CIÊNCIA E TECNOLOGIA

BITCOIN: Investimento, especulação, o que é? Prós e Contras - Parte 2

bitlou 2Entenda o que é bitcoin - Por Rita Azevedo, 06/12/2017 - A bitcoin é uma moeda, assim como o real ou o dólar, mas bem diferente dos exemplos citados. O primeiro motivo é que não é possível mexer no bolso da calça e encontrar uma delas esquecida. Ela não existe fisicamente, é totalmente virtual. O outro motivo é que sua emissão não é controlada por um Banco Central. Ela é produzida de forma descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que “emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar bitcoins e registrar todas as transações feitas. No processo de nascimento de uma bitcoin, chamado de “mineração”, os computadores conectados à rede competem entre si na resolução de problemas matemáticos. Quem ganha, recebe um bloco da moeda.

O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede, para que a moeda cresça dentro de uma faixa limitada, que é de até 21 milhões de unidades até o ano de 2140. Esse limite foi estabelecido pelo criador da moeda, um desenvolvedor misterioso chamado Satoshi Nakamoto — que, até hoje, nunca teve a identidade comprovada. De tempos em tempos, o valor da recompensa dos “mineiros” também é reduzido. Quando a moeda foi criada, em 2009, qualquer pessoa com o software poderia “minerar”, desde que estivesse disposta a deixar o computador ligado por dias e noites.

Com o aumento do número de interessados, a tarefa de fabricar bitcoins ficou apenas com quem tinha super máquinas. A disputa aumentou tanto que surgiram até computadores com hardware dedicado à tarefa, como o Avalon ASIC. Além da mineração, é possível possuir bitcoins comprando unidades em casas de câmbio específicas ou aceitando a criptmoeda ao vender coisas. As moedas virtuais são guardadas em uma espécie de carteira, criada quando o usuário se cadastra no software.

Depois do cadastro, a pessoa recebe um código com letras e números, chamado de “endereço”, utilizado nas transações. Quando ela quiser comprar um jogo, por exemplo, deve fornecer ao vendedor o tal endereço. As identidades do comprador e do vendedor são mantidas no anonimato, mas a transação fica registrada no sistema de forma pública. A compra não pode ser desfeita.

Com bitcoins, é possível contratar serviços ou adquirir coisas no mundo todo. O número de empresas que a aceitam ainda é pequeno, mas vários países, como a Rússia se movimentam no sentido de “regular” a moeda. Em abril deste ano, o Japão começou a aceitar bitcoins como meio legal de pagamento. O esperado é que até 300 mil estabelecimentos no Japão aceitem, até o final do ano, este tipo de dinheiro. Por outro lado, países como a China tentam fechar o cerco das criptomoedas, ordenando o fechamento de várias plataformas de câmbio e proibindo a prática conhecida como ICO (initial coin offerings), uma espécie de abertura de capital na bolsa, mas feita com criptomoedas.

O valor da bitcoin segue as regras de mercado, ou seja, quanto maior a demanda, maior a cotação. Historicamente, a moeda virtual apresenta alta volatilidade. Em 2014, sofreu uma forte desvalorização, mas retomou sua popularidade nos anos seguintes. Neste ano, o interesse pela bitcoin explodiu. No dia 1° de janeiro, a moeda era negociada a pouco mais de mil dólares. No início de dezembro, já valia mais de 10 mil dólares. Os entusiastas da moeda dizem que o movimento de alta deve continuar com o interesse de novos adeptos e a maior aceitação. Críticos afirmam que a moeda vive uma bolha — semelhante à Bolha das Tulipas, do século XVII — que estaria prestes a estourar.

 

"Se você é estúpido o suficiente", continue comprando Bitcoins, dispara CEO do JPMorgan

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13/10/2017 - Crítico antigo das moedas difitais, o presidente, da JPMorgan, Jamie Dimon,mais de uma vez não poupou palavras para condenar os investidores que seguem comprando Bitcoins, que nesta semana atingiu novo recorde (1 bitcoin = 5200 dólares). Segundo ele, "se você é estúpido o soficiente, para cmprar, um dia pagará o preço pela decisão". De acordo com Dimon, que participou nesta sexta-feira de um fórum sobre economia no IFF (Instituto de Finanças Internacionais), o único valor real do Bitcoin é "quanto o outro trades pagará por aquilo", ou seja, trata-se apenas de especulação, não de um ativo tangível e com fundamentos.

O presidente do JPMorgan, reforçou sua visão que o Bitcoin é um fraude e não entende o valor de uma moeda não fiduciária, que não tem o "carimbo" do governo. Apesar de mais um comentário depreciando as moedas digitais, Dimon destacou que o sistema de blockchain é muito útil, tecnologia que também foi elogiada pelo presidente da Mastercard, Ajay Banga, outro crítico da moeda.

Nesta semana, Banga foi categórico ao afirmar que qualquer tipo de criptomoeda é um "lixo", já que nã tem apoido do governo: "se o governo criar uma moeda digital, encontraremos uma maneira de entrar neste jogo. Nós forneceremos trilhos para mover a moeda do cliente para o comerciante. As moedas digitais exigidas pelo governo são interessantes. A moeda obrigatória não governamental é lixo, afirmou.

 

Moeda virtual Bitcoin é investimento dos mais arriscados

 

19/09/2013, por Julia Wiltgen - Especular com moedas reguladas por bancos centrais já é bastante arriscado, por ser muito difícil tentar prever para onde vai o câmbio. O que dizer então do investimento em uma moeda virtual, sem lastro e sem regulação? Criado em 2009, o Bitcoin começou como uma moeda de troca para transações feitas pela internet, mas vem sendo encarado por muitos de seus usuários também como forma de investimento. Como aplicação, no entanto, a polêmica moeda virtual tem risco bastante alto.

Nascido logo após a crise financeira de 2008, o Bitcoin seria obra de um japonês chamado Satoshi Nakamoto, que ninguém sabe ao certo se existiu. Ele apenas se comunicou com o mundo pela web, mas não há relatos de quem o tenha de fato conhecido. Nakamoto desapareceu do mundo virtual por completo em 2011, o que faz com que muitos acreditem que seja apenas um pseudônimo para alguém que queira manter-se anônimo.

A criação de Bitcoins é feita pelos próprios usuários a partir do nada, por meio de um software de código aberto, desenvolvido segundo as diretrizes de Nakamoto. Esse programa é continuamente melhorado pela Bitcoin Foundation, uma entidade de entusiastas da moeda virtual presidida por Gavin Andersen, um dos desenvolvedores do software e também um dos principais suspeitos de ser Satoshi Nakamoto.

Esse processo de emissão de Bitcoins é chamado de “mineração”. No início, qualquer computador era capaz de minerar Bitcoins. Mas o programa foi desenhado de forma a tornar a mineração mais difícil conforme mais computadores entrassem na rede. Hoje em dia, a capacidade de processamento para minerar Bitcoins precisa ser tão grande que se torna necessário um grande investimento em hardware para fazê-lo. Surgiram até mesmo computadores especializados em minerar Bitcoins.

A moeda virtual foi inicialmente usada para o pagamento de produtos e serviços pela internet. O site Use Bitcoins, por exemplo, reúne uma série de sites de comércio eletrônico que aceitam Bitcoins como forma de pagamento. Sites como o Wikileaks e o 4Chan também aceitam doações na moeda virtual.

Todas as transações são anônimas para o mundo exterior, uma vez que cada usuário de Bitcoin é identificado apenas pelo número da sua carteira, cuja senha é uma chave criptográfica. Isso torna as transferências de Bitcoins tremendamente difíceis de rastrear. O registro dessas transações também faz com que um mesmo Bitcoin não possa ser usado mais de uma vez numa mesma transação. Além disso, todas as transações precisam ser validadas pela rede de computadores que mineram Bitcoins antes de serem efetivadas. Essas máquinas recebem por isso uma recompensa em Bitcoins.

