QUALIDADE DE VIDA

Cigarro com sabor dificulta abandono do vício, diz pesquisa

cigarrosabor2Para especialistas, a adição de substâncias adocicadas é uma estratégia para conquistar o público mais jovem, já que mascara o gosto ruim que o tabaco tem para quem não fuma. (março 2009)Uma pesquisa realizada pela Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey (EUA) com 1.688 fumantes que buscaram tratamento especializado para parar de fumar mostrou que, entre os adeptos de cigarros flavorizados, as taxas de abandono do vício nas primeiras quatro semanas foram menores. Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo,Tânia Cavalcante, a adição de substâncias adocicadas ao fumo, ...

especialmente o mentol, é uma estratégia para conquistar o público mais jovem, já que mascara o gosto ruim que o tabaco tem para quem não fuma. No entanto, alerta, quando esses açúcares queimam, geram uma substância chamada acetaldeído, que é cancerígena. “A indústria tenta passar a ideia de que esses aditivos existem na comida e por isso não causam mal. Mas comer é diferente de inalar”, explica ela. O sistema digestivo tem uma barreira natural de desintoxicação, o que não acontece com os alvéolos pulmonares, que são desprovidos de defesa. Alguns desses aditivos não são inócuos podendo favorecer as hemorragias do pulmão.

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), há 25 produtos flavorizados registrados no País, em um total de 69. “Mas não existe regulação específica para a adição de açúcar, álcool, mentol, frutas ou sabores de bala nas marcas de cigarro. Também não há restrição à propaganda voltada para jovens nos pontos de venda. O ideal seria a proibição total da venda desses cigarros, mas um bom começo é criar uma legislação”, disse Tânia.

Instituto do Câncer quer fim do cigarro com sabor

(marçpo 2009) - Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) alerta que a maioria dos consumidores de cigarros no Brasil é jovem e que, daqueles que fumam regularmente, 44% já utilizaram cigarros com sabores, ou flavorizados, 5% deles habitualmente - situação que levou o órgão a passar a defender a proibição desses cigarros no País.

PUBLICIDADE

 
No início do mês, uma comissão da Câmara dos Deputados norte-americana deu parecer favorável a uma lei que proíbe a comercialização de cigarros flavorizados. A medida deve ser votada em plenário neste ano e tem o apoio dos democratas e do presidente Barack Obama.

No Brasil, a prevalência de fumantes na população caiu de 34,2%, em 1989, para 22,4% em 2003. Mas, segundo o novo trabalho do Inca, dos 23 milhões de fumantes brasileiros, apenas 7 milhões têm mais de 30 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Agência reguladora americana proíbe cigarros com sabor

A agência americana que regula remédios, alimentos e, nos últimos três meses, cigarros - Food and Drug Administration (FDA) proibiu a venda de cigarros com sabor, como cravo, baunilha e chocolate, entre outros. É a primeira medida de impacto da agência contra o fumo. O objetivo é reduzir o número de crianças e adolescentes que começam a fumar e acabam tornando-se dependentes dos derivados do tabaco. A agência agora examina opções para a regulamentação dos cigarros mentolados e outros derivados do tabaco que sejam flavorizados.


De acordo com a norma editada na terça-feira, 22/09, nem o cigarro nem nenhum de seus componentes, como o fumo, o filtro ou o papel podem conter aditivo capaz de conferir sabor, natural ou artificial, ao produto. Entre os sabores proibidos estão morango, uva, laranja, cravo, canela, abacaxi, baunilha, coco, chocolate, cereja e café.

Qualquer companhiaamericana que continue a produzir, vender ou exportar estes produtos estão sujeitas a sofrer punições.

“Quase 90% dos fumantes adultos começaram a fumar na adolescência. Estes cigarros com sabor são a porta de entrada para muitas crianças e jovens se transformare em fumantes habituais”, afirmou Margaret A. Hamburg, do FDA.

Os sabores fazem com que os cigarros tornem-se mais atrativos para os jovens. “Estudos têm demonstrado que fumantes de 17 anos são três vezes mais propensos a consumir cigarros flavorizados do que os fumantes com mais de 25 anos”, completou Margaret.

 

Fonte: Agencia Estado
       Estadão
       http://www.inca.gov.br/impressao.asp?op=pr&id=2206