CURIOSIDADES

Oliveira mais antiga de Portugal nasceu há 3350 anos

oliv1Por Joana Santos, 18/11/2016 - Muitas vezes nos deparamos com árvores de grande porte, das mais variadas espécies, e tentamos adivinhar a sua história, bem como a sua idade. Em Cascalhos, na freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, a Oliveira do Mouchão com 3350 anos de existência é considerada a árvore mais antiga de Portugal, estando presente no ranking do ICNF de Árvores Monumentais de Portugal, sendo considerado exemplar contemporâneo de Cristo. A população, agradada com a presença de Arvoredo de Interesse Público na freguesia de Mouriscas, já criou um grupo nas redes sociais que pretende assinalar outros exemplares: o grupo Rota das Oliveiras Milenares de Mouriscas.

Seguindo um novo método de datação de oliveiras, não destrutivo, o investigador José Luís Lousada, investigador auxiliar com agregação do Departamento florestal da UTAD, atribuiu o certificado à Oliveira do Mouchão, em Mouriscas, a 28 de setembro de 2016. Na declaração, o investigador refere que “Esta árvore apresentava em abril de 2016 um perímetro base de 11,2 metros, um perímetro à altura do peito de 6,5 metros e uma altura de tronco até às primeiras pernadas de 3,2 metros, tendo-lhe sido estimada uma idade de 3350 anos”, lê-se.

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O metódo utilizado está registado desde 2011, pela UTAD e pelo grupo Oliveiras Milenares que financiou o projeto da investigação, e consiste num “modelo matemático que que envolve parâmetros dendrométricos (dimensão e forma) do tronco das árvores, com os quais a idade está bem correlacionada, mesmo que estas se apresentem ocas no seu interior”, caso da oliveira milenar de Mouriscas. Este modelo de investigação “não obriga ao abate de árvore nem a extração de uma amostra de madeira, não provocando assim quaisquer lesões na árvore que comprometam a sua sanidade”, explica José Luís Lousada.

Seguindo um novo método de datação de oliveiras, não destrutivo, o investigador José Luís Lousada, investigador auxiliar com agregação do Departamento florestal da UTAD, atribuiu o certificado à Oliveira do Mouchão, em Mouriscas, a 28 de setembro de 2016. Na declaração, o investigador refere que “Esta árvore apresentava em abril de 2016 um perímetro base de 11,2 metros, um perímetro à altura do peito de 6,5 metros e uma altura de tronco até às primeiras pernadas de 3,2 metros, tendo-lhe sido estimada uma idade de 3350 anos”, lê-se.

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O metódo utilizado está registado desde 2011, pela UTAD e pelo grupo Oliveiras Milenares que financiou o projeto da investigação, e consiste num “modelo matemático que que envolve parâmetros dendrométricos (dimensão e forma) do tronco das árvores, com os quais a idade está bem correlacionada, mesmo que estas se apresentem ocas no seu interior”, caso da oliveira milenar de Mouriscas. Este modelo de investigação “não obriga ao abate de árvore nem a extração de uma amostra de madeira, não provocando assim quaisquer lesões na árvore que comprometam a sua sanidade”, explica José Luís Lousada.

Os cidadãos mourisquenses, unidos pelo orgulho no seu património, criaram a 6 de novembro um grupo no Facebook, denominado Rota das Oliveiras Milenares de Mouriscas. António Louro, o responsável, referiu que este grupo surge “em homenagem à oliveira mais antiga de Portugal, com a bonita idade de 3.350 anos, recentemente certificada pelo ICNF. Na senda deste acontecimento iremos identificar, preservar e divulgar outros exemplares magníficos de oliveiras existentes na nossa terra, tendo em vista a criação da Rota das Oliveiras Milenares de Mouriscas”.

Os populares têm percorrido vários terrenos da freguesia, fotografando e identificando proprietários e exemplares, para que possam ser avaliados pelas entidades competentes, criando-se condições para a existência de uma rota pedestre que permita observar de perto esse arvoredo.

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A par da Oliveira do Mouchão, encontram-se dois outros exemplares, nomeadamente em Santa Iria da Azóia, no concelho de Loures, que contabiliza 2850 anos, e na freguesia de Santa Luzia, concelho de Tavira, contando-se 2.210 anos de existência. Os três exemplares são considerados pelo ICNF Arvoredo de Interesse Público e Árvores Monumentais de Portugal, “exemplares que se destacam pela sua idade, sendo alguns contemporâneos de Cristo”.

 

Fonte: http://www.mediotejo.net