Como se pode ver, a emissão e as transações com Bitcoins ocorrem ao largo de qualquer regulação por parte de autoridades monetárias, subordinação a governos ou controle de qualquer tipo, a princípio. Esse fato combina perfeitamente com a aura anárquica da web e com a ideologia dos entusiastas do software livre, da liberdade em relação a governos e do acesso à informação; por outro lado, também torna o Bitcoin uma ótima ferramenta para fraudes, lavagem de dinheiro, contrabando, tráfico de drogas, entre outros crimes.

Compra de Bitcoins possibilitou investimento

Como a mineração de Bitcoins já se tornou praticamente inviável, criou-se um mercado que possibilita aos novos usuários comprar e vender a moeda com a utilização de dinheiro “de verdade”, sem a necessidade de fazer a mineração. É possível comprar Bitcoins utilizando-se uma série de moedas, inclusive o Real, em sites especializados em aproximar vendedores e compradores. É o caso do MT.GOX, o maior e mais antigo deles.

Essa dinâmica do mercado de Bitcoins permitiu a criação de uma paridade entre as moedas reguladas e o Bitcoin. Atualmente, o Bitcoin vale em torno de 300 reais, de acordo com o site Mercado Bitcoin, uma espécie de balcão de negociação de Bitcoins brasileiro. Com base nessa paridade, torna-se possível investir em Bitcoins – ou melhor, especular. A falta de lastro e de regulação torna o investimento em Bitcoin altamente especulativo e arriscado.

A lógica que faz com que o Bitcoin possa ser encarado como investimento especulativo é semelhante à logica que confere ao ouro o status de reserva de valor: sua raridade. Embora o Bitcoin possa ser emitido pelos próprios usuários, o software só permite a criação de 21 milhões de Bitcoins, limite que só deve ser atingido no ano de 2140. Hoje há aproximadamente 11.700.000 Bitcoins em circulação, mais da metade do previsto.

“Ouro como reserva de valor e substituto do papel moeda é mais demandado quando os investidores sentem que o poder de compra do dinheiro está caindo. Como os Bitcoins têm as mesmas características do ouro e podem manter valor quando há uma redução no poder de compra das principais moedas, a demanda de Bitcoins sobe junto com seu preço”, diz Roberts Stammers, diretor de Educação de Investidores do CFA Institute, que vê o Bitcoin como possível substituto do ouro como reserva de valor em tempos de incertezas econômicas.

Assim, o programa impede a produção desenfreada e infinita da moeda, o que poderia acarretar sua contínua desvalorização. Mas em função disso mesmo – e também por não ter valor instrínseco – o Bitcoin oscila violentamente, sempre de acordo com oferta e demanda. “Há ainda o risco de a tecnologia ter alguma falha. O programa já tem uma consistência, mas se ocorrer um problema, o preço pode ir a zero instantaneamente porque ninguém mais vai querer comprar. Pessoas dispostas a utilizar o Bitcoin como investimento devem estar cientes desse risco”, acrescenta Gustavo Chamati, sócio do Mercado Bitcoin.

Nos últimos 12 meses, o Bitcoin passou de 12,61 dólares para 140,26 dólares, uma valorização em dólares de 1.012,30%. Mas esse “estupendo negócio” foi uma verdadeira montanha-russa de lá para cá: em abril deste ano, a cotação do Bitcoin chegou a 237,57 dólares, uma alta de 1.783,98% em relação a outubro de 2012, seguida de uma queda livre quase que imediata de 64,79% para 83,66 dólares. E essas fortíssimas oscilações não são de hoje.

A alta volatilidade é um dos fatores que dificulta a adoção do Bitcoin como forma de pagamento por mais empresas de comércio eletrônico, dizem os críticos, uma vez que gera grandes incertezas em relação aos reais preços dos produtos. Essa dinâmica é muito marcada pela especulação de quem quer ganhar dinheiro com a alta da moeda, e nem tanto por gente que adquire a moeda para fazer compras na internet. Muitos também temem a formação de bolhas.

A falta de regulação confere um risco adicional ao Bitcoin. Ao fazer transações na moeda, o usuário não será protegido nem pelo Código de Defesa do Consumidor, nem pelo Código Civil, e não terá com quem reclamar se algo der errado – por exemplo, se o produto não for entregue. Além disso, já foi registrada uma série de roubos de Bitcoins por crackers, deixando os donos da moeda a ver navios.

Mas a falta de regulação aperta também quando o Bitcoin é usado apenas como investimento. Ainda que sua intenção seja comprar a moeda para vendê-la com lucro, você também estará desprotegido caso ocorra algum problema com o investimento em si, como perdas substanciais. O uso da moeda como investimento não é reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e nem ela, nem o Banco Central, nem qualquer outra autoridade poderão ajudar se algo der errado.

É preciso especial atenção para pessoas que eventualmente ofereçam o Bitcoin como forma de investimento “infalível” e, pior, prometendo rentabilidade. Como ativo sujeito às flutuações de mercado, o Bitcoin não permite que se prometa rentabilidade. Na pior das hipóteses, uma promessa como essa poderia até mesmo ser uma fraude, como uma pirâmide financeira.

Leandro César, fundador do Mercado Bitcoin, já quase se meteu em encrenca por causa disso, mas segundo seu sócio Gustavo Chamati, foi em função de falta de conhecimento. Em julho do ano passado, a CVM multou César porque ele anunciou o Bitcoin como investimento e até fez uma espécie de promessa de rentabilidade. Acontece que César não tem registro da CVM para administrar ou distribuir investimentos.

“Na época, por acreditar na tecnologia, o Leandro [César] estava tentando disseminá-la e convencer as pessoas a apostarem nela. Ele chegou a ofertar em um fórum algo parecido com um fundo, mas não tinha nem consciência de que não podia fazer aquilo. Após a notificação da CVM, imediatamente ele cancelou a oferta”, explica Chamati, que ainda não era sócio de César na época.

Caso houvesse no Brasil um fundo que investisse em Bitcoins, ele teria que ser autorizado pela CVM para ser regular. É o que tentam fazer os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, que ficaram famosos por terem processado Mark Zuckerberg numa disputa pela autoria do Facebook. Os irmãos tentam obter autorização para um fundo que vai investir em Bitcoins, nos Estados Unidos.

Impostos?

É difícil de acreditar que um entusiasta de uma moeda sem amarras com qualquer governo se preocupe em declarar seus Bitcoins ou pagar imposto de renda quando eles lhe geram lucro. Mas a verdade é que, na prática, isso deve ser feito: Bitcoins devem ser declarados como bens quando seu valor ultrapassar os 5 mil reais; já o ganho de capital obtido com a venda desses bens é tributado em 15% quando a venda for de valor inferior a 35 mil reais. O recolhimento do IR deve ser feito até o último dia útil do mês seguinte ao da transação.

Se os valores forem pequenos, a Receita não terá interesse em pegar no pé desse investidor. Mas todo grande aumento patrimonial deve ser informado ao Leão, ainda que o dinheiro venha de práticas não reguladas – ou mesmo ilícitas, o que não é o caso do Bitcoin. Do contrário, trata-se de sonegação fiscal, sujeita às devidas punições, que variam de multa até prisão.

 

Entenda porque o Bitcoin se dividiu e agora vive seu momento de glória

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Por Luis Doncel, Regiane Oliveira, 23/08/2017 - Como por mágica, Alberto Gómez viu no dia primeiro de agosto seu investimento crescer subitamente. Os 30.000 euros (111.000 reais) que tinha na moeda virtual Bitcoin tiveram aumento de 10%. O repentino ganho do especialista de informática se deve a um racha na comunidade de desenvolvedores e usuários do dinheiro eletrônico mais famoso do mundo. No começo do mês, o universo bitcoin foi dividido em duas moedas – a Bitcoin (BTC) convencional e o Bitcoin Cash (BCH), colocando um ponto final em uma crise que já durava dois anos.

