QUALIDADE DE VIDA

Antidepressivos, o que voce precisa saber! Parte 2

depressivos3Por que antidepressivos falham tanto? 2010 - Antidepressivos não são eficazes para ajudar cerca de metade das pessoas que os tomam, e um estudo com ratos pode explicar essa falha.A maioria dos antidepressivos (incluindo os populares Prozac e Zoloft) funcionam aumentando a quantidade de serotonina, um químico que transporta mensagens produzido dentro de células do cérebro chamadas de neurônios rafe. Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova York, afirmaram que ratos geneticamente modificados que tinham uma grande quantidade de um tipo de receptor de serotonina nessa região do cérebro eram menos propensos a responder ao tratamento com antidepressivos.


"Esses receptores atrapalharam a atividade desses neurônios (produtores de serotonina). Muitos receptores prejudicam consideravelmente esse tipo de neurônios", explicou Rene Hen, da Columbia, cujo estudo foi publicado no jornal Neuron.

 

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"Eles representam um freio muito forte para o sistema", acrescentou. Segundo Hen, a descoberta pode ser útil para médicos determinarem se um paciente vai ou não responder eficazmente a um tratamento com antidepressivos. Além disso, ela poderia ajudar laboratórios farmacêuticos a realizar melhores testes para identificar novos componentes que efetivamente funcionem para essas pessoas que não se beneficiam dos tratamentos com antidepressivos convencionais.

"O objetivo é descobrir o que faz efeito para os pacientes que não respondem a esses químicos", disse. Para a pesquisa, Hen e seus colegas precisaram alcançar os receptores de serotonina de uma região específica do cérebro. Para conseguirem isso, a equipe usou ratos geneticamente modificados que tinham menos receptores de serotonina em uma certa região cerebral onde estão os neurônios produtores de serotonina.

Já que a equipe dispunha de ratos com diferentes quantidades de receptores de serotonina em distintas partes do cérebro, realizaram um teste de comportamento que avaliava a coragem de um rato quando recebia comida em uma área extremamente iluminada.

Os ratos com antidepressivos normalmente ficam mais audaciosos, mas os químicos não produziam os mesmos efeitos em ratos com maiores quantidades de receptores de serotonina.

"A principal descoberta é que o rato que tem altos níveis de receptores nesses neurônios de serotonina não respondem à fluoxetina ou ao Prozac", afirmou Hen. Mas quando os pesquisadores reduziam a quantidade desses receptores, conseguiam reverter o efeito. "Ao simplesmente diminuir o nível de receptores, fizemos com que os antidepressivos surtissem efeito", explicou.

Pelo menos 27 milhões de pessoas tomam antidepressivos nos EUA, aproximadamente o dobro do número de consumidores desse medicamento na década de 1990.


Antidepressivos na gravidez podem causar defeitos no coração do bebê, revela estudo


2009 - Um estudo recém-publicado pelo British Medical Journal revela que o uso de antidepressivos na gravidez aumenta o risco de defeitos no coração no bebê. O estudo analisou 400 mil crianças dinamarquesas nascidas entre 1996 e 2003 e a relação entre a prevalência de malformações congênitas e o uso pela mãe de inibidores seletivos de recaptação de serotonina durante a gravidez. Os antidepressivos citalopram e sertralina na gravidez aumentaram a chance de defeitos no septo cardíaco, parede que separa o lado direito do lado esquerdo do coração. Esse efeito não foi observado entre outros antidepressivos da mesma classe como a fluoxetina e a paroxetina.

O risco desse tipo de malformação entre as crianças que não foram expostas à medicação foi de 0.5% comparado à chance de 0.9% das que foram expostas à medicação e de 2.2% no caso de exposição a mais de um tipo de antidepressivo. Pode-se dizer que uma em cada 246 crianças apresentará defeitos no septo cardíaco quando a mãe faz uso de antidepressivo na gravidez. Esse risco é quatro vezes maior quando o uso foi de mais de um tipo de antidepressivo: uma em cada 62 crianças é acometida.

Cerca de um quinto das mulheres apresenta depressão durante a gravidez e a decisão de tratamento com medicações deve ser pautada pelos potencias riscos de malformações no feto. Até o ano de 2005, uma série de estudos indicava que o uso de antidepressivos inibidores seletivos de recaptação de serotonina durante a gravidez não trazia riscos ao bebê. Entretanto, novos estudos têm demonstrado um discreto aumento da prevalência de malformações congênitas, sendo que o atual estudo revelou que esse risco só é aumentado no caso de defeitos do septo cardíaco. O risco absoluto é considerado baixo, mas deve ser visto como um importante fator na decisão do tratamento antidepressivo das mulheres grávidas. Devem também ser consideradas as conseqüências à mãe e ao feto de uma depressão não tratada.  


Antidepressivos Alteram a Glicemia

Reginaldo Albuquerque - Este foi um interessante relato feito pelo Dr. Richard Rubin, da John Hopkins, sobre os riscos do uso de antidepressivos nas pessoas que têm intolerância à glicose.

Embora não seja ainda claro se a depressão, por si só, pode aumentar o risco de desenvolver diabetes, os autores deste estudo encontraram nas pesquisas, que o uso de antidepressivos pode aumentar o risco em duas ou mais vezes.

O estudo denominado DPP (Diabetes Prevention Program) foi realizado em 3234 participantes que estavam com sobrepeso e tinham testes de intolerância à glicose alterados. O estudo não foi suficiente para mostrar quais antidepressivos podem causar estas alterações no diabetes, mas os resultados apontam que isto não se deve à elevação de peso – que muitos antidepressivos causam – ou como resultados de alteração na glicemia de jejum ou dos níveis de insulina.

Estes resultados já tinham sido publicados no NEJM, de 7 de fevereiro de 2006


ALIMENTACAO ANTIDEPRESSIVA


Equilíbrio da ingestão de Triptofano e Carboidratos

Dos vários neurotransmissores, a serotonina exerce grande influência no estado de humor. Ela é também conhecida como a substância "mágica" e "sedativa" que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.

Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos.

A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na "limpeza" dos aminoácidos circulantes no sangue. Nessa limpeza de aminoácidos só escapa o triptofano na barreira hemato-encefálica.

