QUALIDADE DE VIDA

Estrogênio

estrogenio1Função- A produção desse hormônio começa na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher, e vai até a menopausa. A falta de estrogênio causa as ondas de calor ou fogachos em aproximadamente 75 a 80 % das mulheres. O estrógeno induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam,....

faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem; provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem são devido ao estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo.

O estrógeno também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade; já o homem tem um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos.

O estrógeno tem outros efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.


Efeitos da falta do estrogênio


O estrógenio é responsável pela textura da pele feminina e pela distribuição de gordura. Sua falta causa a diminuição do brilho da pele e uma redistribuição de gordura corporal para partes caracteristicamente mais masculinas, ou seja, na barriga. É a falta de estrógenio que causa a secura vaginal, que acaba por afetar as relações sexuais ao tranformá-las em algo desagradável e doloroso.

O estrógeno também é relacionado ao equilíbrio entre as gorduras no sangue, colesterol e hdl-colesterol. Estudos mostram que as mulheres na menopausa têm uma chance muito maior de sofrerem ataques cardíacos ou doenças cardio-vasculares.

Uma outra alteração importante na saúde da mulher pela falta de estrógeno é a irritabilidade e a depressão. Por último o estrógeno é responsável pela fixação do cálcio nos ossos.

Após a menopausa, grande parte das mulheres passa a perder o cálcio dos ossos, doença chamada osteoporose, responsável por fraturas e por grande perda na qualidade de vida da mulher.

Estudos recentes têm associado a falta de estrógeno ao Mal de Alzheimer.


Outros efeitos:

causa estimulação dos seios

aumento da gordura corpórea

depressão

dor de cabeça, por causa dos vasos dilatarem e o aumento de seu diâmetro provoca dor de cabeça.

interfere nos hormônios da tiróide

aumenta os coágulos no sangue

diminui a libido

ressecamento vaginal

enfraquece o controle do açúcar no sangue

perda de zinco de retenção de cobre

reduz o nível de oxigénio em todas as células

aumenta os riscos de cancro do endométrio

aumenta riscos de cancro de mama

restringe um pouco a função dos osteoclastos

reduz o tônus vascular

aumenta riscos de doença na vesícula biliar

aumenta o risco de doenças auto-imunes

Insónia, que pode ser decorrente das ondas de calor que interrompem o sono

Aumento de rugas, por mudanças na formação da pele

reduz o libido sexual

 


Falta de estrogénio provoca aumento de peso na menopausa


2008 - Novas pesquisas sobre os efeitos da hormona sexual feminina, o estrogénio, no cérebro revelam que as alterações hormonais da menopausa provocam o aumento de peso, de acordo com um estudo da Universidade de Cincinati, EUA.

Os cientistas tentam há muito acompanhar o aumento de peso que se verifica nas mulheres de meia-idade para tentar perceber como é que a alteração nas hormonas durante a menopausa contribui para o aumento do apetite.

Numa série de experiências em ratos descrita no encontro nacional da American Chimical Society (Sociedade Norte-americana de Química), a maior sociedade científica mundial, investigadores mostraram como os receptores de estrogénio localizados no hipotálamo servem como interruptores que controlam a admissão de comida, consumo de energia e distribuição da gordura pelo corpo. Quando estes receptores são destruídos, os animais começam imediatamente a comer mais, queimar menos energia e a acumular alguns quilos.

"Esta pesquisa parece apoiar uma ligação entre o estrogénio e a regulação da obesidade, especialmente a perigosa acumulação de gordura abdominal que já se sabe estar ligada a doenças cardíacas, diabetes e cancro", disse Deborah J. Clegg, professora assistente de psiquiatria do Centro de Estudos sobre a Obesidade do Centro Médico da Universidade de Cincinati, que dirigiu os estudos. Os receptores de estrogénio estão localizados em células espalhadas pelo corpo da mulher.

Papel na regulação da comida

Estudos prévios tinham mostrado que um tipo de receptores de estrogénio, conhecido como receptor de estrogénio alpha ou ER-alpha, desempenha um papel na regulação da comida recebida e do consumo de energia, mas os cientistas não conseguiram definir exactamente onde residiam estes receptores reguladores de gordura ou como eles trabalhavam para controlar estes comportamentos. Para determinar o efeito da diminuição dos níveis de estrogénio no cérebro, Clegg e colegas estão concentrados no estudo de duas regiões ricas em ER-alpha localizadas no hipotálamo, uma área do cérebro que controla a temperatura do corpo, a fome e a sede.