Apesar das previsões dos mais pessimistas, a separação parece ter dado novas forças ao Bitcoin (o tradicional): em menos de três semanas, cada moeda passou de 2.700 dólares (8.490 reais) para valer mais de 4.300 (13.510 reais), segundo cotação do CoinMarketCap. Desde o começo do ano, seu valor mais do que quintuplicou. E seus defensores estão convencidos de que isso é só o começo.

A nova moeda Bitcoin Cash teve uma estreia tímida, mas já chegou a bater 730 dólares (2.285 reais) por unidade neste mês. No Brasil, no primeiro dia de negociação da nova moeda, na terça-feira passada (21), foram transacionados cerca de 3,5 milhões de reais pelo Mercado Bitcoin, por enquanto, única empresa a negociar a nova moeda no país.

O que mudou com a separação

Ambas as moedas mantém as característica do modelo de negócio original, sendo definidas como: dinheiro eletrônico negociado ponto-a-ponto (P2P, ou pessoa a pessoa), totalmente descentralizadas, sem banco central emissor e cujo lastro é a confiança de seus usuários. A diferença entre elas? A capacidade de transação.

Quando o Bitcoin foi criado, em 2008, foi determinado um limite do número de pagamento que a rede mundial pode processar, no máximo de três ou quatro pagamentos por segundo no mundo inteiro. Esse limite tem um motivo técnico: evitar o uso abusivo da rede e eventuais ataques por spam de pagamentos, o que poderia prejudicar as negociações. Há dois anos, a rede atingiu seu limite de transações. Na prática, isso significa que pagamentos simultâneos chegavam a demorar mais de 10 minutos para serem aprovados. Usuários e desenvolvedores, também conhecidos como mineradores, começaram a discutir globalmente sobre como aumentar a velocidade de pagamento. Isso levou a uma briga virtual entre grupos que propunham soluções distintas de como tornar a rede mais eficiente.

"O Bitcoin é um software open source, assim como o Android e o Linux, e qualquer um pode alterá-lo. Por isso, há programadores no mundo inteiro modificando a rede", afirma Rodrigo Batista, CEO da empresa Mercado Bitcoin. Segundo Batista, a comunidade ficou dividida em dois grandes grupos: um deles, liderado por usuários ocidentais, acreditava que deveria diminuir a quantidade de informação de cada transação, para que você pudesse fazer mais transações no espaço de 1 MB, que era o limite de processamento. No dia primeiro de agosto, este grupo modificou o software do Bitcoin para adaptá-la à nova configuração. "A partir de então, o número de negociações dobrou para 8 transações por segundo, abrindo a possibilidade de tornar a capacidade maior no longo prazo", afirma Batista.

O outro grupo, liderado pelos usuários chineses, acreditava que aumentar a capacidade de transação para 8 MB, o que significaria a possibilidade de fazer 32 transações por segundo – oito vezes mais rápido. Críticos a esse modelo afirmam que ele fere a proposta espírito inicial da moeda e que a busca desenfreada por aumentar o número de transações a qualquer custo pode levar a que empresas passem a controlar o processo, o que acabaria com seu caráter descentralizado. Essas mudanças no software levaram a criação do Bitcoin Cash.

Além da mudança no software, a revalorização da moeda virtual pode ser explicada pela avalanche de investidores que, atraídos pelas grandes rentabilidades, começam a se interessar pelo mundo das criptomoedas; especialmente levando em consideração que o número de bitcoins tem um teto – nunca pode existir mais de 21 milhões –, e a demanda não para de crescer. "Com a cisão, os usuários passaram a ter o mesmo saldo de Bitcoins nas duas moedas", diz Batista.

À margem desses fatores, existe a percepção de que moedas virtuais independentes de Estados e organizações financeiras vão ganhar cada vez mais importância. “Para mim é bem claro que o bitcoin veio para ficar. É somente questão de tempo que chegue a mais pessoas. Não acho que a curto prazo será muito usado, mas em áreas como o comércio internacional vai ganhando adeptos”, afirma Leif Ferreira, um jovem da área da informática que há três anos fundou o Bit2me, a maior gestora de bitcoins que existe hoje na Espanha.

"Fala-se muito na questão do lastro da moeda virtual, mas temos que lembrar que, desde o fim o padrão-ouro, um acordo global pelo qual cada moeda tinha seu valor correspondente em ouro,nenhuma outra moeda no mundo hoje tem lastro. O lastro é a confiança que você tem na economia do país. No caso do Bitcoin, que não é emitido por nenhum país, não tem dono e é mantido por todo mundo que a usa, o que dá valor a moeda a confiança que as pessoas tem nessa rede", afirma Batista.

Lento avanço do virtual para o real

Ao longo da rua Serrano em Madri um projeto foi iniciado há três anos, agora fracassado, de promover o comércio com bitcoins. Porque, apesar da impressionante escalada de 0 dólares em 2009 aos mais de 4.300 (13.510 reais) atuais, a moeda criada pelo programador – ou grupo de programadores – sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto não conseguiu entrar no dia a dia dos consumidores. Nessa rua, diante de um dos poucos caixas automáticos de bitcoins de Madri, o EL PAÍS encontrou Alberto Gómez, Jorge Ordovás e Pablo Burgueño, os criadores do NevTrace, um laboratório de blockchain, a tecnologia utilizada pelo bitcoin, cada vez mais solicitada pelas grandes empresas.

Ordovás, que também dirige uma pós-graduação sobre blockchain na Universidade Europeia de Madri, explica os motivos pelos quais a criação do bitcoin cash foi tão traumática para muitos membros da comunidade criada em 2008 sob os auspícios do criptoanarquismo. “O bitcoin nasce em plena crise com a ideia de mudar o modelo econômico e substituir as decisões dos humanos, imperfeitos por definição, pelas da criptografia, baseadas em modelos matemáticos. Mas após uma origem muito ideológica o bitcoin se transformou em um negócio”, esclarece o especialista.

Os criadores do NevTrace notam em seu dia a dia como cada vez mais empresas e órgãos se interessam pela tecnologia blockchain: da Europol, que procura soluções para os sequestradores que pedem o pagamento de resgate em bitcoins, à Comissão Europeia.

“Empresas como a Destinia, Zara, Prada e Agatha Ruiz de la Prada aceitam pagamentos em bitcoins. Suspeitamos que bem poucos são feitos, mas não se sabe ao certo quantos”, afirma Burgueño. Não é à toa que Governos de vários países já começam a se interessar por essa tecnologia para evitar a fraude também por essa via de pagamento. “É um setor em que quase ninguém está pagando o fisco e está ocorrendo uma brutal evasão de dinheiro”, afirma o especialista legal do NevTrace.

“As grandes empresas do Ibex-35 (principal índice da bolsa espanhola) usam criptomoedas criadas por elas mesmas para movimentar fundos entre diferentes sociedades do grupo”, acrescenta seu colega Gómez. Esses projetos permanecem ocultos por enquanto pelo desejo das empresas de não revelar seus planos estratégicos e pela percepção muito difundida de que o mundo do bitcoin está ligado a atividades escusas e, concretamente, à evasão de impostos.

Em 22 de maio de 2010, um usuário fez pela primeira vez uma transação de bitcoins como dinheiro. Ele se ofereceu para pagar duas pizzas com seu cartão de crédito a outro internauta em troca de 10.000 unidades dessa desconhecida moeda que havia nascido dois anos antes. Hoje, se tivesse mantido seu investimento por esses sete anos sem movimentá-lo, essas duas pizzas teriam lhe dado um lucro de 36,5 milhões de euros (135 milhões de reais).