O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono. 

Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão, assim como uma alimentação com excesso de proteínas.

O caminho é o equilíbrio! Nem de menos, nem de mais.

Fontes de carboidratos: pães, cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, frutas, legumes e chocolate amargo (com moderação).

Tirosina : Proteínas que dão alegria

O processo de digestão das proteínas fornece os aminoácidos para o nosso corpo formar suas próprias proteínas. Um aminoácido conhecido como tirosina está relacionado com a produção de dopamina e adrenalina, ambos, neurotransmissores que promovem o estado de alerta, o "pique" e a alegria.

Fontes de tirosina: peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes e castanhas, leite e iogurte desnatados, queijos magros e tofu.

Folato anti-depressao

O Folato ou ácido fólico é uma potente vitamina antidepressiva natural.

Em baixas concentrações no organismo, diminui os níveis cerebrais de serotonina.

Fontes de Folato: espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, couve de Bruxelas, maçã e soja.

Vitamina B6

Faz parte de uma enzima "chave" que participa da produção dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina e conseqüentemente melhora o humor.

Fontes de B6: frango, atum, banana, cereais integrais, levedo de cerveja, arroz integral, cará, alho e sementes de gergelim.

Cálcio

Diariamente o cálcio deve fazer parte do cardápio de homens e mulheres e assim garantir ossos e dentes saudáveis e ainda de "quebra" doses extras de bom humor!

Os estudos mostraram que esse importante mineral ajuda a controlar e reduzir a irritabilidade e o nervosismo em mulheres que sofrem de TPM (tensão pré-menstrual). Participa da transmissão de impulsos nervosos e contrações musculares. Regulariza a pressão arterial e os batimentos cardíacos.

Fontes de Cálcio: leite e iogurte desnatados, queijos magros.

Magnésio

Além de ser colaborador do Cálcio, o Magnésio está também envolvido na regulação dos níveis de serotonina.

Participa da produção de energia, da contração muscular, da manutenção da função cardíaca normal e da transmissão dos impulsos nervosos.

Fontes de Magnésio: tofu, soja, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia, arroz integral.

Selênio

Segundo os pesquisadores, tudo indica que o selênio tem uma grande participação no estado de humor. Pessoas que tem carência de selênio são mais depressivas, irritadas e ansiosas. 

Fontes de selênio: castanha do Pará, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral, peixes. (2 castanhas do Pará, diariamente, fornecem 200 microgramas de Selênio de forma segura).

Ômega-3

Os estudos clínicos vem mostrando que os ácidos graxos ômega-3 além de proteger o coração e as artérias, auxiliar na redução do colesterol, manter estáveis os níveis da pressão arterial, fortalecer o sistema imunológico, podem ainda auxiliar nos tratamentos contra depressão. Pessoas que receberam doses de ômega-3 apresentaram melhora nos sintomas de depressão.

Fontes de ômega-3: salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta, óleos de peixe e sementes de linhaça. 

Pimenta

As pesquisas científicas constataram que o uso da pimenta vermelha, durante às refeições, proporciona ação no Sistema Nervoso Simpático com respectivo aumento da liberação de noradrenalina e adrenalina, ambos responsáveis pelo estado de alerta e melhora de ânimo em pessoas deprimidas.

Camomila

Conhecido de nossos avós, a camomila sempre foi usada para acalmar crises de nervosismo. Tem efeitos relaxantes, amenizam a ansiedade e a depressão.

Cafezinho

3 a 4 cafezinhos, ao longo do dia, pode prevenir a depressão, auxiliar na memória e no estado de alerta. O café coado em filtro de papel é o mais indicado. As substâncias existentes no grão que podem aumentar o colesterol ficam retidas no filtro.

 

Antidepressivos não funcionam porque tratam o estresse e não a depressão

 

Mais da metade das pessoas que tomam antidepressivos durante os tratamentos para depressão nunca obtêm qualquer resultado desses medicamentos.

Por que? Porque as causas da depressão têm sido excessivamente simplificadas e os medicamentos desenvolvidos para tratá-la estão focados no alvo errado, de acordo com uma nova pesquisa feita na Universidade Northwestern (EUA).

Segundo os pesquisadores, os antidepressivos atuais são como flechas tentando acertar os anéis externos de um alvo, e não o seu centro.

Nem estresse e nem neurotransmissores

O trabalho, apresentado pela Dra. Eva Redei, parece derrubar duas "crenças" fortemente estabelecidas na comunidade científica sobre a depressão.

Uma delas é a de que os eventos estressantes da vida são uma das principais causas da depressão. A outra é que um desequilíbrio nos neurotransmissores no cérebro desencadeia sintomas depressivos.

Os dois resultados são significativos porque essas "crenças" formam a base fundamental sobre a qual foram desenvolvidos os medicamentos atualmente usados para tratar a depressão. O que agora é chamado de crença, até então era tido como evidência científica, que comprovaria a eficiência dos tratamentos atuais.

Estresse não causa depressão

A Dra. Eva e seus colegas encontraram fortes evidências moleculares que destroem o dogma de que o estresse é a principal causa da depressão. A nova pesquisa revela que não há quase nenhuma sobreposição entre os genes relacionados ao estresse e os genes relacionados à depressão.

"Este é um estudo gigantesco e estatisticamente muito forte," disse ela. "Esta pesquisa abre novas rotas para o desenvolvimento de novos antidepressivos que poderão ser mais eficazes. Não surgiu nenhum antidepressivo baseado em algum conceito novo nos últimos 20 anos."

Os pesquisadores usaram uma tecnologia chamado microarray para isolar e identificar os genes específicos da depressão em animais de laboratório preparados para replicar várias anormalidades comportamentais e fisiológicas encontradas em pacientes com depressão grave. Depois de décadas de desenvolvimento, os cientistas afirmam que estes são os ratos mais deprimidos do mundo.

De um total de 30.000 genes no microarray, os pesquisadores descobriram aproximadamente 254 genes relacionados ao estresse e 1.275 genes relacionados com a depressão, com uma coincidência de apenas 5 genes entre os dois grupos.

