Por Fernando Moreira, 18/02/2015 - Um raro brinquedo acabou virando peça de museu na Irlanda do Norte. Trata-se de um laboratório de energia atômica, em exibição no Ulster Museum. O brinquedo, impensável hoje em dia, foi vendido apenas em 1951, no mercado americano. O kit contém discos com radiatividade, uraninita (de onde é retirado o urânio) e fontes de radiação alfa, beta e gama, para fazer 150 experiências. Por causa disso, ganhou o apelido de "brinquedo mais perigoso do mundo". Pouquíssimas unidades do brinquedo sobreviveram intactas. Na internet, raros kits do Atomic Energy Lab ainda são leiloados, mas nem todos oferecem a totalidade dos produtos químicos e minerais originais.
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"Talvez ele (o briquendo) não atingisse os padrões atuais para segurança e saúde", disse Mike Simms, curador da exibição sobre elementos químicos, de acordo com o "News Letter".
Os brinquedos mais perigosos do mundo
Neuber Fischer - Uma das maiores empresas de brinquedos do mundo foi fundada em 1909, pelo norte-americano A.C. Gilbert. Localizada em Westville, Connecticut, ela iniciou suas atividades como fornecedora de suprimentos para shows de mágica, mais tarde é que começou a produzir brinquedos. O primeiro brinquedo foi um jogo de construção de pontes, depois lançou kits de química, microscopia e laboratório de energia atômica. Todos brinquedos um tanto quanto diferentes e estranhos. O laboratório de energia atômica é até hoje considerado um dos brinquedos mais perigoso do mundo.
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Os kits de microscopia continham partes de insetos, para serem usados nas brincadeiras, outros permitia o uso de chumbo para que as crianças pudessem criar seus póprios soldadinhos. No kit de energia atômica, existiam alguns tipos diferentes de urânio, altamente radioativo.
Diferente das regras de segurança que existem hoje e que impõe uma série de condições para a produção e comercialização de brinquedos, naquela época não havia estas regras e muito menos fiscalização. Hoje, a maioria dos brinquedos vem com bordas arredondadas, características de segurança, cores brilhantes e etiquetas de advertência com limite de idade e de cuidados para o uso de cada um. Os brinquedos feitos pela A.C. Gilbert Company uniam diversão em conjunto de noções de arquitetura, ciências e física de forma educativa.
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O Kit Gilbert Kaster custava 6,50 dólares e era uma fábrica de soldadinhos de chumbo, que podiam ser fundidos pelas crianças, bastando aquecer o metal a 200 graus Celsius e coloca-lo em moldes. Nos kits de microscópio, as crianças podiam escolher entre aqueles que incluíam coisas como pedaços de minerais ou pedaços de insetos, tudo pronto para ser examinado no microscópio. Com os kits de química, as crianças podiam fazer experiências com a mistura e aquecimento de produtos químicos, como o nitrato de sódio, cloreto de amônia e cloreto de cobalto, sendo que alguns ainda incluíam diferentes tipos de cianeto.
Teve o Kit Gilbert sopro de vidro, que permitia que as crianças produzissem os seus próprios tubos de ensaio, derretendo e moldando vidro com um maçarico. E o Gilbert U-238 Laboratório de Energia Atômica, com um contador Geiger, um detector de radiação e minério de urânio. As crianas podiam brincar com a câmara de nuvem em miniatura e ler tudo sobre materiais radioativos nos livros incluídos. Havia também um folheto que tinha um curso intensivo sobre como encontrar o seu próprio urânio. O item foi retirado de circulação devido a denúncias de que ele era radioativo e representava perigo para as crianças.Tempos depois o brinquedo virou item de colecionador e tem malucos que pagariam fortuna por um.
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UMA CAIXA DE FERRAMENTAS DE VERDADE
Esse kit parece inovencivo, não é? Mas acredite, é uma caixa de ferramentas de verdade para crianças. Os objetos NÃO SÃO de plástico ou borracha, mas sim de metal mesmo ! Só o tamanho que era menor para se adequar as mãos das crianças. Esse kit foi lançado em 1969 e as crianças manipulavam ferramentas como furadeiras, serra elétrica, chave de fenda e um canivete superafiado. Ja da pra imaginar o que aconteceu..........as crianças se cortavam, machucavam os amiguinhos, abriam buracos nos móveis e esperimentavam as ferramentas em seus cães e gatos. A furadeira e a serra elétrica foram os mais usados para arrancar pedaços dos amigos.
Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
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