 

Bitcoin?—?Investimento ou Especulação?

 

Por Johel Carvalho, 07/07/2017 - Uma operação de investimento é aquela que após rigorosa análise promete segurança do valor investido e um retorno satisfatório. Operações não satisfazendo esses critérios são especulativas.?—?Benjamin Graham Benjamin Graham, mestre de Warren Buffet, e autor das bíblias do investimento “Intelligent Investor” e “Security Analysis” com certeza não estava pensando nas moedas digitais quando criou essa definição, mas nem por isso estava menos certo.
Uma faixa de preço para o bitcoin não pode ser determinada mesmo após rigorosa análise, muito menos segurança do valor investido pode ser garantido. Na verdade, nem rigorosa análise pode ser feita quando se trata de moedas digitais, como estabelecer uma margem de segurança em algo tão difícil de quantificar?

Bitcoin é, portanto, especulação. Mas, calma, isso não quer dizer que você deva vender todos os seus bitcoins. Só significa que você não deve colocar todo seu dinheiro neles. Ainda de acordo com Graham, existem dois tipos de especulação: A Inteligente: Encarar um risco que aparenta justificável após considerar com cuidado os prós e contras. A Não-Inteligente: Arriscar sem o estudo adequado da situação. Essa distinção não quer dizer que você deva analisar o hashrate do bitcoin e se tornar um especialista em blockchain para ser um especulador inteligente. Não precisa ir tão longe. Em minha opinião, os fatores mais importantes para se fazer um especulação inteligente com bitcoin ou em qualquer outra moeda digital são:

Determinação do tempo em que você deseja manter a moeda consigo, o chamado ‘timeframe’;

Verificação do quadro geral de especulação em outros mercados. Outras moedas, como o próprio dólar, podem estar sofrendo especulação.

Estar ciente de que o bitcoin, apesar de propor uma revolução monetária incrível, é ainda uma tecnologia e é uma tecnologia com competidores, abrindo ainda mais espaço para inovações e aperfeiçoamentos.

Determinação do TimeFrame

Se fossem dadas duas opções a você, saber o valor do bitcoin nos próximos meses ou nos próximos 30 anos qual você escolheria? Sem dúvida alguma, escolheria a segunda opção, nos próximos 30 anos. Minha opinião e de muitos é que Bitcoin pertence ao mundo do extremistão, ou dará muito certo ou falhará, abrindo espaço para outras idéias. Enquanto não obtemos a resposta, ele vai aumentando de preço. A pergunta é, quanto tempo até descobrir se ele dará certo ou não? O que é o “dar certo” para você?

Minhã opinião é de que nos próximos 5 anos, o bitcoin ainda não se revelará um completo sucesso ou um completo fracasso. Mas em termos de previsão, como já falava Nicholas Taleb em seu livro A Lógica do Cisne Negro, a opinião de um especialista e de um motorista de táxi possuem a mesma chance de estarem certas no mundo do extremistão. Fica, então, minha opinião de motorista de táxi.

Outro ponto é que, se você não acredita no bitcoin, sua janela de tempo será pequena, então, pelo menos, certifique-se de que não está comprando a moeda numa alta repentina ou com um valor discrepante em relação ao mercado estrangeiro, como aconteceu recentemente em Maio de 2017 quando a cotação do bitcoin chegou a R$13.000, enquanto estava sendo cotado a $2700, numa época em que o o dólar comercial estava a R$3,29.

Especulação em Outros Mercados

Não são apenas as operações com moedas digitais que são especulativas, outros mercados também sofrem especulação. Como é o caso do mercado de ações americano que sobe desde 2009, decorrente de uma taxa de juros praticamente zero. Uma hora o mercado americano ou outros irão cair. Se o bitcoin ainda estiver firme e forte quando isso acontecer, é mais uma razão para comprar bitcoin agora. Mas mais uma vez depende do seu timeframe. E quanto maior seu timeframe, maior é o risco e maior a possibilidade de valorização. Portanto, se pergunte: estou disposto a perder o que estou investindo?

O Caráter Revolucionário do Bitcoin?—?Conclusão

Muita gente se pergunta qual será a próxima Apple, Google e Facebook. Minha crença é de que a resposta já está diante de nós, já temos nossa lista de suspeitos: Bitcoin, Ethereum, Dash, Monero, ZCash… O potencial dessas moedas virtuais é inegável e algo absurdamente revolucionário vai nascer de algumas dessas tecnologias. Talvez estejamos em um processo embrionário e nenhuma das moedas acima será a vencedora, mas sem dúvida é um processo implacável. É um processo que não garante quem serão os vencedores, mas garante que haverá vencedores e com certeza mais de um.

Enquanto não há garantias, há grandes possibilidades, então, se você tem um dinheiro que pode facilmente recuperar, eu diria que a compra de moedas digitais promissoras não é uma má idéia. Espere o melhor, se prepare para o pior, mantenha-se minimamente informado e sempre tenha em mente a quantidade de tempo que você está disposto a “pagar para ver”. Ao final, pode acabar não sendo um sucesso, mas existe uma grande chance de ser um dos maiores espetáculos monetários que a humanidade vai presenciar. Quando esse tempo chegar uma moeda digital não valerá mais X dólares, uma moeda digital, valerá uma moeda digital.

 

Porque o Bitcoin é o Investimento da Década

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Por Victor Sá, 17/09/2017 - Existem muitos rumores em torno do Bitcoin, em parte devido à sua rápida apreciação e parte ao potencial disruptivo da própria tecnologia. Este artigo visa esclarecer alguns equívocos em torno do Bitcoin e postular o que um valor justo deveria ser.

Equívoco # 1 – Bitcoin não é uma reserva de valor confiável

O pensamento convencional por trás desse equívoco é que Bitcoin é muito volátil e, portanto, não pode realmente ser uma reserva de valor. Um benchmark popular é o preço do petróleo e as moedas, por exemplo, que são ordens de grandeza menos voláteis do que o Bitcoin.

Mas essa linha de pensamento perde um ponto-chave – a confiança. Não importa quão volátil o recurso, ele pode e será uma reserva de valor, desde que as pessoas acreditam que é. Dê uma olhada na volatilidade anualizada do ouro versus Bitcoin abaixo.

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O lado direito do gráfico valida um pouco o ponto das pessoas negativas sobre a volatilidade nos últimos anos. Mas perceba como a volatilidade do Bitcoin tem diminuído nos últimos três anos.

Agora vamos voltar para quando o ouro foi livremente cotado, nos anos 70. O que vemos é que a volatilidade anualizada de ouro foi similarmente alta em comparação com a do Bitcoin, mas foi usada como uma reserva de valor – porque as pessoas acreditavam que era.

A este respeito, o ouro e Bitcoin foram ambos nascidos da mesma desconfiança fundamental no sistema financeiro existente. Nos anos 70, foi a Grande Inflação, e em 2008 foi o sistema bancário e, posteriormente, a tomada de decisão de política monetária centralizada.

De certa forma, a natureza digitalizada, descentralizada e desregulada do Bitcoin traz a desconfiança no sistema financeiro de hoje muito mais do que o ouro. Entre outras coisas, pode ajudar os usuários a evitar altos impostos, controles de capital e confisco.

À medida que ele se aproxima do mainstream e aumenta a adoção, o efeito de substituição se tornará mais prevalente, diminuindo a demanda de ouro a favor de alternativas como o Bitcoin. À medida que os preços do ouro caem como resultado da queda da demanda, a percepção de tais reservas tradicionais começará a ser questionada. Isso, por sua vez, dará início a um efeito de rede/multiplicador, a condução de refúgio seguro flui para o Bitcoin e irá lentamente desvendar esse equívoco.