"Esta sobreposição é insignificante, uma porcentagem muito pequena," diz a pesquisadora. "Esta descoberta é uma evidência clara que, ao menos nos modelos animais, o estresse crônico não causa as mesmas alterações moleculares que a depressão causa."

Antidepressivos tratam o estresse e não a depressão

A maioria dos modelos animais usados pelos cientistas para testar os antidepressivos é feita com base na hipótese de que o estresse causa a depressão.

"Eles estressam os animais e acompanham seu comportamento," diz a Dra. Eve. "Então eles manipulam o comportamento dos animais com drogas e dizem, 'Ok, estas funcionarão bem como antidepressivos.' Mas eles não estão tratando a depressão, eles estão tratando o estresse."

Esta é uma das principais razões pelas quais os antidepressivos não estão dando resultados, segundo ela.

A pesquisa agora está iniciando uma nova pesquisa para encontrar os genes que diferem entre os animais com depressão, a fim de limitar os alvos para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Antidepressivos focam o efeito e não a causa

Segundo o estudo, outra razão pela qual os antidepressivos atuais são frequentemente ineficazes é que eles são projetados para reforçar os neurotransmissores com base na explicação molecular tradicionais da depressão, que afirma que a depressão é o resultado de baixos níveis dos neurotransmissores serotonina, norepinefrina e dopamina.

Mas isto está errado, diz a Dra. Eve. Os eventos bioquímicos que resultam na depressão começam na verdade no desenvolvimento e no funcionamento dos neurônios, numa etapa posterior na cadeia de eventos do cérebro.

O experimento não mostrou diferenças significativas nos níveis de genes controlando as funções dos neurotransmissores. "Se a depressão estivesse relacionada com a atividade dos neurotransmissores, nós teríamos visto isto," diz ela.

"Os medicamentos antidepressivos estão focando o efeito, e não a causa," diz ela. "É por isto que leva tanto tempo para que eles apresentem resultados e porque eles não dão resultado nenhum para a maioria das pessoas."


Cuidado com os antidepressivos


Os antidepressivos são dos medicamentos mais vendidos em todo o mundo, representando muitos milhares de milhões de dólares (ou euros) de movimento anual, pelo que consubstanciam um domínio de grande apetência para as indústrias farmacêuticas, que não se coíbem de dedicar a esta classe farmacológica um marketing directo acérrimo.

O objectivo primordial dos antidepressivos é bloquear diversas facetas do mecanismo de transmissão sináptica nos neurónios, aumentando os níveis de neurotransmissores como a serotonina, a norepinefrina e a dopamina. Com este aumento pretende-se estabilizar o humor e as emoções.

Os inibidores selectivos de recaptação da serotonina costumam ser eficazes e bem tolerados pelos pacientes. Não obstante, em determinados doentes, os efeitos colaterais aparecem de forma mais agressiva e podem constar de náuseas, tonturas, vómitos, insónia, anorexia, ansiedade, disfunção sexual e muitos outros sintomas, mais ou menos incómodos e/ou incapacitantes (tanto quanto a própria patologia depressiva). Alguns antidepressivos são, inclusivamente, passíveis de incrementar o risco de tentativa de suicídio! Na verdade, há antidepressivos que fomentam pensamentos e comportamentos suicidas, que também podem ocorrer com a respectiva privação.

É comum, quando um paciente se queixa de determinados efeitos secundários da medicação antidepressiva que lhe foi prescrita (como letargia física e mental, perda do interesse e performance sexual e ganho mensurável de peso) que é mesmo assim e que há que habituar-se a viver com eles. Ora, soa a paradoxo que a cura tenha consequências tão ou mais perniciosas que o mal…! Quer, então, dizer que a depressão é uma dupla sentença? Não faz sentido! O fraco bem-estar que se conseguiu e todo o trabalho da auto-estima não se podem desvanecer deste modo…Até porque um tal cenário seria palco de abandono da terapêutica medicamentosa (ninguém precisa de juntar o inútil ao desagradável!), o que resultaria em novos sintomas.

Os relatórios estatísticos dão conta que entre 30 e 80 por cento dos doentes medicados sofrem efeitos secundários graves que lhes embargam a concretização das aptidões profissionais e relacionais.

A questão dos efeitos secundários dos antidepressivos está ainda pouco explorada, mas é certo que eles constituem agentes de grande potência, capazes de originar alterações de monta nos sistemas neuroquímico e hormonal. Os danos colaterais decorrem do impulso inato do organismo para reencontrar o equilíbrio desencadeado pelos remédios.

As grávidas devem ter especial cuidado na administração de fármacos deste tipo, pois o perigo de terem filhos com hipertensão pulmonar persistente severa é bem real. Nestes casos, a falha respiratória pode ser fatal.

Já existem terapias alternativas aplicadas ao tratamento da depressão. O ideal seria encontrar aqui a resposta para os problemas depressivos, uma vez que não comportam efeitos indesejáveis. Ninguém se deve conformar com “meia vida” só porque sofre de depressão e está a fazer um programa de recuperação pela via medicamentosa. Uma pessoa que decide restabelecer-se da sua doença aspira à felicidade e à satisfação pessoal, à vitalidade, a uma imagem pessoal positiva e à merecida qualidade de relações com outros seres humanos. Sobreviver à depressão veta a verdadeira vida! Não somos robots…


Novo estudo questiona eficácia de antidepressivos


2010 - O antidepressivo é o medicamento mais receitado nos Estados Unidos, mas um estudo publicado nesta quarta-feira questiona sua eficácia com os pacientes que sofrem de casos mais leves de depressão.

Os autores da pesquisa, publicada no Journal of the American Medical Association, estudaram os dados de seis análises clínicas com 718 pacientes, que tomaram aleatoriamente antidepressivos ou placebo. Os antidepressivos foram mais eficazes que o placebo só para os pacientes com depressão aguda, que representavam 40% do total.

Robert DeRubeis, psicólogo da Universidade da Pensilvânia e co-autor do relatório, lembra no estudo que os casos muito graves representam menos de 30% das pessoas que procuram tratamento.Em declarações ao jornal The Washington Post, o psicólogo diz que é preciso "tomar nota e perguntar sobre os custos e os benefícios" dos antidepressivos.