Usando uma técnica para silenciar os genes, chamada interferência RNA, e para chegarem a estas conclusões, os pesquisadores desactivaram os receptores alpha na primeira destas regiões, chamada 'ventromedial nucleus' ou VMN, e que é um centro-chave para regular energia. Os receptores de estrogénio noutras regiões do cérebro mantiveram a sua normal capacidade. Quando os níveis de estrogénio no VMN baixaram, desceram também os níveis de energia e proporcionalmente diminuiu o metabolismo dos ratos usados na experiência.

A investigação mostrou então que os ratinhos desenvolveram rapidamente uma fraca tolerância à glucose e um considerável ganho de peso, sobretudo na região ventral, mesmo quando a sua admissão de calorias permanece a mesma. As descobertas sugerem que o ER-alpha nesta zona do cérebro desempenha um papel essencial no controlo da energia e sua distribuição pelo corpo e manutenção do peso normal.

Fêmeas submetidas a cirurgias

Numa demonstração do papel do estrogénio no controlo do peso e distribuição de gordura em ratos de laboratório, fêmeas adultas foram submetidas a cirurgias para indução de condições pós-menopausa, tendo sido detectado que as que não receberam suplementos de estrogénio após a cirurgia acabaram por ficar obesas. Os investigadores pretendem agora desenvolver uma experiência similar para desactivar o ER-alpha na região do 'núcleo arqueado do hipotálamo', uma zona que contém duas populações de neurónios, uma com a tarefa de pôr um travão na comida que se ingere e outra que estimula a admissão de comida.

Clegg prevê que a perda de estrogénio nesta região pode criar um aumento de apetite no animal, assim como no seu peso. "A acumulação de gordura no abdómen põe homens e mulheres num elevado risco de doenças cardiovasculares, diabetes e resistência à insulina", disse, salientando que "as mulheres estão protegidas destas consequências negativas enquanto ganharem peso nas ancas e nos ombros, mas quando passam pela menopausa e a gordura se instala no abdómen, começam a enfrentar estas complicações médicas".

Ao identificar as zonas do cérebro que determinam onde a gordura é distribuída, a investigadora afirma que as suas descobertas podem ajudar cientistas a desenhar terapias de substituição hormonal que dominem melhor os níveis de estrogénio, ajudando as mulheres a ultrapassar muitas das complicações da menopausa. A distribuição de gordura e o risco associado de desenvolver problemas cardiovasculares, diabetes de tipo-2, certos cancros e outras doenças diferem do homem para a mulher. Os homens e as mulheres pós-menopausa têm maior risco de desenvolver complicações de obesidade do que as jovens mulheres.


Estrogênio ajuda no tratamento do câncer de mama, diz estudo

2009 - Baixas doses de estrogênio ajudam a tratar algumas formas de câncer de mama, de acordo com um estudo clínico publicado no "Journal of the American Medical Association" na terça-feira (18).

Os resultados levam a uma reversão parcial na forma como o câncer de mama metastático é atualmente tratado, com medicamentos para baixar os níveis de estrogênio.

"Quando os medicamentos que reduzem estrogênio deixam de controlar o câncer de mama metastático, o oposto talvez possa funcionar", disse a equipe da Washington University School of Medicine, que realizou os testes.

Matthew Ellis, o oncologista que liderou a pesquisa, afirma que mais de 30% das mulheres que não responderam ao tratamento padrão reagiram bem a nova estratégia.

"Aumentar os níveis de estrogênio beneficiou cerca de 30% das mulheres com câncer de mama metastático que não respondiam aos tratamentos anti-estrogênios", disse.

Os efeitos colaterais do aumento de estrogênio poderão incluir dores de cabeça, inchaço, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, náuseas e vômitos. Mas Ellis afirma que esses efeitos secundários foram limitados, em comparação com outros tratamentos.

"Nós descobrimos que o tratamento por estrogênio interrompeu a progressão da doença em muitas pacientes e foi bem mais tolerado do que a quimioterapia".

"Em geral, temos demonstrado claramente que a dose baixa foi melhor tolerada do que a dose mais elevada e com a mesma eficácia no controle da doença metastática".

 

Estrogénio em excesso engorda

Emagrecer pode ser um processo difícil. Muitas vezes, por mais que se corte os excessos na alimentação e se empenhe no exercício físico, os quilinhos extras tendem a permanecer.

O problema pode estar na poluição, nos produtos de limpeza ou cosméticos que usa. Isso mesmo: pelo menos parte do seu peso extra está relacionado com esses factores.

Alguns produtos e o ar poluído contêm uma substância parecida com o estrogénio, uma hormona que o corpo produz. Trata-se do estrogénio ambiental.

O problema é que ele acaba por ser absorvido pelo corpo humano e, em grande quantidade, pode tornar-se prejudicial. “Estamos expostos a 15 vezes mais estrogénio do que estávamos há cem anos. Isso dificulta a perda de peso”, diz o americano Ori Hofmekler, autor do livro A Dieta Antiestrogénica.