Equívoco # 2 – Bitcoin não é um método de pagamento confiável

O equívoco global em torno disso parece decorrer da natureza não regulamentada do Bitcoin, bem como preocupações de segurança.

A Mt. Fox em 2014 é um exemplo disso, ilustrando a susceptibilidade das exchanges em converter fiat para BTC e vice-versa, e software de carteira para facilitar as transações. Em um ponto em 2013, a Mt. Gox lidava com mais de 70% de todas as transações do Bitcoin. Mas no início de 2014, pediu falência e anunciou que US $ 450 milhões em Bitcoins foram perdidos devido a um “hack”.

No entanto, é importante não combinar os riscos de segurança decorrentes dos facilitadores (exchanges) e dos agentes (hackers) contra a própria tecnologia, que, até então, provou ser à prova de falhas. Em qualquer caso, a regulamentação inevitável dos agentes que negociam o Bitcoin ajudará a melhorar sua viabilidade como meio de troca.

O argumento mais forte para o valor intrínseco do Bitcoin não é apenas sua capacidade de funcionar como um meio de troca descentralizado e digitalizado, mas também o mais seguro e o mais barato.

Na prática, a blockchain em que o Bitcoin opera é mais segura do que os sistemas de pagamento convencionais. Do ponto de vista dos comerciantes, as transações são seguras, irreversíveis e não contêm informações do cliente (evitando reivindicações de fraude / cobrança). Para os consumidores, o Bitcoin é descentralizado e, portanto, não pode ser manipulada por nenhum agente.

Para entender por que é o mais barato, dê uma olhada no sistema tradicional de pagamento abaixo. Este sistema envolve um ecossistema inchado composto por: 1) o comerciante, 2) o consumidor, 3) a empresa emissora do cartão e 4) a rede do cartão. Isso resulta em um custo típico para um comerciante baseado nos EUA de ~ 2-2,5%.

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Por outro lado, a natureza descentralizada do Bitcoin (habilitada pela blockchain) elimina a necessidade de um centro de compensação central ou instituição financeira para atuar como um terceiro em transações financeiras. Em vez disso, a rede usa um sistema peer-to-peer, onde usuários da rede (mineradores) verificam as transações independentemente e são recompensados por seu trabalho com Bitcoins recém-minerados.

Equívoco # 3 – Bitcoin não pode ser uma moeda, então ele falhará

A sabedoria convencional é que o Bitcoin é uma “moeda digital” e, portanto, sua razão de ser deve cumprir os três critérios principais que cada moeda deve cumprir: 1) reserva de valor, 2) meio de troca e 3) unidade contábil.

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Em qualquer caso, a incapacidade do Bitcoin de se tornar uma moeda convencional já está precificada no valuation das criptomoedas. Em comparação com as circulações de moedas tradicionais, o mercado de criptomoedas ainda é pequeno.

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Valor das Moedas em circulação e Valor de mercado das TOP 100 criptomoedas.

O Bitcoin não precisa se tornar uma moeda para ter seu valor intrínseco.

Foi refletido isso usando três pontos de vista diferentes que culminaram nas seguintes abordagens de avaliação.

Avaliação do Bitcoin #1: Bitcoin como uma rede

O primeiro método para avaliar o Bitcoin seria analisando seu valor como uma rede. Para avaliar esse valor, precisa-se aprofundar em um conceito chamado Lei de Metcalfe, que postula que o valor de uma rede é proporcional ao quadrado do número de participantes.

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A lei implicaria que o Bitcoin é explicado por uma função exponencial em que um aumento linear nos membros implicaria em um aumento quadrático nos membros. A extensão desta lei ao valor de Bitcoin na prática mostra que o Bitcoin está ligado ao volume e exponencialmente ao número de usuários.

Modelando Bitcoin usando duas variáveis – 1) endereços exclusivos (proxy para contas) (n ^ 2) e 2) transações estimadas por usuário (proxy para uso) (linear) – ajuda a explicar 94% do movimento de preços.

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Comparativo entre o preço do Bitcoin contra o modelo usando volume e endereços únicos de bitcoin.

Com isso em mente, ajustar as duas variáveis de regressão chave nos dá uma ideia de como os preços do Bitcoin tendem a avançar.

Avaliação do Bitcoin #2: Bitcoin como uma alternativa ao ouro

A segunda abordagem de avaliação refere-se ao apelo do Bitcoin como uma reserva de valor.

Atualmente, o ouro é talvez a melhor referência para o bitcoin, devido à sua natureza como a mais pura reserva de valor. Para uma ideia do tamanho do mercado em jogo, o ouro é atualmente a quarta maior classe de ativos com US $ 7,5 trilhões.

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Com um valor de mercado de US $ 70-80 bilhões, o Bitcoin representa ~ 1% da capitalização do ouro. Do total de ouro, ~ 17,5% é detida pelos bancos centrais como reservas, segundo a Bloomberg.

Agora, e se 1% do dinheiro em ouro viesse para o Bitcoin? Para cada mudança de 1%, a Bitcoin teria ~ 99% de valorização. Uma mudança única dos banco centrais ofereceria 17% de aumento para cada 1% de ouro trocados por bitcoin. Isso implica um valor potencial de $ 4,000-5,000 por cada 1%.

Avaliação do Bitcoin #3: Bitcoin como um método de pagamento alternativo

Outra abordagem para avaliar o Bitcoin é como um método de pagamento alternativo em concorrência com a Visa, MasterCard e PayPal. Neste espaço, ele oferece benefícios significativos sobre as alternativas, já que o atual custo médio de 1% por transação está muito abaixo daquele em pagamentos on-line (3-8%) e remessa (5-10%).

Pelo motivo do Bitcoin não gerar fluxo de caixa, uma análise semelhante à de commodities, de oferta e demanda, pode ser empregada para estimar seu valor como um sistema de pagamento alternativo.

Supondo que o percentual de fornecimento mantido para investimento caia gradualmente em ~ 2%, uma vez que uma maior proporção de Bitcoin é usada para transações, isso deve nos levar até ~ 19,5 milhões disponíveis para transações até 2025. Enquanto isso, o BTC total em circulação é projetado de acordo com o cronograma da redução pela metade da recompensa de 4 anos em 4 anos (halving).

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Embora a oferta seja relativamente fácil de modelar, a demanda por BTC foi limitada para aplicativos de pagamento de nicho onde a Bitcoin oferece benefícios significativos sobre alternativas – pagamentos on-line (especialmente entre países), remessas, micro pagamentos, “bancário” para os não bancarizados, bem como uma “outra” categoria de captura que inclui a atividade do mercado negro e qualquer outra aplicação futura, como máquina-máquina (Internet of Things) e ancorando outras blockchains.

Além disso, assumindo: 1) níveis de velocidade variando de 5,5x para aplicações não bancarizadas e outras (velocidade atual do Bitcoin) a 12x para pagamentos e remessas, e 2) compartilhamento rápido, o cronograma de demanda está ilustrado abaixo.

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Juntando a oferta e a demanda projetadas usando uma taxa de desconto de 30% projeta-se uma valorização de 90% de vantagem para o Bitcoin a partir dos níveis médios de agosto de US $ 4300.

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Conclusão

No geral, a Bitcoin oferece oportunidades significativas como um investimento para satisfazer um nicho de mercado com aplicabilidade nas áreas de pagamentos comerciais, pagamentos internacionais e micro pagamentos ou para suplantar ouro como uma reserva de valor, ou ambos.

Comprar Bitcoin hoje lhe dá um sistema de pagamento alternativo, com um disruptor do ouro lançado gratuitamente. Independentemente da sua visão sobre o Bitcoin, as avaliações mesmo a esses níveis são extremamente atraentes.