O especialista assinala que os resultados do estudo deveriam ser levados em conta pelos médicos na hora de receitar antidepressivos nos casos mais leves, moderados e até nos mais sérios. Em vez isso, segundo DeRubeis, os médicos deveriam considerar alternativas que não envolvam remédios, como o exercício e a psicoterapia.

Karein Riley, porta-voz da Agência de Alimentos e Remédios (FDA), afirmou em comunicado que a análise é "útil".

Um estudo mais amplo, publicado em fevereiro de 2008, havia alcançado conclusões similares às do divulgado hoje. Nesse estudo, os pesquisadores utilizaram dados de todas as análises clínicas entregues à FDA para a obtenção de licenças para medicamentos como Prozac, Effexor e Paxil.

 

"Antidepressivos naturais" ajudam a curar tristeza e depressão leve


Iara Bidermann 2009 - Tristeza, desânimo, depressão: quando as coisas começam a tornar-se sombrias ou fica mais difícil levar a vida, é preciso procurar ajuda. Normalmente, a melhor estratégia é combinar diferentes medidas -por exemplo, uso de remédios ou substâncias com princípios ativos, medidas de autocuidado (como alimentação adequada e prática de exercícios) e apoio psicoterápico. Em caso de depressão intensa, que, diferentemente da tristeza comum, é doença, o uso de medicamentos sintéticos pode ser indicado.

Mas, para depressão leve ou moderada, há opções de antidepressivos naturais que podem ter efeito. A Folha relacionou dez desses itens, que podem levantar o ânimo ou ajudar no tratamento da depressão. Oito deles têm algum grau de evidência -como critério, foram utilizadas meta-análises (revisões de vários estudos) da organização Cochrane, rede global dedicada à revisão de pesquisas na área de saúde. Dois são controversos e precisam de mais estudos sobre sua eficácia e segurança.

Exercícios

O exercício estimula a secreção de endorfinas, que causam sensação de bem-estar. "Além disso, melhora a circulação e a oxigenação do cérebro. E tem efeitos indiretos em sintomas ligados à depressão, como a qualidade do sono", diz Frederico Navas Demetrio, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Em geral, acredita-se que os exercícios de maior intensidade sejam mais eficazes. Mas, na revisão de 25 estudos feita pela organização Cochrane, que confirmou que a atividade física melhora os sintomas de depressão, os pesquisadores afirmaram que não há evidência sobre qual tipo de exercício é mais eficaz. O que costuma funcionar melhor é praticar uma atividade física que dê prazer.

5 HTP (hitroxi-triptofano)

O triptofano é um aminoácido essencial, encontrado especialmente em alimentos proteicos, como carnes e laticínios. Não é produzido pelo corpo e precisa ser adquirido via alimentação. Esse aminoácido leva à produção de serotonina, neurotransmissor relacionado ao prazer e ao bem-estar.

Por isso, a suplementação de 5 HTP pode ser usada em alguns casos de depressão e tristeza. "É mais indicado para quem tem a deficiência do nutriente, causada, por exemplo, por dietas vegetarianas pobres em proteínas. Uma alimentação equilibrada supre as necessidades de triptofano", diz Vânia Assaly, endocrinologista e nutróloga, membro da International Hormone Society.

Para ela, o suplemento age especialmente na melhora do sono, na redução da voracidade noturna e em transtornos leves de humor. Os suplementos dietéticos de 5 HTP são produzidos principalmente a partir de uma planta africana, a Griffonia simplicifolia.

Em uma meta-análise, pesquisadores da Cochrane encontraram evidências de que o 5 HTP é melhor do que placebo para aliviar sintomas da depressão. Notaram, porém, que a maioria dos estudos não atingiu todos os critérios de qualidade e que mais pesquisas devem ser feitas para verificar possíveis efeitos adversos.

Segundo Frederico Demetrio, do HC, os primeiros estudos com 5 HTP foram interrompidos porque seu uso provocou dores musculares, mas elas foram atribuídas a impurezas no produto utilizado. "Em tese, o 5 HTP de boa qualidade, purificado, pode funcionar."

Porém, o 5 HTP pode interagir com antidepressivos sintéticos, levando à concentração excessiva de serotonina. É contraindicado, ainda, para pacientes com tumores malignos ou doenças cardiovasculares.

Meditação

Estudos mostram que a meditação produz mudanças no cérebro, como a redução ou o aumento da atividade de certas regiões. "A hipótese é que reduza hormônios como o cortisol, diminuindo a ansiedade, e promova liberação de endorfinas, ligadas à sensação de prazer", diz José Roberto Leite, coordenador da unidade de medicina comportamental da Unifesp.

Em 15 pesquisas analisadas pela organização Cochrane, pessoas que meditaram apresentaram melhora da depressão em comparação com as que não fizeram nenhum tratamento. O estudo concluiu que a técnica tem potencial para ser o tratamento inicial do problema, especialmente para pessoas jovens, com o primeiro episódio de depressão ou com quadro considerado bem leve.

Para Leite, os maiores cuidados devem ser tomados com pessoas com tendências autodestrutivas, como pensamentos suicidas. "São casos em que é preciso muito acompanhamento, e a meditação não pode ser o tratamento principal."

Ele diz que, em geral, a meditação é uma técnica eficaz e de baixo custo para diminuir os sintomas e reduzir as reincidências do distúrbio. Para ter efeito, ele recomenda que seja praticada, no mínimo, quatro vezes por semana. "No início, a pessoa pode praticar por cinco a oito minutos. Em uma semana, ela já consegue meditar por dez minutos e vai aumentando gradativamente até chegar a 30 minutos, o que é suficiente para obter os efeitos", diz Leite.

Fototerapia

A exposição à fonte de luz artificial intensa é um tratamento comprovado para a depressão sazonal -que ocorre no inverno, quando o período de luz solar diminui. É frequente em países mais distantes do Equador, em que os dias se tornam muito curtos nos meses frios. No Brasil, é menos comum.

Na fototerapia, uma lâmpada fluorescente de pelo menos 2,5 mil lux (unidade de medida de luz) é colocada perto dos olhos da pessoa, sem que essa precise olhar diretamente para a lâmpada. As sessões duram cerca de 30 minutos por dia.

