CURIOSIDADES

O polvo de anéis azuis, o assassino mais bonito do fundo do mar

polazu1Por Maurício M. Tadra, 07/06/2013 - O fundo do mar é definitivamente uma das regiões mais complexas para ser explorada pelo homem. Tão incrível quanto o próprio universo das viagens espaciais, a busca do conhecimento em território suboceânico pode ser tão incrível quanto a descoberta de vida em outros planetas. Um ótimo exemplo da complexidade da vida marinha é uma das criaturas mais belas e mais venenosas de todo o mundo. Trata-se do ...

chamado polvo-de-anéis-azuis (de nome científico Hapalochlaena maculosa). A criatura costuma ser encontrada entre o Japão e a Oceania, ou seja, nos mares do Oceano Pacífico, e felizmente só ataca quem tem coragem suficiente de provocá-lo. Quando algum infeliz ser sem amor à vida faz isso, o corpo do polvo responde ao estímulo exaltando os anéis azuis — que funcionam mais ou menos como um indicador de morte certa. Com isso, a agressividade do cefalópode atinge níveis altíssimos e ele ataca as presas pulando sobre elas. Através de mordidas com sua pequena boca, o polvo injeta seu veneno letal, que é capaz de matar uma criatura de até 1,2 tonelada (1.200 quilogramas).

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Curiosamente, essa espécie de polvo é bem pequena e atinge no máximo o tamanho de uma bola de golfe. Mesmo assim, a substância tóxica que ela possui é capaz de matar uma pessoa em até 30 minutos. Por sorte, a taxa de incidentes com esse perigoso animal é muito baixa — o que é ótimo, pois não existem antídotos que consigam combater a ferocidade do veneno do polvo-de-anéis-azuis. Ainda, no caso de uma pessoa ter sido atacada pelo animal, é preciso mantê-la sob cuidados médicos intensivos, sendo que a respiração terá que ser feita de maneira artificial. Esse quadro deve ser mantido até que o próprio corpo consiga excretar o veneno pela urina.

Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Cephalopoda
Ordem: Octopoda
Família: Octopodidae
Gênero: Hapalochlaena
Espécie: H. Maculosa

A sua dieta consiste tipicamente de caranguejos pequenos e camarões, mas pode também alimentar-se de peixes quando a oportunidade surge. Ele salta para a presa, morde-a e usa o seu bico para a rasgar aos poucos, sugando a carne para fora do exoesqueleto do crustáceo. Em condições de laboratório foram vistos em atos de canibalismo, comendo elementos da mesma espécie, embora isto não seja observado na natureza.

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?O veneno do polvo-de-anéis-azuis é um grande coquetel de compostos tóxicos conhecidos como tetradotoxina, capaz de matar as vítimas com grande facilidade, sendo que uma única dose é capaz de matar 20 (vinte!) homens. Se equipara ao veneno do Conus, um caracol marinho igualmente venenoso. Os acidentes com seres humanos são raríssimos, o que é uma sorte: não existe antídoto para o veneno deste polvo.

O polvo produz veneno que contém tetrodotoxina, 5-hidroxitriptamina, hialuronidase, tiramina, histamina, triptamina, octopamina, taurina, acetilcolina e dopamina. O componente principal da neurotoxina do veneno do polvo de anéis azuis era originalmente conhecida como maculotoxin mas descobriu-se posteriormente ser idêntico à tetrodotoxina, uma neurotoxina que também é encontrado em caramujos e baiacu. A tetrodotoxina causa paralisia motora e parada respiratória em poucos minutos de exposição, levando à parada cardíaca, devido à falta de oxigênio. A toxina é criada por uma bactéria nas glândulas salivares do polvo.


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