queimadinha sem ir à praia, e em qualquer estação do ano. Mas é nítido que a procura caiu muito. Segundo a especialista em estética e medicina chinesa Blanch Marie, do spa urbano que leva seu nome em São Paulo, isso acontece porque as pessoas estão agora mais preocupadas com o envelhecimento da pele, e não com o bronzeado dela. E a dermatologista Taíse de Negreiros é direta: “Câmara de bronzeamento faz mal”.

A dermatologista cita que já foram feitos vários estudos americanos que revelam o aumento da incidência de melanoma – um tipo de câncer de pele que causa metástase – entre os pacientes que fazem bronzeamento artificial várias vezes por ano. O conselho da médica é não passar por esse tipo de procedimento. Mesmo para quem faz poucas sessões, ela não aconselha.

“De qualquer maneira, o bronzeamento artificial colabora para o envelhecimento da pele”. E é difícil confiar. A médica explica o motivo. “Essas câmaras só emitem UVA, que causa a perda do colágeno, contribui para rugas, manchas e, também, para o câncer de pele. Algumas, bem poucas, usam UVB, que é aquela luz que causa mais vermelhidão e é mais superficial”. Mas, não dá para saber ao certo o quanto de radiação a pessoa recebe. E aí mora o perigo. “Essas lâmpadas precisam estar sempre em manutenção, porque senão pode estar emitindo muito mais radiação do que deveriam. É arriscado confiar”, alerta ela.


Fonte: http://boasaude.uol.com.br/
       http://beleza.terra.com.br/mulher/
       http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/
       http://www.mundodastribos.com/bronzeamento-artificial
       http://bemleve.bolsademulher.com
       http://beleza.ig.com.br/noticia/2008/