Segundo Rubens Pitliuk, neuropsiquiatra do hospital Albert Einstein, a fototerapia também pode ajudar em outros casos de depressão, se os sintomas pioram em dias cinzentos.

Uma revisão de 20 estudos concluiu que traz benefícios discretos, mas promissores, também para casos de depressão não sazonal, quando usada com outros tratamentos.

É possível adquirir aparelhos de fototerapia para uso em casa, mas deve haver orientação médica. Também é importante usar aparelho que não emita raios ultravioleta.

Suplementos de vitaminas B12 e B9 (ácido fólico)

As vitaminas B12 e B9 são essenciais para a fabricação de diversos neurotransmissores e atuam como modulares dos sistemas neurológico e hormonal. Em pessoas deprimidas, pode ser observada uma diminuição dos níveis desses nutrientes presentes no sangue.

A suplementação dessas vitaminas pode aliviar sintomas de depressão e potencializar efeitos de medicamentos antidepressivos. Costuma ser indicada para pacientes com sintomas de deficiência nutricional e alcoólatras (que normalmente apresentam deficiência de nutrientes e, em especial, falta de vitamina B 12).

Uma análise de estudos realizada pela Cochrane, envolvendo um total de 151 pessoas, indicou que o uso de vitamina B9 (ácido fólico) em conjunto com outros tratamentos diminui o grau de depressão dos pacientes. No entanto, os estudos não mostram se o efeito ocorre tanto em pessoas com deficiência do nutriente quanto nas com níveis normais de vitamina B9.

Em caso de desânimo ou tristeza não patológica sem causas aparentes, pode ser investigada a falta dessas vitaminas por meio de exame de sangue. Nessa circunstância, a suplementação pode ser suficiente.

Nos casos de depressão, é necessário corrigir a deficiência, se constatada, mas a suplementação é considerada um adjuvante do tratamento, e não o foco principal.

Em pacientes que não estão respondendo aos tratamentos, é recomendado checar os níveis dessas vitaminas encontrados no sangue e a suplementação pode auxiliar na obtenção de resultados.

Aparentemente, não há efeitos adversos e interações medicamentosas com o uso de suplementos de vitaminas B9 e B12. O excesso desses nutrientes no organismo é eliminado naturalmente pela urina.

Erva-de-são-joão

O extrato da erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L) é um dos chamados antidepressivos naturais mais estudados. Porém, seu mecanismo de ação ainda não está totalmente esclarecido. "Aparentemente, seus princípios ativos têm ação semelhante à dos [medicamentos sintéticos] inibidores da recaptação de serotonina", diz Frederico Demetrio, do HC de São Paulo.

A serotonina é um neurotransmissor que modula o humor e provoca bem-estar. Baixos níveis da substância estão relacionados aos quadros de depressão. Os inibidores de recaptação aumentam a disponibilidade da serotonina no sistema nervoso central.

Uma meta-análise feita pela organização Cochrane concluiu que o extrato de erva-de-são-joão tem efeito superior ao do placebo e similar ao dos medicamentos sintéticos no tratamento de depressão leve a moderada. Foram analisados 29 estudos, que incluíam, no total, 5.489 pacientes.

Os autores ressaltam que, como há grande variedade de produtos à base de erva-de-são-joão no mercado, os resultados só são aplicáveis para as preparações testadas nos trabalhos incluídos na meta-análise. "É preciso usar extrato de qualidade com as concentrações adequadas dos princípios ativos da planta", diz Demetrio.

Segundo o psiquiatra, o uso e a dosagem devem ser indicados e supervisionados por médicos, e os efeitos começam a ser percebidos após duas semanas, aproximadamente.

O mais importante é saber que a erva-de-são-joão interage com outros medicamentos e não pode ser usada com alguns deles. "O uso associado a outros antidepressivos, por exemplo, pode levar à síndrome serotoninérgica [concentração excessiva de serotonina], que causa de mal-estar a alucinações", afirma Demetrio.

O mesmo pode ocorrer com alguns remédios usados para emagrecimento.

O extrato também diminui a absorção de remédios anticoagulantes e de algumas drogas quimioterápicas, prejudicando o tratamento.

Entre os efeitos adversos, a erva-de-são-joão pode aumentar a fotossensibilidade -causando manchas e eczemas na pele com a exposição à luz- e causar secura na boca e constipação intestinal.

Acupuntura

A acupuntura busca reequilibrar a chamada "energia vital" por meio da estimulação de pontos específicos do corpo. A depressão, dentro dessa perspectiva, é entendida como um desequilíbrio no fluxo energético entre os órgãos. Restaurar esse fluxo e a saúde geral do indivíduo é uma estratégia para lidar com estados de desânimo.

Martius Luz, do setor de medicina chinesa e acupuntura da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que, além da restauração de energia, acredita-se que a acupuntura gere respostas no sistema nervoso central que estimulam a produção de serotonina.

Embora não existam estudos suficientes para comprovar essa teoria, há pesquisas populacionais indicando que as pessoas propensas a usar técnicas de medicina complementar obtêm resultados no tratamento da depressão com acupuntura.

Uma revisão de sete estudos envolvendo 517 pessoas avaliou que não há evidência de que os medicamentos sintéticos sejam melhores do que a acupuntura para diminuir os sintomas de depressão. Por outro lado, os pesquisadores dizem não ter dados para concluir sobre a eficácia da acupuntura por si só.

Para Luz, a acupuntura pode ser usada isoladamente ou com outros tratamentos. O suporte emocional, como a psicoterapia, é importante para o sucesso do tratamento.

Os efeitos começam a surgir após cerca de cinco aplicações, mas podem demorar mais, dependendo da saúde geral e do grau de depressão do paciente. "Para alguns, são necessárias 15 aplicações", afirma Luz.

GH e melatonina são tratamentos controversos

A utilização de hormônio do crescimento (GH) e de melatonina para quadros de depressão pode surtir algum efeito em casos específicos, mas não há evidências suficientes sobre os efeitos positivos e a segurança de uso dessas substâncias.

"O hormônio do crescimento só deve ser utilizado em pessoas que têm deficiência comprovada da substância. Nesse caso, pode ter efeito benéfico nos sintomas da depressão, mas só deve ser usado com indicação e controle médico, porque há risco de vários efeitos indesejáveis", afirma a endocrinologista Vânia Assaly.