Por outro lado, contra esta potencial oportunidade para o Bitcoin existem várias questões ou riscos. Alguns desses são susceptíveis de serem permanentes, enquanto outras questões eventualmente podem ser abordadas (regulação, segurança, escalabilidade, etc.).

No seu núcleo, no entanto, o Bitcoin é uma alternativa fundamentalmente superior aos sistemas de pagamento atuais, bem como uma alternativa atraente para o ouro. À medida que a adoção do publico aumentar e os equívocos existentes se tornarem claros, deve-se ver uma enorme vantagem para o Bitcoin a longo prazo.

 

Investir Em Bitcoins [MUITO CUIDADO!]

 

22/08/2017 - O assunto do momento quando se falar em ganhar dinheiro fácil é bitcoin… Bom, esse não era um tópico que eu planejava abordar aqui no blog, mas devido às proporções que isso vem tomando, decidi deixar o meu parecer sobre a tão famosa moeda digital aqui para você. Como acabei de dizer, vou estar deixando a minha opinião. Se você concorda ou discorda, o direito é seu, e pode expressar seus argumentos nos comentários dessa página. Antes de entrar pra uma análise mais profunda, vamos deixar claro o que é bitcoin.

O Que É Bitcoin

Bitcoin é uma moeda, assim como o real ou o dólar, mas na verdade não tem nada a ver com isso… Isso porque é uma moeda descentralizada que não é emitida por um Banco Central ou algo do tipo, mas sim por uma rede gigantesca de programadores ao redor do mundo. Esse tipo de criptomoeda permite que haja transação financeira sem intermediários, o que impede que haja controle de qualquer entidade governamental ou de iniciativa privada que cause aumento ou queda da “inflação” em relação a moeda. Contudo, a grande especulação e aumento significativo de volume faz com que o valor da moeda seja um tanto quanto flutuante, nosso ponto de análise.

Vamos ao Que Interessa:

Antes de qualquer coisa, quero que saiba que não vejo o investimento em moeda, seja ela digital ou não, como sendo um real investimento, e sim como operação de especulação.

Sempre que me perguntam se acho que alguém deve especular moedas (ou qualquer outra coisa), a minha resposta é que depende. Depende pois o nível de conhecimento de alguém para trabalhar com especulações deve ser extremamente alto na área em questão.

Se você entender muito sobre mercado financeiro, oscilações do mercado, sobe e desce da economia, como funciona a subida e descida da criptomoeda,vá fundo! O direito de especular é todo seu.

Mas aqui no blog eu sempre defendi e sempre vou defender que é muito melhor você construir uma renda segura e estável em longo prazo, do que apostar seu dinheiro em operações que funcionam como loteria.

Na verdade, até o investimentos em renda fixa pode virar loteria se não souber o que está fazendo. Inclusive, já abordei esse tema com foco na bolsa de valores, que você pode ler clicando aqui.

Se você é um cara que gosta da adrenalina, gosta de apostar dinheiro através de especulações, existem diversos outros meios muito mais seguros e regulamentados aqui no Brasil para fazer tal atividade.

Pode especular o ouro, o dólar, café, o real… Existem muitas coisas mesmo, mas é aquilo: fica por sua conta e risco.

Saiba que operar em sobe e desce seja lá do que for é um jogo de 50% de chance de ganhar e 50% de chance de perder. Para meus investimentos, se eu não tiber 51$ de garantia que vou me dar bem, eu nem entro.

Uma coisa bacana até de analisar, é que quem especula em mercados como o petróleo, por exemplo, possui uma rede gigante para rastrear todos os navios petroleiros que estão girando na terra. Isso para que possem fazer uma análise correta e com 51% de chance de acerto para seus investimentos. Então, se você não tem essa equipe e não sabe como fazer isso, eu acho melhor você não tentar investir no ramo.

E quando a gente fala de moedas (principalmente as “digitais”), existem outros milhares de fatores que afetam no desempenho. Desde uma simples troca de governo até catástrofes da natureza.

Se ainda assim você pretende especular com Bitcoin, faça isso com muita clareza que está entrando em um jogo 50/50, e isso nunca significa grandes coisas para seu futuro financeiro. É possível ficar rico? Sim, é possível. Mas também é possível perder tudo de uma hora pra outra.

Eu gosto muito da ideia inicial do Bitcoin. Uma moeda em que é possível você rastrear todos os meios é uma solução bem bacana para muitos problemas que enfrentamos. Sem contar que a possibilidade de comprar até mesmo do exterior com preços baixíssimos devido às taxas quase inexistentes, encanta qualquer um. Mas o meu medo é até onde isso vai.

Como disse, integrar a moeda no mundo soa muito bacana, contudo vale ressaltar que cada país opera em uma moeda diferente e em uma situação econômica diferente. Essa mudança pode acabar causando de certo modo perca do controle do valor real da moeda. Como consequência, a volatilidade é muito grande. Se compreende muito bem o porque desse ponto negativo, pense que receba somente em bitcoins na cotação do fechamento do mês.

Ao longo do mês a oscilação que ocorre é muito elevada, e isso pode sim fazer com que você zere seu caixa antes do próximo pagamento…

Outro ponto importante que eu gostaria de mencionar aqui é exatamente o tratamento que outros investidores podem ter com a moeda. Como não existe somente bitcoin no mundo, imagine só que os top 10 investidores com mais bitcoins no mundo decidam se juntar para trocar de moeda que estão utilizando… Não precisa ser uma perícia para saber que o valor da moeda vai despencar, e caso você tenha comprado a sua recentemente você estará lascado.

E não ache que isso é algo impossível de acontecer. Inclusive quero ressaltar uma matéria que deu o maior bafafá quando saiu, mas logo logo esqueceram. Nela, um dos programadores da bitcoin declarou o seguinte:

“O que era para ser uma nova forma decentralizada do dinheiro onde falta sistematicamente instituições importantes e era muito grande para falhar se tornou algo ainda pior: um sistema completamente controlado por um pequeno grupo de pessoas… Pior ainda, a rede está a beira de seu colapso técnico. Os mecanismos que deveriam prevenir esse desfecho se romperam, e como resultado, não há mais razão para pensar que o Bitcoin pode realmente ser melhor do que o sistema financeiro existente”
Um problema ainda maior

O que realmente me motivou a pesquisar e aprender sobre bitcoin, foi uma “oferta irresistível” que recebi de um amigo meu, em que me prometia milhares de reais sem precisar fazer nada e toda essa bobeira.

Fui conversando e forçando um pouco mais para obter respostas, e percebi que na verdade se tratava de um esquema de pirâmide (atenção: pirâmide é diferente de marketing multinível).

Basicamente o que você precisa fazer inicialmente é entrar em um negócio comprando bitcoins que uma empresa específica irá operar. Depois que você compra determinada quantia da moeda, você precisa trazer mais pessoas a fecharem o mesmo negócio que você, pois só assim terá ganhos maiores que a média conseguida através da especulação da bitcoin.

No Brasil pirâmide é crime (mmn não), contudo como é complicado rastrear as transações feitas através de bitcoin, fica quase impossível descobrir onde está o topo da pirâmede e quais seriam suas ramificações.

Concluindo

Se você quer apostar, boa sorte. Mas como educador financeiro e investidor de bolsa em longo prazo, eu realmente recomendo que você não faça isso.

Caso você tenha gosto por especulação, vá para a bolsa e opere através de uma corretora. Tudo é regulamentado, e caso alguém suma com seu dinheiro, rapidinho será encontrado para dar as devidas explicações.

Eu não pretendo ter em nenhum momento bitcoin. Não acredito que seja uma moda, acho sim que pode ficar por um bom tempo. Mas para que isso se torne algo seguro para o investidor e para o mercado, é necessário que haja um consenso entre forças governamentais e os criadores da Bitcoin (seja lá quem for).