Segundo ele, o estrogénio em excesso provoca reacções que levam ao acúmulo de gordura e à dificuldade de emagrecer. Este “veneno” é encontrado em pílulas anticoncepcionais, adubos, pesticidas agrícolas e embalagens plásticas de alimentos, por exemplo.

Elimine o excesso


A boa notícia é que alguns alimentos podem combater o estrogénio ambiental. Eles são saborosos e fáceis de encontrar, como bróculos, peixes, alho e cebola.

Estes alimentos são fontes de boas gorduras, que estimulam a produção de outra hormona, a progesterona. Ela neutraliza de forma natural o estrogénio. Veja alguns deles.

Bróculos, couve-flor, couve-de-bruxelas e repolho: Contêm uma substância chamada indol, que ajuda o corpo a metabolizar o estrogénio.

Linhaça, óleo de linhaça e peixes (pescados na natureza, não criados em cativeiro): São excelentes fontes de ácidos ômega-3, que neutralizam a hormona presente em outras gorduras.

Chás de camomila e maracujá: São ricos em crisina e apigenina, dois antioxidantes ligados à inibição da actividade do estrogénio.

Alho e cebola: Fontes de quercetina, um antioxidante que tem acção sobre as enzimas envolvidas na produção da hormona.

Açafrão e caril (curry): Essas deliciosas especiarias contêm curcumina, uma substância inibidora dos efeitos do estrogénio.


Estudo mostra que estrogênio auxilia tratamento de câncer de mama

2009 - O jornal francês Journal of the American Medical Association publicou um estudo clínico sobre o estrogênio. De acordo com os especialistas, baixas doses de estrogênio ajudam a tratar algumas formas de câncer de mama.

Por exemplo, quando o câncer é metastático, medicamentos para baixar os níveis de estrogênio são usados no tratamento. De acordo com o oncologista líder da pesquisa, Matthew Ellis, mais de 30% das mulheres com câncer de mama metastático, que não responderam ao tratamento padrão, reagiram bem à nova estratégia com o estrogênio.

No entanto, alguns efeitos colaterais podem surgir de acordo com o aumento de estrogênio — como dores de cabeça, inchaço, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, náuseas e vômitos.

“Este estudo é muito importante para as pacientes portadoras de câncer de mama, considerando que muitas sofrem com a quimioterapia”, reforça a fisioterapeuta e tutora do Portal Educação, Tatiana Leme.


"Álcool aumenta os níveis de estrogênio no organismo, e o câncer de mama é alimentado pelo estrogênio"


Se você foi diagnosticada com câncer de mama, pode ser melhor cortar completamente o consumo de bebidas alcoólicas, segundo pesquisadores da organização americana de saúde Kaiser Permanente. Em pesquisa com quase 2 mil mulheres, os especialistas descobriram que o câncer tem 34% mais chances de voltar em pacientes que ingerem mais de três doses de bebidas alcoólicas por semana, comparados àquelas que não bebem ou consomem menos álcool. Além disso, esse hábito aumentaria em até 51% os riscos de morte pela doença.

Acompanhando, por oito anos, voluntárias que haviam sido tratadas com sucesso para o câncer de mama em estágio inicial no período entre 1997 e 2000, os pesquisadores registraram casos de recorrência da doença em 18% delas, e de morte pelo câncer em 17,5% das pacientes. E o consumo de álcool foi associado a um maior risco de retorno da doença e de morte das participantes. Em palestra no Simpósio de Câncer de Mama de San Antonio, nos Estados Unidos, os pesquisadores destacaram, ainda, que "mulheres com câncer de mama que estão na pós-menopausa e aquelas com sobrepeso parecem ser mais suscetíveis aos efeitos do álcool".

De acordo com os autores, essa relação pode ser explicada por mudanças hormonais causadas pela bebida. "O álcool aumenta os níveis de estrogênio no organismo, e o câncer de mama é alimentado pelo estrogênio", destacou a pesquisadora Marilyn L. Kwan, co-autora do estudo. Por isso, os especialistas sugerem que as mulheres diagnosticadas com a doença limitem o consumo de álcool. "Eu diria às mulheres que não temos certeza de qual quantidade de álcool é segura, mas que seria prudente limitar o consumo, exceto em ocasiões especiais raras", recomenda Jeffrey Peppercorn, especialista da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.

 

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrog%C3%AAnio
       http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=23029&op=all
       Folha Online
       http://sermulher.mundopt.com/nutricao/estrogenio_em_excesso_engorda.html
       http://www.portaleducacao.com.br/medicina/noticias/
       http://www.uniad.org.br/