De acordo com Frederico Demetrio, do Hospital das Clínicas de São Paulo, o déficit do hormônio de crescimento é difícil de ser medido, porque a secreção da substância varia muito durante o dia. "O hormônio do crescimento tem efeitos colaterais perigosos e é usado indevidamente, como anabolizante, por exemplo. De fato, ele causa hipertrofia muscular, e isso inclui o músculo cardíaco, o que pode levar a problemas no coração e ao infarto", diz ele.

O GH também pode causar diabetes, tem interações perigosas com vários medicamentos, como os contra o câncer, e traz riscos renais.

A melatonina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo que regula o ciclo sono-vigília. "A sincronização do sono pode, teoricamente, ajudar no tratamento, já que problemas para dormir são sintomas importantes da depressão", afirma Demetrio.

Os efeitos especificamente antidepressivos da melatonina também estão sendo estudados, e um medicamento para depressão que atua nos receptores de melatonina está em fase de pesquisa.

Assaly lembra que a venda da melatonina é proibida no Brasil: a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu parecer desfavorável à análise de eficácia e segurança do produto. No entanto, em alguns países, como os EUA, a melatonina é um suplemento de venda livre.

 

ANTIDEPRESSIVOS - A SOCIEDADE SOBREMEDICALIZADA

Ana Maria Ribeiro Rodrigues - Os antidepressivos sao, atualmente, largamente aceitos pela população em geral, partindo da  pressunção de que o distúrbio depressiov é devido a um desequilíbrio bioquímico cerebral, pelo que vários profissionais prescrevem os ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina). NO entanto, ainda  não existe evidencia científica da existencia real desetes mesmos défices. Assim, esta concepçao é maijoritariamente benéfica para as indústrias farmacêuticas, que visam apenas a obtenção de lucros, ignorando as consequencias adversas e nefastas que muitas destar drogas provocam. Assim, os antidepressivos nao curam, mas causam estes mesmos desequilíbrios bioquímicos. Como tal, torna-se necessária uma visão desmedicalizada da depressão.

A pressunção de que a depressao é provocada por um desequilíbrio bioquímico tem vindo a ser promovida por diversas organizações, tais como companhias farmaceuticas, corporações profissionais e instituições governamentais. Como tal, cada vez mais pessoas percepcionam o seu problema como uma consequencia bioquímica, o que é visível nos EUA em que 11% das mulheres e 5% dos homens tomam antidepressivos.

Porém nao sao conhecidos quais são estes desequilíbrios bioquímicos. os únicos conhecidos nos cérebros dos pacientes sao aqueles que sao provocados pelos psiquiatras através da prescrição das drogas. Os psiquiatras nao tiram sangue ou fazem outros exames para determinar a presença destes desequilíbrios - limitam-se a observar os doentes, encorajando-os a tomar as drogas (Breggin & Cohen, 1999). Alem de a seratonina nao poder ser medida diretamente, as medidas indiretas também nao mostram qualquer padrão consistente nas pessoas deprimidas. De fato, até os profissionais admitem que não existe qualquer prova de que a depressão é causada por uma anormalidade no sistema neurotransmissor da serotonina (Moncrieff, 2007b). Como atal, estas drogas nao corrigem estes desequilíbrios - atuam da mesma forma em humanos, animais, pessoas saudáveis e pacientes diagnosticados (Breggin & Cohen, 1999).

Assim, este modelo do desequilíbrio bioquímico não é popular devido a sua forte corroboração empírica, mas devido a determinadas entidades, como as companhias farmaceuticas, pois afirmam a necessidade de se recorrer a psicofarmacos como meio de corrigir estes desequilíbrios ( Moncrieff, 2007b). Assim, autores como Moncrieff e Cohen (2006) defendem antes um modelo centrado na droga/farmaco - as próprias drogas causam estados mentais anormais que podem originar sintomas psiquiátricos, variando de acordo com a sua classe.

Deste modo, a metáfora do desequilíbrio bioquímico é uma coadjuvante poderosa no marketing dos psicofarmacos (Moncrieff, 2007b). Alias, ha evidencias de que muitas corporações e companhias farmaceuticas enganam o público quanto a segurança dos seus produtos. Peter Breggin, ao ver os documentos internos da Eli Lily & Co., encontrou várias informações que foram escondidas da Food and Administration (FDA) e da profissão médica, em que rotularam de forma erronea e sistemática diversos tipos de reações ao Prozac, para que não viessem a ser conhecidas publicamente. (Breggin, 2001)

A Depressão

A depressão é uma resposta emocional a vida quotidiana, caracterizando-se por um sentimento de um peculiar tipo de infelicidade que envolve a desesperança, a vergonha, e a culpa, a crença de nao mercer ser feliz e uma perda de interesse na vida. Mas tal é comum ser encontrado em crianças abusadas, em adultos que perderam o emprego ou pessoa amada, na dor cronica, sendo uma resposta humana natural a perda emocional e ao dano. Mesmo quando os sentimentos depressivos sao mais externos/elevados, estes tem causas objectivas - divórcio, a incapacidade de abandonar um casamento infeliz, a morte de um ente querido, entre outros. A depressão é, sobretudo, um sinal de que as nossas vidas nao estao bem. (Breggin, 2001)


Ação dos ISRS

Os inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina atuam mediante o bloqueio da reabsroção da serotonia, levando a que uma quantidade excessiva de serotonina se acumule nas sinapses. Com mais serotonina na sinapse, a atividade do sistema irá aumentar (Breggin, 2001)

Efetivamente, o Instituto Nacional para a saude e Excelencia CLínica (NICE) recomendou que a utilizaçao de antidepressivos, mais concretamente destes ISRS, devia ser um tratamento de primeira linha para a depressão moderada e severa. COntudo, numa revisão posterior realizada por este instituto verificou-se que estes nao possuiam resultados clinicamente mais significativos do que os placebo, como ja fora encontrado em outras meta análises. Alem disso, a evidencia de que estes seriam mais efetivos nas condições mais severas não é significativa. TAnto nas crianças como nos adultos, deve, então, ser analisada a questão da tomada dessas drogas devido a possibilidade de estas incrementarem a idéia suicida e outros efeitos adversos. (Moncrieff, 21005)