A grande maioria das pessoas ainda sequer separaram um fundo de emergência, então não fazem nem ideia de como operar no mercado financeiro de forma segura. Se você é uma dessas pessoas que ainda não estudou, não se aprofundou, não pesquisou muito e fez suas próprias análises sobre o mercado das bitcoins, eu preciso te dar o aviso para não comprar por enquanto.

É seu dinheiro, e eu tenho certeza que você não quer perdê-lo por simples ganância desprovida de inteligência.

Então, procure começar com uma renda fixa, entender a bolsa, operação com moedas, e só então vá para as criptomoedas.

Finalizando, se isso tudo faz algum sentido para você, curta nossa página no Facebook, Instagram siga no, se inscreva lá no YouTube, e só lembrando que todas terças e quintas tem artigo novo aqui no blog, e nas quartas vídeo novo no canal!

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Um grande Abraço, e Bons Investimentos!

 

Investimento de alto risco, bitcoin faz milionários, mas exige cautela

 

08/12/2017 Juca Guimarães - Depois de passar meses analisando o desempenho das moedas vituais, o programador de computadores João (nome fictício), de 33 anos, decidiu investir R$ 8.000 em bitcoins. Era metade do que ele tinha na caderneta de poupança.

A compra foi em 4 de janeiro deste ano. No dia seguinte, a surpresa desagradável: a moeda virtual desvalorizou 25%.

"Fiquei triste, mas comprei mais R$ 8.000 no dia 13 de janeiro para fazer um preço médio melhor. Comecei a estudar formas de aumentar meus bitcoins e descobri todo um universo de criptomoedas", disse o programador.

"Decidi investir R$ 8.000 em bitcoins. Era metade do que tinha na poupança. No dia seguinte, a moeda se desvalorizou 25%"
João (nome fictício), que levou tombo antes de ganhar muita grana
Entre fevereiro e abril, João resolveu trocar os bitcoins por uma outra moeda denominada de decred. Foi a hora da virada, afinal, a valorização foi de 1.000%.

"Em março, eu já tinha investido R$ 40 mil. No mês de junho, recebi R$ 40 mil de pagamento por um projeto e também comprei moedas virtuais. Entre janeiro e junho, investi R$ 80 mil ao todo", disse.

No último final de semana de novembro, ele bateu o patamar de R$ 1 milhão. "Saquei R$ 168 mil e dei entrada em um apartamento. É pequeno, num prédio antigo, sem elevador, mas consegui com o lucro do bitcoin", comemora.

O desempenho do João nas moedas virtuais se deve a muito sangue-frio e uma dedição quase integral no estudo da volatilidade (altas e baixas constantes no valor) e dos algoritmos.

"Passei uns seis meses entendendo e 'traduzindo' o sistema. Em média, acerto em 70% das operações, ou seja, perco dinheiro em 30% delas, mas no fim de dois ou três meses, tenho mais moedas virtuais do que tinha antes", disse. A compra e venda de bitcoins ou criptomoedas pode ser comparado à especulação com moedas estrangeiras.

Compensa comprar?

Porém, o sucesso de João e de outros investidores, que se deram bem com a gigantesca valorização da moeda nos últimos dias, pode ser exceção e, mais que isso, passageiro.

O economista Richard Rytenband, colunista do R7 e um dos autores do blog Economia em 5 minutos, sugere cautela para quem pensa em investir nas criptomoedas. "A euforia é crescente e em algum momento pode ocorrer uma forte queda nos preços", avisa.

O especialista em moedas digitais Fernando Ulrich vai além e é incisivo. Em seu Facebook, na quarta-feira (6), Ulrich escreveu: "Boa parte dessa subida ocorreu nos últimos dois meses. É muito muito expressivo. Surreal. [...] Não, não compre bitcoin. O risco, neste momento, é enorme. E para a vasta maioria das pessoas, significa um risco bem além do tolerável", assegura.

Em 1º de janeiro de 2017, a moeda era cotada em US$ 997,69 (R$ 3.278,91 nos dias atuais). Ontem, 7 de dezembro, estava em US$ 17.064 (R$ 56.080,84 na cotação do dólar da véspera). Significa dizer que o investimento saltou 1.611%.

"Não, não compre bitcoin [agora]. O risco, neste momento, é enorme"
Fernando Ulrich, especialista em moedas digitais
É justamente as alterações bruscas e incertezas do mercado de moedas virtuais, já são mais de 2.000 tipos, que levou o Banco Central do Brasil a emitir o comunicado número 31.329, em 16 de novembro, alertando sobre os riscos dos negócios. "A compra e a guarda das denominadas moedas virtuais com finalidade especulativa estão sujeitas a riscos imponderáveis, incluindo, nesse caso, a possibilidade de perda de todo o capital investido [...] e sofrer perdas patrimoniais".

O Banco Central também destacou que "[as moedas virtuais] não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não têm garantia de conversão para moedas soberanas, e tampouco são lastreadas em ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores. Seu valor decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor".

Segurança na poupança

O programador João também desenvolveu um padrão para resguardar parte do lucro. "De tempos em tempos, eu vendo 20% do que estou lucrando e coloco na poupança. O que define esses momento de retirada é quando o gráfico de preços da moeda virtual está no topo e deve passar por um período de queda", disse João.

Mas os riscos das moedas vituais não estão apenas na desvalorização. Como todo mercado que tem uma expansão rápida, as moedas virtuais também são um terreno fértil para o surgimento de golpistas.

Funciona assim: uma pessoa ou empresa de internet cria uma moeda virtual prometendo inovações tecnológias, monta um grupo de apoiadores e lança a moeda no mercado para captar recursos. Depois de um tempo, quando a moeda atinge um certo valor, eles vendem tudo e somem.

"É comum acontecer. Tanto que existem sites que fazem um ranking de projetos que têm o risco de serem 'scam', como são chamodos esses golpes", disse João.

Mineradores

Um dos motivos do sucesso do bitcoin é a constante entrada de novos investidores. "O interesse crescente pelas moedas virtuais são a essência do lucro. A demanda faz o preço subir", explica Jocimar Leal, 51 anos, dono de uma hamburgueria em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, e palestrante da AirBit, uma plataforma de investimento em moedas virtuais.

Leal conta que conheceu as moedas virtuais por meio de um amigo que trabalhava na área de TI (Tecnologia da Informação) há um ano e meio. Mesmo assim esperou oito meses para tomar coragem e começar a investir.

"O bitcoin tem 8 anos de existência e a empresa que represento já tem 2 anos e meio. É algo novo e empolgante. Comecei há seis meses com US$ 1.000. O risco existe, assim como existe em todo investimento, pode picos e quedas, mas sempre tem uma recuperação", disse.

Leal garante que o bitcoin não tem característica de bolha especulativa, com chance de estourar a qualquer momento e deixar todo mundo no prejuízo.

"Ela foi a primeira e já é aceita por várias empresas e também no Japão. Além disso, ela já foi criada com um limite de 21 milhões de unidades, hoje o mercado movimenta cerca de 17 milhões de unidades, não é uma aventura, é uma moeda e tem uma demanda para ela", afirmou.

Para manter a chama do bitcoin acesa, Leal não poupa esforços. Ele deixou a gestão da hamburgueria com a mulher e passa o dia todo captando novos investidores. "Eu explico para as pessoas como é que funciona o bitcoin e como é possível ganhar dinheiro. Eu mesmo já lucrei bem acima de todas as minhas expectativas. O que ganho continuo investindo", disse sem precisar qual o valor ou quando pretende parar.

Como funciona

Para começar a investir em bitcoin, o interessado precisa procurar uma casa de câmbio de moeda virtual e fazer um cadastro. Geralmente, o CPF é usado para compras e vendas. O investidor recebe uma senha segura e um link onde fica guardado o seu saldo bitcoin.