Não existe assim, evidencia para acreditar que os antidepressivos atuam especificamente na depressão ou nos sentimentos depressivos, tendopouco ou memso nenhum efeito terapeutico (Breggin, 2001), bem como são drogas aprovadas pela FDA no tratamento de outros distúrbios - ansiedade, panico, disturbios alimentares, tensão pre mestrual, stress, perturbação de stress pos traumático, e perturbação obsessivo compulsiva (Lecasse & Leo, 2005)

Limitações da Teoria Serotonimérgica

De acordo com Peter Breggin (2001) é uma teoria demasiado simplista quando o cérebro é demasiado complexo. O cérebro sente este aumento anormal da sertonina nas sinapses e tenta, de várias formas, reverter este processo. A partir da primeira dose de um ISRS, as células serotoninérgicas param a produção. Alguns estudos demonstram que este mecanismo de cancelamento da produção pode continuar, indefinidamente, em determinadas zonas cerebrais. Além, disso, o cérebro compensa esta paragem ao tornar-se menos sensível aos efeitos da serotonina, levando a que os receptores acabem mesmo por morrer e dsesaparecer. Em algumas regiões cerebrais, estas perdas podem ser de 40% a 60% dos receptores de serotonina. No entanto, estas mudanças cerebrais compensatórias podem elas próprias tornar-se uma fonte persistente de disfunção - o cérebro do indivíduo torna-se permamentemente anormal (Breggin, 2001)

É de se salientar ainda que drogas como Prozac, Paxil, e Luvox, produzem uma hiperatividade do sistema da serotonina, e, como os nervos da serotonina se espalham por todo o cérebro, os efeitos sao generalizados para outros sistemas neurotransmissores como a dopamina. Assim, ao tentar ultrapassar os efeitos das drogas psiquiátricas, o cérebro torna-se distorcido no seu funcionamento, podendo até nunca recuperar as suas funções originais quando se acaba com a toma da medicação ( Breggin & Cohen, 1999)

Embora as companhias farmaceuticas tenham gasto milhões de dólares na demonstração dos efeitos dessas drogas no cérebro, nao investiram nada naquela que é, provavelmente, das questões mais importantes: "SERÁ QUE O CÉREBRO ALGUMA VEZ SE RECUPERA DESSES EFEITOS???"(Breggin, 2001)

Conclusão

A toma de antidepressivos é com um tiro no escuro, uma crença química numa região ainda com muito para explorar que é o nosso cérebro (Breggin, 2001). Muitas pessoas podem esolher esta alternativa porque desconhecem a existencia de outras opções ou porque perderam a fé em si mesmas e na capacidade de outras pessoas as ajudarem (Breggin & Cohen, 1999)

Contrariamente ao que a moderna psiquiatria afirma, nao existe nenhuma medicação que funcione como uma bala mágica que atue diretamente na depressão e a cure pelo próprio doente. Cada um de nós tem uma história de vida única e cada um tem as suas razões paa se sentir deprimido (Breggin, 2001)

Em suma, é necessária uma abordagem desmedicalizada da depressão (Moncrieff & Cohen, 2006)

 

O uso de alguns antidepressivos aumenta incidência de comportamento suicida em crianças e adolescentes

2005 - A Agência Euporéia de Medicamentos (EMEA), por meio do Comitê de Medicamentos para uso Humano (CHMP), fez uma análise do risco/benefício do uso de medicamentos inibidores seletivos da recaptacão da serotonina (ISRS) e outros antidepressivos em crianças e adolescentes, devido à possível ligação entre estes medicamentos e o comportamento suicida em pacientes pediátricos.

O estudo confirma contra-indicação do uso de paroxetina em crianças e adolescentes abaixo de 18 anos.

A análise realizada pelo EMEA incluiu os seguintes princípios ativos: citalopram, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina, mianserina, mirtazapina, reboxetina e venlafaxina. Nos ensaios clínicos controlados, observou-se que o comportamento suicida (tentativa ou intenção de suicídio) e a hostilidade (comportamento agressivo) ocorre mais freqüentemente no grupo das crianças e adolescentes tratados com antidepressivos do que com placebo.

O EMEA adverte que estes antidepressivos não devem ser usados em crianças e adolescentes, exceto para indicações terapêuticas especificamente aprovadas para cada grupo de pacientes. Em casos isolados, e baseado em uma necessidade clínica individual, o médico poderá vir a fazer uso desses medicamentos. No entanto, o CHMP recomenda que crianças e adolescentes sejam monitorados cuidadosamente no aparecimento de distúrbios suicidas e hostilidade, especialmente no início do tratamento.

O tratamento não deve ser interrompido sem consultar o médico, devido ao risco de sintomas1 de abstinência tais como alterações do sono e da ansiedade. Quando o tratamento é interrompido, a dose deve ser reduzida gradualmente durante semanas ou meses de acordo com orientações médicas.


Os Perigos do anti depressivos


16 de abril de 2007; Blacksburg, Virginia: Cho Seung-hui vai a um rampage, matando 33 e ferindo mais de 2 dúzia de estudantes. Uma pesquisa de seus pertences revela que ele estava usando anti depressivos.

20 de abril de 1999; Littleton, Colorado: Eric Harris e Dylan Klebold, armados com facas, pistolas e bombas mata 13 estudantes na Columbine High School 23 e ferida antes do abate si próprios. Eric Harris foi tomando Luvox. Dylans registros médicos foram reprimidas.

Apenas dois dos inúmeros incidentes em que os autores eram sedados com drogas anti-depressores. A FDA exige SSRIs transportar uma caixa preta rótulo advertência sobre o risco de tendências suicidas ea violência especialmente em jovens com idades compreendidas entre os jovens. Homicídio, suicídio e bizarro comportamento está ligado ao anti depressivos. Apesar destes perigos, os médicos continuam a prescrever esses medicamentos de uma forma consistente.

14 de setembro de 1989: Joseph Wesbecker foi para o trabalho desportivo uma AK-47 e de 8 trabalhadores mortos e 12 feridos antes de cometer suicídio. Ele foi tomar Prozac.