As transações seguintes não dependem de casas de câmbios e podem ser feitas diretamente no mercado, por meio de aplicativos, inclusive entre países diferentes. "É um jeito de transferir dinheiro para o exterior rapidamente", disse Leal.

O segredo do bitcoin está na certificação e validação das transações. Todas as negociações na criptomoeda são cadastradas numa expécie de livro-caixa, chamado blockchain. As informações são blocadas por ordem cronológicas e invioláveis.

"Para evitar erros e fraudes, as transações são checadas e criptografadas por pessoas e empresas que estão no mercado. Elas recebem uma pequena comissão, em bitcoin, por essa checagem que funciona 24 horas por dia. Na China, onde a energia elétrica é barata e a internet é de ponta, existem pessoas e empresas que vivem dessas comissões. São as chamadas fazendas de mineradores de bitcoin", assegura o investidor.

Um guia para quem quer investir em Bitcoins

Bitcoin supera R$ 48 mil pela primeira vez, diz CoinDesk

Paga imposto?

O colunista do R7 e autor do blog Economia em 5 minutos Richard Rytenband explica que o dono de bitcoins precisa declarar o patrimônio nas criptomoedas no Imposto de Renda. Basta ir até a seção "Outros Bens" e usar o valor pelo qual as moedas foram adquiridas, sempre com o amparo de documentação hábil e idônea. Rytenband adverte que, nos meses em que a soma das vendas de bitcoins superar R$ 35 mil, é preciso apurar ganhos de capital e, conforme o caso, pagar imposto de 15% sobre o montante total.

 

Bitcoin: A tendência de investimentos no mundo digital

 

30/11/2017 - Em um contexto em que tudo se volta ao mundo virtual, hoje vemos um boom de investimentos digitais. Com certeza o mais importante deles, o bitcoin se destaca cada vez mais e atrai o interesse de incontáveis investidores. Caso você ainda não esteja familiarizado com o termo, o bitcoin é uma moeda de circulação digital cuja administração não é feita pelo Banco Central. Na verdade, ele não possui sequer uma nacionalidade, já que circula por todo o mundo. Um dos principais diferenciais é seu alto valor, que cresce exponencialmente. Atualmente, já está próximo dos US$ 10 mil, justificando o grande interesse pelo investimento.

Criando um bitcoin

A emissão do bitcoin é feita de forma diferenciada das moedas comuns, em um sistema conhecido como mineração. Ele nasce a partir da resolução de problemas matemáticos feita por máquinas conectadas ao sistema, que competem entre si pelo bitcoin. Infelizmente, o processo de criação hoje é limitado e não é todo mundo que consegue participar. Na época do surgimento da moeda, qualquer um poderia minerar, mas, com o aumento da demanda, ele foi limitado a supermáquinas que ficam ligadas constantemente.

Por que o valor é tão alto?

Para uma moeda tão valorizada, é normal surgir a dúvida de como o valor chegou a cotações tão elevadas. Um dos pontos se insere justamente na questão da mineração e demanda. A limitação da produção de bitcoins resulta em menor oferta para uma demanda cada vez mais crescente. Essa diferença entre oferta e procura é um dos principais motivos para a alta da moeda virtual. No entanto, tem a ver também com a especulação financeira. Anúncios de empresas como a CME Group fazendo parceria com o bitcoin ou a questão da divisão da criptomoeda em Bitcoin Cash são alguns dos recentes casos que criaram especulações.

A alta elevada levanta debates sobre uma possível futura bolha financeira do bitcoin, mas vários economistas descartam a possibilidade. Embora a volatilidade se destaque hoje, é bem possível que em algum ponto exista uma estabilização da moeda.

A circulação do bitcoin

Os bitcoins podem ser usados para pagar a aquisição de produtos e serviços no mundo todo. As vantagens são a rapidez, economia e dinamismo da moeda, que não precisa de intermediários para realizar uma transação, como acontece com os cartões de crédito e o débito em conta. O que varia é disponibilidade para usá-los, principalmente em determinadas regiões do globo. Apesar do alto valor, o bitcoin ainda possui uso limitado, já que não são todas as lojas que aceitam a moeda. No entanto, esse cenário está em constante evolução e cada vez mais empresas estão se envolvendo com a moeda.

Vale ressaltar que as transações com o bitcoin dependem de país para país. Enquanto alguns estão criando boas oportunidades para a moeda, outros ainda dificultam o acesso, como a China. Mas isso não impede o sucesso da criptomoeda. O importante para o investidor é ter o cuidado de saber quando realizar as transações de compra e venda, bem como acontece em todo investimento.

 

Dez perguntas sobre o Bitcoin

 

As dúvidas mais frequentes de quem pensa em investir na moeda virtual

O que é o Bitcoin?

Bitcoin é uma moeda virtual que não é emitida por nenhum governo nem possui um órgão regulador.

É possível fazer compras com o Bitcoin?

Sim. Algumas empresas e sites já aceitam pagamentos em Bitcoin, como a empresa de computadores Dell, a Tesla, a plataforma de blogs WordPress e o site de música Soundcloud. Também é possível realizar transferências na internet, adquirir games e fazer doações para instituições como Wikipedia e Greenpeace.

Por que comprar Bitcoins??

O principal motivo alegado por quem compra Bitcoins é investir. A ideia é comprar a moeda esperando que ela se valorize no futuro, pelo aumento da utilização.

Como funciona a valorização do Bitcoin?

A valorização da moeda funciona de acordo com a demanda de empresas, que estão aderindo a essa forma de pagamento. O preço é determinado pela lei da oferta e demanda, sendo bastante volátil ainda.

Até quando o Bitcoin vai se valorizar?

Por ser uma moeda limitada, os preços vêm subindo. Nos últimos anos a valorização tem sido relativamente constante, mas é impossível prever qualquer comportamento no futuro.

Como investir no Bitcoin?

Primeiro, é preciso se cadastrar nos mercados on-line internacionais. Os mais conhecidos são: Coinbase, Circle, Kraken, Bitstamp, DriveWealth e SpectroCoin.

Quais os documentos necessários?

A maioria desses mercados exige um documento de identificação, como um passaporte, e comprovante de residência. Alguns exigem os documentos com tradução certificada para o inglês. Também é necessário anexar um documento bancário confirmando a existência dos recursos, como uma carta do banco ou um extrato da conta corrente.

Como enviar o dinheiro para a conta corrente no exterior?

Use plataformas de transferências internacionais, ou plataformas online. Você deve informar o valor que deseja enviar. O cálculo será feito com as taxas e impostos inclusos. Você deve cadastrar os dados bancários do beneficiário, para confirmar a transação. Sua transferência chegará à conta do beneficiário em até dois dias úteis.

Os investimentos em Bitcoin têm de ser declarados à Receita Federal?

Sim. As contas-correntes no exterior devem ser informadas na declaração
de Imposto de Renda. Deve ser declarado o saldo em conta corrente relacionado
em reais.

Como devo declarar o Bitcoin?

Você deve acessar o programa do Imposto de Renda. Na seção “Fichas da declaração” selecione a opção “Bens e direitos”, insira o código “99 – Outros bens e direitos”. Na área “Discriminação” você deve colocar a quantidade de moedas que você possui. Sempre declare o valor de aquisição. Informe o país onde sua conta está localizada e o valor do saldo em moeda estrangeira, juntamente com os dados do banco, agência e número da conta.

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org
           https://exame.abril.com.br
           http://www.infomoney.com.br
           https://brasil.elpais.com
           https://medium.com
           https://portaldobitcoin.com
           http://caionascimento.me
           https://noticias.r7.com
           http://magnificodigital.com
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