Evidentemente, os jovens não são os únicos a sofrer os efeitos da mente-alterando anti depressivos. Assassínio e violência têm ocorrido no local de trabalho também. Os autores podem ser plena-cresceu adultos.

14 de novembro de 1991: Thomas McIlvane, um ex-trabalhador postais tiro 9 e matou três pessoas em seu antigo local de trabalho. Ele próprio tiro na cabeça. Ele foi tomar Prozac.

Com tantos fatos que você tem que perguntam por essas drogas ainda estão no mercado. Apesar dos indícios de montagem, alguns estados crianças necessitam ser testados para a depressão e por isso podem ser prescritos anti depressivos. Ninguém está imune, nem mesmo os idosos!

10 de janeiro de 2001: 81 anos de idade, Anthony Dalesandro stabbed sua mulher com uma faca cozinha, enquanto ela estava dormindo. Eles tinham sido casada 50 anos. Ele estava tomando vários medicamentos, incluindo Prozac.

Essa violência não se limita aos tiroteios e stabbings. Incendiários tem sido um dos principais atos de violência em que pessoas inocentes queimados à morte.

2 de abril de 1997: Christopher Hogan e seu primo puseram fogo a um apartamento edifício onde três pessoas morreram. Chris estava tomando Prozac e Ritalin.

O que é preciso para a América para perceber o perigo do uso dessas drogas? Não há alternativas. A depressão pode ser tratada naturalmente com St. Johns Wort sem efeitos secundários. Ainda não ergue-se um som de alarme e enquanto muitas pessoas morrem nas mãos de droga infundida parentes e amigos.

16 de novembro de 2005: Frank Sanabria ataques policiais com uma faca de 15 polegadas cozinha. Ele foi morto a tiros. Ele tinha acabado de ser prescrito Wellbutrin.

Há apenas uma razão pela qual essas drogas perigosas ainda estão na prateleira. Eles puxar a milhares de milhões de dólares para as empresas farmacêuticas que o seu fabrico. E uma vaca Big Pharma dinheiro não está disposta a dar-se tão facilmente. Quando se trata de uma escolha entre a preservação da vida ou fazer inédito lucros, Big Pharma está disposta a ignorar os elementos de prova. Big Pharma é a prática de actividades criminosas.

14 de abril de 2000: Elizabeth Cooper, um respeitado professor, 15 conjuntos incêndios e uma seqüência de assaltos cometidos durante um período de duas semanas. Ela dirigia seu carro em uma casa. Verificou-se que ela tinha sido tomar antidepressivos durante duas semanas, nesse mesmo período.


Paciente dependente de antidepressivo deve ser indenizado


2008 - O laboratório Servier do Brasil deve pagar R$ 100 mil de indenização a um paciente que ficou dependente do remédio Survector. A determinação é do Superior Tribunal de Justiça. A bula indicava como efeito pretendido melhora de memória. Mas, com o passar do tempo, a empresa modificou a bula do antidepressivo sem avisar devidamente a população.

O princípio ativo do medicamento é o cloridrato de amineptina. A bula, que inicialmente era omissa, passou a alertar para o risco de insônia, transtornos mentais e riscos de suicídio, efeitos sentidos pelo consumidor, um professor de um cursinho de Brasília que começou tomar a medicação em 1989. Seu objetivo era melhorar a atividade intelectual, mas logo foi surpreendido por uma dependência química que alterou a sua qualidade de vida.

De acordo com o processo, o Survector foi inicialmente comercializado de forma livre, mas passou a medicamento controlado, exigindo-se primeiro a receita branca e, ao final, a azul. O professor alegou que, quando tomou ciência dos efeitos adversos, já estava dependente. A bula permaneceu inalterada por mais de três anos. Por isso, ele ingressou com pedido de indenização por danos morais e materiais.

O dano moral foi concedido na primeira instância. Já a segunda instância excluiu essa indenização com o argumento de que a culpa seria unicamente da vítima, que consumiu medicação sem o devido acompanhamento médico. Os danos materiais foram afastados por não ficarem devidamente comprovados.

A empresa alegou que o perigo seria um risco do próprio medicamento, sendo compensado pelos benefícios por ele trazidos aos pacientes quando corretamente utilizado. A empresa argumentou, ainda, que o medicamento somente poderia ser adquirido com prescrição médica, atitude ignorada pelo professor.

O cloridrato de amineptina causou polêmica desde sua introdução no mercado. A Organização Mundial da Saúde recomendou restringir sua fabricação e distribuição em 2003. O relatório do órgão alertava quanto aos problemas causados.

Segundo a ministra Nancy Andrighi, voto vencedor na 3ª Turma, é temerário dizer que o princípio ativo do Survector é uma substância segura. Segundo a ministra, a ausência de advertência da bula que acompanha um medicamento com tal potencial de gerar dependência é no mínimo publicidade enganosa, caracterizando culpa do laboratório, suficiente para gerar seu dever de indenizar.

A ministra acentuou que a questão se agrava por não constar que o laboratório tenha feito um grande comunicado, alertando os consumidores das novas descobertas e do risco que a droga trazia. A alteração da recomendação para o medicamento resumiu-se à renovação da bula e, posteriormente, à nova qualificação do medicamento, comercializado com tarja preta. “É pouco”, sintetizou a ministra.

 

fonte: BBC
       Reuters
       http://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivo
       http://saude.hsw.uol.com.br/antidepressivos2.htm
       http://www.adepressao.com/escolha-do-anti-depressivo.html
       http://www.copacabanarunners.net/antidepressivos.html
       http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/por-que-antidepressivos-falham-tanto-19012010-16.shl?2
       http://consciencianodiaadia.com/2009/09/25/
       http://www.diabetes.org.br/sala-de-noticias/
       http://www.emtr.com.br/alimentos_antidepressivos.htm
       http://www.diariodasaude.com.br/
       http://www.ruadireita.com/saude/info/cuidado-com-os-antidepressivos/
       FOLHA ONLINE
       http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna
       http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/TL0113.pdf
       Agencia Espanhola de Medicamentos e protudos sanitários
       http://gratisblogs.net/medicina/os-perigos-do-anti-depressivos/
       http://www.conjur.com.br/2008-ago-23/dependente_antidepressivo_indenizado